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Glicogênio A glicemia é controlada o tempo inteiro porque temos regiões, como hemácias e o cérebro que utilizam muita glicose, precisam muito dela. Apesar de que o cérebro, em jejum prolongado, consegue oxidar corpos cetônicos. Em jejum o fígado não faz glicólise, apenas em hiperglicemia. Gordura, acido graxo, não vira glicose apesar de poder ser utilizado como fonte energética mas tem outros lugares que só usam glicose, então precisa sempre manter um nível assim de glicose. Quando a gente come, no pós prandial, a glicose ta sendo mantida ali no sangue pelos carboidratos da dieta. Depois de um tempo, a glicose entra nas células e baixa la no sangue, que é quando entramos no estado de jejum. O jejum tem dois momentos, o curto e o prolongado. O curto é quando você fica cerca de 4 horas sem comer, e o prolongado acima de 8, 10 horas. E ai nessas situações de Jejum, ate jejuns de dias assim (mas com água), o que ocorre no organismo pra ter glicose la e manter o organismo funcionando? No jejum curto, quem mantem a glicemia plasmática é o glicogênio que ta armazenado no tecido hepático, ele é transformado em glicose que vai servir como fonte energética para diversos tecidos. No jejum prolongado, o glicogênio já acabou (ou ta quase acabando) e ai quem vai manter a glicemia serão 3 coisas (glicerol, aa e lactato mas o mais importante são os aa) que serão transformadas em glicose, e essa transformação dessas ultimas 3 coisas é chamado de gliconeogênese e a do jejum curto é a que vamos ver nessa aula aqui, que é a glicogênese. Glicogênio O glicogênio ta em grande quantidade nos hepatócitos mas não é só la que tem. • Estrutura Ele é classificado como um homopoliossacarídeo (molécula longa cuja unidade que se repete é a mesma, que é a glicose). Essas moléculas de glicose estão estruturadas em uma cadeia linear com ramificações. As glicoses da cadeia linear estão ligadas por ligações glicosídicas do tipo alfa 1,4. Já nas ramificações, essas glicoses estão ligadas por ligação glicosídicas também mas do tipo alfa 1,6. Por ser redondinho assim, ter muitas pontas facilita a ação das enzimas pq chegam varias enzimas ao mesmo tempo, por isso que ele ser redondinho assim é bem importante. A enzima que sintetiza glicogênio, não consegue fazer isso do nada, ela sempre precisa se um treco pra ir colocando mais glicose ali. Por isso que no centro do glicogênio temos uma pp, chamada de glicogenina. Pq armazenamos glicose na forma de glicogênio e não na sua forma de glicose mesmo? Isso tem o objetivo de não alterar a osmolaridade da minha celula, pq se fosse na forma de glicose ou sacarose pra manter a mesma osmolaridade teria que colocar muita agua la dentro e a célula iria sofrer lise, então armazeno na forma de glicogênio que não precisa de tanta agua assim e não altera a osmolaridade da célula (isso pq quando essas moléculas entram nas células, a agua vai junto dependendo da sua solubilidade com a agua, e o glicogênio é bem pouco solúvel em agua). E ai é bem melhor armazenar lipídio do que glicogênio, pq o lipídio não é nada solúvel em agua, mas ai precisamos do lipídio pq tem alguns lugares que não conseguem utilizar glicogênio, pq os lipídios são mais eficientes, dão mais calorias do que os glicogênios. Praticamente todos os tecidos armazenam glicogênio, divididos em tecido muscular e tecido hepático, por exemplo. A única diferença nesses dois tipos de tecidos, é que o armazenado no musculo serve para ser utilizado pelo próprio musculo na produção de energia, e o armazenado no fígado serve para manutenção da glicemia. No tecido hepático temos mais. O glicogênio hepático aumenta durante o estado alimentado e são esgotados durante o jejum, depois de umas 4 horas que você comeu para contribuir com a glicose sanguínea. O do musculo é pra uso próprio, ele usa pra ele produzir energia mesmo. O glicogênio muscular não acaba com o jejum não, apenas no exercício físico que pode acabar. No fígado tem uma enzima que quebra a glicose 6 fosfato em glicose, que é a glicose 6 fosfatase. Resumo do metabolismo do glicogênio: entra glicose na celula do tipo glut, pq se fosse SGLT entraria o sódio também. Esse metabolismo é igual no fígado e musculo, a diferença é quem vai liberar e quem não vai liberar. Entra glicose nessas células, que vai ser fosforilada por uma quinase, hexoquinase no musculo e glicoquinase no fígado, formando a glicose 6 fosfato (glicose presa dentro da célula que pode ir pra