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Nevos Crânianos

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSÉ DE SOUZA HERDY
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
 Amanda Machado, Camille Almeida, Emerson Oliveira, Gabriella Alfradique, Hannah Freitas, Isabely Vieira, Juliana Coelho, Kissila Moreira, Klausy Karen, Michelle Medeiros, Stefany Christine, Tailane Gonçalves, Thiago Alberto, Thuane Gonzaga, Valério Carvalho
NERVOS CRANIANOS
DUQUE DE CAXIAS/RJ
2012
 Amanda Machado, Camille Almeida, Emerson Oliveira, Gabriella Alfradique, Hannah Freitas, Isabely Vieira, Juliana Coelho, Kissila Moreira, Klausy Karen, Michelle Medeiros, Stefany Christine, Tailane Gonçalves, Thiago Alberto, Thuane Gonzaga, Valério Carvalho
NERVOS CRANIANOS
 Trabalho apresentado à Universidade do Grande
 Rio Prof. José de Souza Herdy, como parte de
um dos instrumentos avaliativos da disciplina de
 Neurociências em Fisioterapia, lecionada pela
professora Cleide Camara.
DUQUE DE CAXIAS/RJ
2012
SUMÁRIO
Introdução...................................................................................................................................4
1. Nervo Olfatório.......................................................................................................................5
2. Nervo Óptico
3. Nervo Oculomotor
4. Nervo Troclear
5. Nervo Trigêmio
6. Nervo Abducente
7. Nervo Facial
8. Nervo Vestibulococlear
9. Nervo Glossofaríngeo
10. Nervo Vago
11. Nervo Acessório
12. Nervo Hipoglosso
INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem por objetivo descrever os doze pares de nervos cranianos, suas funções primarias, sua localização e correlação clínica. 
4
1. I NERVO OLFÁTORIO
O nervo olfatório é o primeiro nervo craniano, caracterizado por ser exclusivamente sensorial cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes viscerais especiais. É responsável pela olfação, ou seja, pela capacidade de sentir cheiros e odores.
Segundo Tortora (2009) o nervo olfatório tem origem na parte olfatória da túnica mucosa, passa pelos forames na lâmina cibriforme do osso etmoide e termina no bulbo olfatório.
Lesões do primeiro nervo apresentam anosmia, hiposmia, parosmia, cacosmia, hiperosmia. Abaixo segue a definição:
Na anosmia existe perda da capacidade para perceber e reconhecer tanto substâncias adoriferas como aromáticas pode ser resultado de lesão na cabeça, ou lesões da via olfatória.
 Hiposmia existe a perda parcial da olfação também pode ser resultado de lesão na cabeça e nas vias respiratórias. 
Parosmia é a distorção de um odor presente, ocorre em neuropatas, neurite gripal, aura epilética. 
Cacosmia é a presença de súbito odor desagradável, ocorre devido a lesão de terminações nervosas do paciente ou fadiga do nervo em consequência da percepção contínua dos odores fétidos. 
Hiperosmia é o aumento da acuidade olfativa, pode ocorrer em gestação, hipertireoidismo, psicoses, lesão de ponta do lobo temporal. 
5
Cada causa tem o seu tratamento. Nas situações de perda olfativa aguda relacionada com infecções virais ou com a alergia, o tratamento passa pelo controle dessas situações. No caso da polipose nasal, o tratamento cirúrgico pode ser recomendado como forma de desobstrução das fossas nasais. Existem, no entanto, situações de perda olfativa irreversível, como em certos traumatismos crânio-encefálicos, com lesão dos filetes olfativos, e em situações de degeneração neuronal ou em patologia oncológica.
2. II NERVO ÓPTICO
Sendo o segundo par de nervos, exclusivamente sensitivo é constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao polo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico.
Cada nervo óptico une-se com o lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras as quais se continuam no canal óptico até o corpo geniculado lateral.
