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Introdução à Urgência e Emergência
Avaliação inicial
Urgência: agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida. O paciente necessita de assistência médica imediata.
Emergência: agravo à saúde com risco iminente(alto) de vida ou sofrimento intenso. O paciente necessita de atendimento médico imediato, o socorro é decisivo.
Primeiros socorros: Atendimento prestado às vítimas de qualquer acidente ou mal súbito, antes da chegada de qualquer profissional qualificado para o atendimento pré-hospitalar (APH). São as primeiras providências a serem tomadas com o acidentado, doente ou vítima. O papel do socorrista é fazer apenas os primeiros socorros, ele não deve fazer mais que o essencial enquanto aguarda um suporte especializado. Deve manter a vítima viva até a chegada do socorro e evitar o segundo trauma (não ocasionar lesões ou agravar traumas já existentes).
	10 mandamentos do socorrista
Manter a calma
Ter em mente: 1º eu, 2º a equipe, 3º a vítima
Ligar 192 imediatamente após avaliar a cena
Verificar a segurança antes de agir
Bom senso
Espirito de liderança, afastar curiosos e pedir ajuda
Distribuir tarefas
Evitar manobras imprudentes, com pressa
Em caso de múltiplas vítimas, priorizar a com maior risco de vida
Ser socorrista e não herói
	Qualidades do socorrista
Capacidade de improviso
Compromisso com a vida
Bom senso
Reconhecer seus limites
Saber o que fazer e o que não fazer
Paciência e calma
Determinação
Vontade de aprimorar
	190 Polícia Militar
	Quando há risco, questões de segurança a serem resolvidas. A polícia vai primeiro e só depois os socorristas chegam. Além de acidentes de trânsito leve, sem vítimas ou vítimas graves.
	192 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU
	Quando há emergência médica, o paciente precisa de socorro imediato. O médico regulador atende e avalia a necessidade de atendimento ou não.
	193 Corpo de Bombeiros
	Em qualquer acidente ou ocorrência que represente riscos sérios, como incêndios, acidentes com animais, vazamento de gás, produtos químicos, lesões sérias, etc.
Atenção a: 
Tipo/natureza do acidente, acesso até as vítimas, agentes de risco, para onde a situação pode evoluir e como controlar a situação.
Leigo (Padrão 1): Não possui conhecimento em primeiros socorros. Chama ajuda e acalma a vítima.
Primeiro Socorrista (Padrão 2): Tem noções fundamentais de primeiros socorros. Chama ajuda, avalia a vítima e presta as condutas iniciais e conservadoras de Suporte Básico de Vida.
Bombeiro (Padrão 3): Leigo habilitado para atendimento pré-hospitalar, são credenciados para integrar ambulâncias do sistema de serviço pré-hospitalar. Presta o Suporte Básico de Vida e intervenções conservadoras.
Técnico de enfermagem (Padrão 4): Possui curso técnico e registro profissional. Presta o Suporte Básico de Vida e administra medicamentos (sob supervisão).
Médico e enfermeiro generalista (Padrão 5): Possui curso superior e registro profissional. Presta o Suporte Básico e Avançado de Vida.
Médico e enfermeiro especialista (Padrão 6): Possui curso superior e registro profissional e especialização. Presta o Suporte Básico e Avançado de Vida e condutas altamente especializadas.
Atendimento pré-hospitalar (APH): objetiva assegurar ao paciente/vítima condição mínima necessária para que ele possa ser conduzido a um centro especializado sem sofrer um segundo trauma. Para o APH temos unidades de suporte/resgate (prestam o suporte básico) e unidade de suporte avançado (prestam o suporte avançado). (192 ou 193)
SAMU- Serviço de Atendimento Móvel e Urgência
Tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte. São urgências situações de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras.
O atendimento do SAMU 192 começa a partir do chamado telefônico, quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. Os técnicos do atendimento telefônico que identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização. Em seguida, as chamadas são remetidas ao Médico Regulador, que presta orientações de socorro às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário.
O SAMU pode negar atendimento, ao passo que os bombeiros não. Isso porque o SAMU tem um médico regulador capacitado para fazer o diagnóstico da situação. Possui médico regulador, médico assistente, enfermeiro, técnico de enfermagem e condutor.
	Quando chamar o SAMU
Problemas cardio-respiratórios;
Intoxicação exógena e envenenamento;
Queimaduras graves; Maus tratos;
Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
Tentativas de suicídio;
Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
Acidentes/traumas com vítimas; Afogamentos; Choque elétrico;
Acidentes com produtos perigosos;
Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da comissura labial);
Agressão por arma de fogo ou arma branca;
Soterramento, Desabamento;
Crises Convulsivas;
Transferência inter-hospitalar de doentes graves;
Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.
	Quando não chamar o SAMU
Febre prolongada;
Dores crônicas;
Vômito e diarreia;
Levar pacientes para consulta médica ou para realizar exames;
Transporte de óbito;
Dor de dente;
Transferência sem regulação médica prévia;
Trocas de sonda;
Corte com pouco sangramento,
Entorses;
Cólicas renais;
Transportes inter-hospitalar de pacientes de convênio;
Todas as demais situações onde não se caracterize urgência ou emergência médica.
Bombeiros 
São geralmente oficiais/militares (oficial, cabo, soldado, sargento, etc.) que prestam o Suporte Básico de Vida e intervenções conservadoras. 
Pronto socorro: Centro especializado de atendimento às urgências e emergências. Presta assistência à pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato, por isso seu funcionamento é durante 24 h por dia. 
Unidade de pronto atendimento (UPA): Unidades integradas ou não a hospitais, que prestam serviços em um horário pré-determinado. Responsável por casos agudos de menor gravidade (casos que não configuram emergência médica).
Suporte Básico de Vida- Adulto
Doenças cardiovasculares (acidente vascular encefálico e síndrome coronária aguda) acometem cerca de 30% dos óbitos no Brasil. A ressuscitação cardiopulmonar de alta qualidade pode dobrar ou triplicar as chances de sobrevivência pós parada cardiorrespiratória. PCREH é geralmente por taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular. A fibrilação ventricular causa tremor descoordenado do ventrículo sem contrações úteis, já a taquicardia ventricular é a aceleração dos batimentos cardíacos originada nos ventrículos, dando a sensação de batedeira.
