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Farmacologia Respiratória - P1 - Aula 06 e 07 - Rossi Bastos

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P1- Farmacologia Médica I 
1 Raissa Fidelis - XLVI 
DROGAS UTILIZADAS EM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
1. Drogas broncodilatadoras 
Betamiméticos: 
 ação curta: terbutalino, salbutamol. 
 ação longa: salmeterol, formoterol (*). 
 só via oral: bambuterol. 
Anticolinérgicos: ipratropio, tiotrópio. 
Metilxantinas: teofilina, aminofilina. 
Acebrofilina, bamfilina.. 
(*) possui também rápido início de ação. 
 
2. Expectorantes e mucolíticos: iodetos, guaiacolato de 
glicerila, bromexina e ambroxol, n-acetilcisteína, ipeca. 
Xarope ou suspensão. 
Efeitos inerentes ao processo de atuação em alguns 
receptores tipo hormonais, como por exemplo, a 
bromexina. 
Fazem com que o muco se torne um pouco mais fluido e 
possa ser eliminado mais facilmente do organismo. 
N-acetilcisteina: hoje é o mucolíitico usado como 
medicação antioxidante, a qual é capaz de fazer a lise do 
muco. Sendo utilizada em viroses e outras gripes de um 
modo geral. 
 
3. Antitussígenos: codeína, dextrometafano, 
levodropropizina, levopropoxifeno. 
Origem periférica: não atingem o SNC, utilizados de 
maneira mais corriqueira. 
Ação central: são cada vez menos utilizados pelos seus 
efeitos no SNC. 
Indicações mais precisas: tosse que não sabe origem, ou 
que sabe a origem, mas esta não é tratável. 
Pacientes com câncer de pulmão e traqueia: usa-se 
antitussígenos. 
 
4. Antileucotrienos: montelucast e zafirlucast. 
 
5. Cromonas: cromoglicato e nedocromil. 
 
6. Cetotifeno. 
 
7. Corticoides sistêmicos e tópicos (inalatórios). 
 
8. Outras: antimicrobianos, imunossupressores, nitritos, 
inibidores das fosfodiesterases (sildenafil), omazilumab, 
etc. 
 
 
Na fisiologia normal, esse balanço entre adrenérgico e colinérgico 
nos mediadores inflamatórios estão em constante equilíbrio. 
Só que quando se tem um processo inflamatório, tem-se um 
desequilíbrio desse processo. E o processo inflamatório vai gerar 
uma repercussão muito importante no limiar de excitabilidade. 
Toda placa motora tem um limiar para que o músculo contraia, 
dependendo do processo inflamatório, serão liberados 
mediadores que vão diminuir esse limiar de excitabilidade daquele 
músculo, fazendo constrição e espasmo. 
ASMA BRÔNQUICA 
Doença alérgica. 
Muito prevalente. 
Controle da ASMA na América Latina: 
Brasil (N=400) – indivíduos asmáticos. 
P1- Farmacologia Médica I 
2 Raissa Fidelis - XLVI 
• 27% sintomas diurnos na maioria dos dias. 
• 24% sintomas noturnos na maioria dos dias. 
• 46% exacerbação no último ano – crise no ultimo ano. 
• 67% medicamentos de controle não são necessários 
quando assintomáticos. 
• 9% asma controlada (GINA – diretriz que orienta os 
medicamentos a serem usados para asma). 
• 57% asma parcialmente controlada (GINA). 
• 34% asma não controlada (GINA). 
Síndrome caracterizada por: 
Obstrução “reversível” recorrente das vias aéreas (VA) em 
resposta a estímulos – chiado com muita frequência, 
broncoespasmo. 
Inflamação – gera os mediadores de inflamação que regulam o 
limiar. 
Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores – brônquio se 
torna hiper-reativo, determinado pelo processo inflamatório. 
Na maioria das vezes com relação familiar, mas não se 
esquecendo da carga de exposição individual – principalmente aos 
aeroalérgenos domiciliares. 
Os broncodilatadores causam alterações cardíacas porque 
eles são B2 agonistas não seletivos. 
Coração sobrecarrega e fica mais ativo, aumentando-o de 
tamanho – cardiomegalia. 
Fármacos usados na ASMA: 
1. Broncodilatadores: alguns não são utilizados no dia a 
dia. 
Agentes simpaticomiméticos; 
Antagonistas muscarínicos; 
Metilxantinas – não é mais recomendado. 
 