É responsável por Captar informações vindas dos cones e bastonetes da retina que visualizam objetos através da luz projetada neles. É desta forma que o cérebro humano capta cores, formas e tamanhos e traduzem estas informações para que o indivíduo possa enxergar. Isso faz com que o nervo óptico conduza os impulsos nervosos para o centro da visão humana que fica no cérebro, permitindo a visualização de objetos na forma correta que estão. É o nervo óptico que nasce das células da retina, uma espécie de fibras nervosas que se aglomeram e que por uma série de fatores formam um cordão voluminoso arredondado.
Os pequenos nervos da retina (a superfície interna da parte posterior do olho) percepcionam a luz e transmitem impulsos para o nervo óptico, que os transporta para o cérebro. Um problema em qualquer ponto do nervo óptico e suas ramificações ou então uma lesão nas áreas posteriores do cérebro que percepcionam os estímulos visuais podem provocar alterações na visão. 
Os nervos ópticos seguem uma rota inabitual desde os olhos até à parte posterior do cérebro. Cada nervo divide-se e metade das suas fibras cruza para o lado oposto numa zona que se denomina quiasma óptico. Devido a esta disposição anatômica, as lesões no trajeto do nervo óptico provocam padrões peculiares de perda da visão. Se o nervo óptico for lesado entre o globo ocular e o quiasma óptico, a pessoa pode ficar cega desse olho. 
Mas se o problema radicar na parte posterior do percurso do nervo óptico pode-se perder a visão em apenas metade do campo visual de ambos os olhos, uma doença chamada hemianopsia. Se ambos os olhos perderem a visão periférica, a causa pode ser uma lesão no quiasma óptico.
 Se ambos os olhos perderem metade do seu campo visual do mesmo lado (por exemplo, do lado direito) tal é geralmente devido a uma lesão no trajeto do nervo óptico localizada no lado oposto do cérebro (o esquerdo) e provocada por um icto, por uma hemorragia ou por um tumor.
3. III NERVO OCULOMOTOR
O nervo oculomotor deixa o encéfalo pela fissura orbital superior, emergindo na face anterior do mesencéfalo. Logo, segue para frente entre as artérias cerebral posterior e cerebral superior. Continuando na fossa craniana média na parede lateral do seio cavernoso, onde se divide em ramo superior e inferior, entrando na cavidade orbital pela fissura orbital superior. (RICHARD; 2010)
É exclusivamente motor, contém axônios de neurônios motores inferiores que inervam os seguintes músculos: levantador da pálpebra superior, reto superior, reto medial, reto inferior e oblíquo inferior. Inervam também a fibras parassimpáticas que suprem os músculos: esfíncter pupilar e o músculo ciliar. Assim os músculos citados são responsáveis respectivamente, pela elevação da pálpebra superior; a movimentação do olho para cima, para baixo e medialmente; a rotação do olho em torno do eixo da pupila; a constrição da pupila; o ajuste da forma do cristalino ocular; e a acomodação do olho. (RICHARD; 2010)
7
Os distúrbios que mais afetam o nervo oculomotor são: diabetes, aneurisma, tumor, traumatismo, inflamação ou doença vascular. 