Estudos indicam que o paciente pode apresentar sinais de alerta de 6 a 8 horas antes da PCR.
Omissão de socorro é crime! Abandono é crime! (atenção: chamar ajuda também é socorrer) tanto para civis quanto para profissionais da saúde.
Suporte Básico de Vida: SBV ou BLS (Basic Life Support) é um conjunto de procedimentos e técnicas que oferece a sequência básica para o correto atendimento a uma vítima. Prioriza a circulação e as vias aéreas (oxigenação e circulação do sangue). O atendimento perfeito ocorre quando, mesmo com sucesso ou não do emprego de todas as técnicas, há dignidade, respeito e profissionalismo em cena.
	Ações iniciais: 
Avaliar a cena e a segurança do local 
(cena, segurança e situação)
Colher informações
Determinar o nível de consciência/ responsividade
Verificar a respiração (irresponsivo, sem respirar ou respiração de gasping)
Acionar o serviço de emergência
Realizar o CABD da vida 
	CABD da vida:
Circulação (checar o pulso e iniciar a RCP)
Abertura das vias aéreas
Ventilação (2 ventilações)
Desfibrilação
Circulação
Para a identificação da PCR é necessário o reconhecimento da parada cardíaca, quese baseia exclusivamente na ausência de pulso central (carotídeo ou femoral).
Quando o coração para a lesão cerebral pode ocorrer em menos de 5 minutos! Para o sistema nervoso até 4 minutos sem oxigênio não há danos, de 4 a 6 minutos ocorre danos cerebrais e após 6 minutos os danos são irreversíveis. Ocorre por hipóxia (quando a quantidade de oxigênio transportada para os tecidos do corpo é insuficiente).
Sinais de PCR: inconsciência, falta de pulsação e movimentos respiratórios, dilatação das pupilas (midríase), pele fria, cianose (extremidades azuladas/acinzentadas) e mucosas pálidas. 
Checar o pulso: localize a traqueia e deslize os dedos 2 cm para o lado. Avalie por 10 segundos.
Para realizar o C do CABD:
Realizar o procedimento em uma superfície rígida
30 compressões e 2 ventilações (em 2 minutos são 5 ciclos desse)
Cada ventilação administrada em 1 segundo
Frequência de 100 a 120 compressões/minuto
Compressões de 5 a 6 cm de profundidade
Interromper o mínimo possível
Permitir o retorno do tórax
Avaliar o pulso central a cada 2 minutos
Revezar as compressões a cada 2 minutos
Interromper o mínimo possível (tempo menor que 10 seg)
Joelhos afastados, troco para a frente, braços totalmente estendidos, calcanhar da mão no centro do tórax (esterno). 
Ventilação
Vias aéreas são as letras A e B do CABD da vida (A= airway, abertura das vias aéreas e estabilização da coluna cervical B=breathe, ventilação)
Atente-se também a:
Verificar o grau de consciência da vítima
Estimular a vítima a verbalizar
Observar apnéia (é a ausência dos movimentos respiratórios), taquipneia (aumento da frequência respiratória) ou bradipnéia (diminuição da frequência respiratória)
Observar cianose (central ou das extremidades)
Traumas faciais
Agitação
Lesões que influenciam a mecânica respiratória
Atenção para o tempo (Sistema nervoso x oxigênio) até 4min= sem danos de 4 a 6 min=danos cerebrais após 6 min= danos irreversíveis
Tipos de vítimas
Vítima consciente e respirando (aéreas pérvias, não obstruídas)
Vítima consciente ou inconsciente e com vias aéreas obstruídas (OVACE- obstrução das vias aéreas por corpos estranhos)
Vítima inconsciente com pulso palpável e sem movimentos respiratórios (em PCR), iniciar ventilação
Vítima inconsciente, sem pulso palpável, sem movimentos respiratórios (em PCR), iniciar RPC
Respiração agônica (gasping ou agonal breating): movimentos respiratórios não efetivos, caracterizada por altas amplitudes de curta duração, intercalando com períodos de apneia. É como se fosse a última tentativa do corpo em manter a respiração com a finalidade de manter os sinais vitais, recomenda-se iniciar a PCR o quanto antes for detectado o gasping.
Para abertura das vias aéreas: 
Head tilt e Chin-Lift: posicionar os dedos de uma das mãos do examinador sob o mento, que é suavemente tracionado para cima e para frente, enquanto o polegar da mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca; a outra mão do examinador é posicionada na região frontal para fixar a cabeça da vítima. Manter sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna cervical.
Jaw-Thrust: utilizar as duas mãos do examinador, posicionando os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente, enquanto os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca e permitindo a pesquisa de corpos estranhos, próteses dentárias, sangramento, enfim, tudo que possa obstruir as vias aéreas superiores.
Atenção: não hiperestender, hiperfletir ou girar a cabeça da vítima. Verificar nível de consciência alterado ou traumas acima da clavícula. Não hiperventilar a vítima. Projeção contrária da língua (queda da língua).
Se não houver respirador aplique duas insuflações normais (boca a boca com dispositivo de barreira), cada uma com duração de um segundo, observando a expansão dos pulmões. Faça duas ventilações e verifique as vias aéreas.
1 ventilação a cada 6 segundos ou 10 ventilações por minuto.
A posição de resgate/recuperação é preferencialmente para o lado esquerdo (facilita o retorno venoso).
Suporte Básico de Vida Pediátrico
São grupos etários pediátricos:
Período neonatal: De 0 a 28 dias de vida
Bebê: De 29 até 11 meses e 29 dias (<1 ano)
Criança: 1 ano até início da puberdade (meninas acusado pelo broto mamário e meninos, pelos pelos axilares)
Adolescente: 10 a 19 anos (reportar-se aos protocolos de adultos)
Sinais vitais (valores de referência):
Pulso crianças: 80 a 120 bpm
Pulso bebês: 100 a 160 bpm
Respiração crianças: 20 a 25 inspirações/min
Respiração bebês: 30 a 60 respirações/min
PCR em crianças:
É incomum, mas acontece. As fases mais críticas são de 0 a 1 ano (por doenças respiratórias, corpo estranho, OVACE, etc.)
