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9788585005061_QGIS_aplicado_ao_ordenamento_territorial_municipal

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QGIS Aplicado ao
Ordenamento Territorial Municipal
Para versões 2.18.x do QGIS
Sidnei Luís Bohn Gass
Dieison Morozoli da Silva
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
1 
 
 Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 QGIS aplicado 
ao ordenamento 
territorial municipal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itaqui – RS 
2018 
2 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
 
Copyright © 2018: Sidnei Luís Bohn Gass e Dieison Morozoli da Silva 
 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – O livro é gratuito podendo ser impresso. A violação dos direitos 
autorais (Lei Federal 9.610 de 1998) é crime (Art. 184 do Código Penal). Depósito Legal na Biblioteca 
Nacional de acordo com o Decreto Federal 1.825, de 20/12/1907. Lembre-se que os autores são seus 
professores; respeite o trabalho e o tempo dedicado a elaboração desta publicação. Em caso de uso em 
publicações, faça a devida citação. 
 
EDITORA ILLUMINARE 
Caixa Postal 49 — Torres — RS — 95560-000 
www.editorailluminare.com.br 
 
Capa e diagramação 
Sidnei Luís Bohn Gass 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
GASS, Sidnei Luís Bohn 
SILVA, Dieison Morozoli da 
 
G192 – S340. QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal. Sidnei Luís Bohn Gass. Dieison 
Morozoli da Silva. Torres: Editora Illuminare, 2018. 
 
 Bibliografia 
 ISBN 978-85-85005-06-1 
 
1. Geografia. 2. Literatura Brasileira I. Título. 
 
CDD: 869.4 CDU: 821.134.3-3 
 
Este livro está disponível no endereço http://porteiras.s.unipampa.edu.br/sigpampa/publicacoes/ 
 
Imagem da capa 
A imagem utilizada na capa é uma sobreposição de dados utilizados para as demonstrações dos 
processamentos ao longo do livro, a saber: imagem de relevo sombreado, dados altimétricos e 
dados de declividade gerados a partir de imagens SRTM pelo projeto TOPODATA do INPE; dados 
da vegetação oriundos do projeto RADAMBRASIL; fragmento de composição colorida de imagem 
do satélite Sentinel-2. 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
3 
 
Conheça os autores 
 
Sidnei Luís Bohn Gass 
 
Natural do município de Santo Cristo, RS, possui graduação em Geografia, 
Licenciatura Plena e Bacharelado, Especialização em Humanidades, Mestrado e 
Doutorado em Geografia. Possui mais de vinte anos de experiência nas áreas de 
ordenamento territorial, cartografia e geoprocessamento. É professor da 
Universidade Federal do Papa, Campus de Itaqui, RS, e atua também como 
professor colaborador no Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto 
de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 
E-mail para contato sidneibohngass@gmail.com 
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/8556854861596499 
Site https://sidneibohngass.wordpress.com/ 
 
Dieison Morozoli da Silva 
 
Natural do município de Itaqui, RS, possui graduação em Bacharelado 
Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e é aluno do curso de Engenharia 
Cartográfica e de Agrimensura da Universidade Federal do Pampa, Campus de 
Itaqui. 
E-mail para contato dieison.ufp@gmail.com 
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/0116359981757404 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
 
Sobre o QGIS 
 
O QGIS é um Sistema de Informações Geográficas (SIG) de código aberto, 
licenciado segunda a licença pública geral GNU, e é um projeto oficial da Open 
Source Geoespatial Foundation (OSGeo). Funciona em Linux, Unix, MAC OSX, 
Windows e Android e suporta inúmeros formatos de vetores, rasters e bases de 
dados e funcionalidades. Pelas suas características de código aberto, permite que 
os usuários desenvolvam plug-ins escritos em Python ou em C++, potencializando 
sobremaneira o seu uso a partir de uma densa rede de usuários e desenvolvedores. 
Visite o site oficial do QGIS no endereço www.qgis.org 
No Brasil o QGIS conta com uma comunidade dedicada ao seu uso, 
aperfeiçoamento e disseminação. Para saber mais sobre a comunidade, visite o 
site http://qgisbrasil.org/ 
 
Notas 
 
[1] Todas as marcas e imagens de hardware, software e outros, utilizadas e/ou 
mencionadas nesta obra, são propriedades de seus respectivos fabricantes e/ou 
criadores. A responsabilidade pelo conteúdo descrito no livro é dos autores. O 
objetivo é disponibilizar aos usuários do aplicativo computacional QGIS 2.18.x um 
material de referência para suas aplicações práticas e teóricas relacionadas aos 
dados espaciais, contribuindo no processo de disseminação do seu uso. 
[2] Este não é um material oficial do QGIS. Ele é baseado nos conhecimentos e 
práticas dos autores, refletindo, portanto, opiniões particulares. 
 
O projeto SIGPampa 
 
 
SIGPampa: aproximando ensino, pesquisa e extensão, é um projeto de pesquisa 
registrado junto à UNIPAMPA – Universidade Federal do Pampa, Campus Itaqui, 
RS. Seu objetivo principal é trabalhar com a disseminação do conhecimento sobre 
cartografia e geotecnologias através da aproximação do ensino, da pesquisa e da 
extensão universitária. O método de trabalho do projeto está baseado no 
desenvolvimento e disponibilização de materiais didáticos que de alguma forma 
possam auxiliar o público em geral na aplicação da cartografia e das 
geotecnologias em suas atividades quotidianas. 
Para saber mais sobre o projeto e ter acesso aos materiais desenvolvidos, consulte 
o endereço http://porteiras.s.unipampa.edu.br/sigpampa/ 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este livro à comunidade 
internacional do QGIS que, em função do 
seu dinamismo, nos instiga a contribuir 
com a disseminação do conhecimento 
produzido. 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
7 
 
 FOREWORD 
 
Since its inception in 2002, QGIS has grown to be the most popular open source desktop GIS as well as a 
strong global community. With users, developers, and supporters all over the world, the aim of the QGIS 
project is to provide spatial tools for everyone. To achieve this goal, the QGIS community is working hard 
on initiatives including translations into over 40 languages, numerous local user groups, and a growing 
pool of learning resources for people with all kinds of backgrounds. It is great to see these efforts being 
supported by our Brazilian community members creating important resources for our Portuguese-speaking 
user base. Together we build a future in which everyone can get access to open GIS tools as well as the 
knowledge required to use them. 
Happy QGISing! 
Anita Graser 
 
 
 PREFÁCIO 
 
Desde a sua criação em 2002, o QGIS tornou-se o SIG desktop de fonte aberta mais popular, contando 
com uma forte comunidade global. Com usuários, desenvolvedores e apoiadores em todo o mundo, o 
objetivo do projeto QGIS é fornecer ferramentas espaciais para todos. Para atingir esse objetivo, a 
comunidade do QGIS está trabalhando intensamente em iniciativas que incluem traduções para mais de 
40 idiomas, vários grupos de usuários locais e um crescente conjunto de recursos de aprendizado para 
pessoas com todos os tipos de origens. É ótimo ver esses esforços sendo apoiados por nossos membros 
da comunidade brasileira, criando recursos importantes para nossa base de usuários de língua portuguesa. 
Juntos construiremos um futuro no qual todos podem ter acesso a ferramentas SIG abertas, bem como o 
conhecimento necessário para usá-las. 
Feliz QGISing! 
Anita Graser 
 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipalSidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
9 
 
 O NOSSO CONVITE 
 
Nos últimos cinco anos temos buscado organizar um conjunto de elementos que nos auxiliem no processo 
de ensino-aprendizagem na área das geotecnologias e da cartografia. O QGIS, neste sentido, vem se 
mostrado a cada dia como a ferramenta que atende as demandas que vem nos sendo apresentadas no 
ensino, na pesquisa e na extensão. Assim gostaríamos de fazer um convite ao(a) leitor(a): para que venha 
conosco no processo de construção de documentos cartográficos que tenham por objetivo principal o 
processo de ordenamento territorial do município, aplicando, para tanto, diferentes técnicas de 
geoprocessamento com o uso do software QGIS. 
Escolhemos a delimitação territorial municipal como foco pois entendemos que este material poderá 
auxiliar as equipes técnicas municipais no desenvolvimento de suas atividades diárias. Assim, buscamos 
construir, ao longo dos 15 capítulos que compõem este livro, uma trajetória lógica de organização dos 
dados e execução dos procedimentos técnicos, para que possam ser replicados em outros municípios ou 
até mesmo em outras análises territoriais como as Unidades de Conservação, por exemplo. 
A organização dos capítulos se inicia tratando de algumas questões teóricas, buscando remeter o(a) 
leitor(a) a outras obras já consolidadas, visto que nosso foco não é fazer uma extensa revisão de literatura, 
mas sim, tratar das aplicações. No capítulo 2, são apresentadas algumas notas breves sobre o QGIS, 
buscando instrumentalizar o(a) leitor(a) para que possa ter o software devidamente instalado e a sua 
disposição em seu computador pessoal. 
Antes de iniciar a discussão sobre a aplicação prática do QGIS propriamente dita, dedicamos um capítulo 
às bases de dados iniciais que serão necessárias para o acompanhamento das práticas proposta. 
Entendemos que saber quais os dados estão disponíveis e como ter acesso aos mesmos é importante para 
que os trabalhos a serem desenvolvidos posteriormente pelo(a) leitor(a) tomem como ponto de partida 
dados oriundos das instituições responsáveis pela sua produção e disseminação, como é o caso do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Neste 
capítulo sugerimos ainda uma forma de organização dos dados a partir da qual serão desenvolvidas as 
atividades práticas propostas nos capítulos seguintes. 
Nos capítulos 4 a 13, tratamos de toda a organização dos dados e produção dos mapas. Iniciamos pela 
edição do limite do município, passando pelos dados cartográficos básicos (hidrografia, sistema viário e 
localidades), pelos mapas de geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação, uso da terra, pelo Modelo 
Digital de Elevação, pelos dados de declividade e pelo tratamento de algumas imagens de satélite para a 
geração do cálculo do NDVI e da carta imagem. Para que estes mapas possam ser apresentados com a 
devida caracterização cartográfica necessária, discutimos no capítulo 14, o uso do compositor de 
impressões, que é a ferramenta disponível no QGIS para a composição final dos mapas. Por sua vez, no 
capítulo 15, apresentamos algumas anotações que consideramos relevantes a respeito da análise dos 
dados e da geração de relatórios e memoriais descritivos. 
Para quem aceitar o nosso convite, desejamos que tenha bons estudos e que a proposta que aqui 
apresentamos possa auxiliar a cada um e a cada uma nas suas práticas diárias com o uso do QGIS. 
Os autores. 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
11 
 