Uma lesão completa do nervo oculomotor, o olho perde os movimentos oculares para cima, para baixo ou medialmente, devido à desenervação dos músculos. Em repouso, apresenta estrabismo lateral, devido à intensa atividade do reto lateral, e para baixo devido à atividade do oblíquo superior. Diplopia (visão dupla), devido a paralisia dos músculos oculares. Ptose (queda da pálpebra superior), devido à paralisia do levantador da pálpebra superior. Pupila amplamente dilatada, não reagindo à luz, devido à paralisia do esfíncter pupilar. Acomodação do olho paralisada. (RICHARD; 2010)
O tratamento da paralisia do nervo oculomotor ainda é um grande desafio para os cirurgiões de estrabismo, porque vários músculos oculares são afetados, desta forma busca-se colocar o olho em uma posição central, mais sem resultados funcionais,ou seja, não à movimentação do olho. Com a elevação do olho comprometida, a cirurgia da ptose é precipitada porque causa mau fechamento da pálpebra, o que pode gerar uma úlcera de exposição da córnea. (GREVE; 2007)
4. IV NERVO TROCLEAR
O nervo troclear tem função exclusivamente motora, supre o músculo oblíquo superior do bulbo do olho motor e ajuda a dirigir o olho pra baixo e lateralmente. É localizado na parte anterior da substancia cinzenta que circunda o aqueduto do mesencéfalo. Localiza-se inferiormente ao núcleo do nervo oculomotor, ao nível do colículo inferior, após deixarem o núcleo, as fibras nervosas seguem posteriormente ao redor da substancia cinzenta central para atingir a parte posterior do tronco encefálico. (RICHARD; 2010) 
É o único a emergir na face posterior do tronco encefálico, sai do mesencéfalo e imediatamente decussa com o nervo do lado oposto, segue para frente através da fossa craniana média na parede lateral do seio cavernoso e entra na órbita através da fissura orbital superior. (RICHARD; 2010) 
Nas lesões de nervo troclear, o paciente queixa-se de diplopia ao olhar diretamente para baixo, por que as imagens dos dois olhos são inclinadas uma em relação à outra, isso ocorre por que o obliquo superior é paralisado, e o olho é dirigido medialmente e para baixo. O paciente tem grande dificuldade em virar o olho para baixo e lateralmente. (RICHARD; 2010)
Diplopia quer dizer visão dupla, esse distúrbio é causado por lesão no nervo troclear que inerva o músculo oblíquo superior, este músculo ajuda a dirigir o olho para baixo e lateralmente, com a deficiência deste músculo o olho toma um angulo diferente do normal, fazendo com que as imagens caiam na retina de forma desajustada, por consequência o paciente verá duas imagens de um mesmo objeto. O tratamento é feito através de intervenção cirúrgica. 
5. V NERVO TRIGÊMEO
O nervo trigêmeo é o maior nervo craniano, o de numero V na sequencia e forma uma grande raiz. Localiza-se no encéfalo pela ponte e contém fibras sensitivas e motoras. Um par de nevos em cada lado do rosto, distribuídos em três nervos que são periféricos. 
Recebe fibras do núcleo mesencefálico, formando um arco reflexo monossináptico. O núcleo motor inerva os músculos da mastigação, o tensor do tímpano, o tensor do véu palatino, o milo-hióideo e o ventre anterior do músculo digástrico.
O nervo trigêmeo sai da região anterior da ponte um dos ramos motores e uma grande raiz sensitiva. O nervo segue para frente, deixando a fossa craniana posterior, e repousa sobre a face superior do ápice da parte petrosa do osso temporal há fossa média do crânio.
1° Núcleo Sensitivo Principal localiza-se na parte posterior da ponte. Lateral ao núcleo motor Continua-se inferiormente com o núcleo espinal. 
2° Núcleo Espinal é contínuo superiormente com o núcleo sensitivo principal na ponte e estende-se inferiormente através de toda a extensão do bulbo e à parte superior da medula espinal, até o segundo segmento cervical.
3° O núcleo mesencefálico compõe-se de uma coluna de células nervosas unipolares situadas na parte lateral da substancia cinzenta em volta do aqueduto do mesencéfalo. Estende-se inferiormente na ponte até o núcleo sensitivo principal.
4° O núcleo motor situa-se na ponte medial ao núcleo sensitivo principal.
As sensações de dor, temperatura, tato e pressão da pele da face e das mucosas seguem ao longo de axônios cujos corpos celulares Recente no gânglio sensitivo do nervo trigêmeo. As sensações de tato e pressão são conduzidas por fibras nervosas que terminam no núcleo sensitivo principal. As sensações de dor e temperatura destinam-se ao núcleo espinal. As fibras sensitivas da divisão oftálmica do nervo trigêmeo terminam na parte inferior do núcleo espinal; as fibras da divisão maxilar terminam no núcleo espinal.