Sinais de PCR:
Inconsciência, vítima irresponsível, apneia, ausência de pulso nas grandes artérias.
Em recém-nascido ainda FC<60 bpm
CABD da vida pediátrico:
C- Circulação
A- Vias aéreas 
B- Boa ventilação/Respiração
D- Desfibrilação
Avaliar a segurança do local
Colher informações
Avaliar responsividade (em bebês, palmadas na sola dos pés ou peteleco nos calcanhares)
Chame ajuda
Avalie a presença de pulso (em bebês menores de 1 ano, pulso braquial e acima de um ano, pulso carotídeo)
Iniciar a compressão torácica de FC ausente ou <60 bpm (terço inferior do esterno, 1 dedo abaixo da linha intermamilar, 4 cm em bebês, 5 cm em crianças, 5-6 cm em adolescentes e adultos)
100 a 120 compressões/min
Bebes: Um polegar sobre o outro ou um polegar ao lado do outro sobre o esterno (se em 2 socorristas- técnica do abraço). Se em 1 socorrista apenas, utilize as pontas de 2 dedos (indicador e médio ou médio e anelar) e com a outra mão ventila.
Crianças: uma ou duas mãos, a depender do tamanho da criança.
15x2 quando houver 2 socorristas
30x2 quando houver 1 socorrista
Para avaliar a respiração: posicione o bebê/criança com alinhamento da farinhe posterior, laringe e traqueia, com uma leve extensão do pescoço. Nem hiper-extendido, nem hiper-fletido.
Se estiver em Parada respiratória apenas (tem pulso e não respira): 1 ventilação a cada 2-3 segundos (20 a 30 irpm). Ventilar lentamente e observar expansividade torácica. 
Lembrar de colocar em posição de recuperação
Desfibrilação
Choque elétrico de corrente contínua, com grande amplitude e curta duração. Ocorre a despolarização de todas as células cardíacas permitindo o reinício do ciclo cardíaco normal, de forma organizada em todo o miocárdio, e é aplicado no tórax ou diretamente no miocárdio.
Ritmos da parada cardíaca:
Desfibrilador monofásico: 360 joules
Desfibrilador bifásico: 200 joules
Posição das pás: anterior (D) e lateral (E)
Eu me afasto
Você se afasta
Nós nos afastamos
Não usar o soco precordial em PCREH não presenciada
OVACE- Obstrução das vias aéreas por corpo estranho
Ocorre predominantemente em crianças menos de 5 anos, com pico de incidência entre 1 e 3 anos. Os grandes vilões: são dentaduras, carnes, chicletes, balas, bexigas, vômito e sangue.
Sinais e sintomas: agitação, respiração ruidosa, tosse, palidez, cianose de extremidades, perda da consciência e queda abrupta.
OVACE- perda da consciência- PCR (o reconhecimento deve ser precoce)
Reconhecimento: Vitima em bom estado, subitamente para de respirar, começa a cianose e inconsciência e segue uma PCR
Tipos de obstrução:
1. Parcial: a vítima mantém trocas gasosas, tosse forte e sibilos. NÃO INTERFERIR
2. Total: trocas gasosas insuficientes, com tosse fraca, respiração ineficaz, ruídos estridentes e cianose. FAZER MANOBRAS
Tipos de vítima:
1. Consciente: exige pronta ação (manobra de desobstrução)
2. Inconsciente:
Abordar à vítima
Perguntar se está engasgado
Estimular a vítima a tossir (no caso da obstrução parcial)
Se o corpo estranho for visível e de fácil acesso, retire-o
Manobra de Heimlich para obstrução por sólidos
Para obstrução por líquidos, lateralização da vítima em bloco (libera as vias aéreas de secreções e sangue)
NÃO se faz Heimlich em vítimas inconscientes, o indicado é compressões
Em obesosou gestantes: compressões no terço inferior do esterno.
Manobra auto administrada: comprima a parte superior do abdome de modo rápido sobre qualquer superfície rígida e se esforce para tossir.
Pode haver complicações nas manobras, como ruptura ou laceração de vísceras abdominais, torácica e órgãos, bem como regurgitação e aspiração.
Após o tratamento da OVACE: faça duas respirações de resgate, verifique os sinais de circulação (se há circulação e não respira ventile, se há circulação e respira coloque na posição de recuperação, se não há circulação faça RCP). Chame o serviço de emergência.
Lei Lucas: torna obrigatória a capacitação em noções de primeiros socorros para professores (Lucas morreu após engasgar com cachorro quente em passeio da escola)
Destaque das diretrizes de RCP 2020
Documento resume os principais tópicos e mudanças nas Diretrizes de 2020 da American Heart Association (AHA) para ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e atendimento cardiovascular de emergência (ACE).
· Suporte básico de vida para adultos
Em 2015 ± 350 mil adultos os Estados Unidos apresentaram parada cardiorrespiratória (PCR) não traumática extra-hospitalar (PCREH) atendida por pessoas dos serviços médicos de emergência (SME). Menos de 40% dos adultos recebem RCP iniciada por leigos. Menos de 12% tem um desfibrilador externo automático (DEA) aplicado antes da chegada do SME. A sobrevivência de PCREH está no mesmo nível de 2012 (precisa melhorar). Cerca de 1,2% dos adultos internados nos hospitais dos EUA sofrem parada cardiorrespiratória intra-hospitalar (PCRIH) e os resultados são significativamente melhores que o PCREH (também precisa melhorar).
Novas alterações:
· Algoritmos e recursos visuais para facilitar a memorização das orientações de ressuscitação no suporte básico de vida (SBV).
· A importância do início imediato da RCP por socorristas legais.
· Uso de dispositivos de feedback visual em tempo real para manter a qualidade da RCP.
· Durante a reabilitação pós PCR, o paciente deve ter avaliação e suporte para suas necessidades físicas, cognitivas e psicossociais.
· Após uma ressuscitação o debriefing para socorristas leigos, profissionais do SME e profissionais da saúde no hospital pode ser benéfico para suporte na saúde mental e bem estar dos mesmos.
· O tratamento da PCR na gravidez é focado em ressuscitação maternal, com a preparação para uma cesariana de emergência, se necessário, para salvar o bebê e melhorar as chances de ressuscitação bem-sucedida da mãe.
