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As vias áreas superiores

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gabi_fran_ 
Gabrielle França, CESUPA 2021 
Embriologia da VAS 
Formação do nariz 
Os primórdios da face começam a aparecer no 
início da quarta semana em torno do grande 
estomodeu primitivo. O desenvolvimento da face 
depende da influência indutora dos centros 
organizadores do prosencéfalo e do 
rombencéfalo. 
Os cinco primórdios da face que aparecem 
como saliências em torno do estomodeu são: 
Uma saliência frontonasal, o par de saliências 
maxilares e o par de saliências mandibulares. 
Os pares de saliências da face derivam do 
primeiro par de arcos faríngeos. 
 
 
 
As saliências são produzidas 
predominantemente pela proliferação de células 
da crista neural, que migram das pregas neurais 
das regiões do mesencéfalo inferior e do 
rombencéfalo superior para os arcos durante a 
quarta semana. Estas células são a fonte 
principal dos componentes do tecido conjuntivo, 
inclusive da cartilagem, dos ossos e dos 
ligamentos nas regiões facial e oral. 
Estas cinco saliências faciais são centros de 
crescimento ativo do mesênquima subjacente. 
Este tecido conjuntivo embrionário é contínuo 
de uma saliência à outra. O desenvolvimento 
facial ocorre sobretudo entre a quarta e a oitava 
semana. Ao final do período embrionário, a face 
tem um aspecto inquestionavelmente humano. 
Ao final da quarta semana, espessamentos 
ovalados bilaterais do ectoderma superficial — 
placóides nasais —, os primórdios do nariz e das 
cavidades nasais, desenvolveram-se nas partes 
ínfero-laterais da SFN. O mesênquima das 
margens dos placóides prolifera, produzindo 
elevações em forma de ferradura — saliências 
nasais mediais e laterais. Como resultado eles 
ficam no fundo de depressões — as fossetas 
nasais, que são os primórdios das narinas e das 
cavidades nasais. 
A proliferação do mesênquima nas saliências 
maxilares faz com que estas aumentem de 
tamanho e cresçam medialmente em direção 
uma à outra e às saliências nasais. A migração 
medial das saliências maxilares desloca as 
saliências nasais mediais em direção ao plano 
mediano e uma em direção à outra, entre a 7a e 
a 10a semana. 
A fusão destas saliências requer a 
desintegração dos epitélios superficiais, isto 
resulta na mistura das células mesenquimais 
subjacentes. 
 
 
 
Inicialmente, os sacos nasais estão separados 
da cavidade oral pela membrana oronasal. Esta 
membrana se rompe ao final da sexta semana, 
fazendo com que as cavidades nasal e oral se 
comuniquem. Um tampão epitelial temporário 
forma-se na cavidade nasal pela proliferação das 
células que a revestem. Entre 13 e 15 semanas, 
este tampão é reabsorvido e desaparece. 
Formação dos palatos 
As regiões de continuidade entre as cavidades 
nasal e oral são as coanas primitivas, situadas 
posteriormente ao palato primário. A 
palatogênese inicia-se no final da quinta semana; 
entretanto, o desenvolvimento do palato não se 
completa antes da 12a semana. 
No início da sexta semana, o palato primário 
— processo palatino mediano — começa a se 
desenvolver. Inicialmente, este segmento, 
formado pela fusão das saliências nasais mediais, 
é uma massa de mesênquima em forma de 
cunha entre as superfícies internas das saliências 
maxilares das maxilas em desenvolvimento. 
 
O palato secundário é o primórdio das partes 
duras e moles do palato. O palato secundário 
começa a se desenvolver no início da sexta 
semana, a partir de duas projeções 
mesenquimais que se estendem das faces 
internas das saliências maxilares. Inicialmente, 
estas estruturas — os processos palatinos 
laterais ou prateleiras palatais — se projetam 
ínfero-medialmente a cada lado da língua. 
 Durante a sétima e a oitava semana, os 
processos palatinos laterais se alongam e 
ascendem para uma posição horizontal superior 
à da língua, processo possibilitado pelo ácido 
hialurônico vindo do mesênquima. 
 
 
 
O septo nasal desenvolve-se como um 
crescimento para baixo a partir das partes 
internas das saliências nasais mediais fundidas. A 
fusão entre o septo nasal e os processos 
palatinos começa pela parte anterior, durante a 
nona semana, e termina pela parte posterior, na 
12a semana, superior ao primórdio do palato 
duro. 
Formação dos lábios 
Recentes estudos clínicos e embriológicos 
sugerem que o lábio superior é totalmente 
formado a partir das saliências maxilares. As 
porções inferiores das saliências nasais mediais 
parecem se tornar posicionadas profundamente 
e ser recobertas por extensões mediais das 
saliências maxilares para formarem o filtro. 
Os lábios e as gengivas começam a se 
desenvolver quando o ectoderma forma um 
espessamento linear, a lâmina lábiogengival. 
 