2. Anti-inflamatórios: 
Glicocorticoides. 
Inibidores dos receptores de neucotrienos. 
Cromolinas: cromoglicato e nedocromil. 
Fisiopatologia da ASMA: 
 
Nem toda asma é de origem alérgica. 
 
Citocinas corretas: 4,5,10 e 13. 
Citocinas produzidas pelos linfócitos Th2. 
Essas citocinas, hoje, são alvo de tratamento – dupilumab – 
antagonista do receptor de interleucina 4, bloqueando a sua ação. 
Sendo que a interleucina 4 faz com que a célula B produza menos 
IgE e consequentemente, terá menos alergia, porque a IgE é 
alergia. 
IL5 – faz com que o eosinófilo se multiplique e se torne ativo – 
mepolizumab as inibem. 
Progressão da inflamação nas vias aéreas: 
Inflamação aguda – precisa ser controlada (eosinófilos precisam 
ser controlados. 
Inflamação crônica – precisa ser controlada para não liberar 
mediadores químicos que remodelam as vias aéreas. 
Remodelamento das vias aéreas – altera toda a fisiologia do 
batimento ciliar, do brônquio, acumula mais secreção. 
Precisa controlar a inflamação!! 
Fisiopatologia celular na ASMA: 
 
P1- Farmacologia Médica I 
3 Raissa Fidelis - XLVI 
 
Tanto a não-alérgica, quanto a alérgica vão gerar lesão epitelial, 
modificação estrutural e da função pulmonar e remodelamento. 
 
Bronquite crônica tem mais de uma crise durante o ano – muita 
secreção. 
Enfisema – asma não tratada - paciente dependente de oxigênio. 
Características da Asma: 
 
Bronquite crônica tem muita secreção!! 
Diagnóstico clínico de ASMA em crianças pequenas: 
Diagnóstico: 
1. Clínico 
Tosse; 
Sibilância; 
Dispneia; 
Desconforto torácico; 
Sintomas episódicos e recidivantes; 
Respondem a terapia medicamentosa; 
Afastado outras patologias. 
 
2. Funcional 
Espirometria – padrão obstrutivo com PBD positiva: 
 VEF1(volume expiratório forçado do 
primeiro segundo) < 80%. 
 VEF1/CVF < 75%. 
Avalia a quantidade e velocidade do ar que entra e sai. 
• Quando a gente respira de maneira forçada, a maior 
parte do ar que sai do nosso pulmão, sai no primeiro 
segundo da expiração, depois o restante sai também, 
mas o maior volume sai no primeiro segundo. 
• Na asma o volume expiratório forçado sai também, no 
primeiro segundo, porque ela é uma doença obstrutiva. 
Os medicamentos melhoram esse VEF1. 
 
 
P1- Farmacologia Médica I 
4 Raissa Fidelis - XLVI 
Controle global da asma: 
 
Medida da função respiratória: 
 
Na crise de asma reduz drasticamente o volume de ar que sai do 
pulmão. 
Tratar com substância broncodilatadora, paciente se comporta 
como um paciente que não tem asma. 
Mediadores da Fase Inicial: 
 
Não pode deixar de pensar nas células inflamatórias da fase tardia 
dessa doença. 
Mediadores da Fase Tardia: 
 
Objetivos do tratamento: 
1. Prevenir a morte; 
2. Prevenir riscos a longo prazo; 
3. Diminuir sintomas; 
4. Melhorar a execução de tarefas habituais; 
5. Melhora a função respiratória; 
6. Diminuir os efeitos colaterais das drogas; 
7. Diminuir o uso de beta 2 de curta duração; 
8. Melhora da qualidade de vida. 
Asma brônquica: critérios de tratamento 
O tratamento inicial da asma pode ser estabelecido de acordo 
com critérios de gravidade; 
No entanto, a manutenção deve ser baseada fundamentalmente 
no estado de controle da doença. 
• Corticoide inalatório de uso contínuo, se o paciente 
não melhorar tem que fazer a manutenção 
aumentando a dose do medicamento. Se não 
mesmo assim não melhorar, faz-se uma 
associação de medicamentos. 
Por exemplo – bombinha + broncodilatador. 
 