Foi descrito relato, de que não é necessário muito para se constatar uma possível lesão é só examinar as porções laterais sensitivas com os dedos no rosto em direção à região do trigêmeo e comparando um lado com o outro. (GREVE, 2007)
Uma possível lesão seja por compressão dos vasos ao redor, é insensível ao toque. (GREVE, 2007) 
 A função motora pode ser testada pedindo-se ao paciente para cerrar os dentes. Podem-se palpar os músculos masseter; temporal e senti-los endurecer a contração.
No tratamento medico e preconizado medida preventiva com medicamentos administrados, carbamazepina e a oxicarbazepina podendo aumentar a dose. Caso contrario é necessário cirurgia dessecativa.
6. VI NERVO ABDUCENTE
É um nervo motor que inerva o músculo reto lateral e, portanto, é responsável pelo movimento lateral do olho (RICHARD; 2010).
O nervo abducente tem origem na ponte, passa pela fissura orbital superior e inerva o músculo reto lateral (GERARD, 2009).
Uma lesão desse nervo faz com que o olho afetado fique voltado para dentro, a pessoa com essa lesão se queixa de visão dupla e tem déficit da abdução (EKMAN, 2008).
O tratamento consiste na observação durante seis meses, depois cirurgia da musculatura ocular. Se for parcialmente recuperada a função, a diplopia pode ser diminuída através do retrocesso do músculo reto medial e ressecção do músculo reto lateral. Se a função do nervo não retornar, pode ser feito um procedimento de transposição (THOMAS, 1999).
7. VII NERVO FACIAL
É um nervo misto, contendo tanto fibras sensoriais quanto motoras, as sensoriais transmitem informações de tato, dor e pressão da língua, da faringe e da pele próxima ao canal auditivo e informações dos quimiorreceptores localizados nas papilas gustativas da porção anterior da língua ao núcleo solitário. A inervação motora inclui os músculos que fecham os olhos, movem os lábios e produzem expressões faciais.
Ele emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso único que penetra no canal facial. 
A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente dito, enquanto a sensorial recebe o nome de nervo intermédio. Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior e se dirigem paralelamente ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o nervo vestibulococlear.No interior do meato acústico interno, os dois nervos (facial e intermédio) penetram num canal próprio escavado na parte petrosa do osso temporal, que é o canal facial.As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face, onde dão dois ramos iniciais: o temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam em leque para inervar todos os músculos cutâneos da cabeça e do pescoço.Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hióideo e ao ventre posterior do digástrico.As fibras sensoriais seguem um ramo do nervo facial que é a corda do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo do trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se nos dois terços anteriores da língua.O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se utilizam do nervo intermédio e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para inervar as glândulas lacrimais, nasais e salivares (glândula sublingual e submandibular).
Uma lesão do nervo facial causa paralisia ou paresia dos músculos ipsilaterais da expressão facial. Isto faz um lado da face cair e impede que a pessoa consiga fechar inteiramente o olho ipsilateral. A paralisia facial unilateral pode decorrer de uma lesão do núcleo do nervo craniano facial ou de uma lesão dos axônios do nervo. A condição é designada como paralisia de Bell se a lesão envolver os axônios. O nervo facial também é afetado na síndrome de Ramsay Hunt, causada por um vírus varicela-zoster, geralmente consiste em paralisiafacial aguda, em alguns casos bolhas na boca, estabilidade do olhar fixo, vertigem, etc. (EKMAN, 2008).
O tratamento pode variar entre medicamentoso, cirúrgico ou através de reabilitação (fonoterapia e/ou cirurgia). A conduta do médico Otorrinolaringologista vai depender do tempo, da causa, do grau de acometimento e do tipo de paralisia facial. O tratamento medicamentoso esta indicado para quase todos os pacientes que procuram o médico até o décimo dia de instalação da paralisia facial periférica. Já o tratamento cirúrgico está indicado para alguns pacientes selecionados como: pacientes com grau de paralisia avançado que não melhoram ou até mesmo pioram durante as três primeiras semanas, tumores de osso temporal, traumas, paralisia recorrente entre outros.
