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Laura Vieira Gomes de Oliveira - Medicina UNIFG Glândula Hipófise e Tireoide Anatomia Hipófise A hipófise ou pituitária tem um formato ovoide, de tonalidade vermelho-acinzentada . LOCALIZAÇÃO: na base do prosencéfalo, na fossa hipofisial da sela turca do osso esfenóide. FUNÇÃO: secreta vários hormônios que controlam outras glândulas end ócrinas . Por sua vez é controlada pelo hipotálamo atravé s dos seus hormonios liberadores e inibidores associada a retroalimentação (feedbac k) que adequa conforme a necessidade de estímulo para as glândulas- alvo. DIVISÃO: Neurohipófise (posterior, neural) e adeno-hipófise (anterior, epitelial). ORIGEM EMBRIO NÁRIA: ▪ Adenohipófise: evaginação do ectodema oral (bolsa de Rathk e). ▪ Neurohipófise: as soalho do diencéfalo VASCULARIZAÇÃO: ▪ Irrigação: artérias hi pofisárias, ramos da carótida interna. ▪ Drenagem venosa: veias hipofisárias drenam para seios da dura-máter, saem pelo forama jugular e drenam para a carótida interna. INERVAÇÃO: adenohipófise não tem inervação especifica; neurohipófise pelas fibras d os núcleos supraóptico e para ventricular. IMPORTANTE: está intimamente ligada ao quiasma ópitco, portanto tumor es nessa glândula são frequentemente associa dos a tonturas e/ ou problemas visuais. ▪ É coberta superiormente pelo diafragma da sela, derivado da meninge dura-máter, que apresenta um furo cen tralmente para a passagem do infundíbulo, além de separar a face superior da hipófise do quiasma óptico. Obs. Sela Turca - É a formação óssea em format o de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide, que é circundada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. A sela turca tem três partes: 1. O tubérculo da sela : uma elevação mediana, que varia de pequena a proeminente e forma o limite posterior do sulco pré-quias mático e o limite anterior da fossa hipofisial . 2. A fossa hipofisial: uma depressão mediana no corpo do esfenoide que acomoda a hipófise. 3. O dorso da sela: uma lâmina quadrada de osso que se projeta superiormente a partir do corpo do esfenoide. Forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais proeminentes formam os processos clinoides posteriores. Adeno-hipófise Representa cerca de 75% do pes o total da glândula e é composta por tecido epitelial . No adulto, a adeno-hipófise consiste em duas partes: ▪ Parte distal, q ue é a porção maior; ▪ Parte tuberal que forma uma bainha ao redor do infundíbulo . O estimulo de li beração e supressão dos hormônios da adeno são regulados a partir de hormônios liberador es e os inibidores do hipotálamo, isto ocorr o por meio d o sistema porta hipofisário. → No sistema porta hi pofisário, o sangue flui de capilares no hi potálamo → pa ra veias porta que carreiam sangue → para capilares da adeno- hipófise. → As artérias hipofisárias sup eriores, ramos das artérias carótidas internas, levam sangue para o hi potálamo. → Na junção da eminência mediana do hipotálamo e o infundíbulo, essas artérias se dividem em uma rede capilar chamada de plexo primário d o sistema porta hipofisário. → Do plexo primário, o sangue drena → para as veias porto- hipofiaárias que passam por baixo da parte externa do infundíbulo. → Na adeno-hipófise, as veias porto-hipofisárias se dividem mais uma vez e → formam outra rede capilar chamada de plexo secundário do sistema porta hipofisário. Acima do quiasma óptico há grupos de neurônios especializados chamados de células neurossecretoras . Essas células sintetizam os hormônios hipotalâmicos l iberadores e inibidores em seus corpos celulares e envolvemos hormônios em vesículas, que alcança m os terminais axônicos por transporte axônico. Impulsos nervosos promovem a exocitose das vesículas. Depois disso, os hormônios se difundem para o plexo primário do sistema porta hipofisário. Rapidamente, os hormônios hipotalâmicos fluem com o sangue pelas veias porto-hipofisárias para o plexo secundário. Essa via direta possibilita q ue os hormônios hipotalâmicos atuem imediatamen te nas células da adeno-hipófise, antes que os hormônios sejam diluídos ou destruídos na circulação geral . Os hormônios secretados p elas células da adeno-hipófise passam para os capilares do plexo secundário, que