Malformações 
Fenda/fissura labial 
As fendas do lábio superior e do palato são as 
anomalias craniofaciais mais comuns. As fendas 
que envolvem o lábio superior, com ou sem 
fenda palatina, ocorrem em cerca de um em 
cada 1.000 nascimentos; entretanto, sua 
freqüência varia amplamente entre os grupos 
étnicos; 60% a 80% das crianças afetadas são do 
sexo masculino. 
A FENDA LABIAL UNILATERAL do lábio superior 
resulta da falta de fusão da saliência maxilar do 
lado afetado com as saliências nasais mediais 
fundidas. Isto resulta da não-fusão das massas 
mesenquimais e da não-proliferação do 
mesênquima para preencher e tornar o epitélio 
de revestimento com superfície mais regular, isto 
resulta em um sulco labial persistente. 
 
A FENDA LABIAL BILATERAL resulta da falta de 
união das massas mesenquimais das saliências 
maxilares com as saliências nasais mediais 
fundidas. O epitélio em ambos os sulcos é 
esticado e se rompe. Nos casos bilaterais, os 
defeitos podem ser distintos e apresentar graus 
variáveis a cada lado. Quando ocorre uma fenda 
bilateral completa do lábio e da porção alveolar 
da maxila, o segmento intermaxilar fica suspenso, 
solto, e se projeta anteriormente. 
 
 
A FENDA MEDIANA DO LÁBIO SUPERIOR é um 
defeito extremamente raro resultante da 
deficiência mesenquimal que causa a falta de 
fusão parcial ou completa das saliências nasais 
mediais, o que impede a formação do segmento 
intermaxilar. 
Fenda / fissura palatina 
A fenda palatina com ou sem fenda labial 
ocorre uma vez em cada 2.500 nascimentos e é 
mais comum no sexo feminino que no masculino. 
Essa FENDA pode envolver somente a úvula; a 
úvula fendida tem uma aparência de cauda de 
peixe. A fenda pode também se estender pelas 
regiões mole e dura do palato. Nos casos graves, 
associados à fenda Iabial, a fenda no palato se 
estende por toda a porção alveolar da maxila e 
pelos lábios em ambos os lados, 
 
Uma FENDA PALATINA COMPLETA indica o 
grau máximo de fenda de qualquer tipo; por 
exemplo, uma fenda completa do palato 
posterior é uma anomalia na qual a fenda se 
estende por todo o palato mole e, anteriormente, 
até a fossa incisiva. O marco de distinção entre 
as anomalias das fendas anteriores e posteriores 
é a fossa incisiva. 
 
As causas e repercussões 
EMBRIOLOGIA: o desenvolvimento... 
 
 
DISFAGIA: Portadores de fissura labial e/ou 
palatina possuem dificuldades funcionais nos 
mecanismos de deglutição, sucção, mastigação e 
fonação devido às alterações anatômicas do 
sistema estomatognático, para que haja uma 
deglutição segura, faz-se necessário que as 
estruturas envolvidas estejam íntegras, que 
aconteça uma correta sincronia entre as suas 
fases, que não ocorram estases, presença do 
alimento na cavidade oral e/ou faríngea, e que 
haja um correto fechamento glótico para 
proteção das vias aéreas, impedindo que ocorra 
escape do alimento para o trato respiratório. 
DISFONIA: Uma vez que este é o principal 
órgão envolvido na articulação e produção de 
muitos fonemas, como /p/, /b/, /m/, /f/ e /v/, 
torna-se claro que estes estarão alterados, quiçá 
ausentes, nos pacientes portadores dessa 
anomalia. As fissuras que envolvem o palato 
também trazemimportantes prejuízos e 
limitações às funções ligadas à fala e à 
motricidade oral, o complexo formado pelo 
adequado funcionamento do esfíncter 
velofaringeano, ressonância e articulação são 
determinantes nos processos envolvidos na 
aquisição e desenvolvimento da fala, e as 
fissuras labiopalatinas sendo importantes 
comprometedores destes sistemas. 
DISTÚRBIOS AUDITIVOS: Frequentemente, 
encontram-se ligadas aos transtornos da tuba 
auditiva em indivíduos com FLP. A tuba auditiva 
(TA) é um canal que faz ligação entre a cavidade 
timpânica e a nasofaringe; O músculo tensor do 
véu palatino é responsável pela abertura da TA, 
fazendo com que ocorra um movimento de 
abaixamento da porção anterior do véu, durante 
o processo de deglutição. Devido a isso, a 
integridade do palato e das estruturas que o 
compõem deve estar perfeita para que esse 
mecanismo ocorra com sucesso. 
DENTES: Se relacionam devido a anatomia que 
possibilita desenvolvimento de germes dentários 
e alterações nos dentes superiores. 
treacher-collins 
A síndrome de Treacher Collins é uma doença 
genética que afeta com mais frequência os ossos 
da face, a mandíbula, o queixo e as orelhas. Os 
sintomas incluem olhos inclinados para baixo, 
mandíbula e queixo muito pequenos, perda 
auditiva e perda de visão. Alguns bebês podem 
nascer com um buraco no céu da boca (fenda 
palatina). O tratamento concentra-se na 
correção da estrutura facial e pode envolver 
cirurgia plástica e cuidados dentais e 
ortodônticos. 
pierre-robin 
A síndrome de Pierre Robin, também conhecida 
por "sequência de Pierre Robin", é uma doença 
rara que se caracteriza por anomalias faciais 
como mandíbula diminuída, queda da língua 
para a garganta, obstrução das vias pulmonares 
e fenda no palato. Esta doença está presente 
desde o nascimento. 
 
