Buscar

As Vias Aéreas Inferiores

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

gabi_fran_ 
Gabrielle França, CESUPA 2021 
Anatomia das VAI 
O ar entra no trato respiratório superior 
através da boca e do nariz e passa pela faringe, 
uma passagem comum para os alimentos, para 
os líquidos e para o ar. Da faringe, o ar flui 
através da laringe para a traqueia, Esses anéis se 
estendem para dentro do tórax, onde se 
ramificam (divisão 1) em um par de brônquios 
primários, um brônquio para cada pulmão. 
Nos pulmões, os brônquios ramificam-se 
repetidamente (divisões 2-11) em brônquios 
progressivamente menores, formam os 
bronquíolos, pequenas passagens flexíveis com 
uma parede formada por músculo liso. 
Traqueia 
É uma passagem tubular para o ar, de 
aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 
cm de diâmetro. Sua parte anterolateral é 
formada por uma série de 16 a 20 anéis 
cartilaginosos incompletos em forma de C, que 
asseguram uma via aérea sempre aberta. Sua 
porção posterior é transposta por uma parede 
muscular chata, na qual há o músculo traqueal 
involuntário. Trata-se de um músculo liso que 
une as extremidades dos anéis. 
Essas cartilagens fornecem rigidez estrutural 
para a traqueia e suas fibras elásticas 
longitudinais internas permitem que ela se 
estique e se desloque inferiormente durante a 
inspiração. Na bifurcação traqueal existe um 
marco anatômico conhecido como carina, que é 
uma crista apontando superiormente em sua 
superfície interna. 
 Localiza-se anteriormente ao esôfago e 
estende-se da laringe até a margem superior da 
quinta vértebra torácica (T5), na qual se divide 
em brônquios principais direito e esquerdo. 
A função da traqueia é transportar o ar que 
entra e sai dos pulmões, e seu epitélio 
impulsiona o muco com resíduos em direção à 
faringe para expulsão pela boca. Sua luz (ou 
lúmen) tem um diâmetro transverso médio de 12 
mm em adultos. 
 
 
 
 
 
 
 
Brônquios 
A traqueia se bifurca nos brônquios principais 
direito e esquerdo, com cada brônquio passando 
pelo hilo de seu respectivo pulmão. Os 
brônquios podem ser divididos em três tipos 
com base no seu tamanho, função e estrutura 
histológica: os brônquios primários (principais), 
secundários (lobares) e terciários (segmentares). 
Os Anéis Cartilaginosos são substituídos pelas 
Placas Cartilaginosas, as quais apresentam 
formato irregular e são distribuídas em um 
arranjo linear ao redor de toda a circunferência 
CONTEXTUALIZAÇÃO: Algumas desordens são 
importantes para tratar na traqueia, como o 
engasgo (e seu reflexo de expulsão) e a presença de 
corpo estranho (que pode gerar uma obstrução da 
respiração). Além desses há também as 
malformações embriológicas como a agenesia 
traqueal e a fistula traqueal. E doenças adquiridas 
como estenose traqueal e traqueomalácia. 
da parede, conferindo aos Brônquios um 
formato circular ou cilíndrico, ao contrário do 
formato ovoide com uma parede posterior 
achatada que a traqueia exibe. 
À medida que os Brônquios diminuem de 
tamanho devido a ramificação, as Placas 
Cartilaginosas tornam-se menores e menos 
numerosas. Finalmente, as Placas desaparecem 
no ponto onde as vias respiratórias alcançam o 
diâmetro de cerca de 1 mm, onde o ramo é 
designado Bronquíolo. 
O Brônquio principal direito é maior e mais 
largo, além de possuir um curso mais vertical que 
o esquerdo, este é o motivo pelo qual as 
partículas estranhas aspiradas vão 
preferencialmente para o brônquio direito e 
atingem o pulmão direito. 
O Brônquio principal esquerdo é menos 
vertical, menos largo, menos curto. segue 
inferolateralmente, inferiormente ao arco da 
aorta e anteriormente ao esôfago e à parte 
torácica da aorta, para chegar ao hilo do pulmão. 
Brônquio (secundário) lobar; um para cada 
lobo pulmonar (três para o pulmão direito e dois 
para o pulmão esquerdo). 
Brônquio (terciário) segmentar; um para cada 
segmento broncopulmonar, que por definição 
são os segmentos pulmonares supridos pelos 
brônquios segmentares e ramo segmentar 
associado da artéria pulmonar. Os brônquios 
segmentares sofrem múltiplas divisões, 
eventualmente resultando nos bronquíolos. 
 
