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Jemerson Santos do Monte Diagnóstico Radiográfico de Cárie Radiologia INTRODUÇÃO Cárie é uma doença multifatorial: Lembrando que a cárie ativa está na forma de mancha branca e a inativa a forma de mancha acastanhada, porém na radiografia as duas apresentaram radiolucidez, mesmo que esteja inativa, ou seja, apenas o clínico pode diferenciar a cárie ativa da inativa. Uma vez que entendemos que a cárie é um desequilíbrio no processo de desmineralização e remineralização, tendendo a desmineralizar as estruturas dentais, radiograficamente ela se apresentará de forma radiolúcida. ► O ponto de contato entre a proximal dos dentes e a região imediatamente abaixo são as regiões de maior incidência de cárie. ► A remineralização da cárie ocorre apenas nas camadas mais externas do dente, ou seja, no esmalte. ► Cáries inativas também apresentam radiolucidez radiográfica, devendo ser diferenciada clinicamente. ► Utilizar sonda OMS para diagnóstico clínico, pois apresenta ponta romba, ao invés de uma sonda exploradora n°5 que apresenta ponta aguda que consegue arranhar o esmalte da superfície dental fragilizado, e abrir portas para uma reinfecção. Quando o diagnóstico radiográfico é de maior valia? • Em superfícies proximais com pouco acesso ao exame clínico, ou seja, proximais de dentes posteriores • Faces livres com superfície externa integra e desmineralização interna Burnout / Queimadura cervical Corresponde a uma área radiolúcida na região cervical dos dentes, devido a uma depressão da face proximal ou uma menor mineralização na área da junção cemento-esmalte, fato que pode mimetizar lesões cariosas. QUE TIPO DE CÁRIE É POSSÍVEL DIAGNOSTICAR NAS DIFERENTES TOMADAS RADIOGRÁFICAS? Panorâmicas Quando utilizar: • Triagem ou avaliação inicial • Suspeita de lesões cariosas • Permite indicar os outros exames intraorais Interproximal Radiografia mais indicada para diagnóstico de cárie. • Utilizada para diagnóstico em pré-molares e molares. Periapicais • Utilizado para diagnósticos em dentes anteriores. • Suspeita de envolvimento pulpar. • Grandes restaurações ou destruição coronária. • Cuidado no diagnóstico para não confundir com uma restauração radiolúcida (resinas de baixa carga, estão entrando em desuso), olhar se o contorno é bem delimitado, se houve um preparo daquela cavidade. EVOLUÇÃO DA CÁRIE EM PROXIMAIS Triângulo com base voltada para a superfície do dente. Ao chegar na Junção Amelodentinária (JAD): Carência Lastra para formar novo triângulo com base maior e voltada para o tecido pulpar. Triângulos Sobrepostos pelo Ápice EVOLUÇÃO DA CÁRIE EM OCLUSAL / OCULTA Triângulos sobrepostos pela base. As bactérias se acumulam em região de cicatrículas e fissuras, conseguem romper o esmalte em um ponto, e a partir dele continuam sua proliferação. • Cicatrículas e fissuras escurecidas (solicitar interproximal) Triângulos sobrepostos pela base CÁRIE DE FACES LIVRES Apresenta-se bem circunscrita, sem acesso pela oclusal ou proximal, isolada das margens. CÁRIE DE RAIZ OU CEMENTÁRIA • Associada à retração gengival / perda de inserção. • Reabsorção em forma de taça com limites pouco definidos CÁRIE SECUNDÁRIA / RECORRENTE Infiltração associada a restauração defeituosa, margem rugosa, com excessos. Cuidado para não confundir com dentina reacional. GRAUS DE CÁRIE • I – Incipiente • M – Moderada • A – Avançada • S - Severa Presença de cavitação não pode ser determinada pelas radiografias: • Cáries incipientes, apenas em esmalte, tendem a não ter cavitação clínica. • Enquanto que cáries mais extensas radiograficamente, principalmente em dentina, tendem a ter cavitação. Outros sinais de atenção além da radiografia • Manchamento • Biofilme circundante • Ao passar fio dental tem perda da lisura superficial, esgarçou/desfiou, prendeu o fio. MATERIAIS RADIOLÚCIDOS X MATERIAIS RADIOPACOS Materiais metálicos: mais radiopacos que o esmalte, tecido mais mineralizado do corpo. Materiais resinosos: podem ser mais ou menos radiopacos dependendo da carga ISO: regulação dos materiais resinosos quanto a radiopacidade • ISO 4049 e 9917: Uma resina composta ou CIV, respectivamente, devem apresentar uma radiopacidade igual ou maior a mesma espessura de alumínio (radiopacidade de 1 mm de material deve ser equivalente ou maior a radiopacidade de 1 mm de alumínio). A radiopacidade da dentina equivale a radiopacidade do alumínio, na mesma espessura. Um material adequadamente radiopaco deve ter sua radiopacidade igual ou maior que a radiopacidade da dentina. • Um material mais radiopaco é melhor para diagnóstico. • Enquanto um radiolúcido é pior, pois dificulta o diagnóstico. Radiopacidade é um dos fatores definitivos para escolha de material restaurador
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