Crouzon 
A síndrome de Crouzon, também conhecida por 
disostose crânio-facial, é uma doença rara onde 
há um fechamento prematuro das suturas do 
crânio, o que leva a diversas deformidades 
cranianas e faciais. Estas deformidades também 
pode gerar alterações em outros os sistemas do 
corpo, como visão, audição ou respiração. 
 
 
APERT 
A Síndrome de Apert é uma doença genética de 
herança autossômica dominante, que tem como 
principais características: a acrocefalia devido à 
sinostose da sutura coronária e o sindactilismo 
onde na maioria das vezes é simétrico, 
envolvendo as quatro extremidades. 
 
Histologia das VAS 
Cavidades Nasais 
São câmaras separadas por um Septo Ósseo e 
Cartilaginoso. Possuem duas regiões: Basal, que 
repousa sobre os Palatos Duro e Mole; e Apical, 
que aponta em direção à Fossa Craniana Anterior. 
O Arcabouço Esquelético das Cavidades Nasais é 
formado por ossos e cartilagens, localizados, 
predominantemente, na região central do crânio. 
Cada cavidade ou câmara comunica-se 
anteriormente com o ambiente externo através 
das Narinas Anteriores, posteriormente com a 
Nasofaringe, através das coanas, e lateralmente 
com os Seios Paranasais e o Ducto Nasolacrimal. 
Vestíbulo Nasal 
É uma porção dilatada da Cavidade Nasal que 
faz parte da Porção Externa do Nariz e se 
comunica com o ambiente externo. Seu 
revestimento é de Tecido Epitelial Pavimentoso 
Estratificado, além disso ocorrem as Glândulas 
Sebáceas, que produzem uma secreção que 
auxilia no processo de aprisionamento do 
material particulado. 
Onde os Vestíbulos Nasais terminam, ocorre 
uma modificação do Tecido Epitelial para Epitélio 
Pseudoestratificado Colunar Ciliado sem 
Glândulas Sebáceas com células caliciformes: 
Segmento Respiratório; 
SEGMENTO RESPIRATÓRIO 
é a maior parte do volume das Cavidades 
Nasais, sendo revestido pela Mucosa 
Respiratória, a qual contém um Epitélio 
Pseudoestratificado Colunar Ciliado. A Lâmina 
Própria subjacente é firmemente aderida ao 
Periósteo ou Pericôndrio do osso ou cartilagem 
subjacente. 
O Epitélio é composto por cinco tipos celulares: 
células ciliadas, células em escova, células 
caliciformes, células basais e granulares. A 
Lâmina Própria contém glândulas mucosas, 
muitas das quais exibem meias-luas serosas. 
Suas secreções suplementam aquelas das Células 
Caliciformes no Epitélio Respiratório. 
 
Segmento Olfatório 
Ele está localizado em parte da Cúpula da 
Cavidade Nasal e é revestido por uma Mucosa 
Olfatória Especializada, que corresponde a cerca 
de 10cm2 de área de superfície nos humanos, a 
Lâmina Própria da Mucosa Olfatória é 
diretamente contígua com o Periósteo do osso 
subjacente. 
Esse Tecido Conjuntivo contém vários Vasos 
Sanguíneos, Linfáticos, Nervos Olfatórios não 
Mielinizados, Nervos Mielinizados e Glândulas 
Olfatórias. O Epitélio Olfatório, assim como o 
epitélio do segmento respiratório, também é 
Pseudoestratificado, porém contém tipos 
celulares muito diferentes como: células 
receptoras olfatórias, células de sustentação, 
células basais, em escova e glândulas bowman. 
 
