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Princípios da Farmacologia - P1 - Farmacologia - Luciano Neves

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P1- Farmacologia I 
1 Raissa Fidelis - XLVI 
Farmacocinética ➝ estuda todo o movimento que o fármaco faz pelo organismo. Vemos também um pouco das vias de administração, 
absorção, distribuição, biotransformação e eliminação. 
Resumindo, estudamos a ação do corpo sobre a droga. 
• Fígado é o principal local de biotransformação (95%). 
Fígado biotransforma a droga (tomando a droga, ela pode 
estar na forma inativa – normalmente – por via oral ela será 
absorvida, na hora que ela for distribuída ela passa pelo 
fígado, onde será biotransformada, fazendo com que ela fique 
ativa. Ela estando ativa, volta para o sangue e faz algo no seu 
organismo. Ela vai ter que voltar no fígado novamente, para 
ser inativada e ser eliminada.) 
A parte da eliminação/excreção de uma droga também é a 
farmacocinética. 
Farmacodinâmica ➝ estuda o mecanismo geral de ação dos 
fármacos, em uma visão bem molecular/bioquímica. Envolve local 
de ação, mecanismo de ação e efeitos. Isso significa que 
estudaremos a ação da droga no organismo. 
• Droga está sendo distribuída – farmacocinética – dai ela 
encontra algum local para atuar. 
ATENOLOL – tomado por via oral, será absorvido, cairá 
na corrente sanguínea e será distribuído, encontrando o 
seu local de ação. Nesse caso, o atenolol vai agir nos 
receptores β1 – adrenalina e noradrenalina – que estão 
no coração. 
A adrenalina e a nora quando interagem com β1, ativa a 
proteína G, ativa a adenilil-ciclase, para formar o 
AMPcíclico, fazendo com que o coração aumente a 
frequência cardíaca – taquicardia. 
Atenolol vai no coração e bloqueia a adrenalina – 
bloqueia β1 – causando bradicardia. 
Se o atenolol diminuiu o batimento cardíaco – diminui o 
débito cardíaco – diminui a pressão arterial. 
• Amitripitilina – aumenta os neurotransmissores do 
humor (aumenta serotonina e noradrenalina) – bloqueia 
o receptor muscarínico (da acetilcolina) – bloqueia o 
M3, fazendo com que produza menos saliva, tenha 
constipação intestinal, etc. 
Xerostomia – boca seca. 
Sialorreia – boca molhada. 
• Receptores Muscarínicos: esses receptores, além de 
ligarem a acetilcolina, também reconhecem a 
muscarina. Os receptores muscarínicos apresentam 
baixa afinidade pela nicotina. São diferenciadas 
subclasses de receptores muscarínicos: M1, M2, M3, M4 
e M5. 
Esses receptores são encontrados em gânglios do 
sistema nervoso periférico e nos órgãos efetores 
autonômicos, como coração, músculos lisos, cérebro e 
glândulas exócrinas. 
M1 – Neurônios; Células parietais gástricas. 
M2 – Células cardíacas; Neurônios; Músculo liso. 
M3 – Bexiga; Glândulas exócrinas; Músculo liso. 
M4 – Neurônios. 
M5 – Neurônios. 
• Simpático – adrenérgico (agonistas e antagonistas 
adrenérgicos). 
Parassimpático – colinérgico (agonistas e antagonistas 
colinérgicos). 
• Síndrome serotoninérgica – 5HT (1,2,3,4,5) – se 
aumentar muito a serotonina, o paciente vai parar na 
UTI. 
É o estudo dos fármacos. 
A farmacologia é uma ciência que estuda a interação entre uma 
substância química e um organismo vivo ou sistema biológico, 
resultando em um efeito maléfico ou benéfico. 
Fármacos: substâncias que produzem efeitos benéficos no 
organismo, diferente da ação dos alimentos. 
• DIGOXINA – inibe a bomba de sódio e potássio ATPase, 
porque ela bloqueando no coração, acumula sódio 
dentro da célula cardíaca, o qual vai ser trocado por 
cálcio – aumentando o cálcio, aumentando a contração 
muscular cardíaca – paciente que tem insuficiência 
cardíaca sistólica. 
O índice é estreito, porque pode dar uma intoxicação 
digitálica. 
Medicamento: toda substância capaz de curar, prevenir ou 
diagnosticas uma enfermidade. 
Droga: substância capaz de alterar uma função fisiológica. 
Droga: qualquer substância química que em contato com o 
organismo vivo altera o seu funcionamento. Exceto o alimento. 
Dentro da classificação de drogas possuímos subclassificações e as 
drogas de abuso, que são as de cunho social pejorativo, como a 
cocaína, crack, LSD, êxtase, doce, entre outras. Mas saibam que 
nem toda droga é uma droga de abuso. 
Remédio: substância ou medida utilizada para curar uma 
determinada enfermidade. 
Tóxico (veneno): substância química que ingerida ou aplicada 
externamente, e que sendo absorvida, determina a morte do 
indivíduo, ou coloca sua vida em risco. 
Posologia: estuda as dosagens dos medicamentos e a frequência 
com que estes devem ser administrados. 
Índice terapêutico: é a relação entre a dose letal (ou tóxica) e a 
dose efetiva do fármaco. 
Dose letal: dose capaz de matar 50% de uma população. 
Dose efetiva: dose capaz de produzir o efeito farmacológico. 
Nível plasmático efetivo: é a quantidade mínima de droga capaz 
de provocar resposta farmacológica. 
concentração máxima tolerada: é a quantidade máxima de droga 
P1- Farmacologia I 
2 Raissa Fidelis - XLVI 
tolerada pelo organismo. Se essa concentração for ultrapassada, 
provoca efeito tóxico. 
FARMACOGNOSIA: ramo da farmacologia que estuda a origem 
dos fármacos. 
- origem – natural, sintética, semi-sintética. 
CRONOFARMACOLOGIA: estuda o horário em que o remédio deve 
ser administrado. 
FARMACOTÉCNICA: estuda a preparação de fármacos. 
FARMACOCINÉTICA: estuda o movimento dos fármacos no 
organismo. 
FARMACODINÂMICA: estuda a ação do fármaco e o mecanismo 
desta ação no organismo. 
TOXICOLOGIA: é o ramo que estuda os efeitos colaterais dos 
fármacos. 
FARMACOGENÉTICA: estuda a ação dos fármacos sobre os gens. 
IMUNOFARMACOLOGIA: estuda a ação dos fármacos sobre o 
sistema imune. 
FARMACOEPIDEMIOLOGIA: estuda o comportamento dos 
fármacos em uma comunidade. 
FARMACOTERAPIA: estuda a aplicação dos fármacos nas doenças 
(farmacologia clínica). 
 