 SUMÁRIO 
 
Capítulo 1 – Algumas questões teóricas 15 
 1.1 Cartografia e Geodésia 16 
 1.2 Geoprocessamento 16 
 1.3 QGIS 16 
 1.4 Outros materiais 17 
 
Capítulo 2 – Notas sobre o QGIS 23 
 2.1 Download e instalação 23 
 2.2 As pastas de trabalho 27 
 2.3 Os nomes dos arquivos 29 
 3.4 Os complementos para o QGIS 30 
 
Capítulo 3 – As bases de dados iniciais 33 
 3.1 O limite municipal 35 
 3.2 Os limites distritais 36 
 3.3 As áreas urbanizadas 36 
 3.4 A hidrografia e o sistema viário 37 
 3.5 A geologia, a geomorfologia, a pedologia e a vegetação 38 
 3.6 O uso e cobertura da terra 39 
 3.7 O MDE e as declividades 39 
 3.8 Organizando os dados na pasta c:\OTM 41 
 
Capítulo 4 – Definindo os limites do município 43 
 4.1 Evolução histórica do limite do município de Santo Cristo 44 
 4.2 Geração do limite municipal em escala 1:50.000 46 
 1º Passo 46 
 2º Passo 46 
 3º Passo 47 
 4º Passo 53 
 5º Passo 59 
 6º Passo 61 
 7º Passo 63 
 8º Passo 64 
 9º Passo 66 
 10º Passo 71 
 
Capítulo 5 – Construindo o mapa base municipal 73 
 5.1 Recorte dos dados da hidrografia e do sistema viário 73 
 1º passo 73 
 2º passo 75 
 3º passo 76 
 5.2 A áreas urbanizadas 77 
 1º passo 79 
12 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
 
 2º passo 79 
 5.3 Os limites distritais 80 
 1º passo 81 
 2º passo 82 
 3º passo 83 
 4º passo 84 
 5.4 Localidades e outros pontos de interesse 89 
 5.4.1 Utilizando a carta topográfica 91 
 1º passo 91 
 2º passo 92 
 3º passo 93 
 5.4.2 Utilizando plataformas de navegação geográfica on line 97 
 1º passo 97 
 2º passo 98 
 3º passo 98 
 5.5 Montando o projeto com o mapa base municipal 98 
 5.5.1 Alteração do nome das camadas para fins de visualização 102 
 5.5.2 Rotulação e categorização dos dados em formato de ponto 103 
 5.5.3 Categorização das feições do sistema viário 106 
 
Capítulo 6 – Os mapas de geologia, geomorfologia, pedologia e vegetação 113 
 6.1 O projeto RADAMBRASIL 113 
 6.2 Materiais adicionais necessários para as atividades deste capítulo 115 
 6.3 O mapa geológico 116 
 1º passo 117 
 2º passo 118 
 3º passo 120 
 4º passo 121 
 5º passo 122 
 6.4 O mapa geomorfológico 124 
 1º passo 124 
 2º passo 125 
 3º passo 126 
 6.5 O mapa pedológico 130 
 1º passo 131 
 2º passo 131 
 3º passo 132 
 6.6 O mapa da vegetação 133 
 1º passo 134 
 2º passo 134 
 3º passo 135 
 6.7 Notas sobre a interpretação dos dados mapeados 136 
 
Capítulo 7 – O mapeamento do uso da terra 143 
 1º passo 145 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
13 
 
 2º passo 145 
 3º passo 146 
 4º passo 146 
 
Capítulo 8 – A geração da carta-imagem 151 
 1º passo 154 
 2º passo 156 
 3º passo 158 
 4º passo 163 
 5º passo 164 
 
Capítulo 9 – A geração do NDVI no QGIS 165 
 9.1 O NDVI 165 
 9.2 O cálculo do NDVI no QGIS 166 
 
Capítulo 10 – O Modelo Digital de Elevação 171 
 10.1 O MDE a partir das curvas de nível 172 
 1º passo 172 
 2º passo 174 
 3º passo 174 
 4º passo 176 
 5º passo 178 
 10.2 O relevo sombreado a partir do MDE das curvas de nível 178 
 10.3 O mapa hipsométrico a partir das curvas de nível 180 
 10.4 O MDE a partir dos dados da missão SRTM 182 
 1º passo 183 
 2º passo 184 
 10.5 O mapa de classes altimétricas 185 
 1º passo 185 
 2º passo 187 
 10.6 Gerando curvas de nível a partir do MDE do projeto TOPODATA 188 
 10.7 Comparando os MDEs 189 
 
Capítulo 11 – Os dados de declividade 193 
 11.1 As declividades a partir da Carta Topográfica 194 
 1º passo 194 
 2º passo 194 
 3º passo 196 
 4º passo 197 
 5º passo 197 
 11.2 As declividades a partir dos dados do projeto TOPODATA 199 
 1º passo 199 
 2º passo 200 
 3º passo 201 
 
14 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
 
Capítulo 12 – Cálculo de áreas no QGIS 203 
 12.1 Cálculo de área em dados vetoriais 203 
 1º passo 203 
 2º passo 204 
 3º passo 207 
 12.2 Cálculo de área em dados raster 209 
 1º passo 209 
 2º passo 210 
 
Capítulo 13 – O uso da imagem de relevo sombreado 213 
 13.1 Tratamento inicial da imagem 213 
 1º passo 213 
 2º passo 213 
 13.2 Inclusão da imagem de relevo sombreado nos projetos 214 
 1º passo215 
 2º passo 215 
 
Capítulo 14 – O compositor de impressões 219 
 14.1 Os elementos de identificação externa de um mapa 219 
 14.2 Elaborando um mapa no compositor de impressões 221 
 1º passo 221 
 2º passo 223 
 3º passo 224 
 4º passo 225 
 5º passo 226 
 6º passo 228 
 7º passo 230 
 8º passo 232 
 9º passo 233 
 10º passo 234 
 14.3 Utilizando o modelo em outro mapa 236 
 1º passo 237 
 2º Passo 237 
 
Capítulo 15 – Notas sobre a análise de dados e geração de relatório 241 
 
Referências bibliográficas 245 
 
As fontes das figuras 249 
 
Apêndice A – O Mapa Índice do Brasil 251 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
15 
 
 
Capítulo 1 
Algumas questões teóricas 
 
 
 
 
Antes de iniciarmos com as discussões referentes à temática proposta para o presente 
livro, que se refere a aplicação do QGIS ao ordenamento territorial municipal, cabem alguns 
comentários acerca das questões teóricas que envolvem o uso e aplicação das geotecnologias. O 
uso destas ferramentas passa por algumas condições necessárias para sua correta aplicação, 
quais sejam: 
Conhecimento  sem conhecer as principais bases teóricas da Cartografia, do 
geoprocessamento, dos SIGs, do Sensoriamento Remoto, da Geodésia, se 
dificulta a utilização de todo o potencial das geotecnologias, bem como sua 
correta aplicação, para garantir que os dados que estão sendo gerados realmente 
representam informações úteis; 
Prática  praticar é a melhor forma de aprender. De posse das bases teóricas 
necessárias, parte-se para a prática que, por sua vez, abrange o processo de 
compreensão de como cada ferramenta aplica os fundamentos básicos da assim 
chamada ciência da geoinformação; 
Repetição  repetir procedimentos, técnicas, análises, sempre de forma crítica, 
é uma das melhores maneiras de chegar a resultados satisfatórios e que auxiliam 
na descoberta de novas aplicações das geotecnologias. 
Além destas condições é necessário tomar cuidado com alguns “vilões” que, muitas 
vezes, estão presentes em nossa mente: o “eu já sabia disto” e o “isto é óbvio”. Se partirmos 
deste pressuposto, corremos um grande risco de entrar num caminho que não nos permitirá 
enxergar as geotecnologias com a complexidade que merecem ser vistas. Isto não significa que 
devemos considera-las como algo inalcançável, mas sim, como algo que tem largos fundamentos 
teóricos e técnicos que precisam ser assimilados. Não podemos (nem devemos) ser apenas 
“apertadores de botões”; precisamos ser conhecedores dos procedimentos que executamos 
para que possamos fazer as corretas análises das informações geradas. 
Um equívoco recorrente com o qual se precisa tomar cuidado é a utilização de tutoriais 
avulsos sobre determinada função em determinado software sem o conhecimento teórico 
necessário acerca dos conceitos envolvidos que devem orientar os nossos trabalhos. É necessário 
afastar-se desta lógica de trabalho. É preciso que se tenha conhecimento acerca dos 
procedimentos adotados, para que assim se consolide a prática das repetições, bem como ocorra 
a descoberta de novas aplicações com o uso das geotecnologias. Os tutoriais avulsos são 
16 
Capítulo 1 
Algumas questões teóricas 
 