Anatomia das VAS 
Nariz 
PARTE EXTERNA: é a parte visível na face que e 
consiste em um arcabouço de sustentação de 
osso e de cartilagem hialina, recoberto com 
músculo e pele e revestimento de túnica mucosa. 
O esqueleto cartilagíneo da parte externa do 
nariz consiste numa cartilagem do septo nasal, 
que forma a parte anterior do septo nasal, os 
processos laterais dos ossos nasais e as paredes 
das narinas. Como o esqueleto é composto de 
cartilagem hialina apresenta certa FLEXIBILIDADE. 
As estruturas inferiores a parte externa têm 
como função: Aquecimento, umedecimento e 
filtração do ar que entra no nariz; Detecção dos 
estímulos olfatórios (odor); Modificação das 
vibrações da fala, a medida que passam pelas 
grandes câmaras ocas de ressonância (refere-se 
ao prolongamento, amplificação ou modificação 
do som, por meio da vibração). 
PARTE INTERNA: está além do vestíbulo do 
nariz, na face anterior do crânio, inferior ao osso 
nasal e superior a boca é vestido de músculo e 
túnica mucosa. A parte interna do nariz funde-se 
com a parte externa e, posteriormente, 
comunica-se com a faringe por meio de duas 
aberturas chamadas de cóanos. Presença de 
duetos provenientes dos seios paranasais (que 
drenam o muco) e os duetos lacrimonasais (que 
drenam as lágrimas) também se abrem na parte 
interna do nariz. 
 
O Ar ao entrar pelas narinas passa primeiro 
pelo vestíbulo, que é revestido por pele 
contendo pelos grossos que filtram grandes 
partículas de poeira. As CONCHAS NASAIS 
formam “prateleiras” que se dividem em 
conchas superior, média, inferior. 
 
A divisão das conchas nasais forma uma série 
de vias semelhantes a sucos que são chamadas 
de meatos. A disposição das conchas e meatos 
aumenta a área de superfície na parte interna 
do nariz (cavidade nasal) e impede a 
desidratação, aprisionando gotículas de água 
durante a expiração. Os receptores olfatórios 
situam-se na membrana que reveste as conchas 
nasais superiores e o septo adjacente, chamada 
de epitélio olfatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faringe 
É um tubo afunilado medindo 
aproximadamente 13 cm de comprimento que 
começa nos cóanos e se estende até o nível da 
cartilagem cricóidea, a cartilagem mais inferior 
da laringe (caixa de voz). Está situada 
posteriormente ás cavidades nasias e orais, 
superior a laringe e imediatamente anterior ás 
vertebras cervicais. 
Sua parede é composta de músculos 
esqueléticos e é revestida por túnica mucosa, a 
presença de músculo é de extrema importância 
para a deglutição. A faringe funciona como uma 
passagem para o ar e o alimento, fornece uma 
câmara de ressonância para os sons da fala e 
aloja as tonsilas, que participam nas reações 
imunológicas contra invasores estranhos. É 
divida em: 
NASOFARINGE (PARTE NASAL): Parte 
superior, situada posteriormente à cavidade 
nasal e estende-se até o palato mole (parte 
posterior do teto da boca formando uma 
partição muscular arqueadaentre as partes nasal 
e oral da faringe), revestida por túnica mucosa. 
Existem 5 aberturas na sua parede: 2 cóanos, 
duas aberturas que conduzem às tubas auditivas 
(comumente conhecidas como tubas de 
Eustáquio) e 2 aberturas na parte oral da faringe. 
Contém a tonsila faríngea. A parte nasal da 
faringe também troca pequenas quantidades de 
ar com as tubas auditivas, para equalizar a 
pressão do ar entre a faringe e a orelha média. 
OBS: À medida que o ar inalado rodopia em tomo 
das conchas e meatos, é aquecido pelo sangue nos 
capilares à temperatura do corpo para não danificar 
os alvéolos. O muco produzido pelas células 
caliciformes umedece o ar e prende as partículas de 
poeira, a drenagem dos duetos lacrimonasais 
OROFARINGE (PARTE ORAL): Situa-se 
posteriormente à cavidade oral, e estende-se do 
palato mole, inferiormente até o nível do osso 
hiloide. Possui apena 1 abertura as FAUCES, a 
abertura da cavidade oral. Essa parte da faringe 
possui funções respiratória e digestiva, atuando 
como uma passagem comum para o ar, alimento 
e líquidos. Contém dois pares de tonsilas, as 
tonsilas palatinas e as tonsilas linguais, são 
encontradas na parte oral da faringe. 
LARINGOFARINGE (PARTE LARÍNGEA DA 
FARINGE): Parte inferior da faringe começa no 
nível do hilóide. Na sua extremidade inferior, 
abre-se no esôfago, posteriormente, e na laringe, 
anteriormente. Como a parte oral da faringe, a 
parte laríngea é uma via respiratória e digestiva, 
e é revestida por epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado. 
 
Laringe 
 
É um órgão de produção da voz, formado por 
nove cartilagens unidas por membranas e 
ligamentos e contém pregas vocais. A laringe 
está situada na região anterior do pescoço. 
Une a parte inferior da faringe e à traqueia, 
embora seja conhecida mais frequentemente 
por seu papel como o mecanismo fonador para 
produção de voz, sua função mais importante é 
proteger as vias respiratórias, sobretudo 
durante a deglutição, quando serve como 
“esfíncter” ou “válvula” do SRI. 
 
