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gabi_fran_ Gabrielle França, CESUPA 2021 Embriologia da VAS Formação do nariz Os primórdios da face começam a aparecer no início da quarta semana em torno do grande estomodeu primitivo. O desenvolvimento da face depende da influência indutora dos centros organizadores do prosencéfalo e do rombencéfalo. Os cinco primórdios da face que aparecem como saliências em torno do estomodeu são: Uma saliência frontonasal, o par de saliências maxilares e o par de saliências mandibulares. Os pares de saliências da face derivam do primeiro par de arcos faríngeos. As saliências são produzidas predominantemente pela proliferação de células da crista neural, que migram das pregas neurais das regiões do mesencéfalo inferior e do rombencéfalo superior para os arcos durante a quarta semana. Estas células são a fonte principal dos componentes do tecido conjuntivo, inclusive da cartilagem, dos ossos e dos ligamentos nas regiões facial e oral. Estas cinco saliências faciais são centros de crescimento ativo do mesênquima subjacente. Este tecido conjuntivo embrionário é contínuo de uma saliência à outra. O desenvolvimento facial ocorre sobretudo entre a quarta e a oitava semana. Ao final do período embrionário, a face tem um aspecto inquestionavelmente humano. Ao final da quarta semana, espessamentos ovalados bilaterais do ectoderma superficial — placóides nasais —, os primórdios do nariz e das cavidades nasais, desenvolveram-se nas partes ínfero-laterais da SFN. O mesênquima das margens dos placóides prolifera, produzindo elevações em forma de ferradura — saliências nasais mediais e laterais. Como resultado eles ficam no fundo de depressões — as fossetas nasais, que são os primórdios das narinas e das cavidades nasais. A proliferação do mesênquima nas saliências maxilares faz com que estas aumentem de tamanho e cresçam medialmente em direção uma à outra e às saliências nasais. A migração medial das saliências maxilares desloca as saliências nasais mediais em direção ao plano mediano e uma em direção à outra, entre a 7a e a 10a semana. A fusão destas saliências requer a desintegração dos epitélios superficiais, isto resulta na mistura das células mesenquimais subjacentes. Inicialmente, os sacos nasais estão separados da cavidade oral pela membrana oronasal. Esta membrana se rompe ao final da sexta semana, fazendo com que as cavidades nasal e oral se comuniquem. Um tampão epitelial temporário forma-se na cavidade nasal pela proliferação das células que a revestem. Entre 13 e 15 semanas, este tampão é reabsorvido e desaparece. Formação dos palatos As regiões de continuidade entre as cavidades nasal e oral são as coanas primitivas, situadas posteriormente ao palato primário. A palatogênese inicia-se no final da quinta semana; entretanto, o desenvolvimento do palato não se completa antes da 12a semana. No início da sexta semana, o palato primário — processo palatino mediano — começa a se desenvolver. Inicialmente, este segmento, formado pela fusão das saliências nasais mediais, é uma massa de mesênquima em forma de cunha entre as superfícies internas das saliências maxilares das maxilas em desenvolvimento. O palato secundário é o primórdio das partes duras e moles do palato. O palato secundário começa a se desenvolver no início da sexta semana, a partir de duas projeções mesenquimais que se estendem das faces internas das saliências maxilares. Inicialmente, estas estruturas — os processos palatinos laterais ou prateleiras palatais — se projetam ínfero-medialmente a cada lado da língua. Durante a sétima e a oitava semana, os processos palatinos laterais se alongam e ascendem para uma posição horizontal superior à da língua, processo possibilitado pelo ácido hialurônico vindo do mesênquima. O septo nasal desenvolve-se como um crescimento para baixo a partir das partes internas das saliências nasais mediais fundidas. A fusão entre o septo nasal e os processos palatinos começa pela parte anterior, durante a nona semana, e termina pela parte posterior, na 12a semana, superior ao primórdio do palato duro. Formação dos lábios Recentes estudos clínicos e embriológicos sugerem que o lábio superior é