• STEP UP – aumentar a dose ou associar outro. 
• STEP DOWN – diminuir a dose ou retirar o 
medicamento. 
 
 
Se o paciente tem uma doença leve (espirometria controlada, 
paciente faz as atividades diárias sem comprometimento), ele 
pode controlar o ambiente, usar beta-agonistas inalados, 
corticoides inalados. 
Paciente com doença moderada, merece uso de controle 
ambiental, beta-agonistas inalados e dose mais elevadas de 
corticosteroides inalados, junto a terapias adicionais. 
Paciente grave, merece controle ambiental, beta-agonistas 
inalados, corticoides em doses mais elevadasainda e terapia 
adicional. 
P1- Farmacologia Médica I 
5 Raissa Fidelis - XLVI 
Classificação da gravidade da asma – IV Diretriz Brasileira para o Manejo da Asma: 
 
• Pela classificação quanto à gravidade, o paciente preenche critérios de persistente grave (identificar e enfatizar os critérios 
individuais que classificam o paciente como asmático grave). 
 
 
Farmacologia dos agentes usados na ASMA: 
 
Broncodilatador – agonistas B2 adrenérgicos – ativa a 
adenilciclase – aumento do AMPc – desativa a cadeia da contração 
muscular – promove broncodilatação. 
Para eu broncodilatar posso só aumentar o AMPc – ativando a 
adenilciclase ou degradando a fosfodiesterase, são as XANTINAS. 
PROVA: 
QUAL O MECANISMO DE AÇÃO DAS XANTINAS? 
R.: ELAS INIBEM A FOSFODIESTERASE QUE É A ENZIMA QUE 
DEGRADA O AMPc. 
O AMPc AUMENTANDO NA PLACA MOTORA, VAI FAZER COM QUE 
OCORRA UM RELAXAMENTO DA MUSCULATURA. 
 
O receptor M3 na musculatura, quando estimulado por um 
agonista (mesma coisa se tivesse colocando uma acetilcolina 
nesse receptor), promove contração da musculatura lisa, 
promovendo broncoconstrição. 
Se eu quero dilatar o paciente, eu tenho que fazer um antagonista 
desse receptor. 
Agonista muscarínico – BRONCOCONSTRIÇÃO. 
Antagonista muscarínico – BRONCODILATAÇÃO. 
FICAR ATENTA NA FIGURA ACIMA!! 
 
 
 
Os antiinflamatórios (principalmente os glicocorticoides), inibem a 
fosfolipase A2, inibindo a aquisição do ácido aracdônico, o qual na 
cadeia inflamatória pode ser biodegradado por 2 enzimas – COX, 
que vai dar as prostaglandinas e 5-lipoxigenase, produzindo os 
leucotrienos. 
Os leucotrienos faz vasodilatação, aumento da permeabilidade e 
broncoconstrição. 
Os corticoides também atuam no tônus brônquico porque eles 
diminuem a quantidade de leucotrienos e prostaglandina. 
Se eu uso um anti-inflamatório não esteroidal eu vou inibir só a 
COX. 
No paciente asmático eu posso fazer com que esse ácido 
aracdônico se desvie para a via da 5-lipoxigenases, gerando 
leucotrieno e promovendo broncoconstrição. 
É importante perguntar para o paciente que iremos prescrever o 
anti-inflamatório se ele tem asma. 
Agonistas β-adrenérgicos: 
Dilata os brônquios por ação direta sobre os receptores β2-
adrenérgicos existentes no músculo liso. 
 