CARTILAGEM TIREÓIDEA: é a maior das 
cartilagens; A parte inferior de suas lâminas 
FUNDEM-SE para formar a proeminência 
laríngea→Pomo de Adão. 
CARTILAGEM CRICÓIDEA: tem o formato de um 
anel de sinete com o aro voltado anteriormente. 
CARTILAGENS ARITENÓIDEAS: são cartilagens 
piramidais pares, com três lados, que se 
articulam com as partes laterais da margem 
superior da lâmina da cartilagem cricóidea. 
CARTILAGEM EPIGLÓTICA: formada por 
cartilagem elástica, confere flexibilidade à 
epiglote, uma cartilagem em forma de coração 
coberta por túnica mucosa. 
CARTILAGENS CORNICULADA E CUNEIFORME: 
apresentam-se como pequenos nódulos na parte 
posterior das pregas ariepiglóticas. 
 
O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se 
abre para cada ventrículo revestida por glândulas 
mucosas. 
CAVIDADE INFRAGLÓTICA: a cavidade inferior 
da laringe entre as pregas vocais e a margem 
inferior da cartilagem cricóidea onde é contínua 
com o lúmen da traqueia. As pregas vocais 
controlam a produção do som. O ápice de cada 
prega cuneiforme projeta-se medialmente para a 
cavidade da laringe. Cada prega vocal contém 
um musculo e um ligamento. 
 
As pregas produzem vibrações quando suas 
margens livres estão justapostas durante a 
fonação. Também são o principal esfíncter 
respiratório da laringe quando estão fechadas. A 
glote é formada pelas pregas e processos vocais, 
com a rima e a abertura entre as pregas; Durante 
a respiração comum, a rima é estreita e na 
expiração é larga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÚSCULO INTRÍNSECOS: regula tensão das 
pregas vocais e produz abertura e fechamento 
da glote e rima. 
Seios Paranasais 
São extensões do Segmento Respiratório da 
Cavidade Nasal, sendo revestidos por Epitélio 
Respiratório que são preenchidos com ar. Os 
Seios são designados de acordo com o osso no 
qual são encontrados (Ossos Etmoide, Frontal, 
Esfenoide e Maxilar). Os seios se comunicam 
com as Cavidades Nasais através de estreitas 
aberturas na Mucosa Respiratória. 
 
Patologias das VAS 
Desvio de septo 
O desvio de septo ocorre quando a estrutura 
que separa as duas narinas não é reta. O 
problema só requer atenção quando interfere na 
função de respirar. O desvio de septo pode ser 
assintomático ou provocar graus variados de 
obstrução nasal e, como consequência, retenção 
das secreções, rinossinusite crônica e 
sangramentos. Respiração pela boca, dificuldade 
para dormir, apneia do sono, roncos, cansaço, 
dores de cabeça e na face. 
Rino sinusite 
É a inflamação dos seios paranasais. Pode ser 
aguda, quando dura menos de 12 semanas ou 
crônica quando dura mais de 12 semanas. Pode 
ser desencadeada por patógenos ou devido a 
alergias, advindas de poeiras. 
CONTEXTUALIZAÇÃO: A variação na tensão e no 
comprimento das pregas vocais, na largura da 
rima da glote e na intensidade do esforço 
expiratório produz alterações na altura da voz. A 
menor amplitude de altura da voz de homens 
pós-púberes resulta do maior comprimento das 
pregas vocais. As mulheres, por exemplo, em 
geral têm a voz mais fina que a dos homens. 
“Normalmente, a laringe feminina é mais curta e 
a prega vocal naturalmente mais tensa”, 
 