Bronquíolos 
A segunda transformação observada na parede 
do Brônquio Intrapulmonar é a adição de 
Músculo Liso para formar uma camada 
circunferencial completa. O Músculo Liso se 
torna uma camada cada vez mais evidente à 
medida que a quantidade de cartilagem diminui. 
Inicialmente, o Músculo Liso é disposto em feixes 
entrelaçados formando uma camada contínua. 
Nos Brônquios menores, o Músculo Liso pode 
parecer descontínuo. 
Os bronquíolos surgem dos brônquios 
segmentares e suprem cada Lóbulo Pulmonar, os 
quais são subdivisões dos Segmentos 
Broncopulmonares. Um único Bronquíolo, em 
conjunto com um Alvéolo (suprido pelo 
Bronquíolo) constitui a menor unidade funcional 
da estrutura pulmonar, denominada Unidade 
Bronquiolar Respiratória. 
Eles são ductos condutores de ar que medem 
1mm ou menos de diâmetro. Esses ductos se 
ramificam repetidamente, originando os 
Bronquíolos Terminais, que também se 
ramificam, originando os Bronquíolos 
Respiratórios. Os bronquíolos respiratórios 
abrem-se em pequenos sacos conhecidos como 
alvéolos através de pequenos ductos alveolares. 
 
 
Pleura 
A pleura é uma bolsa serosa que consiste nas 
camadas parietal e visceral. A pleura parietal 
está em contato com as paredes da cavidade 
torácica e o mediastino, enquanto a pleura 
visceral se adere no tecido pulmonar. 
O espaço entre estas duas camadas é chamado 
de cavidade pleural. Ele é preenchido com cerca 
de 20 mililitros de líquido seroso, que ajuda a 
reduzir a fricção durante a respiração. 
 
Os limites ou bordas da cavidade pleural são 
marcados utilizando-se linhas retas para 
estrategicamente posicionar e mensurar os 
órgãos internos. Todas estas linhas são 
horizontais ou verticais, e se originam de um 
marco anatômico específico: 
 Nível da sexta costela direita e da quarta 
costela esquerda, na linha média anterior 
 Nível da décima segunda costela, na linha 
escapular 
 Nível da oitava costela, na linha 
hemiclavicular 
 Nível da décima costela, na linha axilar 
média 
 
Pulmão 
Os pulmões são os nossos dois órgãos 
respiratórios. Eles encontram-se lateralmente no 
interior das cavidades pleurais do tórax. A árvore 
brônquica conduz ar para dentro e para fora dos 
pulmões. 
São separados um do outro pelo coração e por 
outras estruturas do mediastino, que divide a 
cavidade torácica em duas câmaras 
anatomicamente distintas. Os pulmões se 
estendem desde o diafragma até, ligeiramente, 
acima das clavículas, e se situam contra as 
costelas, anterior e posteriormente. 
Cada pulmão possui uma base, um ápice, duas 
superfícies (costal e mediastinal) e três margens 
(anterior, posterior e inferior). A base encontra-
se sobre o diafragma, enquanto o ápice se 
projeta em direção à abertura torácica superior. 
A face medial é de grande interesse, pois contém 
o hilo pulmonar. O hilo pulmonar é uma 
passagem para a artéria pulmonar, duas veias 
pulmonares e o brônquio principal, além de 
nervos e vasos linfáticos. 
Os dois pulmões não são idênticos: 
PULMÃO DIREITO: Os lobos pulmonares 
direitos são separados por duas fissuras; oblíqua 
e horizontal. O pulmão direito três lobos: o 
inferior, superior e médio, que se subdividem, 
emitindo 10 segmentos broncopulmonares. A 
superfície mediastinal do pulmão direito está em 
contato com o coração, a veia cava superior, a 
veia cava inferior, a veia ázigos e o esôfago. As 
impressões destas estruturas podem ser vistas 
na superfície medial do pulmão. 
PULMÃO ESQUERDO: o pulmão esquerdo 
possui somente dois lobos; superior e inferior, e 
8 segmentos pulmonares. Os lobos são 
separados por uma única fissura oblíqua. A 
superfície mediastinal do pulmão esquerdo 
demonstra impressões das seguintes estruturas: 
o coração, o arco aórtico, a aorta torácica e oesôfago. 
 
