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Analise da função renal LMF6

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LMF VI Módulo - Perda de Sangue Hyana M. 
UNIME 2021.2 
 
 
Creatinina e ureia são 2 substâncias presentes na 
corrente sanguínea, que fazem a avaliação da função 
renal através do exame de sangue. 
!!!! Quando os rins do paciente começam a funcionar de 
forma inadequada e sua capacidade de filtrar o sangue 
fica afetada, as concentrações de ureia e creatinina no 
sangue tendem a aumentar --- quando mais alta for a 
creatinina sanguínea, mais grave é a insuficiência renal. 
creatinina: 
o que é creatinina? Os músculos precisam de energia 
para exercer suas funções, o “combustível” gera essa 
energia é uma proteína chamada creatina fosfato, 
sintetizadas a partir das proteínas de alimentação. 
 A creatina fosfato é produzida no fígado e depois 
armazenada nos músculos. 
 Estamos o tempo todo consumindo creatinina 
fosfato, pois a musculatura esta sempre em 
atividade. 
 E a creatina é como se fosse um “lixo metabólico” 
resultando desse consumo constante do musculo 
com a creatina fosfato. 
 Após a geração de creatinina, ela é lançada na 
corrente sanguínea, eliminada na urina através dos 
rins. 
resumo do ciclo: proteínas ingeridas na dieta → 
produção de creatina fosfato pelo fígado → consumo 
da creatina fosfato pelos músculos para geração de 
energia → produção de creatinina → eliminação da 
creatinina pelos rins. 
Por que a creatinina serve para avaliar a função 
dos rins? 
 Se o paciente mantem sua massa muscular mais ou 
manos estável, mas apresenta um aumento dos 
níveis de creatinina sanguínea --- é um forte sinal de 
que o processo de eliminação do corpo esta 
comprometido, ou seja, os rins estão com algum 
problema para excretar a creatinina. 
 Se os rins não estão conseguindo eliminar a 
creatinina produzida diariamente pelos músculos, 
eles provavelmente também estarão tendo 
problemas para eliminar diversas outras 
substâncias do nosso metabolismo, como ex: 
toxinas. 
Então um aumento da concentração de creatinina no 
sangue é um sinal de insuficiência renal. 
ureia: 
A ureia é outra substancia produzida pelo fígado, também 
resultado da metabolização de proteínas da alimentação. 
E assim como a creatinina, a ureia também é eliminada 
pelos rins. 
Elevações nos níveis sanguíneos de ureia são um sinal 
de mau funcionamento dos rins. 
Geralmente dosamos ambas as substâncias para 
avaliar a função dos rins, mas a creatinina é mais 
específica e confiável. – porque a ureia pode vim 
alterada em casos de desitratação, uso de 
diuréticos, sangramento digestivo, alimentação rica 
em proteínas, doença do fígado... 
 O método mais eficiente para se diagnosticar 
precocemente as doenças do rim é através da 
dosagem da creatinina. --- A dosagem da 
creatinina é importante para se detectar a 
insuficiência renal em fases precoces, evitando, 
assim, as complicações da doença. 
 
 Inúmeras doenças podem levar à doença renal 
crônica, mas seis delas correspondem a grande 
parte dos casos: Hipertensão, Diabetes, Doença 
policística renal, Glomerulonefrites, Infecção 
urinária de repetição, Cálculos renais de repetição. 
 