Sinais e Sintomas: comuns são a obstrução 
nasal e a sensação de congestão facial, dores 
faciais em peso, rinorreia mucopurulenta, 
hiposmia ou anosmia (critérios maiores) e 
eventualmente plenitude auricular, cefaleia, dor 
dentária, tosse e irritação faríngea. 
Hipertrofia Tonsilar Adenoide 
É o nome dado a dois pequenos aglomerados 
de tecido linfoide que ficam localizados entre a 
parte de trás do nariz e acima da garganta, na 
região conhecida como rinofaringe. 
Todos nascemos com adenoide, portanto ela é 
uma forma de proteção e defesa dor organismo 
contra partículas aéreas, vírus e bactérias que se 
acumulam no nariz e na garganta. Outros 
problemas de adenoide são a adenoidite, uma 
infecção viral ou bacteriana da região, e a 
adenoidite de repetição quando ela ocorre 
diversas vezes. Além destes, é estudada a 
possibilidade da adenoide atuar também como 
foco de cultura de bactéria para os seios da face, 
o que poderia estar relacionado à sinusite de 
repetição. 
Dependendo do volume das adenoides, estas 
podem obstruir a tuba auditiva e levar a quadros 
de otite média. A obstrução nasal causada pela 
adenoide leva à respiração oral e distúrbio 
respiratório do sono. 
Laringite 
É uma inflamação da laringe, mais 
frequentemente provocada por uma infecção 
respiratória ou por irritantes, como a fumaça do 
cigarro. A inflamação das pregas vocais provoca 
rouquidão ou perda da voz, interferindo com a 
contração das pregas vocais ou fazendo com que 
elas inchem até o ponto de não vibrarem 
livremente. Muitos fumantes crônicos adquirem 
uma rouquidão permanente, a partir do dano 
provocado pela inflamação crônica. 
Proteção das VAS 
A produção de muco 
O APARELHO MUCOCILIAR consiste em um 
revestimento mucoso que recobre as vias aéreas 
e seu acoplamento mecânico às Células Ciliadas, 
que são Células Epiteliais Pseudoestratificadas 
Cilíndricas Ciliadas. O batimento rítmico dos 
Cílios provoca remoção do Muco e partículas 
estranhas inaladas. Essas células mantém o nível 
do Líquido/Fluido Periciliar, uma camada de água 
e eletrólitos onde os cílios estão inseridos. A 
camada de Muco fica sobre a camada de Líquido 
Periciliar e é composta de uma mistura complexa 
de macromoléculas e eletrólitos. 
A COMPOSIÇÃO DO MUCO se da por: 95% de 
água, 3% de elementos orgânicos, como Mucina 
e glicopeptídeos secretados pelas Células 
Caliciformes, e 2% de elementos minerais (íons 
Cl-, Na+, K+, Mg, etc.). A Albumina é a proteína 
mais abundante no Muco Nasal. Capilares 
fenestrados por baixo da Membrana Basal do 
Epitélio e das Glândulas Submucosas, permite a 
passagem das Proteínas Plasmáticas para a 
RegiãoIntersticial. 
 As secreções nasais são uma mistura de 
Exsudado Plasmático, Muco e Material 
Seromucoso das glândulas da Lâmina Própria. 
Além disso, conta com a presença de células 
inflamatórias, tais como: Macrófagos, Basófilos, 
Mastócitos e Eosinófilos, cujas concentrações 
variam nos diferentes estados patológicos. 
Sua SÍNTESE ocorre por função de 4 células: 
 Células serosas; secretam componentes de 
defesa (losozima e lactoferrina) além da 
secreção de h2o e íons. 
 
 Células Ciliadas, constituintes de defesa, 
além de regular o conteúdo do muco. 
 
 Células de Clara; secretam componentes 
do muco e Apoproteínas. 
 