P1- Farmacologia Médica I 
6 Raissa Fidelis - XLVI 
 
β2 agonista – aumentam o AMPc que promove então 
broncodilatação. 
Teofilina – diminui a degradação do AMPc promovendo então 
broncodilatação. 
A adenosina parece ter efeito broncoconstrictor. 
β2-adrenérgicos: 
→ O β-receptor é acoplado à proteína G e sua ligação leva a 
subunidade da proteína G a estimular a adenilciclase e a produção 
de AMPc. Este ativa a proteína quinase A, que produz a maioria 
dos efeitos celulares do β-receptor. 
Os β2-agonistas são parcialmente seletivos para os receptores β2, 
concentrando o seu efeito sobre a musculatura brônquica e 
poupando o sistema cardiovascular de efeitos indesejáveis. 
Inibe a liberação de mediadores dos mastócitos e de TNFα, um 
mediador da inflamação pelos monócitos. 
Aumentar a depuração de muco através de ação sobre os cílios 
(aumento do batimento ciliar). 
ADM: inalação de aerossol, pó ou solução nebulizada, VO ou IV. 
Agentes de ação curta: 
Salbutamol (Aerolin); 
Terbutalina (Bricanyl); 
Fenoterol (Berotec). 
Por via inalatória, efeito máximo em 30’ – duração de 4-6 horas. 
Também disponíveis por VO, spray nasal e IV (salbutamol). 
Geralmente são utilizados “SOS” para controlar os sintomas. 
Maneiras de oferecer β2-agonistas por via inalatória: 
Nebulização: gotas do fármaco são adicionadas em soro 
fisiológico. 
MDI – metered dose inhaling (sray dosimetrado): jatos contendo 
doses fixas do fármaco que fica em suspensão em um recipiente 
(espaçadores). 
Aerosol de pó seco (DPI – dry poder inhaling) – turbohaler: droga 
na forma de pó. 
Agentes de ação mais prolongada: 
1. Salmeterol (serevent); Formoterol (Foradil): 
Adm por via inalatória; 
Duração de 12 horas; 
Uso regular (2x/dia) como tratamento adjuvante quando 
a asma não está controlada somente com 
glicocorticoides. 
 
2. Terbutalina de liração lenta (Bricanyl Duriles) e outros 
fármacos: 
Rimeterol (ação mais curta que salbutamol); 
Pibuterol; 
Reproterol; 
Bambuterol (pró-droga da terbutalina). 
Mecanismo de ação: 
 
Agonistas β-adrenérgicos: 
Os de curta duração atingem os receptores externos. 
Os de longa duração atingem os receptores internos (laterais) e 
externos – pelo seu caráter de lipossolubilidade. 
Os LABA são utilizados em associação aos CI em pacientes acima 
de quatro anos, quando estes forem insuficientes para promover 
o controle da asma. 
Epinefrina: 
α1 = α2. 
β2 > β1. 
O músculo liso brônquico contém receptores β2 que causam 
relaxamento de ação rápida. 
Os vasos sanguíneos possuem receptores α, sendo sua ação 
quando estimulados por agonistas a sua contração – importante 
nos quadros de aumento da permeabilidade capilar como na 
anafilaxia que também cursa com broncoespasmo. 
Isoproterenol 
Boncodilatador potente; 
Rápido inicio de ação; 
Muitos efeitos colaterais; 
Pouco utilizados. 
Benefícios dos agonistas β2 adrenérgicos na ASMA: 
 
P1- Farmacologia Médica I 
7 Raissa Fidelis - XLVI 
Farmacocinética: 
 
Vantagens dos agonistas β2 seletivos versus não-seletivos. 
Vantagens e desvantagens dos agonistas β2 seletivos de longa 
duração, mas de lento início de ação. 
Efeitos Adversos: 
Depende do fármaco (não-seletivo ou seletivo), da dose e da via 
de administração. 
Taquicardia - arritmias – β1 no coração. 
Hipertensão – pelo aumento da FC e da RVP (ação em α). 
Tremores – β2 no músculo esquelético. 
Efeitos SNC – agitação, ansiedade e insônia. 
Efeitos metabólicos – hiperglicemia, elevação dos níveis 
sanguíneos de ácidos graxos. 
Uso contínuo: dessensibilização dos receptores ou taquifilaxia. 
Betamiméticos: 
 
 
Antagonistas muscarínicos: 
 
