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1 Natasha Ferreira ATM 25 MENSAGEIROS QUÍMICOS A inter-relação dos sistemas que irá comandar a maioria das atividades das nossas células. → Neurotransmissores: liberados pelos axônios das células nervosas nas fendas sinápticas e terão ação local o Parácrina – na célula vizinha; o Autócrina – na célula em que foram produzidos; → H. Endócrinos e Neuroendócrinos: liberados no sangue, tendo assim efeito a distância. Apresentam efeitos diretos no metabolismo, crescimento e desenvolvimento, reprodução e comportamento. o Endócrinos – liberados por glândulas; o Neuroendócrinos – liberados por células neuronais; HORMÔNIOS → Peptídeos – produzidos a partir de proteínas. Ex: Insulina, Glucagon, Hormônios Hipofisários, PTH → Esteroides – produzidos a partir do colesterol. Ex: Hormônios do Córtex Adrenal e os Gonadais → Derivados da Tirosina – Ex: Hormônios Tireoidianos e os da Medula Adrenal Eles variam quanto o início da secreção e o tempo de ação. Ex.: Adrenalina – rápido / Tiroxina - lento Concentrações séricas são mínimas, e para manter é necessário um controle rígido: o Mecanismo de Feedback, no qual o próprio hormônio tem efeito inibidor na liberação adicional. o As células alvo controlam essas concentrações através do Up/Down Regulation de seus receptores. Eles podem apresentar variações cíclicas conforme temperatura, período do dia, fase da vida. Sua depuração geralmente é renal. 2 Natasha Ferreira ATM 25 PANCREAS – DIABETES MELLITO Grupo de distúrbios metabólicos → fase de hemostasia anormal da glicose → hiperglicemia. Desregulação metabólica - alterações em múltiplos sistemas orgânicos Classificação é feita com base no processo patogênico que dá origem a hiperglicemia: → DM1 – mais comum em crianças, e sempre é insulino dependente → DM2 – mais comum em adultos, podendo ser insulino dependente dependendo da fase da doença → DMG (gestacional) - Aumento da necessidade de insulina 2º/3º bimestre da gestação pode acarretar resistência insulínica e dificuldade na tolerância a hiperglicemia pela mãe. o O feto também começa a produzir mais insulina pra tentar compensar a hiperglicemia secundária da mãe, porém ocorre sobrecarga do pâncreas fetal. Diante disso, a sobras do açúcar tornam-se gordura e carboidratos, e o feto nasce acima do peso (macrossomia) o A maioria das mulheres reverte para uma tolerância à glicose normal depois do parto, porém corre um risco de desenvolver DM nos próximos 10 a 20 anos. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Glicemia aleatória ≥ 200mg/dL + sintomas clássicos (poliúria, polidipsia, perda de peso, visão turva) já serve como diagnóstico. Glicemia de jejum ≥ 126mg/dl Teste oral de tolerância à glicose (2h) ≥ 200mg/dl Hemoglobina glicada ≥ 6,5% RASTREAMENTO É importante se ter uma fase pré-clínica bem definida. Feito a cada 3 anos 3 Natasha Ferreira ATM 25 Avaliação do rastreamento: → Idade (≥ 45) → IMC ≥ 25 Kg/m2 e ao menos 1 fator de risco adicional o Sobrepeso/Obesidade o Familiar de 1º grau com DM o Sedentarismo o Grupo étnico-racial de alto risco o Histórico de DM Gestacional o HAS (PA ≥ 140/90) o Dislipidemia o Síndrome do Ovário Policístico o Histórico de doença vascular FISIOPATOLOGIA DM1 → Base de suscetibilidade genética e gatilhos ambientais (dieta (leite de vaca), virose, rubéola, drogas, toxinas, fatores estressores – destacando aqui a puberdade (antígenos similares às células beta – atraindo o sistema imune) → Paciente perde a tolerância da autoimunidade contra as células beta, culminando em sua destruição progressiva → Com 50% das células B restante inicia-se o quadro de pré-diabetes, já os sintomas iniciam-se quando a destruição já atingiu 90% das células → Fase de lua de mel – é a fase em que se administra insulina no início do tratamento (já que a glicose em si é citotóxica para a célula). DM2 → Base de suscetibilidade genética associada a hábitos de vida não saudáveis que acabam gerando acúmulo de gordura visceral, que liberará mediadores inflamatórios que aumentarão a resistência à insulina. → Então inicialmente o problema não é na produção de insulina → ela é liberada no sangue mas não tem efeito nas células (resistência insulínica) → Mas, chega um momento que as células beta cansam de produzir insulina – fase de deficiência relativa de insulina (tomar cuidado e fazer tratamento para isso não permanecer). COMPLICAÇÕES → Agudas: Cetoacidose diabética, Estado hiperglicêmico hiperosmolar, hipoglicemia → Crônicas: Microvasculares; Macrovasculares e outras HIPOGLICEMIA Principal causa: uso de insulina exógena (aplica a insulina e não come nada depois), mas pode apresentar outras causas como a piora da