· Início precoce de RCP por socorristas leigos
Recomenda-se que leigos iniciem a RCP para uma suposta PCR, pois o risco de dano ao paciente é baixo se o paciente não estiver em PCR.
Explicação: o risco de danos à vítima que recebe as compressões torácicas quando não está em PCR é baixo. Os socorristas leigos não conseguem determinar com precisão se uma vítima tem um pulso e o risco de esperar para realizar a RCP em uma vítima sem pulso é maior que o dano por compressões torácicas desnecessárias.
· Debriefings para socorristas
Debriefings (reflexão e análise pós-ação) e encaminhamento para acompanhamento para suporte emocional a socorristas leigos, profissionais do SME e trabalhadores da saúde do hospital depois de um evento de PCR pode ser benéfico. 
Explicação: os socorristas podem apresentar ansiedade ou estresse pós-traumático quanto à execução ou não execução de SBV. Os profissionais responsáveis pelo atendimento no hospital também podem apresentar os efeitos emocionais ou psicológicos ao cuidar de um paciente com PCR. Os debriefings da equipe podem permitir uma análise do desempenho da equipe (melhoria da educação e da qualidade), além de um reconhecimento dos fatores naturais de estresse associados ao atendimento de um paciente à beira da morte. Uma declaração científica da AHA dedicada a esse tópico é esperada para o início de 2021.
· PCR durante a gravidez
Como as pacientes grávidas são mais propensas à hipóxia, a oxigenação e o manejo da via aérea devem ser priorizados durante a ressuscitação de uma PCR durante a gravidez. Devido à possível interferência na ressuscitação materna, o monitoramento do feto não deve ser ignorado durante a PCR na gravidez. 
Recomenda-se o controle direcionado da temperatura para mulheres grávidas que permanecerem em coma depois da ressuscitação de uma PCR e que o feto seja continuamente monitorado em relação à bradicardia como possível complicação e uma consulta com a equipe de obstetrícia e com a equipe neonatal deve ser realizada.
Explicação: Via aérea, ventilação e oxigenação são particularmente importantes no caso da gravidez, devido a um aumento no metabolismo materno, uma redução na capacidade de reserva funcional devido ao útero grávido e ao risco de lesão no cérebro do feto devido à hipoxemia. A avaliação do coração do feto não é útil durante a PCR materna e pode ser uma distração dos elementos de ressuscitação necessários. Na ausência de dados contrários, as mulheres grávidas que sobrevivem a uma PCR devem receber controle direcionado da temperatura da mesma forma que qualquer outro sobrevivente, tendo consideração pelo status do feto, que pode permanecer no útero.
· Suporte básico de vida pediátrico (SVBP)
Mais de 20 mil bebês tem PCR todo ano dos EUA. As taxas de PCREH continuam baixas (precisa melhorar). As causas de PCR em bebês e crianças diferem da PCR em adultos.
Novas alterações:
· Com base em dados recentemente disponíveis de ressuscitações pediátricas, a taxa de ventilação assistida recomendada tem sido aumentada para uma ventilação a cada 2 a 3 segundos (20 a 30 ventilações por minuto) para todos os casos de ressuscitação pediátrica. 
· 
· Alterações na taxa de ventilação assistida: ventilação de resgate
Para bebês e crianças com pulso, mas esforço respiratório ausente ou inadequado, é aconselhável fornecer uma respiração a cada 2 ou 3 segundos (20 a 30 respirações por minuto).
· Ciência da educação em ressuscitação
Educação eficaz é uma variável-chave na melhoria dos resultados de sobrevivência depois de PCR. Sem educação eficaz, os socorristas leigos e os profissionais da saúde teriam dificuldades para aplicar consistentemente a ciência que apoia o tratamento baseado em evidências de PCR. O design instrutivo baseado em evidências é vital para melhorar o desempenho do profissional e os resultados relacionados ao paciente depois da PCR. Os recursos de design instrutivo são os ingredientes ativos e os principais elementos dos programas de treinamento de ressuscitação, que determinam como e quando o conteúdo é fornecido aos alunos.
Novas atualizações:
· O uso de prática deliberada e de aprendizagem para o domínio durante o treinamento de suporte de vida e a incorporação da repetição com feedback e padrões mínimos de aprovação podem melhorar a aquisição das habilidades.
· É recomendável utilizar uma abordagem de aprendizagem espaçada no lugar de uma abordagem de aprendizagem massiva para treinamento em ressuscitação.
· Recomendamos treinar crianças do ensino fundamental e do ensino médio sobre como realizar RCP de alta qualidade. Uma mudança para o treinamento mais auto direcionado pode levar a uma proporção mais alta de socorristas leigos treinados e, portanto, pode aumentar as chances de um socorrista leigo estar disponível para realizar RCP quando necessário. Treinar crianças em idade escolar para realizar RCP instila confiança e atitude positiva com relação à realização de RCP. Oferecer treinamento para RCP a essa população ajuda a criar um quadro de socorristas leigos treinados na comunidade.
· É aconselhável realizar um treinamento de ressuscitação com simulação in situ, além do treinamento tradicional. Tem a vantagem de fornecer ambiente de treinamento mais realista.
· O uso de aprendizagem gamificada e de realidade virtual pode ser considerado para treinamento de suporte básico ou avançado de vida para socorristas leigos e/ou profissionais da saúde.
· É aconselhável que os socorristas leigos recebam treinamento para responder a overdose de opioides, incluindo adisponibilidade de naloxona. Vários estudos descobriram que o treinamento de ressuscitação direcionado para usuários de opioides e suas famílias e amigos está associado a taxas mais altas de administração de naloxona em doses testemunhadas.
· Direcionar e adaptar quanto aos aspectos éticos e raciais para o treinamento de RCP de leigos e populações especificas. As comunidades com baixo status socioeconômico e as que têm populações predominantemente negras e hispânicas, têm menores taxas de RCP por pessoa presente no local e de treinamento de RCP. As mulheres também têm menos probabilidade de receber RCP por pessoa presente no local, o que pode ocorrer porque as pessoas presentes no local temem ferir as vítimas mulheres ou ser acusadas de tocar na mulher de forma inadequada.