A acetilcolina, de uma maneira geral, estimula receptores do tipo 
muscarínicos e esses receptores na via aérea estão localizados em 
2 locais importantes: glândulas mucosas (produzem a secreção do 
epitélio brônquico da via respiratória como um todo) e no 
musculo liso (o qual quando estimulado leva a contração dessa 
musculatura). 
Quando a gente fala de antagonistas muscarínicos, estamos 
falando de medicações que vão levar a uma diminuição da 
produção de secreção das glândulas mucosas da via aérea e 
também vão estar relacionados com a diminuição da contração da 
musculatura lisa brônquica. São 2 pontos muito importantes da 
fisiopatogenia dessas doenças. 
Eles atuam como broncodilatores e diminuidores da secreção 
brônquica. 
Ipatrópio: 
Relaxa a contrição brônquica provocada pela ação + simpática 
(particularmente na asma produzida por estímulos irritantes) e na 
asma alérgica – ELE CONTRABALANÇA A AÇÃO DOS RECEPTORES 
ADRENÉRGICOS. 
Não discrimina entre os subtipos de receptores MM → seu 
bloqueio M2 sobre os nervos colinérgicos ↑ a liberação de Ach e 
↓ a sua eficácia no antagonismo M3 no mm liso - produz 
broncodilatação por redução do tônus colinérgico. 
 
Antagonistas muscarínicos: 
Não exerce efeito sobre a fase tardia. 
ADM: inalação (aerossol) ou nebulização. 
Não é bem absorvido na circulação. 
Efeito máximo em 30’ – duração de 3-5horas. 
 
O ipratropio e tiotropio inalado pode provocar secura na boca e 
das vias aéreas superiores. 
Características: 
- Diferenças individuais: para a maioria dos asmáticos a eficácia 
broncodilatadora é menor que a dos agonistas β2, mas alguns 
pacientes apresentam eficácia broncodilatadora semelhante ao 
dos agonistas adrenérgicos. 
Indicações clínicas: 
P1- Farmacologia Médica I 
8 Raissa Fidelis - XLVI 
Como adjuvante dos agonistas β2-adrenérgicos e dos esteroides 
quando estes agentes não conseguem controlar a asma. 
DPOC – importante broncodilatador.Tratamento de escolha para broncoespasmo causado por uso de 
betabloqueador. 
✓ Os β2 agonistas quando usados em pacientes que estão 
betabloqueados podem acabar não fazendo o seu efeito 
adequado, porque o receptor está bloqueado, impedido 
de ser estimulado pelo β2 agonista. 
Efeitos adversos: 
Boca seca; Visão turva; Constipação; Retenção urinária; Tosse. 
Metilxantinas: 
São medicações que também ajudam na manutenção do tônus 
brônquico. 
Não se encontram mais enquadradas na diretriz do departamento 
de Asma, como medicamentos que são principais. 
 
Diferenças na intensidade dos efeitos da cafeína e teofilina: 
 
Metilxantinas de ocorrência natural, farmacologicamente ativas: 
1. Teofilina – componente do café e chá. 
2. Cafeína – componente do café e chá. 
3. Teobromina – componente do cacau. 
Usadas na medicina clínica: 
Teofilina (1,3 – dimetilxantina) – (Teolong). 
Teofilina – etileno – diamina (Aminofilina). 
Mecanismo de ação: 
Ainda não está bem estabelecido. 
Efeito relaxante sobre o mm liso tem sido atribuído à inibição da 
fosfodiesterase (PDE) com ↑ do AMPc. 
O aumento no AMP intracelular reduz não apenas a contração do 
mm liso, mas também a ativação das células inflamatórias e 
imunes. 
Outro MA proposto: antagonismo competitivo da adenosina nos 
receptores de membrana que promovem assim broncodilatação. 
Farmacocinética: 
VO – Preparações de liberação prolongada. 
IV – aminofilina. 
Bem absorvido pelo TGI. 
Metabolização hepática. 
t 1/2 plasmática: 8 h (variação individual). 
t ½ aumenta: hepatopatia, IC, infecções virais, drogas que ↓ 
enzimas P450* (ACO, eritromicina, cipro, bloqueador de canal 
Ca++, cimetidina, fluconazol). 
t ½ diminui: fumantes, etilistas inveterados, drogas que ↑ 
enzimas P450* (RMP, fenobarbital, carbamazepina). 
* Considerar esses fatores pela estreita faixa de segurança. 
Efeitos adversos: 
Sistema cardiovascular: 
 - Efeito inotrópico e cronotrópico (+) – Arritmias. 
 - Vasodilatação na maiorias dos leitos vasculares. 
 -Vasoconstricção vasos sanguíneos cerebral. 
TGI: náuseas, vômitos, anorexia, dor abdominal, diarreia. 
Renal: efeito diurético (↑filtração glomerular). 
Músculo esquelético: melhora a contratilidade e o estado de 
fadiga do diafragma em pacientes com DPOC. 
Uso clínico das metilxantinas: 
Como fármaco de segunda linha, pode ser associado aos 
glicocorticoides, em pacientes cuja asma não responde 
adequadamente aos agonistas β2-adrenérgicos. 
Alguns pediatras preferem a teofilina aos glicocorticoides 
inalatórios, devido ao potencial teórico do retardo do 
crescimento. 
Para reduzir os sintomas da DPOC. 
Efeitos adversos – Toxicidade: 
Caiu em desuso, porque quando o paciente usava esse 
medicamento que é intravenoso, a própria dose terapêutica já era 
um gatilho para o processo de toxicidade. 
 