 Células Caliciformes; secretam a porção 
mais viscosa do muco e estão presentes 
principalmente nas mucosas do Epitélio 
Respiratório da Cavidade Nasal, Traqueia e 
Brônquios. 
O CONTROLE DA PRODUÇÃO de secreção nasal 
depende do Sistema Nervoso Autônomo, no qual 
estímulos Parassimpáticos promovem o aumento 
do volume das secreções. 
Estruturas Diversas 
Os mecanismos de defesa do aparelho 
respiratório envolvem uma série de fatores que 
atuam na remoção de partículas inaladas e 
micro-organismos. A Barreira Mecânica é o 
primeiro mecanismo de defesa e, junto com o 
Sistema Imunológico, atua com o objetivo de 
proteger os pulmões contra as infecções, bem 
como os mecanismos da Imunidade Inata e 
Adquirida. 
Essa barreira inicia-se nas narinas, que por 
meio dos cílios e turbilhonamento aéreo, 
dificultam a passagem de micro-organismos, 
seguidos pelo fechamento da Glote. Caso não aja 
corretamente, outros mecanismos, como a 
Filtração Aerodinâmica e o Sistema de 
Transporte Mucociliar são necessários. 
As variações do comprimento Brônquico 
durante a respiração auxiliam na propulsão das 
secreções em direção ao Hilo Pulmonar. 
Ademais, a promoção da filtração e 
condicionamento (aquecimento e umidificação) 
do ar inspirado auxilia na manutenção das Trocas 
Gasosas na Superfície Alveolar, de modo a evitar 
o máximo possível a entrada de material nocivo 
nos Alvéolos. 
A FILTRAÇÃO AERODINÂMICA: envolve a 
deposição de partículas na Camada Mucosa das 
Vias Aéreas e está relacionada com as dimensões 
dos materiais particulados inalados. 
O SISTEMA DE DEPURAÇÃO MUCOCILIAR é 
composto de 3 componentes importantes: Os 
cílios das células que movimentam as partículas 
estranhas em direção ascendente. O Líquido 
Periciliar que possui íons Na e Cl que são 
mediados em reação a inflamações e protegem a 
via aérea. E o muco que tem a capacidade de 
aprisionar o material inalado, esse sistema só 
ocorre se houver balanço adequado dos cílios e 
líquidos no trato. 
Resposta inata 
Principais componentes são fagócitos 
(neutrófilos e macrófagos), células natual-killer e 
células dendríticas. Além dos receptores Toll-LIKE, 
PAMPS. Ligação entre TOLL e PAMP ativa o fator 
nuclear NK-kB que expressa citocinas – 
il2,6,8,12,16 e TNF alfa (ativa as respostas 
celulares). 
Os macrófagos alveolares fazem a primeira 
linha de defesa, fagocitam partículas e moléculas 
estranhas e produzem Oxigênio reativo e 
aumentam a atividade enzimática dos lisossomos, 
após isso, lega para o sistema de transporte 
mucociliar. Células NK: ficam no interstício 
pulmonar, liberando seus grânulos enzimáticos, 
que produzem poros nas células invasoras. 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Adaptativa 
Em algumas circunstâncias, os macrófagos não 
são capazes de destruir certas partículas – levam 
elas para os broquiolos terminais (calcanhar de 
aquiles). As partículas de sílica não são 
removidas dessa região pelo Sistema de 
Transporte Mucociliar; por essa razão, se 
acumulam e penetram o Interstício Pulmonar, o 
que produz Reação Inflamatória semelhante à 
Granulomatosa, à Fibrose e à Doença Pulmonar 
Restritiva. 
Celular: Mediada por linfócitos T, quando 
microrganismos sobrevivem dentro das células, 
são levados para os TCD4 dos linfócitos B 
(produtores de anticorpos/plasmócitos) e TCD8 
citotóxicos. 
Humoral: principal resposta contra bactérias 
extracelulares por meio do bloqueio, 
neutralização e opsonização. O muco das VAS 
contém muito IGA, enquanto que tem menos nas 
VAI. Os mecanismos utilizados pelos anticorpos 
incluem a neutralização, a opsonização, a 
fagocitose e a ativação da Via Clássica do 
Complemento. Enquanto a neutralização é 
mediada pelos isótopos IgG e IgA de alta 
afinidade, a opsonização é feita por algumas 
subclasses de IgG. Já a ativação do complemento 
é mediada pela IgM e subclasses de IgG. 
Granuloma (recurso final): quando estes 
mecanismos de defesa se mostram insuficientes 
para eliminar ou destruir o agente agressor – 
como ocorre, por exemplo, com o Bacilo 
Tuberculoso (Mycobacterium leprae) – 
permanecendo o material insolúvel depositado 
nos tecidos, o recurso defensivo final se dá, via 
de regra, pela formação de Granuloma, no 
sentido de cercar o processo inflamatório em 
andamento. 
Tonsilas 
As tonsilas palatinas e faríngea são órgãos 
linfoides imunologicamente reativos, que 
manifestam anticorpos específicos e atividade de 
células B e T em resposta a uma variedade de 
antígenos, desempenhando funções de 
imunidade humoral e celular. 
Elas possuem sua mucosa própria e nódulos 
linfáticos secundários e primários, dependendo 
das infecções as tonsilas como a faríngea podem 
se hipertrofiar o que causa sintomas da 
adenoidite. 
 
A fonação 
Mecanismo 
A túnica mucosa da laringe forma 2 pares de 
pregas: 1 par superior, chamado de pregas 
vestibulares (pregas vocais falsas) e 1 par inferior, 
chamado de pregas vocais (pregas vocais 
verdadeiras) e o espaço entre as pregas 
vestibulares é denominado como RIMA do 
vestíbulo. 
 
Os músculos intrínsecos da laringe se prendem 
à cartilagem rígida e às pregas vocais. Quando os 
músculos se contraem, tracionam os ligamentos 
elásticos firmemente e esticam as pregas vocais 
nas vias respiratórias, de forma que a rima da 
glote é estreitada. Se o ar for direcionado contra 
as pregas vocais, elas vibram e produzem sons 
(fonação), formando ondas sonoras na coluna de 
ar na faringe, nariz e boca. Quanto maior a 
pressão do ar, mais alto o som. 
A altura do som é controlada pela tensão nas 
pregas vocais. Se são esticadas pelos músculos, 
vibram mais rapidamente, resultando em um 
tom mais alto. 
Em razão da influência dos androgênios 
(hormônios sexuais masculinos), as pregas vocais, 
normalmente, são mais grossas e mais longas 
nos homens do que nas mulheres e, 
consequentemente, vibram mais lentamente. 
Essa é a razão pela qual a voz do homem, 
geralmente, tem uma amplitude sonora menor 
do que a de uma mulher. 
 