totalmente formado a partir das saliências maxilares. As porções inferiores das saliências nasais mediais parecem se tornar posicionadas profundamente e ser recobertas por extensões mediais das saliências maxilares para formarem o filtro. Os lábios e as gengivas começam a se desenvolver quando o ectoderma forma um espessamento linear, a lâmina lábiogengival. Malformações Fenda/fissura labial As fendas do lábio superior e do palato são as anomalias craniofaciais mais comuns. As fendas que envolvem o lábio superior, com ou sem fenda palatina, ocorrem em cerca de um em cada 1.000 nascimentos; entretanto, sua freqüência varia amplamente entre os grupos étnicos; 60% a 80% das crianças afetadas são do sexo masculino. A FENDA LABIAL UNILATERAL do lábio superior resulta da falta de fusão da saliência maxilar do lado afetado com as saliências nasais mediais fundidas. Isto resulta da não-fusão das massas mesenquimais e da não-proliferação do mesênquima para preencher e tornar o epitélio de revestimento com superfície mais regular, isto resulta em um sulco labial persistente. A FENDA LABIAL BILATERAL resulta da falta de união das massas mesenquimais das saliências maxilares com as saliências nasais mediais fundidas. O epitélio em ambos os sulcos é esticado e se rompe. Nos casos bilaterais, os defeitos podem ser distintos e apresentar graus variáveis a cada lado. Quando ocorre uma fenda bilateral completa do lábio e da porção alveolar da maxila, o segmento intermaxilar fica suspenso, solto, e se projeta anteriormente. A FENDA MEDIANA DO LÁBIO SUPERIOR é um defeito extremamente raro resultante da deficiência mesenquimal que causa a falta de fusão parcial ou completa das saliências nasais mediais, o que impede a formação do segmento intermaxilar. Fenda / fissura palatina A fenda palatina com ou sem fenda labial ocorre uma vez em cada 2.500 nascimentos e é mais comum no sexo feminino que no masculino. Essa FENDA pode envolver somente a úvula; a úvula fendida tem uma aparência de cauda de peixe. A fenda pode também se estender pelas regiões mole e dura do palato. Nos casos graves, associados à fenda Iabial, a fenda no palato se estende por toda a porção alveolar da maxila e pelos lábios em ambos os lados, Uma FENDA PALATINA COMPLETA indica o grau máximo de fenda de qualquer tipo; por exemplo, uma fenda completa do palato posterior é uma anomalia na qual a fenda se estende por todo o palato mole e, anteriormente, até a fossa incisiva. O marco de distinção entre as anomalias das fendas anteriores e posteriores é a fossa incisiva. As causas e repercussões EMBRIOLOGIA: o desenvolvimento... DISFAGIA: Portadores de fissura labial e/ou palatina possuem dificuldades funcionais nos mecanismos de deglutição, sucção, mastigação e fonação devido às alterações anatômicas do sistema estomatognático, para que haja uma deglutição segura, faz-se necessário que as estruturas envolvidas estejam íntegras, que aconteça uma correta sincronia entre as suas fases, que não ocorram estases, presença do alimento na cavidade oral e/ou faríngea, e que haja um correto fechamento glótico para proteção das vias aéreas, impedindo que ocorra escape do alimento para o trato respiratório. DISFONIA: Uma vez que este é o principal órgão envolvido na articulação e produção de muitos fonemas, como /p/, /b/, /m/, /f/ e /v/, torna-se claro que estes estarão alterados, quiçá ausentes, nos pacientes portadores dessa anomalia. As fissuras que envolvem o palato também trazemimportantes prejuízos e limitações às funções ligadas à fala e à motricidade oral, o complexo formado pelo adequado funcionamento do esfíncter velofaringeano, ressonância e articulação são determinantes nos processos envolvidos na aquisição e desenvolvimento da fala, e as fissuras labiopalatinas sendo importantes comprometedores destes sistemas. DISTÚRBIOS AUDITIVOS: Frequentemente, encontram-se ligadas aos transtornos da tuba auditiva em indivíduos com FLP. A tuba auditiva (TA) é um canal que faz ligação entre a cavidade timpânica e a nasofaringe; O músculo tensor do véu palatino é responsável pela abertura da TA, fazendo com que ocorra um movimento de abaixamento da porção anterior do véu, durante o processo