função renal (não elimina a insulina circulante em excesso). Reconhecendo os sinais: Hipoglicemia → aumenta o Glucagon → aumento da Epinefrina → estimula o SN simpático causando ansiedade, palpitação, tremor, fraqueza, taquicardia e sudorese Se persistir ocorre liberação de GH e cortisol → vasoconstrição periférica na tentativa de diminuir a utilização periférica da insulina pra utilizar no SNC. Ao mesmo tempo acontece um up regulation dos receptores no cérebro pra aproveitar a insulina e 4 Natasha Ferreira ATM 25 fazer com que o cérebro funcione com níveis menores de glicemia do que o desejado. Pacientes que usam Betabloqueadores não terão os sinais iniciais da Epinefrina. O mal controle glicêmico e o tempo de doença – levam às complicações crônicas RETINOPATIAS – 2 fases Disco óptico: central. Veia: maior e mais escura. Artéria: aspecto claro-luminoso 1. Não proliferativa: aumento da permeabilidade vascular, formação de exsudatos algodonhosos (parece um algodão) e duros, alteração vascular (aumento da tortuosidade) e formação de aneurismas (podem romper causando hemorragia retiniana) 2. Proliferativa: apresenta isquemia da retina, que acarreta uma neovascularização (revascularização). Porém os novos vasos são muito frágeis que podem romper causando hemorragia no corpo vítreo, distorção do disco óptico e redução da acuidade visual → cegueira. POLINEUROPATIA SIMÉTRICA DISTAL Fatores de risco: Tabagismo e IMC Perda sensorial distal, hiperestesia, parestesia e disestesia. Dor neuropática 50% dos portadores são assintomáticos Exame Físico: → Sensibilidade superficial: tátil, térmica, dolorosa → Sensibilidade profunda: vibratória (diapasão), à pressão, cinética postural → Reflexos tendinosos profundos (principalmente patelar) MONONEUROPATIAS Dor ou fraqueza na distribuição de um único nervo - Ptose palpebral, olho desviado pra fora, diplopia e miose NEUROPATIA AUTÔNOMA Sintomas: → Taquicardia em repouso → Hipotensão Ortostática ** → Gastroparesia 5 Natasha Ferreira ATM 25 → Anormalidades no esvaziamento vesical – sensação de que não urinou tudo o que tinha para urinar → Disfunção Sexual – ejaculação retrógrada em homens e nas mulheres perda da libido e dispareunia → Hiperidrose MMSS; Anidrose MMII (SUOR) → Diminuição da liberação dos hormônios contrarreguladores (principalmente epinefrina e noraepinefrina – sintomas de alerta) e consequente diminuição da percepção da hipoglicemia **Exame Físico Avalia primeiro o paciente sentado, espera de 2 a 3 minutos pra avaliar de novo. O que acontece? Se tiver diferença de aumento maior que 20mmHg na sistólica e 10mmHg na diastólica – pensar em hipotensão ortostática PÉ DIABÉTICO Originado por: → Neuropatia o Polineuropatia simétrica distal o Disfunção autonômica → Doença vascular periférica → Mau controle glicêmico → Artropatia e deformidades → Suscetibilidade à infecções (formação de lesões é porta de entrada) Examedos pés em TODA consulta/avaliação Ênfase na prevenção → Escolha cuidadosa do calçado → Inspeção diária dos pés e dedos (frieira) → Higiene diária dos pés – manter pele limpa e hidratada → Evitar autotratamento de anormalidades dos pés e outros comportamentos de risco (andar descalços) → Palpação de pulso pedioso (fluxo sang.) ACANTOSE NIGRICANS Lesões em placas aveludadas mais escuras e espessa, localizadas na região cervical e nas axilas. Ocorre em função da resistência à insulina e da hiperinsulinemia (típica de DM2) Receptores de fator de crescimento insulinico que estão presentes nos queratinocitos e fibroblastos tem estrutura homóloga a insulina, aí na hiperinsulinemia a uma estimulação excessiva dessas células gerando essa hiperqueratose ABORDAGEM SEMIOLOGICA ANAMNESE HMP: completa. Ênfase em alterações do peso, história familiar, fatores de risco para doença (cardiovascular, dislipidemia, HAS), HF doença pancreática, exercício, tabagismo, álcool. Os 4P’s: Poliúria, polidipsia, polifagia e perda ponderal Sintomas de hiperglicemia: poliúria, polidipsia, polifagia, fadiga, fraqueza, visão turva, infecções superficiais frequentes (vaginite, infecções fúngicas da pele), cicatrização lenta das lesões cutâneas após pequenos traumatismos. Paciente já diagnosticado: cuidados prévios do DM, incluindo tipo de terapia, níveis anteriores de hemoglobina A1C, frequência de hipoglicemias, presença de complicações específicas, medicamentos em uso. Revisão de sistemas: pra ver complicações crônicas em outros sistemas. EXAME FÍSICO → Peso, IMC* → Exame retiniano → PA (incluindo avaliação ortostática), FC, avaliação dos pulsos → Avaliação de neuropatia, exame minucioso dos pés (palpação do pulso pedioso) → Avaliação de dentes e gengiva → Busca por lesões cutâneas