 Qualquer indivíduo sob risco de desenvolver 
doença renal deve dosar sua creatinina sanguínea. 
Isto inclui pessoas que apresentam: 
1. Hipertensão. 
2. Diabetes. 
3. Idade maior que 50 anos. 
4. História familiar de rins policísticos. 
5. História familiar de glomerulonefrite. 
6. História familiar de insuficiência renal crônica. 
7. Uso crônico de anti-inflamatórios. 
8. Infecção urinária frequente. 
9. Cálculos renais de repetição. 
10. Edemas (inchaços) sem causa definida. 
11. Anemia sem causa definida. 
12. Doenças cardíacas graves, 
principalmente insuficiência cardíaca. 
13. Alterações na urina, como sangramento (urina cor 
de Mate ou Coca-Cola) ou excesso de espuma, 
que é um sinal de proteinúria. 
14. Pessoas com emagrecimento, perda de apetite, 
náuseas matinais e fraqueza intensa sem causa 
aparente. 
https://www.mdsaude.com/hipertensao/hipertensao-arterial/
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/diabetes/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/doenca-policistica-renal/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/doenca-policistica-renal/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/glomerulonefrite/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/infeccao-urinaria-de-repeticao/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/infeccao-urinaria-de-repeticao/
https://www.mdsaude.com/urologia/calculo-renal/
https://www.mdsaude.com/reumatologia/anti-inflamatorios-aines/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/inchacos-edema/
https://www.mdsaude.com/hematologia/anemia/
https://www.mdsaude.com/cardiologia/insuficiencia-cardiaca/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/urina-espumosa/
Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. 
UNIME 2021.2 
15. Obesos. 
16. Fumantes. 
17. Crianças com problema de crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Valores normais: 
 Os níveis normais da creatinina variam entre 0,6 a 
1,3 mg/dl. --- Mas esses valores, porém, não são 
absolutos e devem ser interpretados pelo seu 
médico. 
Como a cretinina é produzida pelos músculos, pessoas 
musculosas apresentam taxas basais maiores. --- Por 
ex: um jovem esportista e musculoso pode apresentar 
até 1,4 mg/dl de creatinina sem ter doença renal, 
enquanto que uma senhora idosa e magra, com 1,2 
mg/dl, pode ter rins doentes. 
 Portanto, não se interpreta a creatinina como um 
valor absoluto. Deve-se levar em conta sexo, idade 
e peso do paciente. Em geral, porém, valores de 
creatinina acima de 1,5 ou 1,6 mg/dl são sinal de 
doença renal na imensa maioria dos casos. 
 
 Através do resultado da creatinina seu médico 
pode calcular a TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
(também chamada de clearance de creatinina), 
que é basicamente o volume de sangue filtrado 
pelo rim a cada minuto. 
 Rins normais filtram até 180 litros de sangue por 
dia (aproximadamente 120 ml/min). 
 Valores abaixo de 60 ml/min são indicativos de 
insuficiência renal crônica. 
Sumário de urina - exame de urina 
 
A análise da urina é um exame indolor, de simples coleta 
e resultado rápido. O exame sumário da urina pode nos 
fornecer pistas importantes sobre doenças, 
principalmente sobre problemas nos rins e nas vias 
urinárias. 
 A presença de sangue, piócitos (pus), proteínas, 
glicose, e diversas outras substancias na urina 
costuma ser uma dica importante para doenças que 
ainda não tem sinais e sintomas muito claros. 
 A urina também pode ser usada para pesquisar a 
presença de drogas no organismo, sejam elas 
lícitas ou ilícitas. 
!!!! O fato da urina ter uma aparência completamente 
normal não significa que ela não possa conter 
alterações. 
As três analises de urina mais comuns são; 
1. EAS (elementos anormais do sedimento) ou Urina 
tipo 1; 
2. URINA DE 24 HORAS; 
3. UROCULTURA 
Como fazer o exame EAS: 
EAS – Urina tipo 1: é um exame de urina mais simples, 
feito através da coleta de 40-50 ml de urina em um 
pequeno pote de plástico. 
Normalmente se usa a primeira urina da manha, 
desprezando o primeiro jato. Esse primeiro jato que é 
desprezado serve para eliminar as impurezas que 
possam estar na uretra (canal urinário que traz urina 
da bexiga). 
Após a eliminação do primeiro jato, pode encher o 
recipiente com o resto da urina. 
 A amostra de urina deve ser colhida idealmente 
no próprio laboratório, pois quanto mais fresca 
estiver, mais confiáveis são seus resultados. 
 Um intervalo maior de 2 horas entre a coleta e a 
avaliação pode invalidar o resultado, 
principalmente se a urina não estiver em 
refrigeração. 
 EAS é dividida em suas partes: 
1. É a reação química 
2. Visualização de gotas de urina pelo microscópico. 
 Nessa primeira parte vai mergulhar uma fita na 
urina, chamada de dipstick. Cada fita possui vários 
quadrinhos coloridos compostos por substancias 
químicas que reagem com determinadoselementos da urina. 
 Após 1 minuto, você vai comprar as cores dos 
quadrinhos com uma tabela de referencia que 
costuma vim na embalagem das próprias fitas do 
EAS. 
 
 
 
O raciocínio é simples: as duas 
substâncias (ureia e creatinina) são 
produzidas constantemente pelo 
organismo e são eliminadas pelos rins. 
Deste modo, a sua concentração 
mantém-se sempre estável. Se os rins 
passam a não funcionar bem, elas 
começam a acumular no sangue. 
Portanto, quanto pior for a função renal, 
mais elevados serão os valores de ureia 
e creatinina. 
https://www.mdsaude.com/obesidade/obesidade-e-sindrome-metabolica/
https://www.mdsaude.com/dependencia/cigarro/
Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. 
UNIME 2021.2 
Então, através dessas reações e com o complemento 
do exame microscópico, podemos detectar a presença 
e quantidade de: 
1. Densidade 
2. pH 
3. glicose 
4. proteínas 
5. hemácias (sangue) 
6. leucócitos 
7. cetonas 
8. urobilinogênio e bilirrubina 
9. nitritio 
10. cristais 
11. células epiteliais e cilindros. 
 