Fatores que influenciam a Cp de teofilina: 
P1- Farmacologia Médica I 
9 Raissa Fidelis - XLVI 
 
CORTICOTERAPIA NA ASMA 
Introdução: 
A terapia anti-inflamatória é fundamental para o manejo da asma; 
Os corticosteroides inalatórios são drogas de primeira linha na 
terapia profilática da asma persistente em crianças. 
A corticoterapia na asma revela-se a principal terapia utilizada no 
tratamento de manutenção, profilático e anti-inflamatório, tanto 
em adultos como em crianças. 
Previne a remodelagem brônquica – deposição de colágeno e 
espessamento da membrana basal; 
Previne a obstrução irreversível das vias aéreas; 
Controla a inflamação. 
Corticosteroides: 
São usados diferentemente dos β2 agonistas como monoterapia 
na maior parte dos pacientes com ASMA. 
 
Mecanismo de Ação: 
 
O anti-inflamatório promove no organismo. Uma 
inibição da fosfoquina-A2 e da ciclo-oxigenasse, impedindo a 
produção de mediadores inflamatórios (prostaglandina), 
diminuem a produção de eosinófilos e a ativação dos macrófagos. 
Também pode ter um efeito imunossupressor, mas também 
aumenta a formação de receptores para agonistas adrenérgicos, 
melhorando ainda mais a performance no tratamento asmático. 
Benefícios dos corticosteroides na ASMA: 
(Regulam a expressão genética) 
1. Inibe a síntese e liberação de leucotrienos e PGs. 
2. Estabiliza as membranas dos mastócitos, linfócitos e 
eosinófilos. 
3. Reduz a produção de citosinas e a expressão de 
receptores para citosina. 
4. Aumenta a síntese de receptores β2 adrenérgicos. 
↓HIPER-REATIVIDADE BRÔNQUICA – potencializa o 
efeito doa agonistas β2-adrenérgicos. 
Usos clínicos dos corticosteroides: 
O uso clínico dos corticosteroides é como anti-inflamatórios, 
imunossupressores e reações alérgicas. 
Asma brônquica. 
• Reduz a severidade dos sintomas. 
• Reduz a hiper-reatividade brônquica. 
• Reduz a frequencia das exacerbações. 
• Melhora da função pulmonar e a qualidade de vida. 
• Potencializa o efeito dos agonistas β2-adrenérgicos. 
Via inalatória / Via Oral/ Endovenosa. 
Corticosteroides inalatórios: 
• Os corticoides variam de acordo com a potência, sendo 
que cada um tem a sua. 
Melhor relação custo/risco/benefício para o controle da asma 
persistente. 
Máxima potência tópica e mínima biodisponibilidade sistêmica. 
Diferenças de potência clínica: beclometasona (600) < budesonida 
(980) < fluticasona (1200). 
Doses escolhidas > baseadas na gravidade. 
Doses baixas/médias = 400mcg/dia. 
✓ Quando o corticoide vai agir no receptor, ele age de uma 
maneira que quanto mais ele é ligado nesse receptor, 
mais ele estimula esse receptor. 
E quanto maior a força de ligação com esse receptor, 
maior vai ser a capacidade de ele ficar ligado ali e menor 
vai ser a sua capacidade de se desprender e ir em outro 
local fazer o efeito colateral. 
Então, a tendencia maior no dia a dia é usar corticoides 
que são potentes e que tem uma afinidade pelo 
receptor muito boa. 
Segurança de o remédio se ligar → ter uma boa potência → 
dificuldade de se desligar e ligar em outro receptor para fazer o 
efeito colateral. 
Efeitos adversos: 
Depende: dose diária, frequência do uso e forma de 
administração. 
P1- Farmacologia Médica I 
10 Raissa Fidelis - XLVI 
 
Os corticoides inalatórios, assim como os corticoides de via 
parenteral (via sistêmica), também causam efeitos adversos, mas 
é raro acontecer no inalatório, sendo frequente no uso oral e no 
uso sistêmico. 
 