e deformidades → Sensibilidade dos pés (vibratória perde primeiro 6 Natasha Ferreira ATM 25 TIREOIDE Hormônios produzidos: tri-iodotironina (T3), tiroxina (T4) e calcitonina (que tem efeito sobre o metabolismo do cálcio). → Longo período de latência e duração longa também (circulam ligados a proteínas plasmáticas) → Principal efeito: aumentar a taxa de metabolismo basal e metabolismo de todos os sistemas. HISTOLOGIA Formada por folículos fechados, os quais possuem uma porção secretora em seu interior. Os coloides são revestidos por células epiteliais cuboides que secretam seus produtos no interior do folículo OBS: Diferente das outras glândulas do corpo, a tireoide tem a propriedade peculiar de conseguir armazenar grande quantidade de hormônio. Esses hormônios armazenados tem a capacidade de suprir o organismo durante 2/3 meses. COMPOSIÇÃO DO COLOIDE Tireoglobulina → macroroteína, que contém 70 aminoácidos tirosina e é a principal fonte para a produção dos hormônios tireoidianos Dos hormônios tireoidianos que circulam na corrente sanguínea: → 93% é T4 → 7% é T3 Entretanto o hormônio que vai gerar as principais ações e vai ter maior efeito no receptor nuclear (por ter mais afinidade) é o T3. OBS: T4 sofre uma conversão periférica em T3, para poder atuar no interior das células alvo. A função qualitativa de T3 e T4 é a mesma, mas T3 é 4x mais potente (e tem mais afinidade ao receptor nuclear). MECANISMOS DE PRODUÇÃO DOS HORMÔNIOS Todo o processo de formação desses hormônios começa com a entrada do iodo na célula → principal causa de hipotireoidismo no mundo ainda é a carência de iodo 1. Captação de iodo da corrente sanguínea pelas células epiteliais dos folículos tireoidianos por um transportador de membrana (que co-transporta Na+, bomba de iodeto) 2. No citoplasma, o iodeto se difunde para a região apical da célula, onde é oxidado 3. O iodo oxidado é incorporado às moléculas de tiroglobulina o Se uma molécula de iodo é incorporada → monoiodotirosina (MIT) o Se duas moléculas de iodo são incorporadas → di-iodotirosina (DIT) 4. Ocorre acoplamento das moléculas DIT e MIT entre si: 7 Natasha Ferreira ATM 25 o Se uma MIT se acopla a uma DIT → T3 o Se duas DITs se acoplam entre si → T4 5. T3 e T4 são secretados no coloide e permanecem no lúmen folicular ligados à molécula de tireoglobulina, constituindo o estoque desses hormônios na tireoide 6. A mobilização desses hormônios armazenados na tireoide ocorre através da captação de gotículas de coloide contendo tireoglobulina pelos tireócitos (células foliculares): o Em condições normais essa captação ocorre por micropinocitose o Sob estímulo do TSH essa captação ocorre por macropinocitose 7. Depois da captação, as vesículas contendo gotículas de coloide se fundem a lisossomos que contêm enzimas que digerem que digerem a tireoglobulina ligada a T3, T4 e MIT e DIT 8. Por difusão, T3 e T4 são liberados na corrente sanguínea e DIT e MIT são reaproveitados. EFEITOS HORMONIAS Os principais efeitos dos hormônios tireoidianos são: → No metabolismo basal → No metabolismo dos outros sistemas O T3, em geral, se liga ao receptor nuclear para ativar a transcrição gênica gerando aumento generalizado das funções de todos os sistemas e, assim, iniciando os efeitos. Hormônio tireóideo sempre tem potencial de ativar, aumentar. 1. Crescimento e desenvolvimento (principalmente durante a vida fetal e a infância) o ↧ hormônios → Retardo do crescimento → Retardo mental (hipotireoidismo congênito) o ↥ hormônios → Elevada estatura em idade precoce → Maturação óssea acelerada → Fechamento das epífises precocemente (altura final pode estar reduzida) 2. Estímulo ao metabolismo de carboidratos o ↥ glicogenólise o ↥ gliconeogênese o ↥ captação de carboidratos + aumento do uso + aumento da absorção o Ativação da liberação de insulina 3. Estímulo ao metabolismo de lipídios o Rápida mobilização do tecido adiposo (o que reduz o acúmulo de lipídios no organismo) o É isso que impede o acúmulo de alto nível plasmático de colesterol e lipídios (↧ formação de placas ateromatosas) o ↧ hormônios → Grande aumento plasmático de colesterol e triglicerídeos → Aterosclerose grave 8 Natasha Ferreira ATM 25 4. Necessidade aumentada de vitaminas o As vitaminas funcionam como importantes cofatores enzimáticos → como os hormônios tireoidianos influenciam todos os processos do corpo, há maior necessidade de vitaminas o Por isso, se há aumento de hormônios tireoidianos, pode haver, em associação, uma deficiência vitamínica relativa 5. Redução do peso corporal 6. Sistema cardiovascular o ↥ metabolismo o ↥ utilização de oxigênio → ↥ liberação de produtos metabólicos → a presença desses compostos é o que estimula