· Aconselhável que os sistemas de SME monitorem a exposição da equipe clínica à ressuscitação, para garantir que as equipes de tratamento tenham pessoas competentes para atendimento a casos de PCR. A competência das equipes pode ser ampliada por meio de estratégias de formação da equipe ou de treinamento
· É aconselhável aumentar a disposição de pessoas presentes no local para realizar RCP por meio de treinamento de RCP, iniciativas de conscientização de RCP e promoção de RCP apenas com as mãos.
A importância do desfibrilador externo automático na diminuição de morte por parada cardíaca súbita
· Como anda seu coração?
Segundo pesquisas, no futuro, o sangue de um paciente contará não apenas se o paciente está correndo risco de saúde, mas se seus filhos e netos terão problemas ou precisarão se cuidar. 
Nenhum problema cardíaco surge do nada, toda doença é consequência de anos de descaso com dieta, falta de atividade física e outros maus hábitos, como por exemplo o tabagismo.
São exemplos de doenças do coração: infarto, arritmias e insuficiência cardíaca. Exigem indicação e avaliação adequada e são diagnosticadas através de uma boa história clínica, exames físicos e complementares, como o eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma, cateterismo cardíaco e cintilografia miocárdica. 
Ataque cardíaco: parada súbita dos batimentos do coração decorrente de vários mecanismos. Quando um indivíduo tem um infarto, células do coração morrem e dependendo da área de extensão pode provocar a falência desse músculo. É preciso descobrir algum mecanismo corporal capaz de reverter esse quadro. As células-tronco que copiam qualquer parte do corpo com a qual tenham contato, algo como um camaleão, ainda estão em fase experimental. No caso do coração, a utilização das células-tronco da medula da bacia é que estão mais perto de serem utilizados.
Por ano, as doenças do coração matam meio milhão de pessoas nos EUA, mais do que sete vezes o número de mortes na Guerra do Vietnã. Mesmo com a difusão do uso dos desfibriladores portáteis, um em cada três homens que tiveram um ataque cardíaco vai morrer.
O uso do desfibrilador externo automático (DEA), o crescimento do número de unidades de resgate e do aumento das cidades brasileiras com serviços de emergência e equipes de atendimento pré-hospitalar (APH) são alguns dos fatores que contribuem ao sucesso na recuperação de pacientes vítimas de parada cardíaca súbita extra-hospitalar.
· Como o coração funciona?
O coração é um músculo com 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos. As duas câmaras do lado direito (átrio direito e ventrículo direito) recebem o sangue vindo do corpo após fornecer oxigênio aos tecidos e enviam esse sangue vermelho-azulado para os pulmões para ser oxigenado (libera do dióxido de carbono tornando-se vermelho brilhante). As duas câmaras do lado esquerdo (átrio esquerdo e ventrículo esquerdo) recebem sangue oxigenado dos pulmões e através do grande tronco arterial (aorta) enviam o sangue para todo o corpo. O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue seguido pelo período de contração, chamado sístole. A entrada de sangue nas artérias faz com que suas paredes sejam distendidas e a pressão sobe e quando o coração contrai faz com que o sangue circule em todo o corpo causando uma mudança de pressão chamada de pressão sistólica e depois que o coração relaxa e torna-se a encher de sangue a pressão nas artérias diminui, então é chamada de pressão diastólica.
O sistema elétrico do coração controla a frequência e a quantidade de trabalho que o coração executa. Do lado direito do coração existe uma coleção de células especializadas chamadas de células de disparo ou células marca-passo que são capazes de gerar um estímulo elétrico responsável pelo bom funcionamento do coração. Esses impulsos fazem com que as demais células se contraiam de forma sincronizada.
Em repouso, o coração bombeia cerca de 5 litros de sangue por minuto. Durante o exercício poderá bombear até 35 litros por minuto. A volemia (volume sanguíneo) total de uma pessoa de 70 kg é de aproximadamente menos de 5 litros. O músculo cardíaco necessita de receber suprimento abundante de sangue oxigenado que chega para nutri-lo através de vasos sanguíneos próprios do coração, chamados de artérias coronárias.
· 7 males que podem fazer o coração parar de bater
1. Remodelamento: À medida que a placa de gordura se forma no lado interno da parede arterial, o lado externo se expande. Se o tecido fibroso que a mantém presa à parede se romper, a placa se desprende e forma-se um coágulo que obstrui o vaso sanguíneo.
2. Vaso Espasmo: Por razões desconhecidas, a parede arterial sofre uma contração temporária que interrompe o fluxo de sangue para o coração. Os espasmos arteriais podem ocorrer tanto nas artérias que já estão bastante obstruídas quanto naquelas que só encontram ligeiramente entupidas.
3. Coágulo Sanguíneo: A placa em geral se acumula em bifurcações nas ramificações das artérias. No lugar em que ela se prende à artéria surgem uma inflamação e um coágulo. Caso esse coágulo se desprenda e seja levado pela corrente sanguínea, pode interromper o fluxo de sangue para o coração provocando o ataque.
4. Insuficiência Cardíaca Congestiva: Devido à idade ou a outros fatores, o coração se torna menos eficiente e “pega” mais sangue das veias do que consegue bombear para as artérias. O excesso de sangue pode eventualmente transbordar para os pulmões.
5. Arritmia: O ritmo normal do coração pode ser alterado como resultado de doença cardíaca, tornando-se rápido ou lento demais. Se não for tratada, a arritmia é capaz de comprometer a capacidade de o coração bombear o sangue.
6. Doenças Valvares: Por fatores ligados à hereditariedade ou ao envelhecimento, as válvulas que controlam o fluxo de sangue do coração podem não fechar ou abrir adequadamente provocando insuficiência cardíaca.
7. Pressão Alta (hipertensão): Os vasos sanguíneos se comprimem e o coração é forçado a bombear o mesmo volume de sangue por meio de um espaço mais estreito. Com o tempo, o esforço extra de todo sistema circulatório aumenta o risco de acidente vascular cerebral (derrame) e de doença cardíaca. Obesidade, sedentarismo, fumo e hereditariedade são algumas das causas da pressão alta.