 
Os pulmões e a pleura visceral são supridos 
pelo plexo pulmonar anterior e pelo plexo 
pulmonar posterior, que, como indiciado por 
seus nomes, se encontram anteriormente e 
posteriormente à bifurcação traqueal. A fonte de 
inervação simpática para o plexo é o tronco 
simpático, enquanto a fonte parassimpática é o 
nervo vago. Eles atuam de maneira 
sincronizada,com a estimulação simpática 
levando à broncodilatação, e a parassimpática 
levando à broncoconstrição. 
A linfa dos pulmões drena para os linfonodos 
traqueobrônquicos, que se encontram ao redor 
dos brônquios principais e lobares, e ao longo 
das laterais da traqueia. Depois essa linfa segue 
aos troncos broncomediastinais direito e 
esquerdo que drenam ao Ducto Toráxico. 
 
 
Os pulmões possuem dois sistemas 
circulatórios: funcional e nutritivo. 
O SISTEMA CIRCULATÓRIO FUNCIONAL, ou 
pulmonar, consiste em duas artérias pulmonares 
e quatro veias pulmonares. As artérias 
pulmonares se originam do tronco pulmonar, e 
levam sangue desoxigenado do ventrículo direito 
para os pulmões. Ao se dividir em vasos menores 
e finalmente nos capilares pulmonares, elas 
atingem a superfície respiratória dos pulmões. 
Por outro lado, os pares direito e esquerdo de 
veias pulmonares carregam sangue oxigenado 
dos pulmões para o átrio esquerdo do coração. 
 O SISTEMA CIRCULATÓRIO NUTRITIVO dos 
pulmões se refere à circulação brônquica. As 
artérias brônquicas fornecem oxigênio ao tecido 
dos pulmões, suportando a função primária de 
troca gasosa dos mesmos. As 4 artérias 
brônquicas se originam da aorta torácica: artéria 
brônquica direita, duas artérias brônquicas 
esquerdas e artérias brônquicas superiores. Por 
outro lado, as veias brônquicas drenam o tecido 
pulmonar para o átrio direito através das veias 
pulmonares ou ázigos. 
 
Alvéolos 
Os alvéolos são as unidades terminais da árvore 
respiratória. A definição completa de alvéolo é 
que são finas proeminências das paredes dos 
bronquíolos respiratórios, especializados em 
trocas gasosas. Os alvéolos são encontrados em 
grupos chamados de sacos alveolares. 
O tecido entre dois espaços aéreos alveolares 
adjacentes é denominado Parede Septal ou 
Septo Alveolar. 
A fina parede dos alvéolos é o local onde a 
troca gasosa ocorre. Juntamente com os 
capilares, os alvéolos formam a membrana 
respiratória, cujas camadas são: as células 
escamosas dos alvéolos, a membrana basal de 
um alvéolo, a membrana basal do capilar e o 
endotélio do capilar. 
 
Histologia das VAI 
Traqueia 
A parede da traqueia divide-se em lâminas: 
CAMADA MUCOSA: formada pela lâmina 
epitelial de epitélio colunar ciliado 
pseudoestratificado ou Tecido epitelial 
pseudoestratificado ciliado com células 
caliciformes que alcançam a superfície luminal, e 
células basais, e uma lâmina própria que é 
constituída de fibras reticulares e elásticas. A 
Lâmina Própria é um Tecido Conjuntivo Frouxo 
típico. Ela é muito celular, contendo numerosos 
Linfócitos, muitos dos quais infiltram o epitélio, 
Plasmócitos, Mastócitos, Eosinófilos e 
Fibroblastos. 
 