importantes desde que não se tornem o fim, mas sim, o meio, ou seja, devem auxiliar o usuário 
dentro dos conhecimentos que este já tem sobre determinadas práticas e técnicas. 
Isto posto, cabe-nos aqui decidir por um caminho: 1) apresentar as revisões teórico-
conceituais que embasarão os capítulos subsequentes deste livro: não; 2) apresentar uma lista 
de referências que poderão ser consultadas pelos leitores com o intuito de consolidar seus 
conhecimentos teórico-conceituais bem como outros materiais que se referem ao QGIS: sim. 
A nossa escolha pelo segundo caminho se dá em função de que há bibliografias 
renomadas e que dão a base necessária para que seja possível atingir a condição de 
conhecimento anteriormente citada. Isto nos permitirá ter mais espaço a ser dedicado neste 
material para as condições da prática que levarão a repetição. 
Em função das temáticas, serão apresentados quatro grupos de indicações: o primeiro 
refere-se a Cartografia e a Geodésia; o segundo, ao Geoprocessamento, que engloba os SIGs e 
o Sensoriamento Remoto; o terceiro, que trata especificamente do QGIS; o quarto, que trata de 
outros materiais gerais que podem auxiliar na busca por metodologias de aplicação diversas das 
geotecnologias. No quarto grupo serão incluídas também referências que tratam de temáticas 
importantes de análise e levantamento de dados como geomorfologia, pedologia, vegetação e 
uso do solo, por serem áreas correlatas ao tema do presente livro. Cabe ressaltar que as 
indicações que serão apresentadas não esgotam às temáticas e são apenas uma escolha feita 
por nós para que os leitores possam “iniciar” os seus estudos nas temáticas indicadas. 
1.1 Cartografia e Geodésia 
Os primeiros conhecimentos necessários para um bom trabalho na área de 
geotecnologias, dizem respeito aos fundamentos da Cartografia. Para esta temática, indicamos 
os materiais listados no quadro 1.1, apresentado no final deste capítulo. 
1.2 Geoprocessamento 
O geoprocessamento, também denominado de geomática por alguns autores, tem uma 
grande variedade de materiais disponíveis aos leitores, o que torna nossa tarefa de indicar 
referências bastante complexa. Contudo, partiremos do pressuposto da indicação de materiais 
mais recentes, considerando sua maior aderência com o estágio atual das plataformas de 
trabalho. Para esta temática, indicamos os materiais listados no quadro 1.2, apresentado no final 
deste capítulo. 
1.3 QGIS 
A comunidade de desenvolvedores e usuários do QGIS vem desenvolvendo materiais nas 
mais diferentes áreas de aplicação com o intuito de popularizar cada vez mais o seu uso. Neste 
sentido, apresentaremos aqui algumas referências de materiais que certamente auxiliarão o leitor 
a se aprofundar nas possibilidades e aplicações desta plataforma de trabalho. Para esta temática, 
indicamos os materiais listados no quadro 1.3, apresentado no final deste capítulo. 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
17 
 
1.4 Outros materiais 
Considerando a velocidade com que as geotecnologias vêm se desenvolvendo, merecem 
ser indicadas outras referências para além das aplicações do QGIS, que podem ser utilizadas 
como fontes de pesquisa para a identificação de métodos e técnicas de aplicação. Da mesma 
maneira, por tratarmos neste livro da temática do ordenamento territorial municipal, serão 
indicados materiais que poderão auxiliar na compreensão de como efetuar levantamentos a 
campo e interpretar às diferentes paisagens para obter mapeamentos com a qualidade desejada. 
Assim, indicamos os materiais listados no quadro 1.4, apresentado no final deste capítulo, como 
complementares aos estudos das temáticas vinculadas ao tema central deste livro. 
Quadro 1.1 – Indicação de materiais bibliográficos referentes aos fundamentos da 
Cartografia 
 
FITZ, P. R. Cartografia 
básica. São Paulo: Oficina de 
Textos, 2008. 
GRANELL-PÉREZ, M. del C. 
Trabalhando geografia com 
as cartas topográficas. Ijuí, 
RS: Ed. Unijuí, 2004. 
IBGE. Noções básicas de 
cartografia. IBGE: Rio de 
Janeiro, 1999. [1] 
 
 
MENEZES, P. M. L. de; 
FERNANDES, M. do C.; Roteiro 
de cartografia. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2013. 
IBGE. Noções básicas de 
cartografia: caderno de 
exercícios. IBGE: Rio de Janeiro, 
1999. [2] 
TULER, M.; SARAIVA, S. 
Fundamentos de geodésia e 
cartografia. Porto Alegre: 
Bookman, 2016. 
 
[1] Este material está disponível para download gratuito no site do IBGE, no endereço 
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=28595 
18 
Capítulo 1 
Algumas questões teóricas 
 
[2] Este material está disponível para download gratuito no site do IBGE, noendereço 
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=28595 Por ser um 
caderno de exercícios, permite ao leitor colocar em prática os conhecimentos básicos referentes à 
Cartografia que, ao se utilizar as geotecnologias, muitas vezes são relegados a um segundo plano, mas 
que fazem toda a diferença para que se tenha resultados com a qualidade técnica desejada. 
Quadro 1.2 – Indicação de materiais bibliográficos referentes ao Geoprocessamento 
 
FITZ, P. R. 
Geoprocessamento sem 
complicação. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2008. 
FLORENZANO, T. G. Iniciação 
ao sensoriamento remoto. 
São Paulo: Oficina de Textos, 
2011. 
LANG, S.; BLASCHKE, T. Análise 
da paisagem com SIG. São 
Paulo: Oficina de Textos: 2009. 
 
 
LINGLEY, P. A. et al. Sistema 
e ciência da informação 
geográfica. 3. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2013. 
NOVO, E. M. L. de M. 
Sensoriamento remoto: 
princípios e aplicações. São 
Paulo: Blucher, 2010. 
SILVA, A. de B. Sistemas de 
informações geo-
referenciadas: conceitos e 
aplicações. Campinas: UNICAMP, 
2003. 
 
CÂMARA, G.; et al. Anatomia de sistemas de 
informação geográfica. Escola de 
Computação, SBC, 1996. 
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/anatomia.pdf 
 
CÂMARA, G. et al. (ed) Introdução à ciência 
da geoinformação. São José dos Campos: 
INPE, 2004. 
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
19 
 
CASANOVA, M. A. et al. (ed) Banco de dados 
geográficos. Curitiba, Mundogeo, 2005. 
http://www.dpi.inpe.br/livros/bdados 
 
DRUCK, S.; et al. Análise espacial de dados 
geográficos. Brasília: Embrapa, 2004. 
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/analise 
 
Quadro 1.3 – Indicação de materiais bibliográficos referentes ao QGIS 
 
BOSSLE, R. C. QGIS e 
geoprocessamento na 
prática. São José dos Pinhais: 
Edição do Autor, 2015. [3] 
BOSSLE, R. C. QGIS do ABC 
ao XYZ. São José dos Pinhais: 
Edição do Autor, 2016. [3] 
BRUY, A.; SVIDZINSKA, D. 
QGIS by example. 
Birmingham: Packt Publishing, 
2015. 
 
 
GRASER, A. Learning QGIS. 3 
ed. Birmingham: Packt 
Publishing, 2016. 
MENKE, K. Discover QGIS. 
Chugiak: Locate Press, 2016. 
WESTRA, E. Building mapping 
applications with QGIS. 
Birmingham: Packt Publishing, 
2014. 
 
[3] Os materiais desenvolvidos pelo Renato Cabral Bossle são de grande qualidade e redigidos de uma 
forma bastante didática. Em ambos os livros, os capítulos iniciais, apresentam importantes 
fundamentações sobre geoprocessamento e cartografia, além de detalharem o processo de instalação e 
configuração do QGIS. 
 
 
 
20 
Capítulo 1 
Algumas questões teóricas 
 
Quadro 1.4 – Indicação de outros materiais bibliográficos de apoio 
 
FLORENZANO, T. G. 
Geomorfologia: conceitos e 
tecnologias atuais. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2008. 
GHILANI, C. D.; Wolf, P. R. 
Geomática. São Paulo: 
Pearson do Brasil, 2013. 
IBGE. Manual técnico de 
geomorfologia. 2 ed. Rio de 
Janeiro: IBGE, 2009. [4] 
 
 
IBGE. Manual técnico da 
vegetação brasileira. 2 ed. 
Rio de Janeiro: IBGE, 2012. [5] 
IBGE. Manual técnico de uso 
da terra. 3 ed. Rio de Janeiro: 
IBGE, 2013. [6] 
IBGE. Manual técnico de 
pedologia. 3 ed. Rio de 
Janeiro: IBGE, 2015. [7] 
 
Biblioteca on-line da Embrapa https://www.embrapa.br/biblioteca 
 
Biblioteca on-line do IBGE https://biblioteca.ibge.gov.br/ 
 
Anais do XVIII SBSR https://proceedings.galoa.com.br/sbsr 
 
Acervo digital do SBSR http://www.dsr.inpe.br/biblioteca/ 
[4] Este material está disponível para download gratuito no site do IBGE, no endereço 
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=281612 
[5] Este material está disponível para download gratuito no site do IBGE, no endereço 
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=263011 
[6] Este material está disponível para download gratuito no site do IBGE, no endereço 
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=281615 
[7] Este material está disponível para download gratuito no site do IBGE, no endereço 
https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=295017 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
21 
 
Ao longo do texto novas indicações de referências serão apresentadas. Adotamos este 
método para que o leitor seja induzido ao aprofundamento de determinadas temáticas à medida 
em que estas são apresentadas. 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
23 
 
 
Capítulo 2 
Notas sobre o QGIS 
 
 
 
 
Neste capítulo apresentaremos algumas notas sobre o QGIS. Nosso objetivo não é 
esgotar as opções referentes ao software, mas sim, dar condições ao leitor para que possa fazer 
o download e a instalação básica do QGIS. Serão abordados ainda alguns cuidados importantes 
e necessários para se trabalhar com geotecnologias, os quais se referem aos locais de 
armazenamento dos arquivos, aos nomes dos arquivos e ao uso de caracteres especiais. Por fim, 
faremos algumas referências aos complementos que podem ser instalados no QGIS para a 
execução de procedimentos específicos. 
2.1 Download e instalação 
Ao acessar o site do QGIS, no endereço http://www.qgis.org, o usuário poderá 
selecionar, inicialmente, o idioma com o qual deseja trabalhar. Para o presente material, 
trabalharemos em português, facilitando assim a compreensão de quem ainda não está 
familiarizado com as terminologias das geotecnologias em outro idioma, em especial, o inglês. 
Para tanto, na página inicial, no canto superior direito da tela, selecione a opção “Português 
(Brasil)” para que o site seja mostrado em português (figura 2.1). 
 