 Os resultados do dipstick (da fita) são qualitativos e 
NÃO quantitativos. – a fita identifica a presença 
dessas substancias, mas a quantificação é apenas 
aproximada. 
 O resultado normalmente é através de cruzes de 1 a 
4. -- Por ex: uma urina com “proteínas 4+” 
apresenta grande quantidade de proteínas; uma 
urina com “proteínas 1+” apresenta pequena 
quantidade de proteínas. -- quando a 
concentração é muito pequena, alguns 
laboratórios fornecem o resultado como “traços 
de proteínas”. 
Resultados do : 
DENSIDADE: 
A densidade vai indicar a concentração das substancias 
solidas diluídas na urina, como sais minerais. – quanto 
menos agua houver na urina, maior será sua densidade. 
 A densidade da água pura é igual a 1000. -- 
Quanto mais próximo deste valor, mais diluída 
está a urina. 
 Os valores normais variam de 1005 a 1035. 
 Urinas com densidade próximas de 1005 estão 
bem diluídas; 
 próximas de 1035 estão muito concentradas, 
indicando desidratação -- costumam ser muito 
amareladas e normalmente possuem odor forte. 
pH: 
A urina naturalmente já é acida, porque o rim é o 
principal meio de eliminação dos ácidos do organismo. 
Enquanto o pH do sangue costuma estar em torno de 7,4 
– o pH da urina costuma variar entre 5,5 e 6,5, ou seja, 
bem mais ácida. 
 Valores de pH maiores ou igual 7 podem indicar a 
presença de bactérias que alcalinizam a urina. 
 Ter tido vômitos horas antes do exame também 
pode ser uma causa de urina mais alcalina. 
 Outros fatores que podem deixar a urina mais 
alcalina são uma dieta pobre em proteína animal, 
dieta rica em frutas cítricas ou derivados de leite, e 
uso de medicamentos como acetazolamida, citrato 
de potássio ou bicarbonato de sódio. 
 
 Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no 
sangue ou doença nos túbulos renais. 
 Situações que aumentam a acidez da urina 
incluem episódios de diarreia ou uso de diurético 
como hidroclorotiazida ou clortalidona. 
GLICOSE: 
Toda glicose que é filtrada nos rins é reabsorvida de volta 
para o sangue pelos túbulos renais – então o normal é 
NÃO apresentar glicose na urina. 
 Quando os níveis de glicose no sangue estão acima 
de 180 mg/dl, geralmente há perda na urina. 
A presença de glicose na urina é um forte indício de 
que os níveis sanguíneos estão altos. É muito comum 
pessoas com diabetes mellitus apresentarem perda de 
glicose pela urina. – isso ocorre porque a quantidade 
de açúcar no sangue é tao alta, que parte dessa glicose 
acaba saindo pela urina. 
 Se o paciente tem glicose na urina e não tem 
diabetes, isso costuma ser um sinal de doença nos 
túbulos renais. --- então apesar de não haver 
excesso de glicose na urina, os rins não conseguem 
impedir a perda de glicose. 
PRESENÇA DE GLICOSE NA URINA INDICA EXCESSO DE 
GLICOSE NO SANGUE OU DOENÇA DOS RINS. 
PROTEINAS: 
A maioria das proteínas que circula no sangue é 
grande demais para ser filtrada pelos rins, por isso, 
em situações normais, NÃO costumamos identificar 
proteínas na urina. 
Na verdade, podem até existir pequenas quantidades 
de proteínas na urina, mas elas são tão poucas que 
não costumam ser detectadas pelo teste da fita. 
 Causas de quantidades pequenas de proteínas na 
urina: presença de febre, exercício físico horas 
antes da coleta de urina, desidratação ou estresse 
emocional, até causas mais graves, como infecção 
urinária, lúpus, doenças glomerulares e lesão 
renal pelo diabetes. 
 Grandes quantidades de proteínas na urina, quase 
sempre indicam a presença de uma doença renal -- 
especificamente dos glomérulos renais, que são as 
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/sintomas-lupus/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/glomerulonefrite/
Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. 
UNIME 2021.2 
estruturas microscópicas responsáveis pela 
filtração do sangue. 
 Quando a quantidade de proteínas perdidas na 
urina é muito alta, o paciente costuma ter uma 
urina muito espumosa e frequentemente 
apresenta inchaços pelo corpo, uma situação 
clínica chamada síndrome nefrótica. 
 