a vasodilatação o ↥ fluxo sanguíneo (causada pela vasodilatação e ocorrendo principalmente nas periferias) o ↥ DC (causado pelo aumento do fluxo) o ↥ FC 7. Trato Gastrointestinal o ↥ apetite e da ingestão o ↥ produção de secreções digestivas o ↥ motilidade gastrointestinal o ↥ hormônios → Diarreia (pelo aumento da motilidade) o ↧ hormônios → Constipação 8. SNC o Aumento da velocidade do pensamento → às vezes essa velocidade é tão aumentada nos casos de hipertireoidismo que o paciente acaba perdendo o fio associativo (não consegue manter as ideias em sequência) 9. Funções musculares o ↥ hormônios → Mais vigor muscular (como se houvesse mais energia durante as contrações) o ↥ excessivo dos hormônios → Ocorre aumento do catabolismo proteico → gerando perda de força muscular, principalmente proximal (tremor muscular fino) o ↧ hormônios → Músculos ficam mais vigorosos, mas o relaxamento após a contração é mais lento, tem perda de força 10. Sono o ↥ hormônios → Cansaço constante (muito em função da ativação quase que permanente dos músculos edo SNC) → Dificuldade para dormir (sinapses constantemente ativadas) o ↧ hormônios → Sonolência extrema (pacientes que chegam a dormir 12-14h e ainda continuam com sono) 11. Função sexual o ↥ hormônios → Oligomenorreia → Amenorreia → Impotência sexual o ↧ hormônios → Menorragia → Polimenorreia → Redução/perda da libido DC = FC X VS → assim, como o DC aumenta, uma forma de manter o valor do volume sistólico é aumentar a FC (diretamente proporcional ao débito) A questão é que, na verdade, nos pacientes com aumento de secreção dos hormônios tireoidianos a FC é maior do que a esperada só pelo aumento do débito → Isso sugere que os hormônios da tireoide têm efeito direto no músculo cardíaco (↥ frequência) 9 Natasha Ferreira ATM 25 REGULAÇÃO HORMONAL Feita através do feixe hipotalâmico-hipofisário Hipotálamo secreta TRH → hormônio liberador de tireotrofina (sistema portal) Hipófise anterior é estimulada a secretar TSH → hormônio estimulante da tireoide (corrente sanguínea) TSH estimula a tireoide a secretar T3 e T4, que têm efeito de feedback sobre a hipófise e o hipotálamo (T4 age mais nesse quesito). O que pode interferir no eixo H-H: → Ansiedade e agitação → inibição do eixo (a secreção dos hormônios tireoidianos aumentaria esses sintomas) → assim, esses fatores têm feedback negativo → Frio → estimula o eixo (mecanismo compensatório da questão climática) → Iodo o Em condições normais, o iodo deveria estimular a tireoide a produzir e secretar seus hormônios, porém seu excesso inibe o eixo porque ocorre down- regulation o Pacientes que serão submetidos a cirurgias de ressecção da tireoide fazem uma diminuição de iodo na dieta, de forma a diminuir o tamanho da glândula e diminuir o sangramento durante o procedimento EXAME FÍSICO INSPEÇÃO → Observar as cartilagens tireóidea e cricoide → Observar mobilização da tireoide à deglutição (é assimétrica? Há abaulamento?) PALPAÇÃO → Posicionar-se atrás do paciente → Proeminência laríngea → Palpar cartilagem cricoide → inferior e lateralmente está a tireoide → superiormente está o istmo → Pedir para paciente deglutir → istmo se eleva 10 Natasha Ferreira ATM 25 O que vamos avaliar? → VOLUME o Normal o Aumentado → difuso ou segmentar → CONSISTÊNCIA o Normal o Firme o Endurecida o Pétrea → MOBILIDADE o Normal o Imóvel → SUPERFÍCIE o Lisa o Nodular o Irregular → PRESENÇA DE SOPRO OU FRÊMITO → SENSIBILIDADE o Normal o Aumentada o Indolor → TEMPERATURA HIPOTIREOIDISMO Classificação: → Primária - na tireoide → Central - 2 possibilidades: a. Problema na hipófise → secundária b. Problema no hipotálamo → terciária Os níveis altos de TSH conseguem compensar os baixos níveis de T3 e T4, revertendo o quadro → nesse caso, temos hipotireoidismo subclínico (pode existir indicação de tratar o hipotireoidismo mesmo que ele esteja na fase subclínica). TIREOIDITE DE HASHIMOTO Fatores para desenvolvimento: a. É a principal causa de hipotireoidismo nas áreas onde há insuficiência de iodo b. Deve existir uma base genética (ter outras doenças autoimunes é um fator de risco para desenvolver tireoidite de Hashimoto) c. Mimetização molecular - indivíduo é exposto a alguns antígenos que são muito similares às células tireoidianas → o corpo desenvolve, então, defesas contra esses antígenos, mas elas acabam se voltando para as células tireoidianas verdadeiras d. A autoimunidade é mediada por linfócitos T e B → As células B produzem anticorpos anti- tireoide, os quais podem ser detectados no sangue periférico → As células T ativadas mediam a destruição da glândula tireoidiana → inflamação → perda da estrutura normal da glândula o Bócio – gland. inflamada o Atrofia – gland. + destruída que inflamada e. destruição da glândula diminui a secreção de T3 e T4 → reduz o feedback negativo → aumento dos níveis de TSH secretado pela hipófise 11 Natasha Ferreira ATM 25 SINAIS E SINTOMAS O quadro é o mesmo, independente da causa. Decorrem principalmente da: → Redução do metabolismo basal e do metabolismo dos sistemas corporais → Depósito de glicosaminoglicanos e ácido hialurônico nos interstícios de alguns tecidos (esse acúmulo ocorre pelo próprio metabolismo lentificado) Principais sinais e sintomas: → Fadiga, letargia, fraqueza → Ganho ponderal → Pele seca, grossa, amarelada (depósito de caroteno), queda de cabelo → Alopécia, madarose → Intolerância ao frio → Edema de face, mãos e pernas (agudo, sem cacifo; ocorre justamente pelo depósito de glicosaminoglicanos no interstício) → Constipação → Parestesias, cãibras → Alteração da memória e da audição → Sonolência excessiva → Dispneia aos esforços → Rouquidão (pode ser tanto pelo depósito de glicosaminoglicanos quanto pela presença de bócio, que pode causar compressão) → Hipertensão diastólica → Bradicardia e, nos estágios avançados, hipo- termia → Hipofonese das bulhas cardíacas → Extremidades frias → Neuropatia periférica, síndrome do túnel do carpo → Hiporreflexia → Derrames cavitários → Pode ou não haver bócio → Sintomas de aumento da prolactina (galactorréia – por compressão – e dor mamária) FÁCIE MIXEDEMATOSA – Típica da doença → Edema de face, sulcos acentuados → Espessamento nasal e labial → Cabelos e pele secos → Madarose → Expressão de desânimo → Pálpebras infiltradas HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO Agenesia da glândula Quadro clínico: → Edema de face → Espessamento de lábios e nariz → Hipotonia → Sulcos marcados → Icterícia → Sonolência excessiva → Macroglossia → Hérnia umbilical É facilmente diagnosticado pelo teste do pezinho BÓCIO ENDÊMICO Maior causa é a deficiência de iodo Deficiência de síntese de hormônios tireoidianos O eixo fica sempre ativado No início, o bócio é difuso, mas depois, alguns folículos começam a responder mais que outros aos estímulos (e o bócio pode se tornar nodular) 12 Natasha Ferreira ATM 25 SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO Mononeuropatia compressiva mais comum Sintomas mais frequentes: Parestesia, dor e/ou diminuição da sensibilidade nos dedos No hipotireoidismo, a síndrome do túnel do carpo é causada pela deposição de glicosaminoglicanos Paciente sente dor neuropática – características: → Piora à noite → De baixo pra cima (ascendente) → Geralmente em queimação → Associada a parestesia → Pode ou não ser acompanhada de fraqueza TIREOTOXICOSE E HIPERTIREOIDISMO Classificação: Os níveis baixos de TSH conseguem compensar os altos níveis de T3 e T4, revertendo o quadro → nesse caso, temos hipertireoidismo subclínico TIREOTOXICOSE Pode ser decorrente ou não do hipertireoidismo Causas da tireotoxicose: → Doença de Graves - Bócio multilobular tóxico (vários nódulos hipersecretores) → Adenoma tóxico (nódulo hipersecretor único – tumor benigno) - Adenoma hipofisário → Tireoidite subaguda/granulomatosa - infecções causam liberação em excesso dos hormônios tireoidianos (gerando os feedbacks negativos de alça longa e curta) → Tireotoxicose factícia (ingestão excessiva de hormônios tireoidianos - p.e. pessoas com hipotireoidismo que exageram na dose dos medicamentos / pessoas que ingerem hormônios tireoidianos para emagrecer*) 13 Natasha Ferreira ATM 25 FÁCIE BASEDOWIANA – Típica da doença → Magra, aspecto de espanto → Pele úmida, cabelos brilhosos → Exoftalmia → Bócio DOENÇA DE GRAVES Principal causa do hipertireoidismo e tireotoxicose → Doença autoimune → Também tem uma base genética - A diferença é que, nessa doença, o autoanticorpo se liga no receptor de TSH, estimulando-o continuamente o É como se existisse uma descargaconstante de TSH, estimulando permanentemente a tireoide o Aumento da glândula → bócio, o que pode produzir sintomas compressivos Rouquidão Disfagia - Como há aumento da glândula tireoide, há também aumento do fluxo sanguíneo para ela → pode ser auscultado um sopro tireoidiano ou frêmito tireoidiano → Ocorre inflamação pela hiperestimulação da gland. que ativa as citocinas o As citocinas aumentadas decorrentes da inflamação promovem o aumento da secreção de glicosaminoglicanos pelos fibroblastos → estes, em excesso, se depositam em locais específicos do corpo: Formação de um complexo autoimune que se deposita na derme - mixedema pré- tibial Formação de um complexo autoimune que se depositam nos olhos Sinais patognomônicos da doença de graves – são aqueles que só são encontrados na doença de Graves (e não no hipertireoidismo