 
 
 
 
 
Vocalização 
A fala envolve não apenas o sistema 
respiratório, mas também centros específicos de 
controle da fala no córtex cerebral, centros de 
controle respiratórios no cérebro; estruturas de 
articulação e ressonância da boca e cavidades 
nasais. A fala é composta de duas funções 
mecânicas: (1) fonação, que é realizada pela 
laringe; e (2) articulação, que é obtida pelas 
estruturas da boca. 
ELEMENTOS VIBRADORES: pregas vocais. 
Durante a respiração normal, as cordas estão 
muito abertas para facilitar a passagem de ar. 
Durante a fonação, as cordas se movem juntas, 
de modo que a passagem de ar entre elas cause 
vibração. 
 
RESSONADORES: a cavidade nasal (envolvendo 
o nariz), seios paranasais e a boca. É como se 
elas exercem uma função de condução e de 
“repetição” do som próximo a sua emissão 
natural, porém exerce um aumento de 
amplitude do som. 
ARTICULADORES: lábios, língua e palato mole. 
 
Condições biofísicas 
PRINCÍPIO DE BERNOULI: Se aumentamos a 
velocidade do fluxo, a pressão diminuirá. Assim, 
havendo constrição local do sistema tubular-
como seria o caso das pregas vocais da laringe- 
produz-se diminuição da pressão perpendicular 
ao fluxo de ar, no entanto se incrementa(aumenta) a velocidade do fluxo aéreo. Isso 
acontece por que as partículas de AR armazenam 
mais a Vibração na área estreita do sistema 
tubular. 
 
TEORIA MIOELÁSTICA DE VAN BERG: A fonação 
é resultado do inter-relacionamento das forças 
mioelásticas laríngeas (elásticas, pela 
propriedade biofísica das pregas, e mio, pela 
interferência interposta pelos músculos laringeos) 
com as forças aerodinâmicas geradas na 
respiração. 
EFEITO VENTURI: Sabe-se que as cordas vocais 
são dotadas de elasticidade e matem-se tensas 
pela ação dos músculos da laringe. Ali, o 
movimento do ar em alta velocidade reduz a 
pressão lateral exercida sobre as cordas vocais 
(Efeito Venturi),favorecendo a ação oclusiva dos 
músculos da laringe e promovendo o 
fechamento do espaço entre as cordas vocais. 
OBS: Outras estruturas são necessárias para 
converter o som em fala reconhecível. A 
faringe, a boca, a cavidade nasal e os seios 
paranasais, todos, atuam como câmaras de 
ressonância, que dão à voz sua qualidade 
humana e individual, e conforme o tamanho da 
cavidade oral muda suas qualidades de 
ressonância se alteram. 
Disfonias Gerais 
RESFRIADO E GRIPE: Ambos podem causar 
inchaço e inflamação das pregas vocais, 
alterando seu padrão vibratório e 
desencadeando a rouquidão. O Ato de tossir 
indica um fator de traumatismo na laringe, pois 
causam um contato brusco e explosivo das 
pregas vocais. 
ROUQUIDÃO é uma consequência de um mau 
funcionamento da laringe e, na grande maioria 
das vezes, acontece por alterações das cordas 
vocais, mas sua causa pode também se localizar 
nas estruturas próximas. 
Disfonias Funcionais 
É distúrbio vocal sem alteração anatômica, 
neurológica ou outras causas. 
PSICOGÊNICA: fatores psicoemocionais, 
estresse psicológico. Os principais tipos são: 
disfonia de conversão e falsete mutacional. 
USO INDEVIDO/ABUSIVO DA VOZ: apresenta 
quadro de hiperfunção laríngea que pode ser 
secundária ao aumento da tensão muscular ou 
abuso vocal resultante de hábitos 
comportamentais como pigarrear, cantar, falar 
alto ou uso profissional da voz. 
 Disfonia de tensão muscular: emissão 
vocal sob tensão excessiva dos músculos 
da laringe. Refluxo gástrico, estresse e 
abuso da voz causam. Fadiga vocal evolui. 
 
 Disfonia plica-ventricularis: disfonia 
ventricular – voz grave e rouca. 
IDIOPÁTICA: causa não identificada. se 
caracteriza por uma adução de pregas vocais 
durante a inspiração quando na verdade 
deveriam estar abduzidas, resultando em 
estridor. Muitas vezes pode ser diagnosticada 
erroneamente como asma de difícil controle. 
Disfonias Estruturais 
PRIMÁRIA: disfonias decorrentes de lesões que 
independem do uso inadequado da voz para seu 
estabelecimento. Incluem-se aqui doenças 
inflamatórias, infecciosas, neoplasias, mal 
formações congênitas, lesões traumáticas, 
doenças sistêmicas e disfunções do sistema 
nervoso central e periféricas 
SECUNDÁRIA: lesões consideradas decorrentes 
de distúrbios funcionais, como nódulos, pólipos e 
edemas. São também chamadas de lesões 
fonotraumáticas da laringe. Em geral a 
tratamento destas lesões requerem a 
fonoterapia pré ou pós-operatória, ou ambas, 
para garantir um bom resultado cirúrgico.

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