drena m para as veias porto hipofisárias anteriores e para fora na circulação geral. Os hormônios da adeno-hipófise viajam até os tecidos alvo ao longo do corpo. Os hormônios da adenohipófise que atuam em outras glâ ndulas endócrinas são chamados de hormônios tróficos ou trofinas. Hipotálamo e hipófise e sua irrig ação sanguínea ▪ Os hormônios liberadores e inibidores sintetizados pelas células hipotalâmicas neurossecretoras → transportados nos axônios → liberados nos terminais axônicos → capilares do plexo primário do sistema porta hipofisário → veias porto- hipofisárias → plexo secundári o d o sistema porta hipofisário → distri buídos às c élulas alvo na adeno-hipófise. Tipos de células da adeno-hipófise e seus hormônios Há cinco tipos de células na adeno-hipófise : somatotrofos, tireotrofos, gonadotrofos, lactotrofos Laura Vieira Gomes de Oliveira - Medicina UNIFG 1. Os s omatotrofos secretam hormônio do crescimento (GH), também conhecido como somatotrofina . 2. Os tireotrofos secretam hormônio tireoestimulante ( TSH), também conhecido como tireotrofina. O T H controla as secreções e outras atividades da glândula tireoide. 3. Os gonadotrofos secretam duas gonadotrofinas: hormônio foliculoestimulante (FSH) e hor mônio luteinizante (LH). O FSH e o LH atuam nas gônadas; estimulam a secreção de estrogênios e pr ogesterona e a maturação de ovócitos nos ovários, além de estimularem a produção de espermatozoides e a secreção de testosterona nos testículos. 4. Os lactotro fos secretam pr olactina (PRL) , que inicia a produção de leite nas glândulas mamárias. 5. Os corticotrofos sec retam hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), ou corticotrofina, que estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar glicocorticoides como cortisol. Alguns corticotrofos, rema nescentes da parte intermédia, também secretam hormônio melanócitoestimula nte (MSH). Neuro-hipófise É composta por tecido neural. Também consiste em duas partes: A parte nervosa , a porção bulbosa maior, e o infundíbulo. Uma terceira região da glândula hipófise, chamada de parte intermédia, a trofiase durante o desenvolvimento fetal humano e deixa de existir como um lobo separado nos adultos. Entretanto, algumas de suas células migram para partes adjacentes da adeno-hipófise, onde persistem. Embora não sintetize hormônios, a neuro-hipófise armazena e libera dois hormônios. É composta por axônios e terminais axônicos. Os corpos celulares das células neurossecre toras se encontram nos núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo; seus axôni os formam o trato hipotálamohipofisia l. Esse trato começa no hipotálamo e termina perto de capilares sanguíneos na neuro-hipófise. Os corpos das células neuronais dos dois núcleos paraventricular e supraóptico sintetizam o hormônio ocitocina (OT) e o hormônio antidiurético ( ADH), também chamado de vasopressina. Os terminais axônicos na neurohipófise são associados à neuroglia especializada chamada de pituitócitos. Essas células apresentam uma função de suporte similar a dos astrócitos. O sangue chega à neuro-hipófise pelas artérias hipofisárias inferiores, ramos da artéria carótida interna. Na neurohipófise, as artérias hipofisárias inferiores drenam para o plexo capilar do infundíbulo, uma rede capilar que recebe a ocitocina e o hormônio antidiurético secretados. Desse plexo, os hormônios passam para as veias portohipofisári as posteriores para serem distribuídos às células-alvo em outros tecidos. Tireoide A glândula tireoide situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, na parte anterior do pescoço, no nível das vértebras C V a T I (Figura 8.26). É formada principalmente pelos lobos direito e esquerdo, situados em posição anterolateral em relação à laringe e à traqueia. Um istmo relativamente fino uneos lobos sobre a traqueia, em geral anteriormente ao segundo e terceiro anéis traqueais. A glândula tireoide é circundada por uma cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da glândula. Tecido conjuntivo denso fixa a cápsula à cartilagem cricóidea e aos anéis traqueais superiores. Externamente à cápsula há uma bainha frouxa formada pela parte visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. Artérias da glândula tireoide. A glândula tireoide, altamente vascularizada, é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior (Figuras 8.26B e 8.27). Esses vasos situam-se entre a cápsula fibrosa e a bainha fascial frouxa. Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias tireóideas superiores, descem até os polos superiores da glândula, perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. As artérias tireóideas inferiores, os maiores ramos dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias, seguem em sentido superomedial posteriormente às bainhas caróticas até chegarem à face posterior da glândula tireoide. Elas se dividem em vários ramos que perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e suprem a face posteroinferior, inclusive os polos inferiores da glândula. As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda fazem extensas anastomoses dentro da glândula, assegurando sua vascularização enquanto proporcionam potencial circulação colateral entre as artérias subclávia e carótida externa. Em cerca de 10% das pessoas, uma pequena artéria tireóidea ima ímpar origina-se do tronco braquiocefálico (ver, no boxe azul, “Artéria tireóidea ima”, mais adiante); entretanto, pode originar-se do arco da aorta ou das artérias carótida comum direita, subclávia ou torácica interna. Quando presente, essa pequena artéria ascende na face anterior da traqueia, emitindo pequenos ramos para ela. A artéria continua até o istmo da glândula tireoide, onde se divide para irrigá-la. Veias da glândula tireoide. Três pares de veias tireóideas geralmente formam um plexo venoso tireóideo na face anterior da glândula tireoide e anterior à traqueia (Figuras 8.27 e 8.28). As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores; elas drenam os polos superiores da glândula tireoide; as veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos praticamente paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermédia dos lobos. As veias tireóideas inferiores geralmente independentes drenam os polos inferiores. As veias tireóideas superior e média drenam para as VJI; as veias tireóideas inferiores drenam para as veias braquiocefálicas posteriormente ao manúbrio do esterno. Drenagem linfática da glândula tireoide. Os vasos linfáticos da glândula tireoide seguem no tecido conjuntivo interlobular, geralmente perto das artérias; eles se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. A partir daí, os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré- traqueais e paratraqueais. Por sua vez, os linfonodos pré- laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores (Figura 8.29). Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores seguem diretamente para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Alguns vasos linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico (Figura 8.27). Nervos da glândula tireoide. Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, Laura Vieira Gomes de Oliveira - Medicina UNIFG médios e inferiores (Figuras 8.25 e 8.27). Eles chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas. Essas fibras são vasomotoras, não secretomotoras. Causam constrição dos vasos sanguíneos. A secreção endócrina da glândula tireoide é controlada hormonalmente pela hipófise. O istmo da glândula tireoide situa-se imediatamente inferior à cartilagem cricóidea; estende-se cerca de 1,25 cm de cada lado da linha mediana. Em geral, pode ser palpado colocando-se as pontas dos dedos de uma mão sobre a linha mediana abaixo do arco cricoide e instruindo-se a pessoa a engolir em seguida. O istmo é palpado movendo-se para cima e para baixo. O ápice de cada lobo da glândula tireoide estende-se superiormente ao meio da lâmina da cartilagem tireóidea (Figura 8.50). A anatomia de superfície da face posterior do pescoço é descrita no Capítulo 4. Os pontos fundamentais são: Os processos espinhosos das vértebras C VI e C VII são palpáveis e visíveis, sobretudo quando o pescoço está fletido Os processos transversos das vértebras C I, C VI e C VII são palpáveis Os tubérculos da vértebra C I podem ser palpados por pressão profunda posteroinferior às extremidades dos processos mastoides. FONTE: Anatomia - Moore
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