diversas vias). Essa glicose 6 fosfato é transformada em glicose 1 fosfato utilizando a fosfoglicomutase e essa 1 fosfato ganha 1 UTP formando a UDP glicose. Essa UDP glicose, é chamada de glicose ativada, que pode ser usada para formar o glicogênio ou ir para outras vias. Usando a glicogênio sintase, essa glicose do UDP é transferida para uma molécula de glicose que já ta la, e isso pq a glicogênio sintase não consegue pegar duas glicoses e ligar, ela precisa de uma que já esteja la. E ai depois pego o glicogênio, quebro ele em glicose 1 fosfato. A 1 fosfato vira 6 fosfato que vira glicose, que no fígado sai e nos músculos vai pra glicólise para ser utilizada. Glicogênese Precisa fazer ligações do tipo alfa 1,4 e alfa 1,6. Primer é um fragmento de um glicogênio pre existente, e a gente precisa dele pra fazer novos glicogenios, que é um pedacinho de glicogênio que sobra la (mas existem casos que acaba tudo e ai tem que começar do zero). Primeiro precisamos formar a UDP glicose, que é a glicose ativada, então precisa ativar a glicose. O que ocorrer primeiro é fosforilar a glicose pela hexo ou glicoquinase que, utilizando o ATP da origem a glicose 6 fosfato. Essa 6 fosfato sobre ação da fosfoglicomutase e muda a 6 fosfato para glicose 1 fosfato e a ultima é que a 1 fosfato com ATP pela ação da UDP glicose pirofosforilase virando UDP glicose, pronto, fizemos o UDP gliocse (que é a forma que entra la no primer de glicogênio. É UDP GLICOSE pq é uma molécula de glicose + UDP (nn), ou seja, nn mais glicose. Ai a glicogênio sintase faz as ligações alfa 1,4 juntando glicose (liga C 1 ao C4) la mas desde que tenha o primer e libera o UDP e vai fazendo isso varias vezes até que a cadeia fique grande o suficiente (pelo menos 11 resíduos) que ai vem uma outra enzima, a transferase (enzima de ramificação) que vai quebrar essa ramificação (quebra ligação alfa 1,4) formada meio que no meio assim pra esse outro pedaço ser colocado la do lado da cadeia (fazendo ligação do tipo alfa 1,6), portanto, essa enzima ramificadora quebra ligações do tipo 1,4 e faz alfa 1,6 pra ter mais sítios de enzima principalmente pra quando esse glicogênio for quebrado. Se eu não tiver esse primer, tem que fazer uma segunda etapa diferente (a normal é a glicogênio sintase que faz a ligação la da udp glicose). Nesse caso, a UDP glicose precisa se unir a uma molécula de OH que veio da tirosina (aa) que ta na glicogenina (pp), coloco alguns UDP glicose la junto e pronto, temos o primer formado e a síntese de glicogênio pode ocorrer. A glicogenina funciona como uma enzima que permite essa ligação. Ai ela vai crescendo pela glicogênio sintase que quebra uma parte e forma alfa 1,6 pra formar a primeira ramificação. Então quando não tem primer, quem começa é a glicogenina. Glicogenólise Aqui é a quebra do glicogênio para ter glicose. Na cadeia linear, quando ela quebra libera direto glicose 1 fosfato, pq no ponto da quebra já é add um grupo fosfato no C número 1. A enzima que faz isso é a glicogênio fosforilase, o que vai acontecendo varias vezes durante o jejum para manter a glicose e no musculo isso ocorre quando to fazendo atividade física. Começa a atuação de um tanto de glicogênio fosforilase pra conseguir liberar o máximo de glicose 1 fosfato possível. Quando sobra 4 resíduos na ramificação, essa enzima não consegue mais atuar, e quem entra na jogada é a enzima de desramificação, que pega 3 dos 4 que sobrarame liga na cadeia linear de glicogênio de baixo que ta grande ainda e, ao mesmo tempo, ela vem e quebra a ligação 1,6 da ultima glicose que tava ligada la, glicose essa que é liberada no meio mas ela não é liberada como glicose 1 fosfato, mas sim como glicose normal. Isso ocorre apenas pra essa ultima ali das 4 que sobraram na ramificação. Primeiro vai agindo nas ramificações e depois na cadeia linear. Essa glicose liberada, apenas glicose no tecido muscular ela só vai ser fosforilada pela via glicolítica, se for no tecido hepático, essa glicose que é liberada na forma de glicose mesmo já pode sair da célula, mas a maior parte da glicose que sai ta na forma de glicose 1 fosfato. Essa glicose 1 P precisa ser transformada em glicose 6 fosfato, pela ação da enzima fosfoglicomutase, que é a mesma enzima la do começo da glicogênese que vai colocar um fosfato no carbono 6 da 1 P e tirar o fosfato do carbono 1 fostato, tendo a glicose 6 fosfato. E ai no tecido muscular e nos demais tecidos, essa glicose 6 fosfato é utilizado para a síntese de atp, glicólise. Depois