CAMADA SUBMUCOSA: consiste no tecido 
conjuntivo areolar, que contém glândulas 
seromucosas e seus duetos. Contém as 
Glândulas Submucosas, compostas de Ácinos 
secretores de muco. Seus ductos consistem em 
um epitélio simples cúbico e se estendem pela 
lâmina própria para liberar seu produto, maioria 
de glicoproteínas, na superfície epitelial. 
CARTILAGEM HIALINA: formada 16 a 20 anéis 
horizontais incompletos de cartilagem hialina, 
assemelham-se à letra C e estão empilhados um 
em cima do outro, sendo mantidos juntos por 
tecido conjuntivo denso. Podem ser percebidos 
através da pele, abaixo da laringe, a parte aberta 
de cada anel da cartilagem em forma de C está 
orientada posteriormente para o esôfago, 
envolvida por uma membrana fibrosa. 
CAMADA ADVENTÍCIA: composta por tecido 
conjuntivo areolar é efetiva na ligação da 
traqueia aos tecidos circundantes. 
 
As células da Traqueia são: 
CÉLULAS COLUNARES CILIADAS: Os Cílios 
proporcionam um movimento de varredura 
coordenado da Camada Mucosa. 
CÉLULAS MUCOSAS (CALICIFORMES): 
Acumulam Grânulos de Mucinogênio em seu 
citoplasma. 
CÉLULAS EM ESCOVA: células colunares com 
Microvilosidades Rombas, receptoras. 
CÉLULAS GRANULARES E 
 BASAIS 
 
Brônquios 
Assim como a traqueia os brônquios principais 
contêm anéis incompletos de cartilagem e são 
revestidos por epitélio colunar ciliado 
pseudoestratificado. Os Anéis Cartilaginosos são 
substituídos pelas Placas Cartilaginosas, as quais 
apresentam formato irregular e são distribuídas 
em um arranjo linear ao redor de toda a 
circunferência da parede, conferindo aos 
Brônquios um formato circular ou cilíndrico, ao 
contrário do formato ovoide com uma parede 
posterior achatada que a traqueia exibe. 
À medida que os Brônquios diminuem de 
tamanho devido a ramificação, as Placas 
Cartilaginosas tornam-se menores e menos 
numerosas, as Placas desaparecem no ponto 
onde as vias respiratórias alcançam o diâmetro 
de cerca de 1 mm, onde o ramo é designado 
Bronquíolo. A segunda transformação observada 
na parede do Brônquio Intrapulmonar é a adição 
de músculo liso para formar uma camada 
circunferencial completa. O Músculo Liso se 
torna uma camada cada vez mais evidente à 
medida que a quantidade de cartilagem diminui. 
A TÚNICA MUCOSA na árvore bronquial muda 
de epitélio colunar ciliado pseudoestratificado 
nos brônquios principais, brônquios lobares 
(secundários) e brônquios segmentares 
(terciários) para epitélio colunar simples ciliado, 
com algumas células caliciformes nos 
bronquíolos maiores, para basicamente epitélio 
cúbico simples ciliado sem células caliciformes 
em bronquíolos menores, para, em grande parte, 
epitélio cúbico simples não ciliado nos 
bronquíolos terminais. 
Possui CAMADAS SEMELHANTES À TRAQUEIA, 
com adição de uma CAMADA MUSCULAR 
contínua de Músculo Liso nos Brônquios mais 
calibrosos. E a CAMADA CARTILAGIOSA com as 
Placas Cartilaginosas observadas nessas 
estruturas. 
 
