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CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
O espaço sócio institucional de atuação do assistente social, no campo geral, se configura, a partir da demanda por uma especialização social e técnica voltada para lidar com a questão social na sociedade capitalista, através das políticas sociais.
O agir profissional do assistente social possui um amplo campo de intervenção limitado ao trato com a legislação social, as redes institucionais, os mecanismos de acesso e restrição dos segmentos sociais aos institutos de regularização social, e, ainda, às ações de natureza imaterial voltadas para a mobilização de valores e comportamentos no âmbito das relações sociais em que a população demandante se encontra.
Desta forma, é possível dizer que o argumento para a reivindicação do trabalho do assistente social está limitado às políticas sociais e as relações com elas pelos indivíduos sociais necessitados de recursos da sociedade urbano-industrial. pois, apesar do amplo campo de intervenção do serviço social, a demanda social, o produto esperado do trabalho do serviço social parecem se dirigir aquela mesma conjuntura institucional.
Seguindo esse raciocínio, poderia-se supor, ser este o modelo básico para procedermos o reconhecimento da estrutura do profissional de serviço social, entretanto é necessário saber que o trabalho aqui é compreendido como “processo social de transformação que visa a atender necessidades sociais de reprodução social.”
Segundo o texto basico, serviço social e sociedade, o trabalho do assistente social, se encontra na esfera da divisão do trabalho, para conquistas de efeitos específicos sobre as práticas sociais. entretanto, parte considerável dessa natureza social do trabalho do assistente social foi revista pela literatura profissional das últimas duas décadas, em especial utilizando estudos de karl Marx, que analisaram as condições de sua geração e desenvolvimento como especialidade laborativa.
Ainda sobre o texto, serviço social e sociedade, alguns autores contribuíram em relação à discussão sobre os serviços no modo de produção capitalista, primeiramente falaremos de Braveman, que identifica que a expansão dos serviços se dá a partir de uma intensificação, de uma característica que é própria do trabalho na sociedade capitalista, que é a separação entre concepção e execução do trabalho, ou seja , quem pensa o trabalho não executa o trabalho, ele vai explorar isso é vai falar da importância dos processo de controle, sobre o trabalho como um forma de exercer por parte da burguesia, maior domínio sobre a classe trabalhadora e sobre a produtividade do trabalho, sua contribuição é bem importante, devido ao fato de que, ele vai observar como aquelas tendências estudadas por Taylor e Fayol, no cenário da administração científica, acabam se dividindo também sobre um trabalho que não é essencialmente produtor de mais valia, é um trabalho que se dá no âmbito da circulação, no âmbito da distribuição que de certo modo, se estende para o âmbito da reprodução social no campo dos serviços sociais organizados pelo Estado. 
O próximo autor é Claus offe, ele vai pensar essa extensão da racionalidade do trabalho, que é típica do capitalismo moderno, para o âmbito dos serviços, e vai destacar alguns fenômenos como a mecanização dos serviços, a racionalização organizacional, utilizando a capacidade máxima do trabalho. Offe, tem uma análise, de que o trabalho e serviços no campo estatal, dispõe de uma não rentabilidade, não tendo como aferir os custos efetivos desse trabalho, ou seja, seria uma espécie de investimentos sem perspectiva de retorno.
O terceiro autor discutido no texto é Mandel, ele vai analisar a expansão do setor de serviço, tanto no âmbito da circulação e da distribuição, como também o chamado serviços sociais, só que a visão Mandel é de que essa expansão tem relação com uma determinada fase do capitalismo, que ele chama de uma supercapitalização, que seria uma introdução dos capitais em várias áreas que o capital antes não se incluía, isso se dá devido a queda da taxa de lucro, deste modo o capital busca novas áreas de valorização. Então, desta forma, o capital vai investir em áreas que antes eram do Estado, um exemplos é a iluminação, gerando uma tendência de privatização e aumento dessas funções chamadas improdutivas, devido ao fato de que eram organizadas pelo Estado, então Mandel prever essa expansão e fala que na verdade vai existir um aumento das chamadas funções intermediárias. O investimentos em propaganda, infraestrutura, e crédito, vão favorecer um aumento da necessidade de consumo de uma nova mercadoria, embora o Mandel reconheço aqui durante uma parte desse processo de expansão algumas atividades, elas se tornam produtivas, Ele acha que essa produtividade dos trabalho de serviços, é provisória na medida em que ela tende a ser substituída por mercadorias. Um exemplo seria a empregada doméstica, que é contratada para suprir uma necessidade moderna, que é o fato de mulheres estarem sendo parte do corpo de trabalhadores do capital, deste modo criou-se a necessidade de uma outra profissional para fazer o trabalho que antes era ocupado por essa mulher trabalhadora, porém essa empregada doméstica, assalariada, será substituída por eletrodomésticos. 