 
 O QGIS é desenvolvido em inglês. As versões 
disponibilizadas nos demais idiomas são traduções que, 
de versão para versão, podem sofrer alterações. Em 
alguns casos, há funcionalidades que poderão aparecer 
com equívocos de tradução, sendo que todos estão 
convidados a colaborar para que as traduções sejam 
cada vez melhores. 
Para saber como colaborar com o projeto, visite o site da 
comunidade QGIS Brasil, acessando o endereço 
http://qgisbrasil.org/ 
Com o site em português, observe que no canto superior esquerdo são mostradas as 
versões mais atuais disponíveis: versão 2.18.15 (new LTR), é a versão mais atual e será a nova 
versão de longa duração (mais estável) a partir do lançamento da versão 3.0 do QGIS; versão 
2.14.21 (previous LTR) é a atual versão de longa duração. Mas, qual delas devo instalar? As 
versões de longa duração tendem a ser mais estáveis pois os erros e falhas vão sendo corrigidos. 
Contudo, nestas versões, algumas novas funcionalidades podem não estar disponíveis. Estas 
versões são mais indicadas para usos corporativos ou para quem precisa de maior estabilidade 
do software. 
24 
Capítulo 2 
Notas sobre o QGIS 
 
Por sua vez, as versões mais atuais podem apresentar certa instabilidade, especialmente 
nas novas funcionalidades que vem sendo implementadas. Para o presente material utilizaremos 
a versão mais atual, que é a 2.18.15 Las Palmas. Cada nova versão do QGIS recebe, além da 
numeração típica dos softwares para as suas versões, um nome de batismo, referente a algum 
ponto geográfico. Alguns exemplos dos nomes das versões do QGIS: versão 2.12.x Lyon, versão 
2.14.x Essen e versão 2.16.x Nadebo. 
Figura 2.1 
 
Para fazer o download do QGIS, selecione a opção “baixar agora” (figura 2.2) e na 
próxima página (figura 2.3), selecione a versão que deseja adquirir. As opções que são mostradas 
automaticamente referem-se ao sistema operacional Microsoft Windows®. Caso seu sistema 
operacional seja outro, selecione as opções correspondentes. Estamos considerando aqui o 
download do arquivo “Instalador Standalone QGIS Versão 2.18 (64 bits)”. O arquivo ocuparácerca de 400 mb de espaço em seu disco. Após o download o leitor terá a disposição o arquivo 
conforme demonstrado na figura 2.4. 
Para instalar o software, clique duas vezes sobre o arquivo de instalação e concorde com 
os termos dos questionamentos que vão sendo feitos de acordo com a demonstração da figura 
2.5. Para maiores informações sobre outras formas de instalação do QGIS, sugerimos que o leitor 
consulte a documentação do software ou as indicações de Bossle (2016). 
Ao observar a área de trabalho, o leitor poderá identificar os atalhos demonstrados na 
figura 2.6. O primeiro, QGIS 2.18, é uma pasta que contém um conjunto de atalhos para diversas 
funcionalidades do QGIS, como pode ser verificado na figura 2.7. Como todos estes atalhos 
também podem ser acessados através do botão “iniciar” do sistema operacional (figura 2.8), 
iremos manter na área de trabalho apenas o atalho para inicializar o QGIS com todas as suas 
funcionalidades, que é o “QGIS Desktop 2.18.15 with GRASS 7.2.2”. 
Para fazer este procedimento, acesse a pasta “QGIS 2.18” na área de trabalho, recorte o 
atalho “QGIS Desktop 2.18.15 with GRASS 7.2.2” e cole-o diretamente na área de trabalho. Após 
fechar a pasta “QGIS 2.18”, ela pode ser excluída da área de trabalho. 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
25 
 
Figura 2.2 
 
 
Figura 2.3 
 
 
Botão 
 “Baixar Agora” 
26 
Capítulo 2 
Notas sobre o QGIS 
 
Figura 2.4 
 
 
Figura 2.5 
 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
27 
 
O segundo atalho criado no processo de instalação, GRASS GIS 7.2.2, é o atalho para 
iniciar o GRASS de forma individualizada. Contudo, ele será utilizado apenas como recurso a partir 
do próprio QGIS. Se for do interesse do leitor, este atalho poderá ser excluído da área de trabalho. 
Figura 2.6 
 
 
Figura 2.7 
 
 
Figura 2.8 
 
2.2 As pastas de trabalho 
Para quem está habituado a trabalhar com o sistema operacional Microsoft Windows®, 
muitas vezes utiliza as estruturas pré-definidas para o armazenamento dos seus arquivos como, 
por exemplo, a pasta “Documentos” ou até mesmo a “Área de Trabalho”. Contudo, quando 
iniciamos atividades com o uso de geotecnologias, precisamos acostumar o nosso raciocínio a 
entender algumas pequenas lógicas que estão associadas às linguagens de programação. 
28 
Capítulo 2 
Notas sobre o QGIS 
 
Quando digitamos um texto num editor qualquer ou montamos uma apresentação, 
incluindo figuras e tabelas, basicamente todos os elementos que utilizamos são incorporados a 
um único arquivo. Porém, quando trabalhamos com geotecnologias, isto não acontece. Estaremos 
sempre trabalhando com conjuntos de arquivos que precisam estar devidamente organizados 
para que os sistemas consigam fazer as operações que a eles solicitamos. Tudo começa pelo local 
no qual armazenamos os nossos dados. 
 
 
 Por que não utilizar a pasta “Documentos” ou a 
“Área de trabalho”? 
A pasta “Documentos” que em algumas versões do 
sistema operacional se chama “Os meus documentos”, 
está vinculada ao nome de usuário que é utilizado para 
acessar as contas do sistema operacional. Assim, o 
acesso pode ser restrito bem como os espaços em 
branco podem ser entendidos como uma separação de 
comandos, fazendo com que o QGIS (ou outro programa 
de geotecnologias) não consiga localizar o destino dos 
arquivos. 
Com relação ao uso da “Área de trabalho” as coisas ficam 
um pouco mais complicadas. Além do fato descrito com 
relação a pasta “Documentos”, existem caracteres 
especiais (Á) que podem não ser reconhecido, 
dificultando assim as atividades. 
 
 
 
 O que devo fazer para armazenar meus arquivos 
de forma adequada? 
O ideal é sempre criar uma pasta com nome curto, sem 
espaços ou caracteres especiais, diretamente no disco 
rígido do computador (no HD). Se você tiver particionado 
o HD do seu computador, esta pasta pode ser em 
qualquer uma das partições. 
Como este material foi elaborado como um manual que 
o leitor poderá seguir executando os procedimentos 
descritos, inicie criando uma pasta na partição c:\ do seu 
computador, com o nome “OTM”. Assim, você terá a 
seguinte pasta disponível para executar as atividades: 
c:\OTM 
Na figura 2.9, exemplificamos a questão dos múltiplos arquivos com os quais trabalhamos 
em geotecnologias. Observe o quadro em vermelho na figura; veja que há quatro camadas 
indicadas: rodovias (estaduais e municipais), imagem do satélite Sentinel 2, magem do satélite 
Landsat 8 e imagem de Relevo Sombreado. Cada uma destas camadas equivale a um arquivo 
individualizado, que está armazenado em algum “lugar” do computador e o QGIS, ao ser 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
29 
 
solicitado para recuperá-lo, precisará saber qual é este “lugar”. Assim, todos os arquivos, 
preferencialmente, devem estar numa pasta referente ao projeto com o qual se está trabalhando. 
Por isto é que indicamos a criação da pasta c:\OTM, na qual armazenaremos todos os arquivos 
com os quais trabalharemos até o final do presente material. 
Ainda na figura 2.9, observe no canto superior esquerdo, junto ao nome QGIS 2.18.15, 
aparece o nome do projeto “mapa_06”. Este é o nome do arquivo do QGIS, denominado de 
projeto, no qual são indicados os caminhos e todas as configurações de cor entre outras, para 
cada uma das camadas (que são os dados propriamente ditos), sendo, portanto, um arquivo de 
instruções para a importação, organização e exibição de arquivos. Se estivéssemos trabalhando 
com um editor de textos, por exemplo, provavelmente todos os dados estariam dentro do arquivo 
“mapa_06” mas, em geotecnologias isto não acontece. Assim, ressaltamos mais uma vez que a 
organização dos dados é fundamental para o bom desenvolvimento das atividades. 
Figura 2.9 
 
2.3 Os nomes dos arquivos 
Da mesma forma como as pastas de trabalho, os nomes atribuídos aos arquivos merecem 
alguns cuidados. O principal cuidado a ser tomado é com o uso de caracteres especiais e com os 
espaços em branco. Como na língua portuguesa se utiliza muitas acentuações, temos muitos 
caracteres especiais que devem ser desconsiderados. Por exemplo, se o leitor tiver um arquivo 
com dados de população e quiser atribuir este nome ao arquivo, é mais indicado utilizar 
“populacao", suprimindo os dois caracteres especiais do nome. 
 
 
 Alguns exemplos de caracteres especiais: 
á, à, Á, À, ç, Ç, ã, Ã, â, Â, ó, Ó, É, %, $, &. 
30 
Capítulo 2 
Notas sobre o QGIS 
 
Por sua vez, quando se trata dos espaços em branco, a sugestão é substitui-los por “_” 
ou por “-“. Assim, se o leitor tiver um arquivo contendo os “limites municipais” é preferível que 
ele seja salvo com o nome “limites-municipais” ou “limites_municipais”. A supressão dos espaços 
é importante em função da operacionalização de alguns algoritmos que podem compreender o 
nome de arquivo em duas ou mais palavras como uma tentativa de incluir um comando, o qual 
não será reconhecido. Assim, criando o nome do arquivo como um bloco único, se tem a 
tendência de ocorrerem menos problemas no momento das operações de geoprocessamento. 
2.4 Os complementos para o QGIS 
Por ser um software colaborativo, com uma grande rede de desenvolvedores, o QGIS 
vem se tornando um software com um potencial de aplicação muito vasto. Nem todas as 
funcionalidades esperadas ou imaginadas estão disponíveis nas versões que são liberadas aos 
usuários. Muitas das funcionalidades são desenvolvidas por usuários específicos, para aplicações 
específicas, na forma de complementos (plug-ins) que podem ser adicionados ao QGIS, fazendo 
com que cada usuário possa fazer uma ampla personalização do software para o seu uso. 
Ao longo deste material, utilizaremos alguns destes complementos. Faremos referência 
à necessidade de sua instalação sempre que iniciarmos o uso de um deles. Aqui faremosapenas 
a indicação de como estes complementos são instalados, tomando como exemplo o “Poinst2One” 
que pode ser utilizado para gerar um polígono a partir de um conjunto de pontos. 
Com o QGIS devidamente carregado, acesse o menu Complementos > Gerenciar e 
Instalar Complementos... (figuras 2.10 e 2.11). No campo buscar, digite o nome do complemento 
que deseja localizar e instalar (Points2One). Observe que na lista de complementos ficará 
disponível apenas aquele solicitado (figura 2.11). Selecione o complemento e veja que será 
apresentada a descrição do mesmo (figura 2.11). Clique sobre o botão “Instalar complemento” 
para executar a instalação do mesmo. Após completada a instalação, será demonstrada a 
descrição do complemento com a especificação da versão entre outras informações, sendo 
também liberados botões para desinstalar e reinstalar o complemento (figura 2.11). Por se tratar 
de um complemento para trabalhar com dados vetoriais, o mesmo estará disponível no menu 
Vetor, como demonstrado pela figura 2.12. 
De maneira geral, todos os complementos são instalados seguindo estes procedimentos. 
O que pode mudar é a forma como eles são alocados na estrutura do QGIS. Alguns, em função 
da sua complexidade ou quantidade de ferramentas, estarão disponíveis como menus 
independentes; outros, por sua vez, poderão ser adicionados a algum dos menus já existentes 
ou, ainda, poderão estar alocados na caixa de ferramentas, que se encontra no menu Processar 
> Caixa de ferramentas. 
Figura 2.10 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
31 
 