clássico) → Mixedema pré-tibial → Diplopia → Conjuntivite / eritema conjuntival → Oftalmopatia de Graves o Paciente relata sensação de corpo estranho nos olhos (como areia) e de dor retro-ocular, que piora à noite, com o vento e com a exposição a luzes fortes o Dor evolui com lacrimejamento, eritema conjuntival e exoftalmia o Tabagismo – risco de desenvolver oftalmopatia 14 Natasha Ferreira ATM 25 Principais sinais/sintomas tireotoxicose: → Nervosismo, ansiedade, psicose → Perda ponderal, apesar do aumento de apetite → Sudorese excessiva, intolerância ao calor → Palpitações → Tremor fino (pedir para segurar folha de papel), fraqueza muscular proximal, fadiga → Diarreia → Oligomenorreia, perda da libido → Pele quente, lisa e úmida → Hipertensão sistólica isolada → Taquicardia sinusal ou fibrilação atrial → Batimentos cardíacos hiperdinâmicos, com hiperfonese de B1 → Bócio → Oftalmopatia de Graves → Mixedema pré-tibial → Hipocratismo digital ADRENAIS Medula → Noraepinefrina e epinefrina (hormônios do SNS) Córtex → Mineralcortidocides (controle eletrolítico) → Glicocorticoides (controle glicêmico – met. Lipídeos e proteínas) → Andrógenos DHEA + androstenediona (fonte de testosterona na mulher) É dividido em 3 zonas: MINERALCORTICOIDES Aldosterona (90%); Cortisol (também tem efeito mineralcorticoide, porém bem menos significante, 10%). Aldosterona – liberada no córtex, chega ao rim, nas células principais do ducto coletor e vai estimular a reabsorção de sódio e a secreção de potássio. Tem efeito também na secreção de íons hidrogênio. DEFICIÊNCIA: → Depleção renal de NaCl o Diminuição do volume de LEC + sangue o Diminuição do débito cardíaco → choque e óbito → Hipercalemia (excesso de potássio) o Toxicidade cardíaca – o paciente tem menos força de contração, arritmias graves 15 Natasha Ferreira ATM 25 EXCESSO: → Retenção renal de NaCl o Aumenta o LEC e aumenta a pressão arterial (hipertensão arterial) o Porém, pequeno efeito na concentração do Na+2 – quando aumenta a pressão eu tenho o efeito da natriurese pressórica, que é a maior eliminação de sódio → Retenção transitória de Na+2 o “Escape da Aldosterona” o Natriurese + Diurese Pressórica → Hipocalemia → Fraqueza muscular → Alcalose leve GLICOCORTICOIDES Principal representante é o Cortisol Metabolismo dos carboidratos → Aumenta gliconeogênesse e diminui captação e uso de glicose – efeito contrário à insulina Metabolismo das proteínas → Diminui síntese proteica (exceto do fígado) e aumenta catabolismo proteico → Gera fraqueza muscular e diminui a função imunológica (suscetível a infecções) Metabolismo dos lipídeos → Mobiliza ác. graxos a partir do tec. adiposo Geração de energia pelos ác. graxos em detrimento da glicose – jejum e estresse Resistência ao estresse e inflamação (se usado por muito tempo) EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE ADRENAL Hipotálamo → Secreta o hormônio liberador de corticotropina (ACTH), passa pelo sistema hipotálamo-hipofisário e chega na hipófise, estimulando a secreção de ACTH. Esse vai pro córtex adrenal estimular a produção de cortisol. Efeitos de feedback negativos do cortisol: → Feedback de alça curta: inibe secreção adicional de ACTH → Feedback de alça longa: reduz a secreção adicional do hormônio liberador de corticorrelina fragmentada, e isso deixa de ser ativado em situações de estresse Pico de secreção → primeiras horas da manhã (ritmo circadiano) 16 Natasha Ferreira ATM 25 Síntese e secreção do ACTH: → Sintetizada a partir do pré-pró-hormônio proopiomelanocortina, que é clivado e vai gerar o ACTH e outros hormônios – entre eles o hormônio estimulante de melanócitos (agindo na derme e epiderme, estimulando a produção de melanina) → Em condições patológicas, pelo aumento do ACTH, pode haver hiperpigmentação (MSH – estimula a produção de melanina) INSUFICIÊNCIA ADRENAL Conhecida como Hipoadrenalismo Classificação: → Terciária – defeito no hipotálamo (redução do hormônio liberador de ACTH) → Secundária – defeito na hipófise → Primária – defeito na glândula (Doença de Addison) o Auto-imune (80%), tuberculose ou invasão por câncer o Destruição bilateral do córtex nesses casos, se não a outra glândula compensa SINAIS E SINTOMAS → Fraqueza, cansaço, fadiga → Anorexia → Náusea e Vômito → Constipação ou Diarreia → Avidez por sal → Dor abdominal → Hipotensão, choque → Perda ponderal → Hiperpigmentação* (na 2ª e 3ª não) (Acantose nigricans) → Vitiligo (não é sinal específico – autoimune) → Calcificação auricular → Hiponatremia, Hipercalemia, Eosinofilia e Hipoglicemia → Aumento da suscetibilidade aos efeitos deletérios do estresse (Crise Addisoniana) – dar mais cortisol SÍNDROME DE CUSHING Conhecida como Hiperadrenalismo