8. VIII NERVO VESTIBULOCOCLEAR
A função deste nervo é orientar a movimentação e audição. É um nervo sensitivo. As fibras do nervo Vestíbulo-coclear auxiliam impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio e audição.
O nervo vestíbulo coclear tem dois componentes: o vestibular e o coclear. O primeiro é responsável pelo equilíbrio, coordenação e orientação espacial e, o coclear, pela audição e Ambos são classificados como aferentes especiais somáticos.
Constituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam, respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal.
A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio.
A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição.
As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais.
Lesões Geram hipoacusia, por comprometimento da parte coclear do nervo, juntamente com vertigem, alterações do Equilíbrio, Enjoos, por envolvimento da parte Vestibular. Ocorre também nistagmo. As patologias mais comuns são os Neurinomas.
9. IX NERVO GLOSSOFARÍNGEO
O nervo glossofaríngeo constitui com o homologo contralateral o nono par de nervosos cranianos, distribui-se principalmente para a língua e a faringe, leva fibras, gustativas (paladar) do terço posterior da língua e fornece inervação sensorial para a faringe. O IX nervo como é como é conhecido sai do crânio pelo forame jugular. 
O nervo glossofaríngeo possui uma função de extrema importância que é a de levar aferentes vísceras do corpo carotídeo e do seio carotídeo envolvidas no controle da frequência cardíaca, da pressão arterial e também da respiração.
Uma patologia existente e intimamente ligada a este nervo é a neuralgia do glossofaríngeo que apresenta um quadro de dor intensa ou pontada em regiões como a base da língua, o fundo da garganta, o ouvido, a região mandibular e a região das amídalas. A causa desta patologia é desconhecida, mas alguns casos estão diretamente ligados a tumores a compressão do IX nervo.
Geralmente o tratamento é feito com a administração de medicamentos, porém a dor quando persistente requer a intervenção cirúrgica, que irá bloquear ou seccionar o nervo. Com isso há a extinção do paladar no terço posterior da língua, mas não são apresentadas sequelas graves, como disfasia e disartria. 
10. X NERVO VAGO
Sendo este o décimo nervo, é um nervo misto, pois possui parte sensitiva e uma parte motora.
Parte sensitiva: É formada por axônios derivados de um pequeno número de botões gustativos presentes na epiglote e na faringe, nos proprioceptores nos músculos do pescoço e garganta, nos barroreceptores no arco da aorta, nos quimiorreceptores nos corpos para-aórticos, próximo do arco da aorta, e nos receptores sensitivos viscerais que se encontram na maioria dos órgãos das cavidades torácica e abdominal. Os axônios passam pelo forame jugular e sua terminação é no bulbo (medula oblonga) e na ponte.
As funções sensitivas desse nervo são os sentidos do paladar e somáticos (tato, dor, propriocepção, temperatura) provenientes da faringe e epiglote, controle da pressão arterial, monitoramento da pressão sanguínea, regulação da intensidade respiratória; sensações derivadas de órgãos viscerais, abdome e tórax.
Parte motora: É originada no bulbo e passa pelo forame jugular. Os axônios dos neurônios motores somáticos inervam músculos esqueléticos no pescoço e garganta. Já os axônios parassimpáticos inervam o músculo liso nas vias respiratórias, estômago, esôfago, intestino delgado, intestino grosso e também vesícula biliar; o músculo cardíaco no coração e as glândulas do trato gastrointestinal. 
 As funções motoras são as somáticas (deglutição, produção da voz e tosse), e as funções motoras autônomas (parassimpáticas) são: contrações e relaxamento do músculo liso de órgãos do trato gastrointestinal, diminuição de frequência cardíaca e também secreção de líquidos digestivos.
Como correlação clínica, uma anormal estimulação deste nervo pode levar a grande desaceleração do coração e uma abrupta queda da pressão arterial, diminuindo temporariamente o aporte de sangue e oxigênio para o cérebro.