de um treino eu preciso sintetizar pp para o musculo hipertrofiar, preciso ter um sinal de síntese proteica pro corpo, que é a insulina um desses maiores sinais, então precisa comer pra ter um pico glicêmico pra ter esse sinal e ter a formação de proteínas. O glicogênio que ta no fígado, é utilizado para manutenção da glicemia, ele é degradado, forma a glicose 6 fosfato que a enzima glicose 6 fosfatase tira o fosfato dela e vira só glicose, que ai consegue sair das células. Essa glicose 6 fosfatase tem nos rins e no fígado, a do rim é só no jejum prolongado. Glicose 6 fosfatase A glicogenólise ocorre no citosol. No citosol cheguei ate glicose 6 fosfato, essa glicose através pelo transportador chamado de T1 joga a glicose 6 P pra dentro, ai no lumen do RE tem ação da 6 foafatase, que libera glicose e fosfato inorgânico, ai os dois saem do RE pela T2, a glicose, e T3 fosfato, com isso, a glicose no citosol sai da celula pelo glut2 e cae na corrente sanguínea. A glicoquinase tem a máxima atividade quando o individuo tem hiperglicemia, colocando um fosfato na glicose. Se essa glicose 6 fosfatase que tira o fosfato ficasse no citosol, entra a glicose que vira glicose 6 fosfato e la mesmo ela perde o fosfato e sairia, ai ficaria um ciclo improdutivo, dessa forma, essas enzimas estão em compartimentos diferentes pq quando entra a glicose pos prandial que é fosforilada e segue o seu caminho. Se eu fico no jejum, a glicoquinase deixa de ficar no citosol e vai pro núcleo, ai a glicose que saiu do RE não encontra nenhuma glicoquinase e ai sim pode sair da celula pq não foi fosforilada. No Jejum essa glicoquinase não pode atuar justamente pq a glicose precisa sair, ai ela fica aprisionada no lúmen do RE durante a quebra do glicogênio. Regulação Síntese = parto da glicose ate o glicogênio e a degradação é ao contrário. Tenho síntese de glicogênio no período pos prandial (riqueza energética, em que eu tenho ATP sendo gasto nessa via) e ele é degradado no jejum (pobreza energética, por isso que nem gasta ATP essa via). Existem dois tipos de regulação nessa via, a hormonal e a alostérica Alosterica = são as enzimas alostéricas, que vao expor ou esconder mais o sitio ativo dependendo da molécula que ligue nela. No pos prandial tenho síntese de glicogênio no tecido hepático, e que tem muita glicose 6 fosfato pela hiperglicemia, com isso, a glicogênio sintase é ativada na presença de glicose 6 fosfato. Essa mesma glicose 6 fosfato ativa a síntese pra degradação quando ta com quantidades muito baixas e o ATP também, que ativam a glicogênio fosforilase pra ocorrer a quebra de glicogênio. Essa imagem acima no musculo a diferença é que a degradação para na glicose 6 fosfato. Essa imagem acima é a da regulação que ta explicada la em cima. Já no músculo, quem vai regular? La é tudo igual do fígado, exceto a presença de uma molécula chamada de AMP (que é um ATP que perdeu dois fosfatos). O mm gasta todo o ATP dele quando ta em exercico, ATP que vira AMP, e ai quando o AMP aumenta sua quantidade ele ativa a glicogênio fosforilase pra ocorrer a degradação do glicogênio, o resto é igual ao fígado. Agora a regulação hormonal, que é só uma introdução que vamos ver com mais detalhes depois. Mas aqui a insulina (pos prandial) que ativa a glicogênio sintase e o glucagon que inibe a glicogênio sintase. A adrenalina parece que inibe essa via também pro glicogênio ser quebrado. Glicogenoses Glicogenoses é uma doença do metabolismo do glicogênio que são hereditárias e que se te deficiência em alguma enzima e tem vários tipos. A do tipo I é quando tem deficiência da enzima glicose 6 fosfatase (a que tira o fosfato pra glicose sair de dentro das células), portanto, nesses pacientes, eles terão uma incapacidade de corrigir a glicemia no jejum, não conseguem manter a glicemia, pq a glicose fica presa no tecido hepático do indivíduo pq no jejum a pessoa não tem glicemia, portanto, a pessoa não pode ter fome, não pode ficar no jejum. E ai pode passar uma sonda pela criança pra ela sempre ser alimentada, inclusive quando tiver dormindo, que passa amido cru ali. Já na doença de pumpe, falta a alfa 1,4 glicosidase, que ai eu não quebro glicogênio, tendo um acumulo de glicogênio em todo lugar, se acumula glicogênio essa criança não consegue manter a atividade muscular pq vai faltar glicose pra esse musculo, levando a um problema respiratório e cardíaco. Já a de mcardle tem que ver ela também porque eu perdi.
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