de deglutição. Devido a isso, a integridade do palato e das estruturas que o compõem deve estar perfeita para que esse mecanismo ocorra com sucesso. DENTES: Se relacionam devido a anatomia que possibilita desenvolvimento de germes dentários e alterações nos dentes superiores. treacher-collins A síndrome de Treacher Collins é uma doença genética que afeta com mais frequência os ossos da face, a mandíbula, o queixo e as orelhas. Os sintomas incluem olhos inclinados para baixo, mandíbula e queixo muito pequenos, perda auditiva e perda de visão. Alguns bebês podem nascer com um buraco no céu da boca (fenda palatina). O tratamento concentra-se na correção da estrutura facial e pode envolver cirurgia plástica e cuidados dentais e ortodônticos. pierre-robin A síndrome de Pierre Robin, também conhecida por "sequência de Pierre Robin", é uma doença rara que se caracteriza por anomalias faciais como mandíbula diminuída, queda da língua para a garganta, obstrução das vias pulmonares e fenda no palato. Esta doença está presente desde o nascimento. Crouzon A síndrome de Crouzon, também conhecida por disostose crânio-facial, é uma doença rara onde há um fechamento prematuro das suturas do crânio, o que leva a diversas deformidades cranianas e faciais. Estas deformidades também pode gerar alterações em outros os sistemas do corpo, como visão, audição ou respiração. APERT A Síndrome de Apert é uma doença genética de herança autossômica dominante, que tem como principais características: a acrocefalia devido à sinostose da sutura coronária e o sindactilismo onde na maioria das vezes é simétrico, envolvendo as quatro extremidades. Histologia das VAS Cavidades Nasais São câmaras separadas por um Septo Ósseo e Cartilaginoso. Possuem duas regiões: Basal, que repousa sobre os Palatos Duro e Mole; e Apical, que aponta em direção à Fossa Craniana Anterior. O Arcabouço Esquelético das Cavidades Nasais é formado por ossos e cartilagens, localizados, predominantemente, na região central do crânio. Cada cavidade ou câmara comunica-se anteriormente com o ambiente externo através das Narinas Anteriores, posteriormente com a Nasofaringe, através das coanas, e lateralmente com os Seios Paranasais e o Ducto Nasolacrimal. Vestíbulo Nasal É uma porção dilatada da Cavidade Nasal que faz parte da Porção Externa do Nariz e se comunica com o ambiente externo. Seu revestimento é de Tecido Epitelial Pavimentoso Estratificado, além disso ocorrem as Glândulas Sebáceas, que produzem uma secreção que auxilia no processo de aprisionamento do material particulado. Onde os Vestíbulos Nasais terminam, ocorre uma modificação do Tecido Epitelial para Epitélio Pseudoestratificado Colunar Ciliado sem Glândulas Sebáceas com células caliciformes: Segmento Respiratório; SEGMENTO RESPIRATÓRIO é a maior parte do volume das Cavidades Nasais, sendo revestido pela Mucosa Respiratória, a qual contém um Epitélio Pseudoestratificado Colunar Ciliado. A Lâmina Própria subjacente é firmemente aderida ao Periósteo ou Pericôndrio do osso ou cartilagem subjacente. O Epitélio é composto por cinco tipos celulares: células ciliadas, células em escova, células caliciformes, células basais e granulares. A Lâmina Própria contém glândulas mucosas, muitas das quais exibem meias-luas serosas. Suas secreções suplementam aquelas das Células Caliciformes no Epitélio Respiratório. Segmento Olfatório Ele está localizado em parte da Cúpula da Cavidade Nasal e é revestido por uma Mucosa Olfatória Especializada, que corresponde a cerca de 10cm2 de área de superfície nos humanos, a Lâmina Própria da Mucosa Olfatória é diretamente contígua com o Periósteo do osso subjacente. Esse Tecido Conjuntivo contém vários Vasos Sanguíneos, Linfáticos, Nervos Olfatórios não Mielinizados, Nervos Mielinizados e Glândulas Olfatórias. O Epitélio Olfatório, assim como o epitélio do segmento respiratório, também é Pseudoestratificado, porém contém tipos celulares muito diferentes como: células receptoras olfatórias, células de sustentação, células basais, em escova e glândulas bowman. Anatomia das VAS Nariz PARTE EXTERNA: é a parte visível na face que e consiste em um arcabouço de sustentação de osso e de cartilagem