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Genética pré mendeliana

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1. René Descartes
Apesar de Descartes não ter trabalhado especificamente com a questão da geração e não ter esclarecido de forma direta a dúvida sobre o sêmen, ele contribui com o questionamento feito acerca da atuação da alma sobre o corpo, ou seja, ele separou a fisiologia da alma, procurando atribuir todos os fenômenos a causas físicas e mecânicas. O corpo humano funcionaria como uma máquina, a alma não estaria ligada à geração de forma tão íntima como ocorria com Aristóteles, por exemplo.
Descartes aceitava a mistura de semens na concepção, um sêmen servindo de fermento para o outro, formando assim os membros independentemente da alma,e assim será discutida a geração no século XVIII.
0. Maupertuis
Recusar essa ideia de preformação. Ele deixa clara sua crença na mistura de sementes como sendo a responsável pela concepção. Apesar disso, ele não consegue elaborar um mecanismo satisfatório para explicar tal crença. Maupertuis se utiliza de analogias com a Química para tentar esclarecer suas ideias. Assim, em cada uma das sementes deveriam existir partes destinadas a formar o coração, o braco, o olho, e cada uma dessas partes tem uma relação de união com aquela que deve ser sua vizinha. Maupertuis especula que além das partes semelhantes de cada semente se unirem, ou seja, as partes do braço da mãe se unem com as partes do braço do pai, essa união tem uma relação de com sua parte vizinha que é a mão ou o tronco, e assim por diante; dessa forma, o novo ser vai se formando.
Além disso Maupertuis discute a formação de monstros que ocorreriam por uma força atrativa fraca, então teríamos monstros por deficiência, pois as partes se encontrariam muito afastadas ou não existiriam; ou ainda monstros por excesso, onde partes supérfluas de um embrião se uniriam a partes cuja união já era suficiente para formar um embrião completo.
0. Buffon
Buffon relaciona a alimentação com moléculas orgânicas que seriam responsáveis pela formação e semelhanças do novo ser. Buffon também se posiciona contra o preformismo. Sua ideia de geração se baseia na existência de uma matéria viva distinta da matéria bruta, sendo esta matéria viva composta de moléculas orgânicas. Essas moléculas são responsáveis pelo desenvolvimento e reprodução do organismo; elas se encontram na natureza e são comuns a todos os seres, tanto animais como vegetais; são ainda compostas de parcelas incorruptíveis e indestrutíveis.
Buffon propõe um mecanismo pelo qual essas moléculas orgânicas seriam incorporadas, ajudando a desenvolver um organismo que se torna apto a gerar um ser semelhante. Nesse mecanismo Buffon indica um tipo de molde interno que existiria em cada ser, desde o momento de sua concepção. Esse molde seria como uma forma oca de cada indivíduo onde cada molécula orgânica iria se agrupando conforme sua afinidade, ou seja, a molécula que contém uma lembrança” do braço, pois já existiu em um braço, irá se fixar no molde do braço e assim por diante, até que o organismo tenha se desenvolvido satisfatoriamente.
A partir de uma determinada idade, que para Buffon coincide com a puberdade, as moléculas orgânicas que continuam entrando pela  alimentação vão se tornando supérfluas, pois o molde já está completo. Então, essas moléculas, que já passaram pelo molde completo, portanto têm uma lembrança de suas partes, vão se reunir nos testículos masculinos e femininos, onde vão constituir os “licores seminais”. Quando esses licores se misturam, no momento da concepção, essas moléculas irão se reagrupar novamente no novo molde interior do feto.
0. Bonnet
Charles Bonnet tem uma proposta diferente de Maupertuis e Buffon. Ele admite que o novo ser já existe dentro do óvulo. Bonnet indica evidências de que, dentro da gema do ovo, já existem todas as partes do embrião, porém não são visíveis pois são transparentes e quase líquidas. Assim, a geração seria apenas o começo do desenvolvimento.
Além de admitir que o germe está no óvulo, Bonnet também coloca que esses podem estar espalhados por toda parte ou ainda estarem encaixados uns dentro do outro, como pequenas estátuas umas dentro das outras. Apesar de não se posicionar fortemente entre essas duas opiniões, Bonnet prefere a idéia de encaixamento, porém não supõe que este seja ao infinito, como posteriormente outras pessoas irão criticá-lo.
Bonnet admitia que além do germe preformado no óvulo, existiam germes parciais no corpo, e isso explicaria como um determinado órgão poderia se regenerar. Assim, na ponta que foi amputada, existem germes parciais que irão desenvolver da pata do caranguejo somente aquela parte da pata.

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