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P1- Semiologia Médica I 1 Raissa Fidelis - XLVI Inspeção. Palpação. Percussão. Ausculta. Digitopressão, realizada com a polpa do polegar ou do indicador. Consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos: pesquisar a existência de dor, avaliar a circulação cutânea, detectar se há edema (Figura 7.9). Puntipressão, que consiste em comprimir com um objeto pontiagudo um ponto do corpo. É usada para avaliar a sensibilidade dolorosa e para analisar telangiectasias tipo aranha vascular (Figura 7.10). Vitropressão, realizada com o auxílio de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele, analisando-se a área através da própria lâmina. Sua principal aplicação é na distinção entre eritema e púrpura (no caso de eritema, a vitropressão provoca o apagamento da vermelhidão e, no de púrpura, permanece a mancha) (Figura 7.11). Fricção com algodão, em que, com uma mecha de algodão, roça-se levemente um segmento cutâneo, procurando ver como o paciente o sente (Figura 7.12). É utilizada para avaliar sensibilidade cutânea. Pesquisa de flutuação, em que se aplica o dedo indicador da mão esquerda sobre um lado da tumefação, enquanto o da outra mão, colocado no lado oposto, exerce sucessivas compressões perpendicularmente à superfície cutânea. Havendo líquido, a pressão determina um leve rechaço do dedo da mão esquerda, ao que se denomina flutuação. Outro tipo de palpação bimanual combinada é a que se faz, por exemplo, no exame das glândulas salivares (Figura 7.13), quando o dedo indicador da mão direita é introduzido na boca, enquanto as polpas digitais dos outros dedos –exceto o polegar – da outra mão fazem a palpação externa na área de projeção da glândula; outro exemplo de palpação bimanual é o toque ginecológico combinado com a palpação da região suprapúbica. P1- Semiologia Médica I 2 Raissa Fidelis - XLVI Avaliar o turgor e a elasticidade da pele. Avalia o grau de hidratação do paciente. ↑ Avaliar a temperatura. Método para região mais sensível. Paciente febril ao toque. ↑ P1- Semiologia Médica I 3 Raissa Fidelis - XLVI Avaliar o edema. ↑ Sinal de cacife: “buraco” formado na pele pela digitopressão – paciente com edema. Avaliar a sensibilidade dolorosa (diabetes, telangiectasia – alteração na pele que parece uma aranha vascular-) ↑. O de vidro serve para avaliar eritema (ele some) se for purpura ela vai aparecer. ↑ P1- Semiologia Médica I 4 Raissa Fidelis - XLVI Golpear qualquer parte do corpo – vibrações que tem características próprias quanto a estrutura percutida. 1. Som maciço. É o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, no nível do fígado, do coração e do baço). 2. Som submaciço. Constitui uma variação do som maciço. A existência de ar em quantidade restrita lhe concede características peculiares. 3. Som timpânico. É o que se consegue percutindo sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível. 4. Som claro pulmonar. É o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Depende da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. A percussão direta é realizada golpeando-se diretamente, com as pontas dos dedos, a região alvo. Para tal, os dedos permanecem fletidos na tentativa de imitar a forma de martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho. O golpe deve ser seco e rápido, não se descuidando de levantar, sem retardo, a mão que percute. Essa técnica é utilizada na percussão do tórax do lactente e das regiões sinusais do adulto. A percussão digitodigital é executada golpeando-se com a borda ungueal do dedo médio ou do indicador de uma das mãos a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou do indicador da outra mão. Ao dedo que golpeia designa-se plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro. A mão que percute pode adotar uma das seguintes posições: • Todos os dedos, exceto o dedo médio, que procura imitar a forma de um martelo, ficam estendidos sem nenhum esforço. • O polegar e o indicador ficam semiestendidos, o mínimo e o anular são fletidos de tal modo que suas extremidades quase alcancem a palma da mão, enquanto o dedo médio procura adotar a forma de martelo. • A movimentação da mão se fará apenas com a do punho. O cotovelo permanece fixo, fletido em ângulo de 90° e com o braço em semiabdução P1- Semiologia Médica I 5 Raissa Fidelis - XLVI • Dor a punho percussão lombar: SINAL DE GIORDANO. Indica pielonefrite (ITU). P1- Semiologia Médica I 6 Raissa Fidelis - XLVI O exame físico deve ser realizado na posição sentada/decúbito/ortostática/andando. 1) Estado geral. 2) Hidratação. 3) Nível de consciência. 4) Fala, linguagem e orientação temporo-espacial. 5) Altura e outras medidas antropométricas. 6) Biotipo. 7) Peso. 8) Estado nutricional. 9) Desenvolvimento físico. 10) Fácies. 11) Altitude e marcha. 12) Mucosa. 13) Pele e fâneros. 14) Tecido celular SC/panículo adiposo. 15) Musculatura. 16) Movimentos involuntários ou hipercinesias. 17) LN 18) Veias superficiais. 