Figura 2.11 
 
 
 
Figura 2.12 
 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
33 
 
 
Capítulo 3 
As bases de dados iniciais 
 
 
 
 
Neste capítulo, apresentaremos as bases de dados que serão utilizadas para gerar os 
mapeamentos necessários ao ordenamento territorial do município de Santo Cristo, RS, utilizando 
o QGIS. Para o estado do Rio Grande do Sul, há várias bases de dados oficiais e secundárias 
disponíveis, as quais permitem fazer uma aplicação da mesma metodologia, com os mesmos 
dados, para todo o território estadual. Para as demais Unidades da Federação, cabe ao leitor 
identificar e organizar as bases de dados disponíveis antes de iniciar os processamentos dos 
dados que serão apresentados no decorrer do presente livro. 
O Sistema Geodésico Brasileiro e o Sistema Cartográfico Nacional, de acordo com a 
Resolução PR 1/2005 (IBGE, 2005), passam a adotar o Sistema de Referência Geocêntrico para 
as Américas (SIRGAS), em sua realização do ano de 2000, denominada de SIRGAS2000. Como o 
período de transição para este sistema não poderia ser superior a dez anos, conforme 
estabelecido pela resolução citada, desde o ano de 2015, todos os dados geodésicos e 
cartográficos associados ao SGB e ao SCN, devem adotar exclusivamente o novo sistema de 
referência geodésico. 
Considerando que as bases de dados disponíveis possuem uma variação temporal da 
década de 1970 até os dias atuais, há vários sistemas de referência envolvidas como, por 
exemplo, o SAD69, o Córrego Alegre e o WGS84, além de diferentes projeções cartográficas como 
a UTM e a LatLong. Isto faz com que os dados a serem utilizados precisem ser analisados e 
devidamente convertidos para que os trabalhos atendam às exigências normativas da cartografia 
nacional. 
O que se observa, ao longo do tempo, é que há profissionais, que por falta de 
conhecimento, não dão a devida importância para tais parâmetros. Este fato gera imperfeições 
nos dados gerados, comprometendo assim a qualidade dos resultados dos mapeamentos. 
Um equívoco também recorrente diz respeito ao uso dos dados no sistema WGS84, que 
é adotado como padrão nos dados oriundos das constelações GNSS. Mesmo que os valores de 
conversão entre este sistema e o SIRGAS2000 sejam zero, ao analisarmos os semieixos do 
elipsóide de ambos os sistemas é possível observar uma pequena diferença. Isto nos remete, 
mais uma vez, a necessidade da conversão dos dados também entre estes sistemas. 
Sob o aspecto dos sistemas de coordenadas, considerando o estado do Rio Grande do 
Sul, são utilizados dois sistemas nas bases de dados a serem utilizadas: o UTM, dado em metros, 
e o LatLong, dado em graus. Desta forma, é preciso considerar, dependendo da região na qual 
se está trabalhando, o limite entre os fusos UTM, uma vez que o estado é dividido ao meio pelos 
34 
Capítulo 3 
As bases de dados iniciais 
 
fusos 21S e 22S, como pode ser observado na figura 3.1. O fuso 21S conta com meridianos 
extremos 60ºW e 54ºW, sendo seu meridiano central o 57ºW. Por sua vez, o fuso 22S, conta 
com meridianos extremos 54ºW e 48ºW, sendo seu meridiano central o 51ºW. 
Figura 3.1 
 
Sob uma perspectiva que busque atender às necessidades do ordenamento territorial 
municipal, é preciso refletir sobre quais os dados serão necessários para esta atividade, 
considerando a unidade territorial selecionada. Desta forma, podem ser apresentados os dados 
descritos no quadro 3.1, como sendo necessários à atividade que se deseja realizar. Estes dados 
podem ser considerados indispensáveis, pois nos dão uma noção geral da estrutura da área a ser 
trabalhada. Oportunamente, serão acrescentados outros dados para os quais o acesso será 
descrito nos capítulos correspondentes. 
Quadro 3.1 – Dados necessários ao ordenamento territorial municipal 
Dado Descrição 
Limite municipal O conhecimento dos limites do município é fundamental para o início das 
atividades. É necessário considerar aqui a escala de trabalho para a correta 
delimitação. Estes procedimentos serão descritos no próximo capítulo. 
Limites distritais Os limites distritais representam a subdivisão dos municípios em função da 
estrutura de organização da população e das atividades administrativas. São 
de fundamental importância para análises mais detalhadas a partir das 
atividades de uso e ocupação do solo e das potencialidades de cada região. 
Áreas urbanizadas Pela sua dinâmica, as áreas urbanizadas merecem sempre um destaque 
diferenciado que, sob o aspecto do ordenamento do território, são tratadas 
no Plano Diretor e na lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e, em geral, 
recebem destaque maior que o restante do território municipal. Estas áreas, 
mesmo que não sejam foco do trabalho em si, devem ser identificadas. 
Devemos lembrar ao leitor que há uma diferença entre a denominação de 
áreas urbanizadas e perímetro urbano. A primeira, trata das áreas 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
35 
 
efetivamente ocupadas com estruturas urbanas, ao passo que a segunda se 
refere à parte do território municipal definida como de uso urbano e que, 
não necessariamente, esteja consolidada como tal. 
Hidrografia Os elementos da hidrografia têm grande importância uma vez que 
determinam vários processos de uso e de ocupação do território, e estão 
vinculados à gestão ambiental. Da mesma forma como a definição dos 
limites do município e de outros dados, a hidrografia precisa ser avaliada 
em função da escala de aplicação do estudo. 
Sistema viário O sistema viário, que define o sistema de circulação dentro do município e 
suas conexões para fora do seu território, deve ser avaliado com os mesmos 
cuidados citados nos dados de hidrografia. 
Geologia 
Geomorfologia 
Pedologia 
Vegetação 
Uso e cobertura da terra 
Optou-se em agrupar a descrição destes cinco elementos em função da sua 
interdependência. Para uma correta análise do uso do solo (seja atual ou 
ao longo do tempo), é pertinente que se avalie os dados de geologia, 
geomorfologia e pedologia. Estas associações permitem determinar as 
potencialidades e identificar as restrições de uso. Com relação aos dados de 
vegetação, cabe salientar, que estes se referem a vegetação potencial 
original, o que pode auxiliar no estudo dasmudanças de uso do solo. 
MDE O Modelo Digital de Elevação permite gerar dados morfométricos derivados 
das altimetrias que, quando associado aos elementos anteriormente 
descritos, permitem refinar as análises. 
Declividade A declividade é um dado derivado da estrutura das vertentes topográficas 
e auxiliam na análise das potencialidades e fragilidades do uso do solo. 
3.1 O limite municipal 
O limite municipal é o primeiro dado a ser definido para se dar início às atividades. O 
IBGE, disponibiliza regularmente, com atualizações periódicas, a Malha Territorial Municipal, 
compatível com a escala operacional 1:250.000. Estes dados estão disponíveis para todo o 
território nacional ou por Unidade da Federação, de forma individualizada. O acesso a esta malha 
pode ser feito através do GEOFTP do IBGE, no endereço ftp://geoftp.ibge.gov.br/ Acessando este 
endereço o leitor estará no FTP de dados geográficos do IBGE e poderá acessar todas as bases 
disponibilizadas pelo instituto, como pode ser observado na figura 3.2. 
Para acessar a Malha Territorial Municipal do Rio Grande do Sul, percorra o seguinte 
caminho nas pastas do FTP: organização_do_territorio / malhas_territoriais / malhas_municipais 
/ município_2016 / UFs / RS. Ao chegar na última pasta, observe que estarão disponíveis cinco 
arquivos para download, como pode ser verificado na figura 3.3. 
 