Bronquíolos 
Inicialmente, os Bronquíolos de maior diâmetro 
inicialmente têm um Epitélio 
Pseudoestratificado Colunar Ciliado que 
gradualmente se transforma em um Epitélio 
Simples Colunar Ciliado à medida que o ducto se 
estreita. As Células Caliciformes estão presentes 
nos Bronquíolos maiores. 
As Placas Cartilaginosas, características dos 
Brônquios, estão ausentes nos Bronquíolos. Em 
vez disso, pequenos elementos de cartilagem 
podem estar presentes, particularmente nos 
pontos de ramificação. Uma camada 
relativamente espessa de MÚSCULO LISO está 
presente na parede de todos os Bronquíolos. 
Os Terminais são revestidos por um epitélio 
simples cúbico no qual as células de clara estão 
entremeadas com as Células Ciliadas. Além disso, 
são encontradas Células em Escova e Granulares 
em menor quantidade. 
CÉLULAS DE CLARA: são células não ciliadas 
que têm uma projeção característica 
arredondada ou em forma de cúpula na 
superfície apical. Elas possuem um retículo 
endoplasmático rugoso bem desenvolvido, um 
complexo de golgi supranuclear ou lateral, 
numerosos grânulos secretores e cisternas no 
retículo endoplasmático liso, conferindo a esse 
tipo celular características de células secretoras 
de proteína. 
Elas secretam um Agente Tensoativo, uma 
lipoproteína que impede a adesão luminal caso 
as paredes das vias respiratórias colabem, 
sobretudo durante a expiração. Além disso, 
produzem uma proteína conhecida como 
Proteína Secretora das Células De Clara (CC16), 
que é um componente abundante da secreção 
das Vias Respiratórias. 
 
Ducto Alveolar 
Esses ductos iniciam efetivamente a porção 
respiratória. São formados por ramificação dos 
bronquíolos respiratórios e apresentam-se como 
condutos longos e tortuosos. A característica 
principal desse segmento é apresentarinúmeros 
alvéolos e sacos alveolares em suas paredes. 
O revestimento dos ductos alveolares é epitélio 
do tipo pavimentoso simples. Esses ductos são as 
últimas porções a apresentar em sua estrutura 
células musculares lisas. Os alvéolos são 
pequenas evaginações em forma de saco, 
encontradas nos sacos alveolares. 
 O ducto alveolar termina em um alvéolo 
simples ou em sacos alveolares formados por 
inúmeros alvéolos. Cada parede alveolar é 
comum a dois alvéolos vizinhos, por isso 
denomina-se parede ou septo interalveolar. Este 
septo consiste em duas camadas de epitélio 
pavimentoso simples separado por capilares 
sanguíneos, fibras reticulares e elásticas, 
fibroblastos e substância fundamental amorfa do 
conjuntivo. 
Além disso, ele apresenta quatro tipos celulares 
distintos: 
CÉLULAS ENDOTELIAIS DOS CAPILARES: as mais 
numerosas e com núcleo um pouco menor e 
alongado que o das células de revestimento, o 
endotélio é do tipo contínuo e não fenestrado 
PNEUMÓCITOS TIPO I: também chamado de 
célula epitelial de revestimento, tem núcleos 
achatados e distantes, com grande citoplasma. 
Essas apresentam microvilos curtos em alguns 
pontos e existem também desmosomas ligando 
duas células epiteliais vizinhas. 
PNEUMÓCITOS TIPO II: chamados de células 
septais, são menos frequentes que as células 
epiteliais de revestimento, aparecem de 
preferência em grupos de duas ou três células 
nos pontos em que as paredes alveolares se 
tocam. A principal característica dessas células é 
a presença de corpos lamelares na região basal 
do citoplasma, eles são responsáveis pelo 
aspecto vesiculoso do citoplasma à microscopia 
óptica e produzem substância surfactante cuja 
função principal é reduzir a tensão superficial 
sobre os alvéolos impedindo o colabamento. 
MACRÓFAGOS ALVEOLARES: também 
chamados células de poeira, são encontrados no 
interior dos septos interalveolares e na 
superfície dos alvéolos. Os macrófagos alveolares 
localizados na camada surfactante que limpam a 
superfície do epitélio alveolar são transportados 
para a faringe, de onde são deglutidos. 
 