hialina, recoberto com músculo e pele e revestimento de túnica mucosa. O esqueleto cartilagíneo da parte externa do nariz consiste numa cartilagem do septo nasal, que forma a parte anterior do septo nasal, os processos laterais dos ossos nasais e as paredes das narinas. Como o esqueleto é composto de cartilagem hialina apresenta certa FLEXIBILIDADE. As estruturas inferiores a parte externa têm como função: Aquecimento, umedecimento e filtração do ar que entra no nariz; Detecção dos estímulos olfatórios (odor); Modificação das vibrações da fala, a medida que passam pelas grandes câmaras ocas de ressonância (refere-se ao prolongamento, amplificação ou modificação do som, por meio da vibração). PARTE INTERNA: está além do vestíbulo do nariz, na face anterior do crânio, inferior ao osso nasal e superior a boca é vestido de músculo e túnica mucosa. A parte interna do nariz funde-se com a parte externa e, posteriormente, comunica-se com a faringe por meio de duas aberturas chamadas de cóanos. Presença de duetos provenientes dos seios paranasais (que drenam o muco) e os duetos lacrimonasais (que drenam as lágrimas) também se abrem na parte interna do nariz. O Ar ao entrar pelas narinas passa primeiro pelo vestíbulo, que é revestido por pele contendo pelos grossos que filtram grandes partículas de poeira. As CONCHAS NASAIS formam “prateleiras” que se dividem em conchas superior, média, inferior. A divisão das conchas nasais forma uma série de vias semelhantes a sucos que são chamadas de meatos. A disposição das conchas e meatos aumenta a área de superfície na parte interna do nariz (cavidade nasal) e impede a desidratação, aprisionando gotículas de água durante a expiração. Os receptores olfatórios situam-se na membrana que reveste as conchas nasais superiores e o septo adjacente, chamada de epitélio olfatório. Faringe É um tubo afunilado medindo aproximadamente 13 cm de comprimento que começa nos cóanos e se estende até o nível da cartilagem cricóidea, a cartilagem mais inferior da laringe (caixa de voz). Está situada posteriormente ás cavidades nasias e orais, superior a laringe e imediatamente anterior ás vertebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e é revestida por túnica mucosa, a presença de músculo é de extrema importância para a deglutição. A faringe funciona como uma passagem para o ar e o alimento, fornece uma câmara de ressonância para os sons da fala e aloja as tonsilas, que participam nas reações imunológicas contra invasores estranhos. É divida em: NASOFARINGE (PARTE NASAL): Parte superior, situada posteriormente à cavidade nasal e estende-se até o palato mole (parte posterior do teto da boca formando uma partição muscular arqueadaentre as partes nasal e oral da faringe), revestida por túnica mucosa. Existem 5 aberturas na sua parede: 2 cóanos, duas aberturas que conduzem às tubas auditivas (comumente conhecidas como tubas de Eustáquio) e 2 aberturas na parte oral da faringe. Contém a tonsila faríngea. A parte nasal da faringe também troca pequenas quantidades de ar com as tubas auditivas, para equalizar a pressão do ar entre a faringe e a orelha média. OBS: À medida que o ar inalado rodopia em tomo das conchas e meatos, é aquecido pelo sangue nos capilares à temperatura do corpo para não danificar os alvéolos. O muco produzido pelas células caliciformes umedece o ar e prende as partículas de poeira, a drenagem dos duetos lacrimonasais OROFARINGE (PARTE ORAL): Situa-se posteriormente à cavidade oral, e estende-se do palato mole, inferiormente até o nível do osso hiloide. Possui apena 1 abertura as FAUCES, a abertura da cavidade oral. Essa parte da faringe possui funções respiratória e digestiva, atuando como uma passagem comum para o ar, alimento e líquidos. Contém dois pares de tonsilas, as tonsilas palatinas e as tonsilas linguais, são encontradas na parte oral da faringe. LARINGOFARINGE (PARTE LARÍNGEA DA FARINGE): Parte inferior da faringe começa no nível do hilóide. Na sua extremidade inferior, abre-se no esôfago, posteriormente, e na laringe, anteriormente. Como a parte oral da faringe, a parte laríngea é uma via respiratória e digestiva, e é revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Laringe