19) Circulação colateral. 20) Edema. 21) Temperatura. P1- Semiologia Médica I 7 Raissa Fidelis - XLVI Estado geral bom. Estado geral regular. Estado geral ruim. Ex: Sr João e Sr Manoel tem a mesma doença, porém o Sr João anda e Sr Manoel só fica deitado – João tem um estado geral bom e Manoel um estado geral ruim. Vigil – paciente acordado e responde aos comandos gerais. Sonolento – acorda, mas precisa de estímulo sonoro ou tátil leve. Torporoso – acorda, mas precisa de estímulo sonoro ou tátil mais forte. Coma – não responde a nada. Ex: Sr João chega no OS e a abertura ocular é espontânea (4 pontos), tem a resposta verbal orientada (5 pontos) e obedece aos comandos (6 pontos). Sr João tem um Glasgow de 15 pontos. Porém as pupilas tem que ser analisadas → se uma delas não reagir, subtrai 1 ponto no total, caso nenhuma reaja tem que subtrair 2 pontos. Paciente com Glasgow menor do que 8 ele precisa garantir via aérea – intubação. Disfonia → alteração no timbre de voz. Dislalia → troca de letras. Disartria → dificuldade de fala. Disfasia → dificuldade de elaboração da fala – causa mais comum em paciente que sofreu AVC. Alteração abrupta de peso. Alteração da pele (turgor, elasticidade). Alterações das mucosas. Fontanelas (crianças). Alterações oculares (mucosas podem ficar mais secas). Estado Geral. Hidratado. Hipohidratado/Desidratado. Ex: Às vezes o paciente idoso pode não estar desidratado, mas há uma leve demora na volta normal da pele. P1- Semiologia Médica I 8 Raissa Fidelis - XLVI vem perdendo um pouco de importância clínica. No passado era importante pois ajudava na localização dos órgãos. Atualmente, perdeu o espaço para os exames complementares. 1) Normolíneo Equilíbrio entre membros e corpo. Harmonia entre musculatura e panículos adiposo. Ângulo infra-esternal (Charpy 90°). 2) Brevelíneo Membros curtos. Tórax alargado. Estatura baixa. Tecido adiposo desenvolvido. Ângulo infra-esternal (Charpy > 90°). 3) Longilíneo Tórax afilado e achatado. Membros longos. MM delgada. Ângulo infra-esternal (Charpy < 90°). Posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com objetivo de conseguir alívio de algum sintoma. VOLUNTÁRIA X INVOLUNTÁRIA 1. ATITUDES VOLUNTÁRIAS É aquela que o paciente adota por sua vontade. P1- Semiologia Médica I 9 Raissa Fidelis - XLVI 1.1 ATITUDE ORTOPNEICA Geralmente acontece com o paciente que tem insuficiência cardíaca gravíssima, porque ao deitar aumenta o retorno venoso. Ao aumentar o retorno venoso o coração doente não dá conta de bombear o sangue, acumula sangue no coração, na veiacava e no pulmão, fazendo com que o paciente fique com dispneia. 1.2 ATITUDE GENUPEITORAL (ou PRECE MAOMETANA) Ajoelhado com o tronco fletido apoiando a cabeça sobre o travesseiro – “prece maometana” → derrame pericárdico/cardiopatias congênitas. Posição que facilita o enchimento do coração. Exemplo: cardiopatia congênita e derrame pericárdico. Encontrar essa atitude hoje é mais difícil. 1.3 ATITUDE DE CÓCORAS Crianças com cardiopatia congênita. Traduz alívio da hipóxia. Aumenta o retorno venoso e a resistência vascular sistêmica arterial (RVS). 1.4 ATITUDE PARKISONIANA Semi-flexão da cabeça, tronco e MMII. Ao caminhar parece estar correndo através do seu próprio eixo de gravidade. P1- Semiologia Médica I 10 Raissa Fidelis - XLVI 1.5 ATITUDES EM DECÚBITO Decúbito dorsal. Decúbito ventral. Decúbito lateral direito. Decúbito lateral esquerdo. Paciente que assume o decúbito lateral propositalmente, devido a dor de origem pleurítica (inflamação da pleura – pleurite), alivia a dor. Decúbito prono – melhora a ventilação do parênquima pulmonar, mas também pode estar relacionada à cólica intestinal. 2. ATITUDES INVOLUNTÁRIAS Independem da vontade do paciente. 2.2 Atitude passiva. É aquela em que o paciente permanece no leito na posição na qual é colocado → pacientes sedados/comatosos. 2.3 Opistótono. Pés e cabeça apoiada sobre o leito com o tronco e membros curvados concavamente (ex: tétano e meningite). 2.4 Ortótono. Rigidez muscular do tronco e membros sem curvatura. 2.5 Emprostótono. Concavidade voltada para cima. 2.6 Pleurostótono. O corpo se curva lateralmente. 2.7 Posição em gatilho. (irritação meníngea) → mais comum em crianças → hiperextensão da cabeça e flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco. P1- Semiologia Médica I 11 Raissa Fidelis - XLVI TORCICOLO E MÃO PÊNDULA NA PARALISIA RADIAL importante!!! As que devem ser avaliadas sempre: Mucosa conjuntival, labiobucal, lingual e gengival. • Coloração. • Umidade. • Presença de lesões. Coloração: Normocoradas/Hipocoradas (anemia – diminuição dos glóbulos vermelhos)/Hipercoradas. Escala de cruzes (4+) – hipocorado + pouco branco, hipocorado ++ mais ou menos branco, etc. Presença de cianose/Icterícia. Icterícia – acúmulo de bilirrubina no sangue, geralmente quando ela está acima do valor de 2. Diagnosticar de maneira precoce: esclera e o frênulo da língua.
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