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Direito Previdenciário - Reforma da Previdência

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Reforma da Previdência
O Projeto de Emenda Constitucional relativa à Reforma da Previdência tinha como
principais objetivos a serem alcançados:
1. Garantir a sustentabilidade do sistema;
2. Estabelecer regras mais rigorosas de custeio e benefício;
3. Equilibrar o orçamento da Previdência Social;
4. Tendência à equiparação de regras (RPPS e RGPS);
5. Possibilidade de Privatização de benefícios não programados;
6. Opção pela capitalização (não foi aprovada)
O foco central de toda a emenda é o déficit previdenciário que existe hoje (em que
existe um aumento na expectativa de vida e uma diminuição da taxa de fecundidade, em que
abre-se uma lacuna antes não existente em que a população trabalhadora não será capaz de
sustentar a população que irá usufruir benefícios previdenciários), tendo como consequência
no sistema previdenciário um agravamento das regras de acesso e uma diminuição nos valores
dos benefícios.
Principais alterações:
1. Tornou mais rígida as regras de acesso a benefício previdenciário
2. Alterou significativamente as regras de cálculos, operando um achatamento no valor
do benefício
3. Extinguiu a aposentadoria por tempo de contribuição
4. Estabeleceu idade mínima para aposentadoria programada e especial
5. Revoga as regras de transição previstas nas ECs 20/1998, 41/2003 e 47/2005 e
estabelece regras de transição própria
6. Alterou as regras de acumulação de benefícios, reduzindo o valor dos benefícios
acumulaveis
7. Aumentou as alíquotas de contribuição (em especial no RPPS)
8. Estabelece disposições transitórias a serem aplicadas até a regulação da reforma por
legislação infraconstitucional
Assim, houveram algumas significativas alterações no sistema beneficiário:
A REGRA DOS PONTOS
O benefício está relacionado ao sistema de pontos (regra da soma do tempo de
contribuição com idade). Nessa regra para permitir o acesso à aposentadoria deve haver um
somatório do tempo de contribuição do indivíduo mais a idade deste (devendo somar 96
pontos para homens e 86 pontos para mulheres, sendo que de tempo de contribuição é exigido
35 anos para homens e 30 para mulheres).
Com a EC 103/2019, houve um acréscimo de 1 ponto por ano a partir de 01/01/2020,
chegando ao máximo de 105 pontos para homens e 100 pontos para mulheres em 2033. Nessa
nova regra de transição, não existe uma idade mínima, mas um mínimo de pontos a ser
alcançado e mantido o mínimo de tempo de contribuição exigido.
O valor do benefício por sua vez será apurado conforme art. 15 da Emenda, 60% do
salário benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), somado a 2% para
cada ano que exceda tempo de contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
IDADE MÍNIMA
A segunda regra, exposta no art. 16 da Emenda, estabelece que para alcançar este
benefício é necessário tempo de contribuição e também uma idade mínima (35 anos de
contribuição e 61 anos de idade para homens e 30 de contribuição e 56 anos de idade para
mulheres).
A emenda trouxe também um acréscimo de 6 meses para cada ano a partir de
01/01/2020, chegando ao máximo de 65 anos para homens em 2027 e 62 anos para mulheres
em 2031.
O valor do benefício por sua vez será apurado conforme art. 15 da Emenda, 60% do
salário benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), somado a 2% para
cada ano que exceda tempo de contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
REGRA DO PEDÁGIO
A regra de 50% do pedágio, exibida no art. 17 da emenda, estabelece um tempo de
contribuição (35 anos de contribuição para homens e 30 de contribuição para mulheres),
juntamente com um pedágio de 50% do tempo faltante em 13/11/2019, não exigindo assim
idade mínima.
Essa regra, diferentemente das outras, é específica para determinado público, sendo
aplicada apenas aos segurados que tinham mais de 33 anos de contribuição no caso dos
homens e 28 anos de contribuição no caso de mulheres ao tempo da emenda (13/11/2019), ou
seja, os segurados que já estavam a 2 anos na aposentadoria.
O valor do benefício também é diferente, sendo que receberá 100% do salário
benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), juntamente com a
aplicação do fator previdenciário, ou seja, sem excluir da fórmula 86/96 prevista no art. 29-C
da Lei 8.213/91.
REGRA PEDÁGIO DE 100%
A regra para alcançar esse benefício - pedágio de 100% - exposta no art. 20 da
Emenda, possui mais requisitos: tempo de contribuição (35 anos de contribuição para homens
e 30 de contribuição para mulheres), idade mínima (60 anos de idade para homens e 57 anos
de idade para mulheres) e um pedágio de 100% do tempo faltante ao tempo da emenda
(13/11/2019).
O valor do benefício também é diferente, sendo que receberá 100% do salário
benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), sem a aplicação do fator
previdenciário.