É um órgão de produção da voz, formado por nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos e contém pregas vocais. A laringe está situada na região anterior do pescoço. Une a parte inferior da faringe e à traqueia, embora seja conhecida mais frequentemente por seu papel como o mecanismo fonador para produção de voz, sua função mais importante é proteger as vias respiratórias, sobretudo durante a deglutição, quando serve como “esfíncter” ou “válvula” do SRI. CARTILAGEM TIREÓIDEA: é a maior das cartilagens; A parte inferior de suas lâminas FUNDEM-SE para formar a proeminência laríngea→Pomo de Adão. CARTILAGEM CRICÓIDEA: tem o formato de um anel de sinete com o aro voltado anteriormente. CARTILAGENS ARITENÓIDEAS: são cartilagens piramidais pares, com três lados, que se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea. CARTILAGEM EPIGLÓTICA: formada por cartilagem elástica, confere flexibilidade à epiglote, uma cartilagem em forma de coração coberta por túnica mucosa. CARTILAGENS CORNICULADA E CUNEIFORME: apresentam-se como pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas. O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para cada ventrículo revestida por glândulas mucosas. CAVIDADE INFRAGLÓTICA: a cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea onde é contínua com o lúmen da traqueia. As pregas vocais controlam a produção do som. O ápice de cada prega cuneiforme projeta-se medialmente para a cavidade da laringe. Cada prega vocal contém um musculo e um ligamento. As pregas produzem vibrações quando suas margens livres estão justapostas durante a fonação. Também são o principal esfíncter respiratório da laringe quando estão fechadas. A glote é formada pelas pregas e processos vocais, com a rima e a abertura entre as pregas; Durante a respiração comum, a rima é estreita e na expiração é larga. MÚSCULO INTRÍNSECOS: regula tensão das pregas vocais e produz abertura e fechamento da glote e rima. Seios Paranasais São extensões do Segmento Respiratório da Cavidade Nasal, sendo revestidos por Epitélio Respiratório que são preenchidos com ar. Os Seios são designados de acordo com o osso no qual são encontrados (Ossos Etmoide, Frontal, Esfenoide e Maxilar). Os seios se comunicam com as Cavidades Nasais através de estreitas aberturas na Mucosa Respiratória. Patologias das VAS Desvio de septo O desvio de septo ocorre quando a estrutura que separa as duas narinas não é reta. O problema só requer atenção quando interfere na função de respirar. O desvio de septo pode ser assintomático ou provocar graus variados de obstrução nasal e, como consequência, retenção das secreções, rinossinusite crônica e sangramentos. Respiração pela boca, dificuldade para dormir, apneia do sono, roncos, cansaço, dores de cabeça e na face. Rino sinusite É a inflamação dos seios paranasais. Pode ser aguda, quando dura menos de 12 semanas ou crônica quando dura mais de 12 semanas. Pode ser desencadeada por patógenos ou devido a alergias, advindas de poeiras. CONTEXTUALIZAÇÃO: A variação na tensão e no comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório produz alterações na altura da voz. A menor amplitude de altura da voz de homens pós-púberes resulta do maior comprimento das pregas vocais. As mulheres, por exemplo, em geral têm a voz mais fina que a dos homens. “Normalmente, a laringe feminina é mais curta e a prega vocal naturalmente mais tensa”, Sinais e Sintomas: comuns são a obstrução nasal e a sensação de congestão facial, dores faciais em peso, rinorreia mucopurulenta, hiposmia ou anosmia (critérios maiores) e eventualmente plenitude auricular, cefaleia, dor dentária, tosse e irritação faríngea. Hipertrofia Tonsilar Adenoide É o nome dado a dois pequenos aglomerados de tecido linfoide que ficam localizados entre a parte de trás do nariz e acima da garganta, na região conhecida como rinofaringe. Todos nascemos com adenoide, portanto ela é uma forma de proteção e defesa dor organismo contra partículas aéreas, vírus e bactérias que se acumulam no nariz e na garganta. Outros problemas de adenoide são a adenoidite, uma infecção viral ou bacteriana da região, e a adenoidite de repetição quando ela