 
 
 
 
Ventilação 
No mundo médico, respiração é definida como 
ventilação pulmonar, descrita como a 
movimentação do ar entre a atmosfera e os 
alvéolos pulmonares. Ela envolve um ciclo de 
dois eventos: inspiração, quando o ar se move 
para dentro dos pulmões e expiração, quando o 
ar sai dos pulmões. A ventilação é um dos quatro 
componentes da respiração, sendo os outros três: 
difusão gasosa, transporte gasoso e regulação. 
Introdução 
O fluxo de ar obedece a Lei dos gases, portanto 
ele ocorre sempre que houver um gradiente de 
pressão. O fluxo global de ar, como o fluxo 
sanguíneo, ocorre de áreas de maior pressão 
para áreas de menor pressão. Na ventilação, o 
fluxo global de ar a favor de gradientes de 
pressão explica por que ocorrem trocas gasosas 
entre o meio externo e os pulmões. O 
movimento do tórax durante a respiração cria, 
nos pulmões, condições de pressões alta e baixa 
alternadas. 
O ar movido durante a respiração pode ser 
dividido em quatro volumes pulmonares: (1) 
volume corrente, (2) volume de reserva 
inspiratório, (3) volume de reserva expiratório e 
(4) volume residual. O volume de ar que se move 
durante uma única inspiração ou expiração é 
denominado volume corrente (Vc). O volume 
adicional inspirado, acima do volume corrente, 
representa o seu volume de reserva inspiratório 
(VRI). 
A quantia de ar expirado vigorosamente após o 
final de uma expiração espontânea é o volume 
de reserva expiratório (VRE). O quarto volume 
não pode ser medido diretamente, mesmo se 
você soprar o máximo de ar que puder, ainda 
restará ar nos pulmões. O volume de ar presente 
no sistema respiratório após a expiração máxima 
é chamado de volume residual (VR). 
A respiração é um processo ativo que requer 
contração muscular que cria o gradiente de 
pressão. No sistema respiratório, os músculos da 
caixa torácica e o diafragma funcionam como 
uma bomba, uma vez que a maior parte do 
tecido pulmonar é um fino epitélio de troca. 
Quando esses músculos se contraem, os pulmões 
expandem-se, uma vez que estão presos à 
parede interna do tórax pelo líquido pleural. Os 
músculos primários envolvidos na respiração 
espontânea são o diafragma, os intercostais 
externos e os escalenos. 
 
 
 
 
A inspiração 
Para que o ar possa se mover para dentro dos 
alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser 
mais baixa do que a pressão atmosférica. De 
acordo com a lei de Boyle, um aumento no 
volume gera uma redução na pressão. Durante a 
inspiração, o volume torácico aumenta quando 
certos músculos esqueléticos da caixa torácica e 
o diafragma se contraem. 
Quando o diafragma contrai, ele desce em 
direção ao abdome. A contração do diafragma 
causa de 60 a 75% da modificação do volume 
inspiratório durante uma respiração espontânea 
normal. O movimento da caixa torácica cria os 25 
a 40% restantes da modificação do volume. 
 
OBS: Durante a respiração forçada, outros 
músculos do tórax e do abdome podem ser 
requisitados a auxiliar. Exemplos de situações 
fisiológicas nas quais a respiração é forçada 
incluem exercícios, tocar um instrumento de 
sopro e soprar um balão. 
Durante a inalação, os músculos intercostais 
externos e escalenos contraem e tracionam as 
costelas para cima e para fora. O movimento 
das costelas durante a inspiração tem sido 
comparado a uma ação de alavanca, que eleva 
toda a caixa torácica e consequentemente o 
esterno (as costelas movem-se para cima e para 
longe da coluna), e também com um movimento 
de alça de balde, uma vez que há um aumento 
da distância lateral entre as paredes do balde (as 
costelas movem-se para fora). 
 A combinação desses dois movimentos amplia 
a caixa torácica em todas as direções. À medida 
que o volume torácico aumenta, a pressão 
diminui, e o ar flui para dentro dos pulmões. 
 