· Síndromes coronárias isquêmicas agudas (SCIA)
Quando uma obstrução permanente ou transitória ocorre em uma artéria coronária, o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é prejudicado. A diminuição do suprimento de sangue oxigenado para uma parte do corpo ou órgão é denominada isquemia. A causa mais comum de SCIA é a ruptura de uma placa aterosclerótica. A arteriosclerose é uma doença crônica do sistema arterial caracterizada por espessamento e enrijecimento anormal das paredes dos vasos. Já a aterosclerose é uma forma de arteriosclerose causada pela deposição de material gorduroso na camada interna das artérias musculares de médio e grande calibre.
A angina pectoris é um desconforto torácico que ocorre quando há isquemia miocárdica, ou seja, oferta inadequada de oxigênio em determinado local do músculo cardíaco. Angina significa dor.
A isquemia miocárdica prolongada resulta injúria ao tecido provocando morte celulardenominado infarto agudo do miocárdio (IAM).
· Desfibrilação precoce
A maioria da população adulta que pode ser salva de uma parada cardíaca (PC) se encontra em fibrilação ventricular (FV) ou em taquicardia ventricular sem pulso (TVSP).
A fibrilação ventricular é uma tremulação caótica do músculo do coração, que impede o bombeamento de sangue, sendo o único tratamento eficaz a desfibrilação (terapia mais simples e importante aos pacientes). A maior chance de sobrevivência é quando o intervalo de tempo entre o início da FV e a administração do primeiro choque ocorre o mais rápido possível, isso é desfibrilação precoce. Para cada minuto de demora, a probabilidade de sobrevivência se reduz em cerca de 7 a 10%.
A desfibrilação consiste em aplicar uma corrente elétrica no músculo cardíaco para reorganizar toda a atividade elétrica e com isso a contratilidade miocárdica é restabelecida. A maioria das mortes súbitas que ocorreram fora do hospital é decorrente de FV.
· História da desfibrilação
A primeira desfibrilação em humanos foi realizada por Claude Beck, utilizando corrente alternada em paciente durante cirurgia, antes já havia sido utilizada em cães. No final da década de 70 foram desenvolvidos nos EUA os chamados DEA desfibrilador externo automático que na verdade a palavra automático significa semiautomático, já que a maioria do DEAs disponível no mercado avisa o operador que o choque está indicado, mas não o administram sem uma ação do socorrista para deflagrar o choque acionando botão próprio para este fim. 
· Parada Cardíaca Súbita (PCS)
A desfibrilação não pode garantir a sobrevivência, independentemente da duração do tratamento. Em alguns pacientes, o problema provocado pela parada cardíaca simplesmente não oferece probabilidade de sobrevivência, seja qual for o tipo de atendimento aplicado. A PCS ou simplesmente morte súbita é um estado ocasionado pela interrupção inesperada do bombeamento do coração, podendo acontecer com qualquer pessoa sendo uma criança de 10 anos em uma prova de natação, jovens de 20 anos em academias de ginástica, crianças de 12 anos em escolas públicas, em treinamentos e cursos militares, em homens, mulheres, idosos, ou seja, com qualquer um em qualquer local. Muitas vítimas de PCS não apresentam ou não mostram sinais e sintomas ou qualquer aviso que terão um problema cardíaco. Em aproximadamente 90% das mortes súbitas fora do ambiente hospitalar o mecanismo desencadeador foi a FV e muitas destas pessoas poderiam ter sido salvas por uma RCP precoce e uma desfibrilação precoce conforme preceitos do APD acesso público a desfibrilação. 
Uma pessoa em PCS não reage quando é sacudida, não respira e não apresenta sinais de circulação sendo ADULTO/CRIANÇA: respiração, tosse e movimento; LACTENTE/NEONATO: respiração, choro e movimento.
· A comunidade como uma unidade coronária básica
84% das emergências cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio – angina de peito –acidente vascular cerebral) acontecem em casa.
15% em média, acontecem em locais de grande concentração de público como estádios de futebol, shows, empresas e fábricas 
Menos de 1% acontecem em ambiente hospitalar.
Assim, fica óbvio a parcela de responsabilidade da comunidade em se ter informações de prevenção das emergências, redução dos fatores de risco e reconhecimento precoce das emergências cardiovasculares bem como agir rapidamente aplicando o RCP necessário e utilizando o DEA (que deverá ser instalado nestes locais aumentando a chance de sobrevida do paciente vítima de morte súbita). Fica claro, também a importância do APD acesso público à desfibrilação, a colocação dos DEAs ao alcance de grandes quantidades de socorristas treinados pode ser a intervenção fundamental para aumentar a sobrevivência da PCS extra-hospitalar. 
Unidade Coronária Básica em comunidade significa implementar tratamento extra-hospitalar a paciente vítima de PCS aumentando sua taxa de sobrevivência porque sobreviver a uma PCS depende de uma série de intervenções cruciais que se resumem na utilização da corrente de sobrevida como o termo CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA: 
1) acesso rápido ao sistema resgate, ou seja, acionar rapidamente o sistema resgate, 
2) RCP rápida, de preferência no primeiro minuto da PCS, 
3) desfibrilação rápida, de preferência até o quarto minuto da PCS; 
4) o atendimento cardiovascular avançado, que é a chegada da equipe de resgate assumindo o paciente e procedendo os cuidados necessários.
· Desfibrilador externo automático
É um aparelho que permite aplicar um choque elétrico controlado ao paciente, com o objetivo de reverter uma FV (fibrilação ventricular) ou uma TVSP (taquicardia ventricular sem pulso). É baseado em microprocessadores que analisam múltiplas características do sinal ECG eletrocardiograma de superfície (ritmo cardíaco), como frequência, amplitude e certas integrações matemáticas para determinar se o ritmo é compatível com FV ou TVSP mostrando o ritmo cardíaco da vítima por meio de um amplificador de largura de banda muito estreita. Estruturalmente o DEA possui osciloscópio para monitoração e tempo de análise de ritmo de 6 a 12 segundos em média, mas algumas unidades de DEAs não apresentam uma tela de cristal líquido com dados de ECG mas geralmente os DEAs requerem a conexão de 4 objetos em linha: o DEA conecta-se com os cabos de conexão, estes com as pás auto-adesivas e estas com o tórax da vítima.