ocorre diversas vezes. Além destes, é estudada a possibilidade da adenoide atuar também como foco de cultura de bactéria para os seios da face, o que poderia estar relacionado à sinusite de repetição. Dependendo do volume das adenoides, estas podem obstruir a tuba auditiva e levar a quadros de otite média. A obstrução nasal causada pela adenoide leva à respiração oral e distúrbio respiratório do sono. Laringite É uma inflamação da laringe, mais frequentemente provocada por uma infecção respiratória ou por irritantes, como a fumaça do cigarro. A inflamação das pregas vocais provoca rouquidão ou perda da voz, interferindo com a contração das pregas vocais ou fazendo com que elas inchem até o ponto de não vibrarem livremente. Muitos fumantes crônicos adquirem uma rouquidão permanente, a partir do dano provocado pela inflamação crônica. Proteção das VAS A produção de muco O APARELHO MUCOCILIAR consiste em um revestimento mucoso que recobre as vias aéreas e seu acoplamento mecânico às Células Ciliadas, que são Células Epiteliais Pseudoestratificadas Cilíndricas Ciliadas. O batimento rítmico dos Cílios provoca remoção do Muco e partículas estranhas inaladas. Essas células mantém o nível do Líquido/Fluido Periciliar, uma camada de água e eletrólitos onde os cílios estão inseridos. A camada de Muco fica sobre a camada de Líquido Periciliar e é composta de uma mistura complexa de macromoléculas e eletrólitos. A COMPOSIÇÃO DO MUCO se da por: 95% de água, 3% de elementos orgânicos, como Mucina e glicopeptídeos secretados pelas Células Caliciformes, e 2% de elementos minerais (íons Cl-, Na+, K+, Mg, etc.). A Albumina é a proteína mais abundante no Muco Nasal. Capilares fenestrados por baixo da Membrana Basal do Epitélio e das Glândulas Submucosas, permite a passagem das Proteínas Plasmáticas para a RegiãoIntersticial. As secreções nasais são uma mistura de Exsudado Plasmático, Muco e Material Seromucoso das glândulas da Lâmina Própria. Além disso, conta com a presença de células inflamatórias, tais como: Macrófagos, Basófilos, Mastócitos e Eosinófilos, cujas concentrações variam nos diferentes estados patológicos. Sua SÍNTESE ocorre por função de 4 células: Células serosas; secretam componentes de defesa (losozima e lactoferrina) além da secreção de h2o e íons. Células Ciliadas, constituintes de defesa, além de regular o conteúdo do muco. Células de Clara; secretam componentes do muco e Apoproteínas. Células Caliciformes; secretam a porção mais viscosa do muco e estão presentes principalmente nas mucosas do Epitélio Respiratório da Cavidade Nasal, Traqueia e Brônquios. O CONTROLE DA PRODUÇÃO de secreção nasal depende do Sistema Nervoso Autônomo, no qual estímulos Parassimpáticos promovem o aumento do volume das secreções. Estruturas Diversas Os mecanismos de defesa do aparelho respiratório envolvem uma série de fatores que atuam na remoção de partículas inaladas e micro-organismos. A Barreira Mecânica é o primeiro mecanismo de defesa e, junto com o Sistema Imunológico, atua com o objetivo de proteger os pulmões contra as infecções, bem como os mecanismos da Imunidade Inata e Adquirida. Essa barreira inicia-se nas narinas, que por meio dos cílios e turbilhonamento aéreo, dificultam a passagem de micro-organismos, seguidos pelo fechamento da Glote. Caso não aja corretamente, outros mecanismos, como a Filtração Aerodinâmica e o Sistema de Transporte Mucociliar são necessários. As variações do comprimento Brônquico durante a respiração auxiliam na propulsão das secreções em direção ao Hilo Pulmonar. Ademais, a promoção da filtração e condicionamento (aquecimento e umidificação) do ar inspirado auxilia na manutenção das Trocas Gasosas na Superfície Alveolar, de modo a evitar o máximo possível a entrada de material nocivo nos Alvéolos. A FILTRAÇÃO AERODINÂMICA: envolve a deposição de partículas na Camada Mucosa das Vias Aéreas e está relacionada com as dimensões dos materiais particulados inalados. O SISTEMA DE DEPURAÇÃO MUCOCILIAR é composto de 3 componentes importantes: Os cílios das células que movimentam as partículas estranhas em direção ascendente. O Líquido Periciliar que possui íons Na e Cl que são mediados em reação a inflamações