Classificação: → Exógeno – medicações (corticoesteróides) → Endógeno o ACTH-dependente Adenoma-hipofisário (hipersecretor de ACTH) – secundário (Doença de Cushing) Secreção ectópica de ACTH ou CRH – tumores o ACTH-independente Adenoma adrenal Carcinoma adrenal Hiperplasia adrenal SINAIS E SINTOMAS FÁCIE CUSHINGOIDE – Típica da doença → Lua cheia, rosto arredondado → Pletora facial e pele brilhosa → Hirsutismo, acne → Calvície feminina 17 Natasha Ferreira ATM 25 → Redução da libido, puberdade precoce → Obesidade (centrípeta)/ganho ponderal → Alterações menstruais → Hipertensão → Equimoses → Letargia, depressão → Depósito dorso-cervical de gordura → Tolerância diminuída à glicose/ DM → Estrias violáceas, edema, hiperpigmentação → Fraqueza muscular proximal → Osteopenia, fratura → Cefaleia, lombalgia → Infecções recorrentes → Dor abdominal HIPERALDOSTERONISMO Classificação: → Primário - produção aumentada de aldosterona pela glândula (pode ser também por tumor – Síndrome de Conn). o Natriurese. O paciente persiste com hipertensão. → Secundário – consequência de outra doença SINTOMAS → Hipertensão Arterial → Hipocalcemia e Hipocalemia → Fraqueza muscular → Fadiga → Alcalose leve (aumento da excreção de H) → Incapacidade de concentrar a urina (Poliúria e polidpsia) Sinais de Hipocalcemia Dormência perioral, parestesias em mãos e pés, câimbras musculares) ou severos (espasmo carpopedal, laringoespasmo e convulsões focais ou generalizadas), irritabilidade, ansiedade e depressão. Achados clássicos do exame físico de pacientes com irritabilidade neuromuscular por tetania latente são: Chvostek - torção involuntária dos músculos faciais desencadeada por discreto toque sobre o nervo facial, anteriormente ao meato auditivo externo Trousseau - precipitação do espasmo carpal pela redução do suprimento sanguíneo para as mãos, por meio de um torniquete, ou por inflar- se o manguito da pressão arterial20 mmHg acima da pressão sistólica 18 Natasha Ferreira ATM 25 FEOCROMOCITOMA Tumor produtor de catecolamina Localizado na suprarrenal (na maioria das vezes). Pode estar em outros tecidos derivados da crista neural também. Tríade clássica: → Cefaleia → Sudorese → Palpitação Sintoma mais comum: → Hipertensão Regra dos 10%: → São extra-adrenais (paragangliomas) → Criança → Maligno → Bilateral → Consequente de síndromes hereditárias HIPÓFISE Localizada no crânio, abaixo da sela túrcica e comunica-se diretamente com o hipotálamo. Dividida em: → Hipófise anterior – Adeno-hipófise o GH o ACTH o LH e FSH o PRL → Hipófise posterior – Neuro-hipófise (armazenamento) o ADH o Oxitocina SISTEMA PORTAL HIPOTALÂMICO – HIPOFISÁRIO Geralmente, os hormônios hipotalâmicos têm um efeito excitatório sobre os hormônios hipofisários → Exceto no caso da prolactina - dopamina inibe a liberação de prolactina É por isso que em caso de uma patologia que acaba seccionando o hipotálamo ou comprimindo o pedúnculo hipofisário (infundíbulo), há hipossecreção de todos os hormônios hipofisários, com exceção da prolactina, que fica com a secreção aumentada (ausência de inibição por dopamina). 19 Natasha Ferreira ATM 25 SOMATOTROPINA (GH) Não tem efeito sobre uma glândula específica, mas sim sobre todas as células do organismo que têm a capacidade de crescer → promove tanto o aumento do número de mitoses quanto do volume celular Efeitos metabólicos: → Aumento síntese proteica → Redução do catabolismo proteico → Aumento da mobilização e uso de ác. graxos para energia → Redução do uso de glicose pelo organismo O GH tem efeitos diabetogênicos justamente pela associação dos 2 fatores acima causarem aumento da resistência à insulina → É um hormônio contrarregulador (tem efeitos opostos aos da insulina) GHRH é o hormônio hipotalâmico que tem efeito estimulatório sobre a secreção de GH Somatostatina → produzida no pâncreas, com efeito inibitório sobre a secreção de GH EXCESSO: → Antes do fechamento das epífises – Gigantismo (crescimento em estatura) → Após o fechamento das epífises – Acromegalia (crescimento em espessura dos ossos) → Hiperglicemia + resistência à insulina – 10% DM franca DEFICIÊNCIA: → Infância – Nanismo o 2/3 desenvolvem pan- hipopituitarismo (deficiência de outros hormônios hipofisários) o 1/3 deficiência apenas de GH → Adulto – Pan-hipopituitarismo o Deficiência de todos os hormônios hipofisários. o Hipotireoidismo (sem TSH) o Diminuição da produção de glicocorticoides (sem ACTH → insuficiência adrenal central) o Secreção suprimida dos hormônios gonadotrópicos o Secreção suprimida de GH → envelhecimento precoce PROLACTINA (PRL) Único dos hormônios hipofisários de controle predominantemente inibitório (dopamina) O TRH tem efeito estimulador