São de pequeno porte, leves, resistentes e com alimentação por baterias que podem ser seladas de chumbo-ácido, de níquel-cádmio e de lítio e são projetados para serem usados de forma simples e confiável por usuários que disponham de um treinamento mínimo e é altamente configurável segundo definido em protocolo de consenso médico mundial. Não são recomendados que se operem DEAs perto ou próximos de telefones celulares, rádios, linhas de alta voltagem, estações de trem e metrô, algumas causas de alta resistência incluem tórax molhado, homens com excesso de pelos e eletrodos mal colocados, não são aparelhos que foram fabricados para ter seu uso em movimento. Transportes de pacientes, movimentações e reposicionamentos, convulsões, respirações agônicas e artefatos podem afetar a análise do aparelho. 
Os DEAs devem ser utilizados somente quando os pacientes apresentarem os seguintes 3 sinais clínicos: 
1. Ausência de resposta; 
2. Ausência de respiração efetiva; 
3. Ausência de sinais de circulação.
Um curso de uso de DEA tem 3 objetivos básicos: 
1. Reconhecer uma PCR;
2. Realizar Manobras Básicas de RCP;
3. Operar um DEA.
o aluno também aprende sobre como lidar com vítimas com adesivo de medicação transcutânea, vítimas em assoalho de alumínio de ônibus, jogador de futebol suado, uso em ambulância em movimento, durante transporte na prancha longa, vítima com marca-passo implantado, vítima que fez cirurgia reparadora ou implante de silicone, cuidados em colocar as pás perto de ossos, se as pás são descartáveis ou não, etc.
Os DEAs possuem pás de eletrodos (dispositivo de papel, plástico ou metal que contém gel condutor e é fixado à pele do paciente. O gel auxilia na passagem da corrente, um dos motivos das pás serem descartáveis; não necessitam de nenhum condutor adicional sobre o tórax da vítima. Um condutor de ECG é um fio ligado ao eletrodo e conduz a corrente de volta para o monitor cardíaco. As pás devem recobrir totalmente o local a isso destinado a fim de evitar um arco voltaico e possíveis queimaduras.
A posição dos eletrodos é fundamental para a obtenção do fluxo máximo de energia através do coração. A mais utilizada é a aplicação de um eletrodo sobre o hemitórax direito, abaixo da clavícula e junto à borda direita do esterno e o outro abaixo e à esquerda do mamilo esquerdo, na região do ápex cardíaco. Na presença de marca-passo implantado, uma das pás posiciona-se sobre o precórdio junto à margem esquerda do esterno e a segunda na face posterior do hemitórax esquerdo, abaixo do omoplata. Não devem ser aplicados sobre estruturas ósseas, esterno, coluna e omoplata devido à elevada impedânciaelétrica dos mesmos.
· Formas de onda e níveis de energia do DEA
A eletricidade é um fluxo de elétrons chamado corrente e é expressa em ampéres (amps); a força que movimenta os elétrons é medida em volts (V), a oposição ou resistência ao fluxo de elétrons é chamada de impedância; impedância refere-se à resistência ao fluxo da corrente; um ohm é a unidade de medida da impedância; alguns fatores afetam a resistência transtorácica, como o tamanho da pá/eletrodo, a posição da pá/eletrodo, a utilização de material condutor, a fase de respiração do paciente, a pressão das pás e a energia selecionada; um Joule é o montante de energia elétrica despendido por uma corrente de um ampére fluindo durante um segundo através da resistência de um ohn; o desfibrilador irá aplicar um impulso elétrico de onda bifásica ou monofásica ao peito do paciente que tem em média uma impedância torácica de 50 ohm; apesar de a energia selecionada para a desfibrilação ser expressa em joules, é a corrente que fornece energia ao paciente e despolariza o miocárdio e em alguns DEAs de 5 a 15 segundos a bateria recarrega retendo a carga por cerca de 30 a 60 segundos dependendo do modelo, mas a energia armazenada difere da energia aplicada; o choque varia em média de 2 a 3 joules por kg de peso da vítima que em média seria de 140 J para criança e de 170 J para adulto que em um adulto seria um choque aproximado de 2.600 V.
Existem 3 tipos de ondas de desfibrilação, monofásica, bifásica e trifásica/quadrifásica (que aplica choque multi-direcional). Para os aparelhos monofásicos, a energia recomendada para o primeiro choque é de 200J, para o segundo, de 200 a 300J e para o terceiro, de 360J. O objetivo desse protocolo de doses crescentes de energia é maximizar o êxito do choque (término da FV) ao mesmo tempo em que reduz ao mínimo sua toxidade. O paciente recebe um choque de energia mais alta somente se as doses mais baixas não reverterem a arritmia.
Os dados indicam que os choques com configurações de ondas bifásicas com energia relativamente baixa (menor de 200J) são seguros e têm uma eficácia equivalente maior para o término da FV quando comparados com aqueles de configuração monofásica. A energia aplicada pelo DEA com onda bifásica pode variar de 128J a 158J mas recomenda-se 170 para adulto e 140 para crianças, mas alguns modelos de DEAs aplicam choques repetidos de 150 ou 200J. No mercado estão disponíveis DEAs bifásicos escalonados (níveis crescentes de energia) e DEAs não escalonados (sem aumento de nível de energia).
· Base científica das diretrizes de SBV com DEA
Taxa de sobrevivência de até 90% quando a desfibrilação é feita no primeiro minuto depois da perda de consciência.
O único procedimento considerado Classe I de evidência científica (funciona realmente) no atendimento é fazer o SBV no primeiro minuto da PCR e administrar o choque com o DEA até o quarto minuto.
Se o socorrista tem acesso ao DEA antes de 4 minutos ele usa o DEA primeiro e depois de 4 minutos ele faz 2 minutos de RCP e depois usa o DEA. Estando sozinho com paciente pediátrico ele faz 2 minutos de RCP e depois busca ajuda (telefonar rápido X telefonar primeiro) se for adulto, ele busca ajuda primeiro e solicita o DEA e depois procede o ABCD na vítima se for profissional da saúde e o ABD se for leigo.
Após um intervalo de tempo médio de oito a dez minutos a FV torna-se mais fina, evoluindo para assistolia. Quando a desfibrilação é precoce (até sete minutos), agregada a um bom suporte básico, a sobrevivência é de 20%. Caso a desfibrilação ocorra em até quatro minutos, a sobrevivência será em torno de 30%; caso a desfibrilação seja demorada, a sobrevivência será muito baixa, entre 0 a 2%. Em caso de reanimação precoce, porém com atraso na desfibrilação, as taxas de sobrevivência serão baixas, de 2 a 8%.