Inibidores da VIA dos LTS: 
 
Quando observamos o ácido araquidônico (está na membrana 
celular), ele é degradado pela lipoxigenase e pela ciclo-oxigenase. 
Pela ciclo-oxigenase ele dará os mediadores da dor 
(prostaglandinas) e evoluindo para uma inflamação. 
✓ Às vezes quando eu não quero utilizar doses elevadas de 
corticoides que bloqueiam a COX, eu tendo utilizar um 
outro medicamente para ajudar no mecanismo anti-
inflamatório. Desse modo, usa-se o montelucast, o qual 
é um exemplo de fármaco que é antagonista do 
leucotrieno (faz broncoconstrição, aumenta a produção 
do muco, aumenta a ativação do eosinófilo/basófilo e 
edema da mucosa). 
 
✓ Então, o anti leucotrieno, vai bloquear com que esse 
leucotrieno induza todo esse processo que também é 
muito frequente na ASMA. 
Só que tem crianças e adultos que são muito sensíveis a 
ele e respondem muito bem e tem a grande maioria que 
não responde muito bem, provavelmente porque ele 
tem o perfil de produção da enzima LTA4. 
Farmacocinética: 
 
Antileucotrienos: 
Indicações clínicas: 
Eles também são utilizados em nichos específicos do paciente 
asmático, ou seja, uma alternativa ao uso de corticoides para 
pacientes com asma leve a moderada. 
Tratamento profilático da asma leve a moderada. 
Melhora da função pulmonar. 
Reduz os sintomas das exacerbações. 
Fármacos alternativos aos corticosteroides inalatórios no controle 
da asma crônica leve a moderada. 
Indicados nas asmas moderadas a graves e como poupadores de 
corticoides ou também na asma induzidas por aspirina ou por 
exercícios. 
(nãoé indicado como broncodilatador durante as exacerbações). 
Efeitos Adversos: Fármacos seguros. 
Anormalidades da função hepática (zileutina e zafirlucast). 
• Usa-se o leucotrieno em pacientes que tem asma 
induzida por alguma atividade. 
Inibidores da 5-lipoxigenase: 
Impedem a produção dos LT espasmogênicos LTC4 e LTD4 e 
também, LTB4, uma quimiotaxia que recruta os leucócitos para a 
mucosa brônquica e a seguir os ativa. 
Zileutina: bloqueia o broncoespasmo induzido por Ags e pelo 
exercício e pode inibir a inflamação da fase tardia. 
Administração por VO. 
Novos inibidores da PDE de nucleotídeos cíclicos: 
Agentes que inibem especificamente as isoenzimas da PDE, que 
convertem AMPc em 5’AMPc. 
O aumento no AMP intracelular reduz não apenas a contração do 
músculo liso, mas também a ativação das células inflamatórias e 
imunes. 
Teofilina: inibidor não seletivo da PDE. 
Estudo: inibidores seletivos da PDE 4 (existem 6 subtipos). 
Cromoglicato de sódio e Nedocromil: 
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11 Raissa Fidelis - XLVI 
 
São medicamentos que estabilizam a membrana do mastócito 
(célula que tem muita histamina dentro). 
Quando faz o uso de cromoglicato ou nedocromil, esse 
medicamento diminui a entrada de cálcio nessa célula e com isso 
diminui a externalização com a degranulação das membranas de 
histamina do mastócito. 
Medicamento mais preventivo! 
No BR só tem para tratar rinite. 
Efeitos benéficos do cromoglicato e nedocromil na profilaxia da 
asma leve a moderada: 
“Estabilização” dos mastócitos da mucosa brônquica, impedindo a 
liberação de mediadores inflamatórios. 
Inibição da função dos leucócitos, neutrófilos e eosfinófilos. 
Inibição da infiltração das células inflamatórias na árvore 
brônquica. 
Inibe o tônus parassimpático → supressão da tosse. 
↓HIPER-REATIVIDADE BRÔNQUICA (< EFICÁCIA QUE 
GLICOCORT). 
Não tem efeito broncodilatador. 
Usos clínicos: 
Tratamento profilático da asma leve a moderada. 
• Profilaxia da asma induzida por exercícios, antígenos, 
aspirina, etc. 
• Eficazes em 60-70% das crianças e adolescentes com 
asma. 
• Não tem efeito broncodilatador. 
Efeitos adversos: 
Sabor desagradável (13%); ressecamento da garganta; tosse ou 
sibilos; broncoespasmo transitório; edema da laringe; cefaleia, 
dores articulares; náuseas-vômitos; congestão nasala; erupção 
cutânea e urticária. 
Recomendações para o tratamento farmacológico da ASMA de 
acordo com a gravidade: 
 
