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MUDANÇAS ANATOFISIOLÓGICAS DO 3º TRIMESTRE • Na mulher No 3º trimestre, a mulher sente o corpo mais pesado, mais cansaço, se sente mais inchada e possivelmente com dor nas mãos devido a esse inchaço. Além disso, devido ao aumento da temperatura corporal na gestação, é possível que a grávida sinta mais calor, o que tem um reflexo negativo no sono, que já é um processo bem desafiador: existe todo um processo pra se ajeitar na cama, por levantar no meio da noite pra fazer xixi, por estar com o sono mais leve e também por estar bem ansiosa. Essa ansiedade é bom comum pelo momento do parto está bem mais próximo e as preocupações com arrumação, enxoval. Essa ansiedade pode levara um quadro de estresse. Portanto, é interesse que a gestante procure mecanismos pra relaxamento físico e mental, podendo atenuar esse processo. Nessa fase, o intestino pode estar mais “preso” e a gestante pode notar que está com hemorróidas, pois o aumento grande pressão abdominal associado à constiparção estão associados ao aparecimento delas. O interessante é que a gestante capriche um pouco mais na dieta e dê preferência a alimentos laxativos como frutas frescas, legumes, ervilha, pão integral, ameixas secas, lentilhas e, somente se necessário, fazer uso de medicamentos para ajudar nesse processo. O desconforto pelo aumento da barriga tende a aumentar cada vez mais e tudo pode ficar mais difícil no sentido físico: pode haver formigamento na pelve, pernas e as vezes na interna das coxas, além de dores no púbis e quadril. Claro, importante nesse o descanso, pois o corpo está realmente sendo solicitado, porém a gestante precisa se manter ativa. Movimentar o corpo pode ajudar a grávida a se sentir melhor, dormir melhor, melhor trabalho intestinal. A menos que se tenha risco de parto prematuro, é interessante caminhadas leves. Além disso, é importante que a mulher procure nesse momento, juntamente ao seu obstetra, exercícios para o assoalho pélvico. Eles podem ajudar no parto normal e também na prevenção de incontinência urinária. Nos últimos meses, boa parte das grávidas sentem as contrações de Braxton Hickf, que são as contrações de treinamento, que teoricamente são rápidas, indolores e podem até mesmo serem imperceptíveis. Caso a grávida não sinta, é perfeitamente normal. Em alguns casos, se as contrações estiverem acontecendo de forma excessiva, alguns medicamentos podem ser prescritos para evitar o parto prematuro, que é o que acontece na maior parte dos casos. Próximo ao termo, ou seja, próximo a 37 semanas, a grávida deve estar atenta aos sinais de alarme: 1. Contrações Rítmicas a cada 5 minutos: Uma dúvida frequente da grávida nesse momento é se vai perceber quando vai entrar em trabalho de parto. Primeiro, é importante perceber que a contração nada mais é que o endurecimento do útero, que pode durar uns 40 a 60 segundos e pode estar associado ou não a uma dor no baixo ventre, nas costas ou ser sentida como cólica. As contrações tendem a ficar intensar a cada momento; 2. Perda de líquido: a perda de líquido vaginal, indicando que a bolsa rompeu, é um sinal de que é hora de ir para a maternidade. Mas nem sempre é fácil entender que o líquido que está vazando é da bolsa. É comum nesse momento a grávida perder um pouco de urina e ter secreção vaginal. Como notar essa diferença?? Bem, se o volume é muito grande, não tem dúvida de que a bolsa rompeu. Caso a quantidade seja pouco, deve-se observar se a perda continua mesmo após repouso, sugerindo então que realmente a bolsa rompeu. Quando a perda de líquido é discreta e estiver associada a esforço físico, normalmente é urina. Na dúvida, deve-se procurar a maternidade; 3. Sangramento vaginal: isso pode acontecer por uma dilatação do colo uterino ou mesmo ser relacionado à placenta. Se dor estiver associada, procurar imediatamente a maternidade; 4. Diminuição da movimentação fetal: caso a grávida note que o bebê se meche pouco, ela deve procurar a maternidade. Para tanto, será feita uma cardiotocografia, que é um exame que registra os batimentos cardíacos do bebê e também registra as contrações uterinas. Quando necessário, alia-se também o ultrassom, para ver se o bebê respira, se move bem, além da quantidade de líquido amniótico OBS: As contrações do trabalho de parto apresentam ritmo. Quando esse ritmo acontecer em intervalos menores que 10 minutos, pode ser o começo de todo o processo. Mas ainda pode se tratar da fase anterior, que é chamada de pródomo do trabalho de parto. Nessa fase, a gestante pode apresentar muitas contrações de treinamento, mas sem um ritmo tão regular. Também pode perder o tampão mucoso, que é um muco ou catarro transparente ou acompanhado de sangue. Essa perda de tampão não indica necessariamente que o parto está chegando (pode demorar semanas até pra ter parto). Além de tudo isso, pode acontecer de o bebê encaixar – é quando a cabeça começa entrar no canal de parto. Nessa fase, também pode apresentar algumas modificações do colo uterino (como dilatação uterina) que está sendo preparado para a fase ativa do trabalho do parto. Essa fase pode durar horas, dias ou até semanas e é bom saber que, mesmo tendo esses sinais todos, o processo pode demorar pra acontecer. • No bebê O 3º trimestre é o período entre 28 e 41 semanas. Nesta época, o bebê já tem condições de viver fora do útero. O bebê ganha 200 g por semana. No ultrassom, o feto já aparece mais apertado dentro do útero e seus movimentos ficam mais fortes e evidentes para as mamães. O principal parâmetro no ultrassom é o crescimento do bebê, através da estimativa do seu peso, obtida através da medida da cabeça, da barriga e do fêmur. Além disso, nos ultrassons obstétricos, é muito importante avaliar a quantidade de líquido amniótico e os fluxos sanguíneos que chegam para a placenta, através do exame doopler das artérias uterina, umbilical e cerebral. Percebemos ainda nessa idade que a placenta cresce bastante, assim como o bebê. Nos ultrassons do final da gestação, conseguimos flagrar a presença de movimentos respiratórios e de treinamento, ou até soluços, algumas risadinhas e o bebê engolindo um pouco de líquido amniótico!! Passou de 37 semanas, o bebê não é mais pré-maturo e pode escolher seu momento de vir ao mundo. Entre 40 e 41 semanas, o período chamado de pós-datismo, o perfil biofísico fetal é um exame feito a cada 2 ou 3 dias. Ele avalia o bem estar fetal através da associação de parâmetros do ultrassom e um exame de carditocografia. Autor: Mário Souza/Medicina Unime (3º semestre)
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