Quando a inspiração inicia, os músculos 
inspiratórios contraem, e o volume torácico 
aumenta. Com o aumento do volume, a pressão 
alveolar diminui cerca de 1 mmHg abaixo da 
pressão atmosférica e o ar flui para dentro dos 
alvéolos. 
A mudança do volume torácico ocorre mais 
rapidamente do que a velocidade do ar fluindo 
para dentro dos pulmões, e, assim, a pressão 
alveolar atinge o seu valor mais baixo no meio do 
processo de inspiração. 
Como o ar continua a fluir para dentro dos 
alvéolos, a pressão aumenta até a caixa torácica 
parar de expandir-se, imediatamente antes do 
término da inspiração. O movimento do ar 
continua por mais uma fração de segundo, até 
que a pressão dentro dos pulmões se iguala à 
pressão atmosférica. 
 
A Expiração 
 
Ao final da inspiração, os impulsos dos 
neurônios motores somáticos para os músculos 
inspiratórios cessam, e os músculos relaxam. A 
retração elástica dos pulmões e da caixa torácica 
leva o diafragma e as costelas para as suas 
posições originais relaxadas, da mesma maneira 
que um elástico esticado retorna ao seu 
tamanho original quando é solto. Devido ao fato 
de a expiração durante a respiração em repouso 
envolver a retração elástica passiva, em vez da 
contração muscular ativa, ela é chamada de 
expiração passiva. 
Como os volumes pulmonares e torácicos 
diminuem durante a expiração, a pressão de ar 
nos pulmões aumenta, atingindo cerca de 1 
mmHg acima da pressão atmosférica. A pressão 
alveolar é agora maior do que a pressão 
atmosférica, de modo que o fluxo de ar se 
inverte, e o ar move-se para fora dos pulmões. 
No final da expiração, o movimento de ar cessa 
quando a pressão alveolar novamente se iguala à 
pressão atmosférica. O volume pulmonar atinge 
o seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório. 
Nesse ponto, o ciclo respiratório terminou e está 
pronto para ser iniciado novamente com a 
próxima respiração. 
A expiração ativa ocorre durante a exalaçãovoluntária e quando a ventilação excede 30 a 40 
ciclos ventilatórios por minuto. Ela usa os 
músculos intercostais internos e os músculos 
abdominais – Obliquo Interno, Externo e 
Transverso - os quais não são utilizados durante 
a inspiração. Esses músculos são coletivamente 
chamados de músculos expiratórios. 
A contração abdominal puxa as costelas 
inferiores para dentro e diminui o volume 
abdominal, ações que deslocam o intestino e o 
fígado para cima. As vísceras deslocadas 
empurram o diafragma para cima, para dentro 
da cavidade torácica, e o volume do tórax 
diminui passivamente ainda mais. 
 
 
 
A Pleura aqui 
A ventilação requer que os pulmões, os quais 
não podem se contrair ou se expandir por conta 
própria, movam-se em associação com a 
contração e o relaxamento do tórax. Como 
observamos, os pulmões estão inseridos no saco 
pleural. A superfície dos pulmões é coberta pela 
pleura visceral, e a porção pleural que reveste a 
cavidade torácicaé chamada de pleura parietal. 
As forças de coesão do líquido intrapleural 
promovem a adesão dos pulmões à caixa 
torácica. 
A pressão intrapleural no fluido entre as 
membranas pleurais é normalmente 
subatmosférica. Esta pressão subatmosférica 
surge durante o desenvolvimento fetal, quando a 
caixa torácica associada com sua membrana 
pleural cresce mais rapidamente que o pulmão. 
As duas membranas pleurais são mantidas 
unidas pelo líquido pleural, de modo que os 
pulmões são forçados a se estirarem, a fim de se 
adaptarem ao maior volume da cavidade 
torácica. Ao mesmo tempo, no entanto, o 
recolhimento elástico dos pulmões cria uma 
força direcionada para dentro, que tenta puxar 
os pulmões para longe da caixa torácica. 
 