Muitos pacientes adultos em FV podem sobreviver neurologicamente intactos, mesmo se a desfibrilação for realizada um pouco mais tardiamente, decorridos seis a dez minutos da parada cardíaca. Uma RCP,bem realizada enquanto se espera a chegada do desfibrilador, parece prolongar a FV e contribuir para a prevenção dos danos cerebrais e cardíacos. Entretanto uma RCP básica, isoladamente, não consegue reverter uma FV e fazer com que o coração volte ao seu ritmo normal.
A RCP pode sustentar um paciente por um período relativamente curto, mas não conseguirá restaurar, diretamente, um ritmo organizado. A restauração deste ritmo adequado de perfusão requer desfibrilação e cuidados cardíacos avançados, que devem ser administrados rapidamente, poucos minutos após a parada inicial. Ainda deve-se levar em consideração que uma desfibrilação bem sucedida depende do estado metabólico do miocárdio, onde uma duração mais longa da FV leva a uma maior deterioração deste músculo, consequentemente, os choques têm menor probabilidade de converter uma FV em ritmo normal. Se a FV for de pequena duração, como nos pacientes com FV ocorrida dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva ou no contexto de uma PCR testemunhada, a FV provavelmente, responderá ao choque.
Quando um choque não consegue interromper a FV ou TVSP, a possibilidade de um segundo ou terceiro choque escalonado ser benéfico é muito pequena. O reinício imediato da RCP após o choque provavelmente é mais benéfico do que outro choque. A mudança de diretriz no uso do DEA se deu justamente por causa da interrupção das compressões torácicas que está associada a uma diminuição da probabilidade de conversão da FV em outro ritmo.
· Conclusão
O DEA salva vidas. Os locais de concentração de público devem ter o DEA e toda pessoa tem o direito de ser desfibrilada. A escola deve ser o primeiro local e este é o primeiro passo para o ensino da RCP efetiva, já que grande parte das PCR são testemunhadas por crianças e adolescentes. A terapia elétrica utilizada no tratamento de uma emergência cardiológica inclui a desfibrilação e o uso do DEA é uma parte importante do suporte básico de vida que pode ser realizado por pessoas leigas e profissionais da área de saúde devidamente treinados. A vida não tem preço.
Atualização das Diretrizes de RCP e Cuidados 2019 
· Capítulo 1: Epidemiologia da Parada Cardiorrespiratória e Apresentação da Diretriz
O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar é a Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), chegando a quase 80% dos eventos, com bom índice de sucesso na reversão, se prontamente tratados. Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da PCR, a taxa de sobrevida é em torno de 50% a 70%. Em ambiente intra-hospitalar, o ritmo de PCR mais frequente é Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) ou assistolia, com pior prognóstico e baixas taxas de sobrevida, inferiores a 17%.
O protocolo no atendimento de uma PCR segue uma sequência lógica formada pela cadeia de elos, sendo: 
PCRIH: Vigilância e prevenção
Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência
RCP imediata de alta qualidade
Rápida desfibrilação, Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR.
PCREH: Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência
RCP imediata de alta qualidade e rápida desfibrilação
Serviços médicos básicos e avançados de emergência
Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR
Pontos essenciais no sucesso do atendimento: Reconhecimento da PCR, treinamento e implementação, feedbacks durante o atendimento, ênfase na RCP, melhorias nas estruturas e nos sistemas de saúde, cumprimento dos elos da cadeia de sobrevivência e cuidados pós-PCR.
· Capítulo 2: Suporte básico de vida no adulto
A doença cardíaca isquêmica, principal determinante da PCR, continua liderando as causas de morte no mundo e no Brasil. Sabe-se que, a cada minuto transcorrido do início do evento arrítmico súbito sem desfibrilação, a probabilidade de sobrevivência diminui em 7 a 10%. Programas de RCP e com uso de Desfibrilador Externo Automático (DEA) precoce, realizados por leigos, têm proporcionado taxas de sobrevivência muito otimistas, alcançando até 85%. Os aspectosfundamentais do Suporte Básico de Vida (SBV) no adulto incluem: reconhecimento imediato da PCR, contato com o sistema de emergência, início da RCP de alta qualidade e uso do DEA, assim que disponível.
Os aspectos principais a serem observados nas compressões torácicas são frequência, profundidade, retorno do tórax a cada compressão e interrupção mínima. Para a oxigenação adequada dos tecidos, é essencial minimizar as interrupções das compressões torácicas e maximizar a quantidade de tempo em que as compressões torácicas geram fluxo de sangue. A Fração das Compressões Torácicas (FCT) é a proporção de tempo em que as compressões são realizadas durante uma PCR (pelo menos 60% e ideal 80%).
Para as compressões: 
Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro, para que tenha melhor estabilidade.
Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma tesoura estiver disponível), para deixar o tórax desnudo.
Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a.
Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º acima da vítima.
Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/minuto.
Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (evitando compressões com profundidade maior que 6 cm).
Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima.
Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10 segundos para realização de duas ventilações. Considere obter uma fração de compressão torácica maior possível, tendo como objetivo um mínimo de 60%.
Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar o cansaço e compressões de má qualidade.
No atendimento realizado por um leigo, estudos recomendam a realização de compressões torácicas contínuas, aumentando substancialmente a sobrevida de indivíduos que sofreram PCREH, ao se comparar com aqueles que não receberam nenhum atendimento de ressuscitação. As manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto quando: a vítima se movimentar; durante a fase de análise do ritmo cardíaco pelo desfibrilador; durante o posicionamento de via aérea avançada; e quando ocorrer exaustão do socorrista.
As ventilações são aplicadas após 30 compressões torácicas durante a RCP, seguindo a sequência C-A-B. A prioridade para as compressões torácicas deve-se ao fato da necessidade em gerar fluxo de sangue e também evitar os atrasos práticos inerentes às tentativas de ventilações adequadas. Além disso, se a vítima possui uma via aérea patente, ocorre a chamada ventilação passiva durante as compressões torácicas.

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