Maneira como as drogas se apresentam para uso. De acordo com 
a forma farmacêutica, tem-se a via de administração. 
Forma sólida: 
Pó (liofilizado/granular); 
Comprimidos; 
Drágeas; 
Pastilhas; 
Supositórios; 
Cápsulas; 
Pílulas. 
Forma Líquida: 
Soluções aquosas (PA + H2O) (xarope); 
Emulsões (H2O + óleo); 
Elixir (hidroalcóolicas); 
Suspensões (H2O + sólido); 
Injeções; 
Líquidos voláteis (éter, halotano); 
Enemas; 
Colírios; 
Loção. 
 
Via enteral: medicação que entra em contato com o trato 
gastrointestinal (via oral, sublingual, via retal, 
dentista – clorexidina – diminuir a microbiota da boca – 
embochecha – via bucal). 
Vias parenterais: não entram em contato com o TGI (vias 
parenterais diretas e indiretas). 
• Parenteral direta: medicação que vai usar agulha (via 
intravenosa, via intramuscular, via subcutânea, via intra-
articular). 
Parenteral indireta: não usa agulha e não entram em 
contato com o TGI (via nasal, anticoncepcional na 
vagina, colírio, pomada) 
• Uso interno: significa ingestão de drogas. 
Uso externo: administração sem ingestão – via 
parenteral (IM, IV, SC, SL, conjuntival). 
Via enteral: quando o fármaco entra em contato com qualquer 
parte do trato digestivo (SL, oral, bucal e retal). 
Via parenteral: não utilizam o tubo digestivo (injeção, cutânea, 
respiratória, conjuntival, etc). 
• Tanto a enteral quanto a parenteral, têm efeito local e 
sistêmico. 
✓ Diclofenaco de sódio – bloqueia a prostaglandina – cuida da 
dor, porque ela diminui o limiar da dor e você sente mais dor – 
pode usar via oral ou em forma de creme. 
Fenergam – pode ingerir ou passar na pele – bloqueia o 
receptor H1 – histamina não tem ação no cérebro – dá sono. 
Aldol e Fenergam – para pacientes agitados. 
 