 
 
Complacência e elasticidade 
A ventilação adequada depende da habilidade 
dos pulmões de se expandirem normalmente. A 
maior parte do trabalho respiratório é gasto para 
superar a resistência elástica dos pulmões e da 
caixa torácica ao estiramento. Clinicamente, a 
habilidade do pulmão de se estirar é chamada de 
complacência. 
A COMPLACÊNCIA refere-se à quantidade de 
força que deve ser exercida sobre um corpo para 
o deformar. No pulmão, podemos expressar a 
complacência como uma alteração do volume (V), 
que é resultado de uma força ou pressão (P) 
exercida sobre o pulmão: �V/�P. Um pulmão de 
alta complacência pode ser estirado facilmente, 
já pulmão com baixa complacência requer mais 
força dos músculos inspiratórios para ser 
estirado. 
A complacência é o inverso da ELASTÂNCIA 
(recuo elástico), que é a capacidade de resistir à 
deformação mecânica. A elastância também se 
refere à capacidade que um corpo tem de voltar 
à sua forma original quando a força que promove 
a sua deformação é removida. Um pulmão que é 
estirado facilmente (alta complacência) 
provavelmente apresenta perda do seu tecido 
elástico e, assim, não voltará ao seu volume de 
repouso quando a força que o mantém estirado 
cessa (baixa elastância). 
 
 
 
 
 
 
 
O Surfactante 
A tensão superficial é uma propriedade muito 
importante dos pulmões, criada pela fina 
camada de fluido entre as células alveolares e o 
ar. Em qualquer interface ar-liquido, a superfície 
do liquido esta sob tensão, como uma fina 
membrana sendo esticada. 
A tensão superficial alveolar é semelhante à 
tensão superficial que existe em uma bolha 
esférica, embora os alvéolos não sejam esferas 
perfeitas. A tensão superficial criada pelo fino 
filme de líquido é direcionada para o centro da 
bolha e cria pressão no interior dela. A lei de 
LaPlace é uma expressão dessa pressão. Ela 
estabelece que a pressão (P) dentro de uma 
bolha formada por uma fina película de líquido é 
uma função de dois fatores: a tensão superficial 
do líquido (T) e o raio da bolha (r). Essa relação é 
expressa pela equação: P = 2T/r. 
 
Normalmente, contudo, nossos pulmões 
secretam um surfactante que reduz a tensão 
superficial, principalmente em alvéolos menores. 
Os surfactantes são uma mistura que contém 
proteínas e fosfolipídeos, como 
dipalmitoilfosfatidilcolina, que são secretados 
para o espaço de ar alveolar pelas células 
alveolares tipo II (pneumócitos tipo II). Em geral, 
a síntese de surfactante inicia na 25ª semana de 
desenvolvimento fetal sob a influência de vários 
hormônios. 
 OBS: A diminuição da complacência 
pulmonar afeta a ventilação, pois mais 
trabalho deve ser realizado para estirar um 
pulmão mais rígido. Essas condições 
patológicas são chamadas de doenças 
pulmonares restritivas. 
A produção normalmente atinge níveis 
adequados na 34ª semana (cerca de 6 semanas 
antes do parto normal). Os bebês que nascem 
prematuramente sem concentrações adequadas 
de surfactante em seus alvéolos desenvolvem a 
síndrome da angústia respiratória do recém-
nascido (SARRN). 
 
 
Doenças neuromusculares 
Qualquer doença neuromuscular que 
enfraqueça os músculos esqueléticos ou lesione 
seus neurônios motores pode afetar a ventilação. 
Com a diminuição da ventilação, menos ar “novo” 
entra nos pulmões. Além disso, a perda da 
habilidade de tossir aumenta o risco de 
pneumonia e de outras infecções. 
Se os escalenos de um indivíduo estão 
paralisados, a inspiração ocorre primariamente 
pela contração do diafragma. A observação de 
pacientes com disfunções neuromusculares 
revelou que, embora a contração do diafragma 
aumente o volume torácico por movê-lo em 
direção à cavidade abdominal, ela também tende 
a puxar as costelas inferiores para dentro, 
trabalhando contra a inspiração. 
Em indivíduos normais, sabemos que as 
costelas inferiores se movem para cima e para 
fora durante a inspiração, em vez de para dentro. 
O fato de não haver movimento para cima e para 
fora das costelas em pacientes com os escalenos 
paralisados nos diz que, normalmente, os 
escalenos devem contribuir para a inspiração, 
levantando o esterno e as costelas superiores.

Outros materiais