APOSENTADORIA POR IDADE
A aposentadoria por idade, exposta no art. 18 da emenda, estabelece que estabelece
que para alcançar este benefício é necessário tempo de contribuição e também uma idade
mínima (15 anos de contribuição para ambos os sexos e 65 anos de idade para homens e 60
anos de idade para mulheres).
Ainda, há um acréscimo, destinado apenas para as mulheres, de 6 meses a cada ano a
partir de 01/01/2020, até atingir 62 anos (2023).
O valor do benefício por sua vez será apurado conforme art. 26 da Emenda, 60% do
salário benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), somado a 2% para
cada ano que exceda tempo de contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
APOSENTADORIA DE PROFESSOR
Em regra não houve uma grande alteração, conforme o art. 15, §3 da emenda, trata-se
unicamente de um sistema de pontos somados com idade (devendo somar 91 pontos para
homens e 81 pontos para mulheres, sendo que de tempo de contribuição é exigido 30 anos de
magistério para homens e 25 anos de magistério para mulheres). Nessa situação, a única
diferença foi de que professor se aposenta antes.
Houve um acréscimo de 1 ponto por ano a partir de 01/01/2020, até atingir no mínimo
100 pontos para homens (2028) e 92 pontos para mulheres (2030).
O valor do benefício por sua vez será apurado conforme art. 26 da Emenda, 60% do
salário benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), somado a 2% para
cada ano que exceda tempo de contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
APOSENTADORIA DE PROFESSORES
A regra para alcançar esse benefício, nos termos do 16, §2º da emenda, possui os
seguintes requisitos: tempo de contribuição (30 anos de magistério para homens e 25 de
magistério para mulheres) e idade mínima (60 anos de idade para homens e 57 anos de idade
para mulheres) - uma idade menor do que antes.
Ainda, há um acréscimo de 6 meses a cada ano a partir de 01/01/2020, até atingir 60
anos para homens (2027) e 57 anos para mulheres (2031).
O valor do benefício por sua vez será apurado conforme art. 26 da Emenda, 60% do
salário benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), somado a 2% para
cada ano que exceda tempo de contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
APOSENTADORIA DE PROFESSORES
A regra para alcançar esse benefício - pedágio de 100% - exposta no art. 20, §1º da
Emenda, possui mais requisitos: tempo de magistério (30 anos de magistério para homens e
35 de magistério para mulheres), idade mínima (55 anos de idade para homens e 52 anos de
idade para mulheres) e um pedágio de 100% do tempo faltante ao tempo da emenda
(13/11/2019).
O valor do benefício também é diferente, sendo que receberá 100% do salário
benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), sem a aplicação do fator
previdenciário.
APOSENTADORIA ESPECIAL
O benefício está relacionado ao sistema de pontos (regra da soma do tempo de
contribuição com idade), conforme art. 21 da emenda, existido 3 possibilidades:
1. Tempo especial: 15 anos e 66 pontos (idade e tempode contribuição);
2. Tempo especial: 20 anos e 76 pontos (idade e tempo de contribuição);
3. Tempo especial: 25 anos e 86 pontos (idade e tempo de contribuição).
O valor do benefício por sua vez será apurado conforme art. 26 da Emenda, 60% do
salário benefício pela média integral (ou seja a média do salário integral), somado a 2% para
cada ano que exceda tempo de contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
RESUMÃO FINAL
Em suma, o foco central de toda a emenda é o déficit previdenciário que existe hoje,
tendo como consequência no sistema previdenciário um agravamento das regras de acesso e
uma diminuição nos valores dos benefícios devido a alteração nas regras de cálculos -
incluindo regras de acumulação de benefícios.
A reforma da previdência trouxe acréscimos calculados a depender de cada
aposentadoria, por exemplo, a partir de 01/01/2020, na aposentadoria por idade há um
acréscimo de 6 meses (para mulheres), na por pontos houve um acréscimo de 1 ponto por ano.
A primeira grande mudança no sistema foi a extinção da aposentadoria apenas por
idade. A aposentadoria por idade, exposta no art. 18 da emenda, estabelece que para alcançar
este benefício é necessário tempo de contribuição e também uma idade mínima.
Acerca da aposentadoria dos professores a única mudança importante foi a diminuição
de tempo de magistério ou idade.
Acerca do valor dos benefícios tem-se duas opções a depender da aposentadoria:
Para aposentadoria por pontos, idade mínima, aposentadoria de professor (art. 15, §3 e
art. 16, §2º da emenda) e aposentadoria especial: O valor do benefício por sua vez será 60%
do salário benefício pela média integral, somado a 2% para cada ano que exceda tempo de
contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
Para aposentadoria utilizando a regra do pedágio 100%: O valor do benefício será de
100% do salário benefício pela média integral, sem a aplicação do fator previdenciário.
Para aposentadoria utilizando a regra do pedágio 50%: O valor do benefício também é
diferente, sendo que receberá 100% do salário benefício pela média integral, juntamente com
a aplicação do fator previdenciário.

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