e protegem a via aérea. E o muco que tem a capacidade de aprisionar o material inalado, esse sistema só ocorre se houver balanço adequado dos cílios e líquidos no trato. Resposta inata Principais componentes são fagócitos (neutrófilos e macrófagos), células natual-killer e células dendríticas. Além dos receptores Toll-LIKE, PAMPS. Ligação entre TOLL e PAMP ativa o fator nuclear NK-kB que expressa citocinas – il2,6,8,12,16 e TNF alfa (ativa as respostas celulares). Os macrófagos alveolares fazem a primeira linha de defesa, fagocitam partículas e moléculas estranhas e produzem Oxigênio reativo e aumentam a atividade enzimática dos lisossomos, após isso, lega para o sistema de transporte mucociliar. Células NK: ficam no interstício pulmonar, liberando seus grânulos enzimáticos, que produzem poros nas células invasoras. Resposta Adaptativa Em algumas circunstâncias, os macrófagos não são capazes de destruir certas partículas – levam elas para os broquiolos terminais (calcanhar de aquiles). As partículas de sílica não são removidas dessa região pelo Sistema de Transporte Mucociliar; por essa razão, se acumulam e penetram o Interstício Pulmonar, o que produz Reação Inflamatória semelhante à Granulomatosa, à Fibrose e à Doença Pulmonar Restritiva. Celular: Mediada por linfócitos T, quando microrganismos sobrevivem dentro das células, são levados para os TCD4 dos linfócitos B (produtores de anticorpos/plasmócitos) e TCD8 citotóxicos. Humoral: principal resposta contra bactérias extracelulares por meio do bloqueio, neutralização e opsonização. O muco das VAS contém muito IGA, enquanto que tem menos nas VAI. Os mecanismos utilizados pelos anticorpos incluem a neutralização, a opsonização, a fagocitose e a ativação da Via Clássica do Complemento. Enquanto a neutralização é mediada pelos isótopos IgG e IgA de alta afinidade, a opsonização é feita por algumas subclasses de IgG. Já a ativação do complemento é mediada pela IgM e subclasses de IgG. Granuloma (recurso final): quando estes mecanismos de defesa se mostram insuficientes para eliminar ou destruir o agente agressor – como ocorre, por exemplo, com o Bacilo Tuberculoso (Mycobacterium leprae) – permanecendo o material insolúvel depositado nos tecidos, o recurso defensivo final se dá, via de regra, pela formação de Granuloma, no sentido de cercar o processo inflamatório em andamento. Tonsilas As tonsilas palatinas e faríngea são órgãos linfoides imunologicamente reativos, que manifestam anticorpos específicos e atividade de células B e T em resposta a uma variedade de antígenos, desempenhando funções de imunidade humoral e celular. Elas possuem sua mucosa própria e nódulos linfáticos secundários e primários, dependendo das infecções as tonsilas como a faríngea podem se hipertrofiar o que causa sintomas da adenoidite. A fonação Mecanismo A túnica mucosa da laringe forma 2 pares de pregas: 1 par superior, chamado de pregas vestibulares (pregas vocais falsas) e 1 par inferior, chamado de pregas vocais (pregas vocais verdadeiras) e o espaço entre as pregas vestibulares é denominado como RIMA do vestíbulo. Os músculos intrínsecos da laringe se prendem à cartilagem rígida e às pregas vocais. Quando os músculos se contraem, tracionam os ligamentos elásticos firmemente e esticam as pregas vocais nas vias respiratórias, de forma que a rima da glote é estreitada. Se o ar for direcionado contra as pregas vocais, elas vibram e produzem sons (fonação), formando ondas sonoras na coluna de ar na faringe, nariz e boca. Quanto maior a pressão do ar, mais alto o som. A altura do som é controlada pela tensão nas pregas vocais. Se são esticadas pelos músculos, vibram mais rapidamente, resultando em um tom mais alto. Em razão da influência dos androgênios (hormônios sexuais masculinos), as pregas vocais, normalmente, são mais grossas e mais longas nos homens do que nas mulheres e, consequentemente, vibram mais lentamente. Essa é a razão pela qual a voz do homem, geralmente, tem uma amplitude sonora menor do que a de uma mulher. Vocalização A fala envolve não apenas o sistema respiratório, mas também centros específicos de controle da fala no córtex cerebral, centros de controle respiratórios