P1- Farmacologia I 
3 Raissa Fidelis - XLVI 
Inalação → Pulmões → coração → circulação sistêmica. 
Via oral → estomago/intestino → circulação porta → circulação 
sistêmica. 
Metabolismo de primeira passagem → passa pelo fígado primeiro 
para depois cair na circulação sistêmica. 
Via retal → 50% passa pelo fígado, 50% cai na circulação sistêmica. 
Via IM → músculo → circulação geral.Via IV → direta na circulação. (mais rápida que tem!!) 
Droga por via IV não cai na circulação sistêmica, por cair direto na 
veia, o efeito é na hora. 
• ZOLPIDEM – por via oral passa pelo fígado, o qual inativa 
a droga, ao invés de chegar 10mg, vai chegar 8mg. 
 
Oral, bucal, sublingual e retal 
VIA ORAL 
Via mais utilizada. 
ação local e sistêmica. 
Vantagens: comodidade, baixo custo, indolor, não necessita 
aparelhagem ou pessoal especializado. 
Desvantagens: sofrem ação de alimentos, suco gástrico, pH, 
enzimas, motilidade GI. 
Autoaplicação. Irritação mucosa digestiva. Não sabe quantidade 
absorvida. Uso em crianças. Comatosos. 
VIA SUBLINGUAL 
Cômoda. 
Pouco utilizada. 
para drogas que são inativadas pelo suco gástrico. 
Absoração rápida de pequenas doses (não passa pelo 
metabolismo do fígado). 
Comprimidos que devem ser dissolvidos pela saliva, sem ser 
engolidos. 
VIA RETAL 
Uso esporádico. 
Boa absorção, porém, errática, se motilidade intestinal 
aumentada. 
Líquidos: enemas, clister, lavagens. 
Sólido: supositórios. 
Para obtenção de efeitos locais. 
Pacientes com vômitos, inconscientes, não sabem deglutir 
(crianças pequenas). 
Irritação local. 
DIRETAS: IV, IM, SC, IA, intradérmica, intracardíaca, 
intraperitoneal, intrapleural, intratecal, peridural, intra-articular. 
VIA INTRAMUSCULAR: 
Pequenas quantidades/absorção rápida. 
Determinante: fluxo sanguíneo muscular. 
Aumentado com exercício. 
Reduzido no repouso. 
Praticamente cessa no choque, hipotensão, ICC. 
Fluxo: Deltoide > Coxa > Glúteo. 
Locais de aplicação: quadrante superior externo do glúteo, 
deltoide e porção externa da coxa. 
Desvantagens e Riscos: 
Acidente com lesão de nervo ou compressão de nervo pela 
solução – dor e parestesias; 
Injeção acidental em vaso – intoxicação até morte. 
Lesões musculares por soluções irritantes. 
Substâncias mal absorvidas (abcessos estéreis). 
Técnica asséptica rigorosa. 
Pessoal técnico especializado. 
Dolorosa e incômoda. 
VIA INTRAVENOSA: 
Via de urgência/emergência/casos graves. 
Podem ser utilizadas substâncias irritantes. 
Biodisponibilidade 100%. 
 
Vantagens: efeitos rápidos/ níveis séricos elevados. 
Desvantagens: técnica rigorosa/ pessoal especializado/ menor 
segurança/ incômodo/ doloroso/ custoelevado/ efeitos locais: 
flebite, infecção, trombose. 
 
P1- Farmacologia I 
4 Raissa Fidelis - XLVI

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