Segundo Tortora (2009), havendo a lesão do nervo ocorrerá à interrupção das sensações originadas em muitos órgãos na cavidade abdominal e torácica, ocorre alteração na deglutição, paralisação das cordas vocais e aumento da frequência cardíaca.
11. XI NERVO ACESSÓRIO
São nervos motores que movimentam acessoriamente os músculos láteros-posteriores do pescoço. (HÜTER-BECKER, DÖLKEN, 2008).
Eles possuem fibras vegetativas, constituindo a parte periférica do sistema autônomo. 
Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que aparecem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que aparecem do sulco lateral posterior do bulbo. O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno é ligado ao nervo vago e distribui-se com ele e o externo inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo. 
As fibras naturais da raiz craniana que se unem ao nervo vago são fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe e fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas. 
12. XII NERVO HIPOGLOSSO
O nervo hipoglosso, essencialmente motor, emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. 
Este emerge do crânio pelo canal hipoglosso, tem trajeto inicialmente descendente dirigindo se, a seguir, para diante, distribuindo-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. Embora haja discussão sobre o assunto, admite-se que a musculatura da língua seja derivada dos miótomos da região occipital. Assim as fibras do hipoglosso são consideradas eferentes somáticas, o que, esta de acordo com a posição de seu núcleo no tronco encefálico.
A propósito da enervação da língua, convém recordar que ela é feita por quatro nervos cranianos cujos territórios de enervação são mostrados abaixo. Verifica-se que o único nervo motor é o hipoglosso e que a enervação sensitiva é feita pelos seguintes pares cranianos:
a) trigêmeo – sensibilidade geral nos 2/3 anteriores;
b) facial – sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores;
c) glossofaríngeo – sensibilidade geral e gustativa no 1/3 posterior.
Entretanto, como as fibras do facial chegam à língua através do nervo lingual, apenas três nervos estabelecem contato direto com a língua, ou seja, o hipoglosso, o glossofaríngeo e o nervo lingual, ramo da divisão mandibular do trigêmeo. 
Lesões como Laceração do pescoço, fraturas da base do crânio, a língua exteriorizadadesvia-se para o lado afetado. Tato e a gustação não são afetados. Secção completa do nervo hipoglosso causa a paralisia unilateral e hemiatrofia da língua. A língua desvia-se para o lado paralisado. A laringe pode desviar-se em direção ao lado ativo na deglutição.
 O estudo clínico de uma hemiparalisia da língua inicialmente surge disartria com dificuldade na dicção com as letras L, R e T, e na deglutição, a qual é rapidamente compensada; o exame mostra uma hemiatrofia da língua, em torno de duas semanas após a lesão, que parece menor no lado paralisado e apresenta dobras na borda; quando a língua é projetada para fora, desvia em direção ao lado parético; a língua projetada dificilmente pode ser movimentada para o lado sadio; e quando o paciente mantém a língua dentro da boca e tenta empurrar a bochecha de dentro para fora, o examinador poderá observar a fraqueza do lado paralisado, se ele colocar seus dedos sobre as bochechas do paciente.
CONCLUSÃO
Levando-se em conta o que foi observado entendemos que existem 12 pares de nervos cranianos que trocam informações entre os sistemas nervosos periférico e central. Cada um com suas funções especificas. Também observamos os variados tipos de lesão que podem apresentar os nervos cranianos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EKMAN,, Lundy.. Neurociências: fundamentos para a reabilitação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
HÜTER-BECKER, Antje e Dölken, Michthild. Fisioterapia em neurologia. São Paulo: Livraria Editora Santos, 2008.
 
GREVE, Júlia Maria D’andréa. Tratado de Medicina de Reabilitação. São Paulo: Roca, 2007. Componente Motor do nervo Trigêmeo.
RICHARD, S Snell. Neuroanotomia Clínica. 7°. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
GERARD, J Tortora. Principios básicos de anatomia e fisiologia. 12° Ed. Guanabara Koogan. 2009.

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