E por último, o texto tratar do autor chamado Jean Lojkine, autor do livro A Revolução informacional, ele, assim como Mandel, relaciona a expansão dos serviços a esse processo de supercapitalização da vida social, mercantilização diárias que antes não eram dominadas pelo capital, entretanto a diferença em relação ao Mandel é que ele não observa essa sequência de ampliação do trabalho produtivo no serviço e a sua subsequente substituição por mercadorias, Ele acha que é um processo muito mais combinado de expansão dos serviços e de expansão das atividades informacionais que leva o crescimento também da produção de valores de uso concretos. portanto, ele pensa numa expansão associada da mercadoria e serviço. 
Essa é a perspectiva e contribuição, de forma simplificada, dos autores em favor do setor de serviços, Lembrando que esse setor , envolve o comércio, envolve sistema de crédito, envolve setor de transporte, e também o ramo do serviços sociais que não estará diretamente no campo da produção, mas no âmbito da reprodução social que é organizada, especialmente, pelo Estado.
Agora com intuito de analisar e compreender conceitos institucionais, do texto de Elaine Marlova, primeiramente é necessário entender a concepção dos espaços institucionais como lugares de realização das relações sociais e de entender as posições estratégicas dos diferentes sujeitos na realização de suas práticas sociais.
Além disso, identificar os diferentes projetos sociais e as suas correspondentes concepções a respeito da função do Estado, das políticas sociais, entre outros, e identificar a diferença entre os objetos institucionais e os objetos do serviço social. 
O campo interdisciplinar, em que se situa a análise institucional, é uma abordagem teórica e metodológica que tem dado amparo teórico e materialidade a essas relações no âmbito socioinstitucional.
Alguns autores, no campo teórico da análise institucional, convocam a atenção para a necessidade de se distinguir conceitualmente as Instituições, dos estabelecimentos, organizações ou unidades produtivas em que as mesmas se concretizam.
 Desse modo, para Baremblitt, 1992, algumas instituições, como é o caso das relações de parentesco, da divisão social do trabalho, da educação, da religião entre outros, são bases da vida social, E para que as instituições possam se fortalecer, para que possam se realizar, precisa-se tomar corpo em “dispositivos concretos que são as organizações”.
Ainda seguindo seu pensamento, as organizações se compõem de unidades menores, que ele chama de estabelecimentos, exemplos são escolas , que, por sua vez, dispõem de dispositivos técnicos, os equipamentos.
As instituições, são portadoras doâmbito do instituinte, que é o processo, e do âmbito do instituído, resultado. O âmbito do instituinte é portador da criação de novos códigos institucionais, são as forças que buscam transformar as instituições. O âmbito do instituído é o resultado deste processo.É necessário saber que as instituições são estrutura de decisões lógicas que regulam as atividades humanas, indicando o que é proibido, o que é permitido ou oque é indiferente.
Outro ponto abordado no texto, é que um agente contextual, que são aqueles que não participam, de forma direta, da ação institucional, porém as influenciam, pois atuam a partir do contexto, de fundamental importância para a análise institucional é o mandante, que, segundo Albuquerque, O mandante é o ator individual ou coletivo, diante do qual a instituição responde, ou em nome de quem ela procede, normalmente se trata de outra instituição ou do Estado.
Albuquerque, ainda, define três tipos de relação de mandato, a relação de propriedade, onde o mandante sustenta economicamente a instituição e se apodera de seus resultados, a relação de subordinação funcional, onde o mandante escolhe o corpo de agentes institucionais, então há uma limitação, mas não uma exclusão, da autonomia dos agentes e a relação de mandato institucional, em que o mandante é “guardião da legitimidade institucional de que a instituição concreta se reveste”. Albuquerque destaca ainda, dois aspectos a serem considerados nas análises concretas das práticas institucionais, o primeiro é que nas organizações mais complexas os agentes profissionais deixam de ser os agentes privilegiados, que é o que tem maior autonomia sobre o objeto, perdendo essa posição para uma camada do pessoal institucional, que são os administradores. Esta tendência cria uma perda de autoridades profissionais em prol de administradores profissionais, os quais tornam-se os verdadeiros agentes privilegiados. 
O segundo aspecto refere-se ao fato de que apenas os atores internos agem positivamente como alicerce da prática institucional, ou seja, desse modo, a ação dos mandantes, embora possa ser decisiva, é puramente negativa. Os mandantes podem parar a ação institucional, impedindo os agentes institucionais de agir, mas não podem agir em seu lugar, caso contrário, tornam-se, por sua vez, agentes institucionais.
Logo, a análise da autonomia dos agentes institucionais, não pode desconsiderar a ação negativa dos atores contextuais. Portanto, é de suma importância a análise concreta sobre as práticas institucionais resultantes das relações entre os diversos atores em suas posições estratégicas no contexto institucional.
BARBOSA, R.C. et alli. A categoria processo de trabalho e o trabalho do assistente social. Serviço social e sociedade. n 58. São Paulo: Cortez, 1998. 
FRANCISCO, Elaine Marlova Verzon. Análise institucional: instrumento necessário ao trabalho profissional. In: DUARTE, Marco José de O. (org.) Serviço Social, políticas sociais e sujeitos sociais. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2021. (no prelo).

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