à secreção de PRL → Em casos patológicos, o eixo de feedback está ativado em casos de hipotireoidismo primário → T3 e T4 baixos e TSH e TRH elevados (ausência de feedback negativo) → hiperprolactinemia PRL inibe a função reprodutiva por suprimir o GnRH hipotalâmico e as gonadotropinas hipofisárias → Seu efeito é induzir e manter a lactação por → gerando ginecomastia e lactorreia → assim, a inibição das funções sexuais serve para preservar a amamentação (sem ter outro filho) 20 Natasha Ferreira ATM 25 Sono é um potente estimulador da produção desse hormônio. Seu maior pico é na fase REM do sono. Aumento transitório na liberação também ocorre no exercício físico, relações sexuais, cirurgias e situações de estresse. HIPERPROLACTINEMIA Causas: → Hipersecreção hipofisária - tumores na hipófise (ex: prolactinomas) → Acromegalia - células secretoras de PRL têm origem comum com as células secretoras de GH → Distúrbios sistêmicos - hipotireoidismo (TRH tem efeito estimulador à secreção de PRL) → Insuficiência renal crônica - depuração da PRL fica reduzida e ela acaba circulando em excesso na circulação Sinais e sintomas → Amenorreia primária ou secundária → Galactorreia - secreção láctea inapropriada o Mais comum em mulheres (ocorre 6 meses após o parto ou término da amamentação) o Geralmente bilateral e espontânea o Secreção transparente, leitosa e serossanguínea (no caso se secreção serossanguínea, é necessário fazer diagnóstico dife- rencial em relação ao câncer de mama) → Redução da densidade mineral óssea (hipoestrogenismo) → Infertilidade → Redução da libido, impotência sexual → Perda visual (hemianopsia bitemporal), cefaleia (não é pelo excesso de PRL, mas por sintomas compressivos – macroadenomas) SÍNDROME DE SHEEHAN (Hipopituitarismo pós- parto) Rara mas potencialmente fatal Após o parto e durante a amamentação a hipófise é muito estimulada, aumentando de volume (precisará de mais sangue que o normal) → Se durante o parto ocorre sangramento volumoso, pode ocorrer isquemia da gl hipófise Essa síndrome pode ter apresentação variada (deficiência de um ou mais hormônios hipofisários) e se manifestar imediatamente ou até anos após o parto Sintomas → Falha da lactação → Oligomenorreia/amenorreia → Hipotensão refratária ao controle da hemorragia e reposição volêmica o Avaliação imediata para insuficiência adrenal o Mesmo depois de controlar o sangramento e repor o volume normal de sangue continuar com a pressão baixa – avaliar a insf. Adrenal (↧ de aldosterona, por ↧ de ACTH) VASOPRESSINA (ADH) Produzido pelo hipotálamo, armazenado e secretado pela hipófise posterior Age nos receptores das células parietais dos ductos coletores dos rins, estimulando a exposição e a abertura das aquaporinas → estimulando a reabsorção de água (uma vez que a medula é hipertônica) → Aumento da permeabilidade à água e diminuição da excreção nos rins Efeito vasoconstritor depende de um aumento maior dos níveis de ADH → no miocárdio, existem receptores que são ativados por distensão. Quando a câmara cardíaca se enche de sangue os 21 Natasha Ferreira ATM 25 receptores mandam sinais ao hipotálamo → inibindo a secreção de ADH (por hipervolemia). Já quando não ocorre a inibição do ADH, temos a vasoconstrição. Mecanismos de controle da secreção de ACTH: → Osmolaridade (osmorreceptores próximos ao hipotálamo) → Hipovolemia (perda do mecanismo inibitório gerado por distensão do miocárdio) DIABETES INSIPIDUS Gerada pela deficiência de ADH → Produção de volumes anormalmente grandes de diurese diluída → Poliúria (> 50 mL/Kg/dia) → Baixa osmolaridade (< 300 mOsm/L) → Aumento da frequência urinária (≠polaciúria) → Enurese (perda involuntária de urina) especialmente noturna – nictúria o noctúria – urinar à noite o nictúria – número de micções é maior à noite que de dia → Comprometimento do sono - cansaço → Sinais de desidratação são incomuns (atentar para crianças e idosos) SIADH – SECREÇÃO EXESSIVA Baixo volume urinário, porém muito concentrado Se não for acompanhada de redução proporcional da ingestão de líquidos → hiponatremia euvolêmica (sódio baixo e volume normal) Retenção excessiva de água → distensão das câmaras atriais → liberação de ANP (peptídeo natriurético atrial) → natriurese pressórica (tenta- tiva de reduzir a volemia) Instalação de hiponatremia: → Súbita – paciente com sintomas marcados, de intoxicação por água (edema cerebral, hipertensão intracraniana – cefaleia, náusea, vômito, confusão mental, anorexia, coma e convulsões -) → Crônica – paciente assintomático Causas: → Traumatismo cranioencefálico → Infecções repetidas → Tuberculose → Medicamentos (ex: antidepressivos)
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