 
 
36 
Capítulo 3 
As bases de dados iniciais 
 
Figura 3.2 
 
 
Figura 3.3 
 
Os arquivos disponíveis representam a estrutura de organização territorial do estado em 
municípios, microrregiões e mesorregiões. Estes dados podem ser acessados individualmente ou 
através do arquivo “RS.zip”, que contém todos os demais arquivos da pasta. Para o nosso caso 
faça o download do arquivo “rs_municipios.zip” e salve-o na pasta c:\OTM criada anteriormente. 
3.2 Os limites distritais 
Os limites distritais são utilizados pelo IBGE no momento do levantamento de dados dos 
Censos. É a partir dos distritos que ocorre a subdivisão em setores censitários. Para acessar estes 
limites, parte-se do mesmo endereço mencionando anteriormente (GEOFTP do IBGE) e 
representado pela figura 3.2. Contudo, o caminho a ser seguido no FTP é: 
organização_do_territorio / malhas_territoriais / 
malha_de_setores_censitarios__divisoes_intramunicipais / censo_2010 / setores_censitarios_shp 
/ RS. Ao chegar no último nível do caminho faça o download do arquivo “rs_distritos.zip”. O ano 
de referência para estes dados é 2010 e os mesmos são compatíveis com os dados da Malha 
Territorial Municipal de 2016. 
3.3 As áreas urbanizadas 
Como diz o próprio nome, este dado se refere a área urbanizada e não ao perímetro 
urbano. Os dados das áreas urbanizadas mais atuais disponíveis para o Brasil, são o resultado de 
um trabalho da Embrapa Gestão Territorial (FARIAS, et al., 2017) que buscou identificar, mapear 
e quantificar as áreas urbanas do Brasil a partir de técnicas de sensoriamento remoto e SIG. Para 
ter acesso aos dados, faça o download do arquivo disponível no endereço 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
37 
 
http://www.sgte.embrapa.br/produtos/dados/COT04_Areas_Urbanas_Brasil.zip e salve-o na 
pasta c:\OTM. 
Para fins legais, a delimitação da área urbana deve seguir a definição estabelecida pela 
legislação municipal. Neste caso, deve-se entrar em contato com a prefeitura do município de 
interesse para ter acesso aos dados. Para o material que está sendo aqui apresentado, 
utilizaremos apenas os dados do estudo da Embrapa. 
3.4 A hidrografia e o sistema viário 
A melhor escala de disponibilidade dos dados da hidrografia e do sistema viário, para o 
Rio Grande do Sul, é a 1:50.000. Estes dados são oriundos da restituição aerofotogramétrica 
realizada na década de 1970, pela 1ª Divisão de Levantamentos, da Diretoria de Serviços 
Geográficos do Exército Brasileiro, atualmente denominado de 1º Centro de Geoinformação. Na 
época, estes dados foram disponibilizados em formato impresso, na forma de folhas articuladas. 
Em 2010, o Laboratório de Geoprocessamento do Centro de Ecologia da Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul, através de um projeto de cooperação interinstitucional, disponibilizou a 
vetorização das 462 folhas da carta topográfica em escala 1:50.000 na forma de base vetorial 
contínua (HASENACK e WEBER, 2010). Esta base está disponível para download no endereço 
https://www.ufrgs.br/labgeo/index.php/dados-espaciais/250-base-cartografica-vetorial-
continua-do-rio-grande-do-sul-escala-1-50-000. 
Os dados da base vetorizada estão disponíveis em três sistemas de coordenadas, sendo 
que, para as nossas atividades, serão utilizados os dados no sistema UTM Fuso 21S (o município 
de Santo Cristo está localizado na metade oeste do Rio Grande do Sul). Assim, no endereço 
indicado anteriormente, acesse os dados referentes ao sistema UTM fuso 21 e faça o download 
dos seguintes arquivos: “hidrografia_linhas_utm21.zip”, “hidrografia_poligonos_utm21.zip” e 
“sistema_viario_utm21.zip” e salve-os na pasta c:\OTM. 
Cabe aqui um questionamento: qual a diferença entre folhas articuladas e base contínua? 
Para quem já trabalhava com cartografia na da década de 1980, deve estar lembrado que o 
acesso aos dados era apenas em formato analógico, ou seja, impresso. Assim, havia uma 
restrição em função do tamanho do papel utilizado e também do manuseio de tais documentos. 
Em função desta restrição surgiu a articulação das folhas das cartas em diferentes escalas para 
todo o planeta, iniciando-se na escala 1:1.000.000 (compatível com os fusos UTM) e suas 
subdivisões para as demais escalas. 
Desta forma, ao se tratar de folhas articuladas em determinada escala, fala-se do 
conjunto de folhas de uma determinada carta necessárias para o recobrimento de uma dada 
região. Por sua vez, ao se tratar de uma base contínua, fala-se da integração destes dados de 
forma única para toda a área de mapeamento, a qual pode ser recortada para as áreas de 
interesse. Neste último caso, em função dos dados serem tratados em ambiente SIG, há também 
a carga dos atributos de cada feição no banco de dados, permitindo, assim, consultas espaciais 
diversas. A diferença entre as duas estruturas, para a escala de referência 1:1.000.000, é 
demonstrada pela figura 3.4. 
38 
Capítulo 3 
As bases de dados iniciais 
 
Figura 3.4 
 
3.5 A geologia, a geomorfologia, a pedologia e a vegetação 
Para se pensar em qualquer processo de ordenamento territorial, os dados de geologia, 
geomorfologia, pedologia e vegetação são sempre bastante relevantes. Considerando-se a 
abrangência territorial do Brasil, é sabido que se ter tais dados disponíveis, em escala de detalhe, 
é tarefa bastante complexa. Contudo, a partir da década de 1970, foi criado pelo então Ministério 
de Minas e Energia, o projeto Radam (Radar da Amazônia) que, em função dos bons resultados, 
a partir de 1975, evoluiu para o projeto Radambrasil. Estes projetos que foram executados entre 
os anos de 1970 e 1985, objetivaram mapear, através de imagens de radar, dados de geologia, 
geomorfologia, pedologia e vegetação, na escala operacional de 1:250.000, para todo o território 
nacional. 
No segundo semestre de 2017, o IBGE finalizou a sistematização de todos estes dados, 
ainda na forma de articulação, mas já com carga de atributos em banco de dados para 
manipulação em SIG, para as quatro temáticas, os quais estão disponíveis para o uso da 
sociedade. Sob o aspecto da escala operacional dos dados e da articulação para disponibilização, 
o usuário deve atentar para o fato de que os dados estão na escala 1:250.000 mas a área de 
abrangência é a da escala 1:1.000.000. Isto se deve em função de que no momento da geração 
dos dados originais, foram elaborados relatórios descritivos que levam em consideração este 
recorte. Assim, há a compatibilidade entre o dado cartográfico e o relatório descritivo. 
Para obter os dados que são de nosso interesse, acesse o GEOFTPdo IBGE no endereço 
ftp://geoftp.ibge.gov.br/ e acesse a pasta “informacoes_ambientais”. Nesta pasta, há uma pasta 
para cada uma das quatro temáticas mencionadas. Faça o download do arquivo correspondente 
conforme descrito no quadro 3.2. Os dados devem ser salvos na pasta c:\OTM. 
O leitor deve estar se perguntando o que significa e como consigo identificar o nome do 
arquivo que deve ser utilizado no download, certo? O código SG21 se refere à folha da carta 
1:1.000.000 na qual se está trabalhando. Para fazer esta identificação é possível utilizar o Mapa 
Índice do Brasil, para o qual preparamos uma descrição que está disponível no Apêndice A deste 
livro. 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
39 
 
Quadro 3.2 – Acesso aos dados de geologia, geomorfologia, pedologia e vegetação 
Dado Caminho partindo da pasta informacoes_ambientais Arquivo 
Geologia .../ geologia / levantamento_geologico / vetores / escala_250_mil / 
recorte_milionesimo 
sg21_geol.zip 
Geomorfologia .../ geomorfologia / vetores / escala_250_mil / recorte_milionesimo sg21_geom.zip 
Pedologia .../ pedologia / vetores / escala_250_mil / recorte_milionesimo sg21_pedo.zip 
Vegetação .../ vegetacao / vetores / escala_250_mil / recorte_milionesimo sg21_vege.zip 
3.6 O uso e cobertura da terra 
Saber o que está sendo feito e aonde num determinado território, certamente é 
importante para um processo de ordenamento territorial. Para tanto, os dados de uso e cobertura 
da terra (que é a denominação adotada pelo IBGE) são necessários. Há, ao menos, duas formas 
de se obter estas informações: 1) através do processamento de imagens de satélite, para se 
gerar um mapa de uso, ou, 2) utilizando dados disponibilizados por instituições oficiais, como é 
o caso do IBGE. 
Inicialmente, para montar esta nossa base de dados, iremos utilizar dados 
disponibilizados pelo IBGE e que são compatíveis com a escala 1:100.000. Estes dados estão 
disponíveis como um mapa de uso e cobertura da terra do Rio Grande do Sul, tendo como 
referência o ano de 2010. Para ter acesso aos dados faça o download do arquivo 
“RS_uso_100mil.zip”, disponível no GEOFTP do IBGE, no seguinte caminho: 
informacoes_ambientais / cobertura_e_uso_da_terra / uso_atual / vetores / 
unidades_da_federacao / rs / escala_100_mil. Os dados devem ser salvos na pasta c:\OTM. 
3.7 O MDE e as declividades 
Os Modelos Digitais de Elevação, de acordo com Valeriano (2008), são arquivos que 
contêm registros altimétricos, organizados numa estrutura matricial em linhas e colunas 
georreferenciadas, como uma imagem com um valor de elevação para cada pixel. Os registros 
altimétricos devem ser idealmente valores de altitude do relevo para que o MDE seja uma 
representação efetiva da topografia. 
A partir dos dados do MDE, além da geração de mapas hipsométricos, é possível extrair 
outras características morfométricas como a declividade, por exemplo. Para quem trabalhava com 
estas análises na década de 1990, deve se recordar que estes dados eram gerados a partir das 
curvas de nível presentes nas Cartas Topográficas, o que fazia com que esta atividade fosse 
bastante trabalhosa e demorada, por se tratar de dados analógicos. 
Considerando os dados aos quais se tem acesso para o território do Rio Grande do Sul, 
iremos demonstrar aos leitores as diferentes possibilidades de trabalho com este tipo de dados, 
utilizando duas fontes com estruturas de dados distintas: a primeira vetorial e a segunda matricial. 
O primeiro conjunto de dados a serem utilizados são as curvas de nível vetorizadas a 
partir das folhas da Carta Topográfica em escala 1:50.000 (HASENACK e WEBER, 2010), que são 
40 
Capítulo 3 
As bases de dados iniciais 
 
a mesma base da hidrografia e do sistema viário já descritos anteriormente. Esta base está 
disponível para download no endereço https://www.ufrgs.br/labgeo/index.php/dados-
espaciais/250-base-cartografica-vetorial-continua-do-rio-grande-do-sul-escala-1-50-000. 
Os dados da base vetorizada estão disponíveis em três sistemas de coordenadas, sendo 
que, para as nossas atividades, serão utilizados os dados no sistema UTM Fuso 21S (o município 
de Santo Cristo está localizado na metade oeste do Rio Grande do Sul). Assim, no endereço 
indicado anteriormente, acesse os dados referentes ao sistema UTM fuso 21 e faça o download 
do seguinte arquivo: “curvas_de_nivel_utm21.zip” e salve-o na pasta c:\OTM. 
O segundo conjunto de dados é oriundo do projeto TOPODATA (VALERIANO, 2005), que 
é o resultado do processamento de dados da missão de radar SRTM. A partir do MDE gerado pela 
missão SRTM, o projeto TOPODATA processou os dados para todo o Brasil, disponibilizando os 
mesmos na articulação compatível com as folhas da Carta Topográfica em escala 1:250.000. Além 
do próprio MDE, estão disponíveis dados de declividade, de orientação das vertentes, de relevo 
sombreado, entre outras características morfométricas. 
 