no cérebro; estruturas de articulação e ressonância da boca e cavidades nasais. A fala é composta de duas funções mecânicas: (1) fonação, que é realizada pela laringe; e (2) articulação, que é obtida pelas estruturas da boca. ELEMENTOS VIBRADORES: pregas vocais. Durante a respiração normal, as cordas estão muito abertas para facilitar a passagem de ar. Durante a fonação, as cordas se movem juntas, de modo que a passagem de ar entre elas cause vibração. RESSONADORES: a cavidade nasal (envolvendo o nariz), seios paranasais e a boca. É como se elas exercem uma função de condução e de “repetição” do som próximo a sua emissão natural, porém exerce um aumento de amplitude do som. ARTICULADORES: lábios, língua e palato mole. Condições biofísicas PRINCÍPIO DE BERNOULI: Se aumentamos a velocidade do fluxo, a pressão diminuirá. Assim, havendo constrição local do sistema tubular- como seria o caso das pregas vocais da laringe- produz-se diminuição da pressão perpendicular ao fluxo de ar, no entanto se incrementa(aumenta) a velocidade do fluxo aéreo. Isso acontece por que as partículas de AR armazenam mais a Vibração na área estreita do sistema tubular. TEORIA MIOELÁSTICA DE VAN BERG: A fonação é resultado do inter-relacionamento das forças mioelásticas laríngeas (elásticas, pela propriedade biofísica das pregas, e mio, pela interferência interposta pelos músculos laringeos) com as forças aerodinâmicas geradas na respiração. EFEITO VENTURI: Sabe-se que as cordas vocais são dotadas de elasticidade e matem-se tensas pela ação dos músculos da laringe. Ali, o movimento do ar em alta velocidade reduz a pressão lateral exercida sobre as cordas vocais (Efeito Venturi),favorecendo a ação oclusiva dos músculos da laringe e promovendo o fechamento do espaço entre as cordas vocais. OBS: Outras estruturas são necessárias para converter o som em fala reconhecível. A faringe, a boca, a cavidade nasal e os seios paranasais, todos, atuam como câmaras de ressonância, que dão à voz sua qualidade humana e individual, e conforme o tamanho da cavidade oral muda suas qualidades de ressonância se alteram. Disfonias Gerais RESFRIADO E GRIPE: Ambos podem causar inchaço e inflamação das pregas vocais, alterando seu padrão vibratório e desencadeando a rouquidão. O Ato de tossir indica um fator de traumatismo na laringe, pois causam um contato brusco e explosivo das pregas vocais. ROUQUIDÃO é uma consequência de um mau funcionamento da laringe e, na grande maioria das vezes, acontece por alterações das cordas vocais, mas sua causa pode também se localizar nas estruturas próximas. Disfonias Funcionais É distúrbio vocal sem alteração anatômica, neurológica ou outras causas. PSICOGÊNICA: fatores psicoemocionais, estresse psicológico. Os principais tipos são: disfonia de conversão e falsete mutacional. USO INDEVIDO/ABUSIVO DA VOZ: apresenta quadro de hiperfunção laríngea que pode ser secundária ao aumento da tensão muscular ou abuso vocal resultante de hábitos comportamentais como pigarrear, cantar, falar alto ou uso profissional da voz. Disfonia de tensão muscular: emissão vocal sob tensão excessiva dos músculos da laringe. Refluxo gástrico, estresse e abuso da voz causam. Fadiga vocal evolui. Disfonia plica-ventricularis: disfonia ventricular – voz grave e rouca. IDIOPÁTICA: causa não identificada. se caracteriza por uma adução de pregas vocais durante a inspiração quando na verdade deveriam estar abduzidas, resultando em estridor. Muitas vezes pode ser diagnosticada erroneamente como asma de difícil controle. Disfonias Estruturais PRIMÁRIA: disfonias decorrentes de lesões que independem do uso inadequado da voz para seu estabelecimento. Incluem-se aqui doenças inflamatórias, infecciosas, neoplasias, mal formações congênitas, lesões traumáticas, doenças sistêmicas e disfunções do sistema nervoso central e periféricas SECUNDÁRIA: lesões consideradas decorrentes de distúrbios funcionais, como nódulos, pólipos e edemas. São também chamadas de lesões fonotraumáticas da laringe. Em geral a tratamento destas lesões requerem a fonoterapia pré ou pós-operatória, ou ambas, para garantir um bom resultado cirúrgico.
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