Qual é o STEP que meu paciente precisa subir quando não tem 
controle da doença! 
O GINA que estabelece as regras do manejo da asma no paciente, 
considera que existem STEP’s: 
• STEP 1 – paciente que tem asma muito leve, no qual 
quase não se encontra uma asma sintomática. 
Sintomas bem leves, quase que somente 1 vez por 
semana; não tem despertar noturno; não tem queixas 
muito frequentes. 
Devemos considerar em tratar só a crise ou pode usar 
um corticoide de baixa dose. 
• STEP 2 – paciente que evolui para sintomas semanais, 
pode ser que ele mereça usar todo dia um pouco de 
anti-inflamatório, já que a inflamação é mais importante 
na ASMA. 
Nessa tem a opção de usar um leucotrieno. 
• STEP 3 – paciente não está controlado, tem crises 
noturnas, não consegue fazer atividade física 
adequadamente; precisa de usar a medicação de resgate 
(β2 agonista) com uma certa frequência. 
Aqui, usa-se o mesmo corticoide inalado, mas associa 
um brondilatador de longa duração (ALABA). 
• STEP 4 – não adiantou o tratamento do step 3 e é 
necessário aumentar a dose do corticoide e continua 
mantendo o ALABA. 
• STEP 5 – não adiantou o tratamento do setp 4. 
Faz-se uma medicação como: anti-IgE/ corticoide oral ou 
mepolizumab. 
 
Hoje, temos outra conduta no paciente, tendo em vista que o 
tiotrópio deixa de ser uma medicação alternativa e passa a ser 
utilizada no STEP 5 como medicação de escolha. 
Hoje tem-se uma terapia tripla para tratar a ASMA: 
BRONCODILATADOR (de curta duração para a crise) + 
CORTICOIDE INALATÓRIO (uso contínuo, junto com um 
broncodilatador de longa duração) + ANTICOLINÉRGICO. 
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Como sabemos se o paciente tem que subir ou descer o degrau se 
ele estiver controlado? 
R. Ele faz isso de acordo com as perguntas da imagem abaixo. 
 
Paciente que tem todas as perguntas negativas, pode fazer STEP 
DOWN ao invés de fazer STEP UP. 
Diminuindo a dose do corticoide e caso ele esteja usando 
broncodilatador de longa duração, o mesmo é retirado. 
 
Tratamentos mais avançados: 
 
Geralmente são utilizados no STEP 5. 
 
 
 
Anticorpos monoclonais anti-IgE - omalizumab (anti-IgE mab): 
 
Indicação clínica: 
Tratamento da ASMA – reduz os ataques de asma por prevenir as 
reações alérgicas causadas por substâncias estranhas. 
 
Posologia: 150-375 mg (SC) a cada 2-4 semanas. 
 
Efeitos adversos: cefaleia, infecção viral, infecção do trato 
respiratório. 
Reações no sítio de injeção: dor, eritema, edema, 
prurido. 
Reações alérgicas sérias (raro). 
 
Tratamento: 
 
 
A única diferença é que no paciente DPOC usa-se mais o brometo 
de ipratrópio, pelo perfil colinérgico no DPOC ser maior do que no 
asmático. 
 
Principais fármacos para o tratamento da ASMA: 
 
 
Nomes comerciais de alguns antiasmáticos: 
 
 
 
Tratamentos farmacológicos de crianças < 5 anos: 
 
Os β2 de longa ação não deve ser utilizados em crianças abaixo de 
5 anos. 
 
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