 
 Para saber mais sobre o projeto TOPODATA, visite o site 
http://www.dsr.inpe.br/topodata/ e leia os documentos 
de referência disponíveis. 
Para saber mais sobre a missão SRTM, visite 
https://www2.jpl.nasa.gov/srtm/ 
Para acessar os dados do projeto TOPODATA, visite o mapa interativo disponível no 
endereço http://www.webmapit.com.br/inpe/topodata/, representado na figura 3.5. Observe que 
cada retângulo vermelho do mapa equivale a uma folha da escala 1:250.000. 
Figura 3.5 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
41 
 
Para acessar os dados necessários às nossas atividades, utilize o mouse para localizar o 
retângulo que recobre o município de Santo Cristo, como demonstrado na figura 3.6. O retângulo 
correspondente é o 27_555, no qual aparece o nome da cidade de Santa Rosa, que é a mais 
representativa da região. Em função do nível de zoom máximo do mapa, o nome de Santo Cristo 
não é demonstrado. Após identificar o retângulo, clique sobre o mesmo e será aberta uma janela 
com os dados disponíveis para esta região (figura 3.6). Faça download dos arquivos “Altitude” e 
“Decliv.(c)”, e salve-os na pasta c:\OTM. 
Figura 3.6 
 
 
O arquivo “Decliv.(c)”, é a classificação das declividades em seis classes, de acordo com 
a proposta da EMBRAPA (SANTOS et al., 2013), utilizada no Sistema Brasileiro de Classificação 
de Solos. Nos próximos capítulos trataremos com mais detalhes desta classificação. 
3.8 Organizando os dados na pasta c:\OTM 
Após termos realizado o download dos dados, é chegada a hora de organizarmos os 
mesmos para que possamos dar início aos trabalhos. Verifique inicialmente se a sua pasta possui 
os arquivos conforme demonstrado na figura 3.7. 
Como todos os dados estão compactados, é necessário descompactá-los. Para tanto, o 
leitor pode fazer uso do software que lhe convém. Sob o aspecto de organização destes dados, 
há vários outros elementos a serem considerados. Contudo, a medida que trabalharemos com 
eles, iremos fazer a sua alocação mais adequada, considerando sempre os cuidados já 
mencionados no item 2.2 do capítulo 2. 
 
42 
Capítulo 3 
As bases de dados iniciais 
 
Figura 3.7 
 
 
 
 
 Os arquivos da geologia, da geomorfologia, da 
vegetação e da pedologia foram renomeados para 
facilitar sua identificação no decorrer da realização dos 
processamentos. 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
43 
 
 
Capítulo 4 
Definindo os limites do município 
 
 
 
 
Para apresentar a nossa perspectiva de aplicação do QGIS no ordenamento territorial 
municipal, selecionamos o município de Santo Cristo (figura 4.1), localizado na região noroeste 
do estado do Rio Grande do Sul, como sendo nosso laboratório. O município de Santo Cristo foi 
criado através da Lei Estadual nº 2.602, de 28 de janeiro de 1955 (RIO GRANDE DO SUL, 1955), 
sendo seu território totalmente desmembrado do município de Santa Rosa.Figura 4.1 
 
 
 
 
 Para saber mais sobre o município de Santo Cristo, RS, 
visite os seguintes sites: 
https://santocristo.rs.gov.br/site 
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/santo-
cristo/panorama 
 
44 
Capítulo 4 
Definindo os limites do município 
 
Há dois elementos com os quais devemos nos preocupar ao buscar a definição dos limites 
territoriais de um município: 1º) é necessário verificar se a base de dados que temos disponível 
representa a realidade atual deste território e, 2º) devemos avaliar com cuidado qual a escala do 
dado que está a disposição e qual a escala com a qual desejamos trabalhar. Com relação ao 
primeiro elemento citado, devemos fazer uma avaliação histórica a partir da data de emancipação 
do município em questão, para verificar o que aconteceu com o próprio município e seus limítrofes 
para poder estabelecer que se está trabalhando com a delimitação correta. Com relação ao 
segundo elemento, se partirmos do pressuposto que utilizaremos o limite disponível na Malha 
Territorial Municipal do IBGE, da qual fizemos download no capítulo anterior, estaremos 
trabalhando na escala 1:250.000, o que é uma representação bastante generalizada dos limites. 
Assim, para termos uma representação em escala mais detalhada, será necessário refazermos 
esta delimitação, a partir de outros dados, utilizando como guia a Malha Territorial Municipal do 
IBGE. 
4.1 Evolução histórica do limite do município de Santo Cristo 
Como já mencionamos, o município de Santo Cristo foi criado através da Lei Estadual nº 
2.602, de 28 de janeiro de 1955. Após sua criação, houve três fatos que alteraram a sua 
delimitação: 1) a anexação de novas áreas, de acordo com a Lei Estadual nº 3.702, de 31 de 
janeiro de 1959 (RIO GRANDE DO SUL, 1959; 2) a emancipação do município de Alecrim, criado 
pela Lei Estadual nº 4.578, de 09 de outubro de 1963 (RIO GRANDE DO SUL, 1963), e, 3) a 
emancipação do município de Porto Vera Cruz, criado pela Lei Estadual nº 9.588, de 20 de março 
de 1992 (RIO GRANDE DO SUL, 1992). 
 
 
 A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, através 
da Comissão de Assuntos Municipais, editou duas 
publicações que auxiliam na identificação desta evolução 
territorial: 
RIO GRANDE DO SUL; ASSEMBLEIA LEGISLATIVA. 
Evolução municipal do Rio Grande do Sul: 1809 – 1996. 
Porto Alegre: Assembleia Legislativa, 2001. 
RIO GRANDE DO SUL; ASSEMBLEIA LEGISLATIVA. Rio 
Grande do Sul, seus municípios e suas leis de criação. 
Porto Alegre: Assembleia Legislativa, 2008. 
É necessário tomar cuidado com o uso deste material 
pois há equívocos quando comparados com os textos 
legais. 
Sugere-se ao leitor buscar sempre as fontes originais, 
que são as leis de criação etc, para que se possa ter 
certeza com relação a descrição dos limites. 
O governo do estado do Rio Grande do Sul, na Secretaria 
de Planejamento, Governança e Gestão, mantém a 
Divisão de Geografia e Cartografia que, dentro de suas 
atribuições, auxilia no processo de identificação dos 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
45 
 
limites municípios. Maiores informações estão 
disponíveis em 
http://planejamento.rs.gov.br/gerenciamento-de-
limites-municipais 
Um instrumento que auxilia na análise histórica dos limites municipais, é a publicação do 
IBGE referente a Evolução da Divisão Territorial do Brasil, no período de 1872 a 2010 (IBGE, 
2011). Além do documento descritivo, estão disponíveis as Malhas Digitais para cada década, o 
que nos permite um auxílio cartográfico para a análise das legislações. As Malhas Digitais estão 
disponíveis no GEOFTP do IBGE, podendo ser acessada no seguinte caminho: 
organização_do_territorio / malhas_territoriais / municipios_1872_1991 / 
divisao_territorial_1872_1991. Ao acessar o último nível mencionado, o leitor pode acessar as 
pastas referentes aos que deseja analisar e fazer o download dos dados. No quadro 4.1, 
apresentamos uma compilação da evolução do limite do município de Santo Cristo, considerando 
os dados disponibilizados pelo IBGE. 
Quadro 4.1 – Evolução histórica do limite do município de Santo Cristo 
 
A – o município de Santa Rosa, em 1950. [1] B – a primeira delimitação territorial do município 
de Santo Cristo, com base em dados de 1960. [2] 
[3] 
 
 
C – o município de Santo Cristo após a criação do 
município de Alecrim. [4] 
D – o município de Santo Cristo após a criação do 
município de Porto Vera Cruz. [5] 
 
[1] A área do município de Santa Rosa era de 4.028,32 km². Com sua criação, o município de Santo 
Cristo foi totalmente desmembrado de Santa Rosa. 
46 
Capítulo 4 
Definindo os limites do município 
 
[2] A área do município de Santa Rosa foi reduzida a cerca de 12% da área inicial, pois o mesmo foi 
dividido em sete municípios. 
[3] A área do município de Santo Cristo, na sua criação, era de 701,46 km², considerando as anexações 
de área de 1959. 
[4] A área do município de Santo Cristo passou a ser de 370,71 km². 
[5] A área do município de Santo Cristo passou a ser de 366,88 km². 
Fonte: elaborado pelos autores a partir de IBGE (2011, 2016). 
 
 
 Optamos por não descrever aqui todo o processo de 
download destes dados e a análise detalhada da 
evolução histórica, visto que nosso objetivo é chamar a 
atenção do leitor para que tome os cuidados necessários 
para a delimitação das suas áreas de interesse. 
Relembramos novamente que a ênfase maior sempre 
deve ser dada aos textos legais e a sua correta 
interpretação. 
Com esta retrospectiva, foi possível visualizar como o território do município evoluiu, 
permitindo-nos assim passar para a sua delimitação em escala mais detalhada que a da Malha 
Territorial Municipal do IBGE. Este procedimento, como já mencionado, permitirá gerar mapas 
mais precisos e compatíveis com outras bases de dados. 
4.2 Geração do limite municipal em escala 1:50.000 
Tendo em vista que há uma base de dados em escala 1:50.000 disponível para o estado 
do Rio Grande do Sul, a qual foi descrita no capítulo anterior, será possível gerar um novo limite 
do município compatível com esta escala. Para executar este procedimento, será utilizado o limite 
disponível na Malha Territorial Municipal do IBGE (IBGE, 2016), como base para a identificação 
dos elementos que constituem os limites municipais, em conjunto com a interpretação dos textos 
legais (RIO GRANDE DO SUL, 1955, 1959, 1963 e 1992). 
1º Passo 
Para uma melhor organização dos arquivos, vá até a pasta de trabalho c:\OTM, e crie 
uma pasta com o nome “Lim_Santo_Cristo”. É nesta pasta que executaremos os nossos 
procedimentos. 
2º Passo 
Adicione a camada vetorial “43MUE250GC_SIR”, que está na pasta 
c:\OTM\rs_municipios. Esta camada contém os limites dos municípios do Rio Grande do Sul, na 
escala 1:250.000, conforme descrito no capítulo 3. 
Para adicionar uma camada vetorial ao QGIS, clique sobre o botão “Vetorial”, na janela 
“Adicionar camada vetorial”, clique sobre o botão “Buscar”, localize o arquivo desejado, clique 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
47 
 
sobre o botão “Abrir” e novamente no botão “Abrir” (figura 4.2), e a camada será mostrada no 
QGIS (figura 4.3). 
Figura 4.2 
 
 
Figura 4.3 
 
3º Passo 
Como todos os municípios do Rio Grande do Sul compõe o arquivo carregado, é 
necessário separar o limite do município de Santo Cristo, ou seja, criar um arquivo vetorial que 
contenha apenas este limite. Quando se conhece o limite, é necessário apenas selecioná-lo e 
gerar um novo arquivo. Contudo, partiremos do pressuposto de que não sabemos qual dos 
1 
2 
3 
4 
5 
48 
Capítulo 4 
Definindo os limites do município 
 
polígonos se refere ao município de Santo Cristo. Neste caso, utilizaremos uma das ferramentas 
de seleção do QGIS, que nos permite selecionar uma feição a partir de um determinado valor. 
Na figura 4.4, está representada a localização da ferramenta que utilizaremos:“Selecionar feição por valor”, a qual também pode ser ativada com a tecla F3. Quando este 
comando é executado, é mostrada uma janela gerada a partir das colunas da tabela de atributos 
do arquivo sobre o qual se está trabalhando. Como o nosso interesse é selecionar a feição 
referente a Santo Cristo, colocaremos este valor no campo “NM_MUNICIP” e clicaremos em 
“Selecionar feição” (figura 4.5). Veja que uma das feições está agora na cor amarela, ou seja, foi 
selecionada pelo procedimento executado. A janela de seleção pode ser fechada, mas a seleção 
será mantida para que possam ser executados outros procedimentos. 
 
 
 A cor amarela que é atribuída às seleções de feições no 
QGIS bem como as cores aleatórias ao carregar as 
camadas, podem ser configuradas pelo usuário. Por 
motivos didáticos, optamos em não alterar estas 
configurações, mantendo o padrão da instalação do 
QGIS. 
Com o limite do município de Santo Cristo devidamente selecionado, clique com o botão 
direito do mouse sobre o nome da camada “43MUE250GC_SIR”, e acesse a opção “Salvar 
como...” (figura 4.6). Este comando permite que seja salvo um novo arquivo para o qual faremos 
a indicações de alguns parâmetros. 
Cabe mencionar que a Malha Territorial Municipal do IBGE está disponível no sistema de 
coordenadas LatLong e no sistema de referência SIRGAS2000. Para facilitar as atividades que 
serão desenvolvidas com este material, é preferível que se utilize o sistema de coordenadas UTM, 
expresso em metros, para facilitar, por exemplo, a quantificação de áreas. Assim, executaremos 
dois procedimentos com o mesmo comando: 1) extrair o limite do município de Santo Cristo 
gerando um arquivo que contenha apenas este limite, e 2) alterar o sistema de coordenadas de 
LatLong para UTM, mantendo o sistema de referência SIRGAS2000. 
Figura 4.4 
 
 
 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
49 
 
Figura 4.5 
 
 
Figura 4.6 
 
 
 
 
 O QGIS trata os sistemas de referência e de coordenadas 
como SRC (Sistema de Referência de Coordenadas). 
Para cada SRC é definido um código chamado de EPSG 
(European Petroleum Survey Group) mantido pelo IOGP 
(International Association of Oil & Gas Producers), 
através do Geodetic Parameter Dataset. Este esforço da 
IOGP, reúne os sistemas de coordenadas e de referência 
geodésica a nível mundial numa única base de dados, 
atribuindo um código específico a cada um, o que 
50 
Capítulo 4 
Definindo os limites do município 
 
permite a fácil identificação bem como os parâmetros de 
conversão. Para saber mais sobre esta base de dados 
consulta o site http://www.epsg.org/ 
A janela do comando “Salvar camada vetorial como ...” (figura 4.7), possui várias 
funcionalidades e possibilidades de parâmetros a serem considerados. Assim, os parâmetros que 
devem ser informados estão expressos no quadro 4.2. Os demais parâmetros disponíveis deverão 
ser mantidos da maneira como apresentados pelo QGIS. 
Após o preenchimento dos parâmetros solicitados (figura 4.9), pode-se clicar em “Ok” 
para que o comando seja executado, sendo adicionada uma nova camada vetorial contendo 
apenas o limite do município de Santo Cristo (figura 4.10). 
Figura 4.7 
 
 
 
 
 
 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
51 
 
Quadro 4.2 – Parâmetros para o preenchimento da caixa do comando “Salvar 
camada vetorial como...” 
Parâmetro solicitado Informar Observação 
 
Formato Shapefile O formato Shapefile foi desenvolvido pela 
ESRI e é composto por, pelo menos, quatro 
arquivos que possuem o mesmo nome mas 
extensões distintas: 
*.shp – possui as informações geométricas; 
*.dxf – é a tabela de atributos; 
*.prj – contém as informações dos sistemas 
de referência cartográfica e geodésica; 
*.shx – executa a conexão entre os demais 
arquivos. 
 
File name Santo_Cristo_IBGE_UTM Para informar o nome, clique no botão 
buscar e navegue até a pasta 
“Lim_Santo_Cristo”, digite o nome a ser 
atribuído ao arquivo, e clique em “Salvar”. 
 
SRC SIRGAS 2000 / UTM zone 21S Clique no ícone no final da linha deste 
parâmetro, digite o código 31981 (que é o 
código do sistema “SIRGAS 2000 / UTM 
zone 21S”) na caixa de “Filtro”, selecione o 
sistema desejado e clique em “Ok” (figura 
4.8). Caso o leitor não saiba o código EPSG 
do SRC que será utilizado, a pesquisa 
deverá ser feita manualmente. 
 
Salvar somente feições 
selecionadas 
 Esta opção deve ser marcada para que seja 
salva apenas a feição que representa o 
município de Santo Cristo, uma vez que a 
mesma foi selecionada anteriormente. 
 
 
 
 Para aprofundar os conhecimentos a respeito do formato 
Shapefile, indicamos ao leitor que consulte a 
documentação técnica disponível em ESRI (1998). 
 
 
 
 
52 
Capítulo 4 
Definindo os limites do município 
 
Figura 4.8 
 
 
Figura 4.9 
 
 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
53 
 
Figura 4.10 
 
4º Passo 
Antes de executar este procedimento, inicie um novo projeto do QGIS, através do menu 
Projeto > Novo, clicando em “Descartar” na janela que pergunta “Você quer salvar o projeto 
atual?”. 
 
 
 É importante que o leitor se habitue que, ao “Descartar” 
o processo de salvamento de um projeto, ele apenas não 
mantém às configurações de como os dados são 
apresentados na tela. Os dados em si, que podem estar 
em diferentes formatos como Shapefile, por exemplo, 
não serão perdidos. 
Iniciaremos a geração do novo limite fazendo uma análise da rede hidrográfica, em 
comparação com o arquivo que geramos no passo anterior. Para tanto, adicione as seguintes 
camadas vetoriais: “hidrografia_linhas_utm21” que está na pasta 
c:\OTM\hidrografia_linhas_utm21 e “Santo_Cristo_IBGE_UTM” que está na pasta 
c:\OTM\Lim_Santo_Cristo. Os procedimentos para adicionar estas camadas ao QGIS são os 
mesmos executados no 2º passo, o qual deverá ser aqui repetido duas vezes. Após adicionar as 
camadas ao QGIS, o leitor deverá ter uma representação como a demonstrada pela figura 4.11. 
A análise que aqui se faz necessária, refere-se à identificação de quais cursos hídricos 
determinam trechos do limite municipal, para que possam ser salvos num arquivo independente 
para posterior edição. Para fazer esta análise, aproxime o zoom para a área do município de 
Santo Cristo, utilizando o mouse ou as ferramentas de zoom disponíveis no QGIS. É importante 
salientar que para facilitar a atividade, a camada com a hidrografia deve ficar sobre a outra 
camada. Caso elas estejam invertidas, apenas arraste a camada que está em primeiro lugar na 
lista para baixo, fazendo assim a inversão (figura 4.12). 
 
54 
Capítulo 4 
Definindo os limites do município 
 
Figura 4.11 
 
 
Figura 4.12 
 
Como ao carregar camadas vetoriais o QGIS atribui cores aleatórias, muitas vezes é 
necessário alterá-las para que se tenha um melhor contraste para identificar as feições. Assim, 
iremos alterar a cor da feição referente ao limite de Santo Cristo para uma tonalidade de verde 
e a cor da Hidrografia para uma tonalidade de azul. Estas alterações são feitas no QGIS através 
da janela de propriedades da camada que pode ser acessada clicando duas vezes sobre o seu 
nome. Iniciaremos pelo limite de Santo Cristo, que é uma camada vetorial do tipo polígono (figura 
4.13). 
Na lateral esquerda da janela de propriedades, há uma lista de opções que permitem 
diferentes intervenções sobre a camada. No momento, é de interesse a opção “Estilo”, na qual 
alteraremos a cor para uma tonalidade de verde claro (figura 4.13). Após selecionar a cor, basta 
clicar em “Ok”. 
 
QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal 
Sidnei Luís Bohn Gass 
Dieison Morozoli da Silva 
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Figura 4.13 
 
Para a camada vetorial da Hidrografia, procederemos da mesma forma. Contudo, esta é 
uma camada que contém dados lineares, o que

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