 Existem duas maneiras de se apresentar o 
resultado das proteínas na urina: em cruzes ou 
através de uma estimativa em mg/dL. 
1. Ausência de proteínas ( valor normal). 
2. Traços de proteínas. 
3. 1+ (30mg/dL) 
4. 2+ (100mg/dL) 
5. 3+ (300 mg/dl) 
6. 4+ ( > 1g/dL) 
A presença de proteínas na urina é chamada 
de PROTEINÚRIA e deve ser sempre investigada. O 
exame da urina de 24 horas é normalmente feito para 
se quantificar com exatidão a quantidade de proteínas 
que se está perdendo na urina. 
HEMÁCIAS NA URINA – SANGUE NA URINA: 
O normal é haver ausência de hemácias 
(hemoglobina). 
Como as hemácias são células, elas podem ser vistas 
com um microscópio. Deste modo, além do teste da 
fita, também podemos procurar por hemácias 
diretamente pelo exame microscópico, uma técnica 
chamada de sedimentoscopia. 
 Então valores NORMAIS pode ser: < 3 a 5 hemácias 
por campo ou menos que 10.000 células por mL. 
A hematúria (presença de sangue na urina) pode ocorrer 
por diversas doenças: infecção, pedras nos rins, doenças 
renais graves. 
 Uma vez detectada a hematúria, o próximo passo 
é avaliar a forma das hemácias em um exame 
chamado “pesquisa de dismorfismo eritrocitário”. 
 Hemácias dismórficas são hemácias com 
morfologia alterada, comum em algumas doenças 
como glomerulonefrite. 
LEUCÓCITOS OU PIÓCITOS: 
Os leucócitos, também chamados de piócitos, são os 
glóbulos brancos, nossas células de defesa. A 
presença de leucócitos na urina costuma indicar que 
há alguma inflamação nas vias urinárias. 
 Como também são células, os leucócitos podem 
ser contados na sedimentoscopia. 
 Valores normais estão abaixo dos 10.000 células 
por mL ou 5 células por campo. 
 Alguns dipsticks apresentam um quadradinho para 
detecção de leucócitos, normalmente o resultado 
vem descrito como “esterase leucocitária”. O 
NORMAL é estar negativo. 
CETONAS OU CORPOS CETÔNICOS: 
Normalmente a produção de cetonas é muito baixa e 
estas não estão presentes na urina. 
 Os corpos cetônicos são produzidos quando o 
corpo está com dificuldade em utilizar a glicose 
como fonte de energia. 
 As causas mais comuns são o diabetes, o jejum 
prolongado e dietas rigorosas. Outras situações 
menos comuns incluem febre, doença aguda, 
hipertireoidismo, gravidez e até aleitamento 
materno. 
 Alguns medicamentos como captopril, ácido 
valproico, vitamina C (ácido ascórbico) e levodopa 
podem causar falso positivos. 
UROBILINOGÊNIO E BILIRRUBINA: 
Normalmente ausentes na urina, 
 Podem indicar doença hepática (fígado) ou 
hemólise (destruição anormal das hemácias). 
 A bilirrubina só costuma aparecer na urina 
quando os seus níveis sanguíneos ultrapassam 1,5 
mg/dL. 
NITRITOS: 
A urina é rica em nitratos. A presença debactérias na 
urina transforma esses nitratos em nitritos. 
 Fita com nitrito positivo é um sinal indireto da 
presença de bactérias. 
 Nem todas as bactérias têm a capacidade de 
metabolizar o nitrato, por isso, exame de urina 
com nitrito negativo de forma alguma descarta 
infecção urinária. 
 Na verdade, o EAS apenas sugere infecção. A 
presença de hemácias, associado a leucócitos e 
nitritos positivos, fala muito a favor de infecção 
urinária, porém, o exame de certeza é a 
urocultura. 
 A pesquisa do nitrito é feita através da reação de 
Griess, que é o nome dado a reação do nitrito com 
um meio ácido. 
 Por isso, alguns laboratórios fornecem o resultado 
como Griess positivo ou Griess negativo, que é 
igual a nitrito positivo ou nitrito negativo. 
CÉLULAS EPITELIAIS E CILINDROS: 
https://www.mdsaude.com/nefrologia/sindrome-nefrotica/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/urina-espumosa/
Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. 
UNIME 2021.2 
A presença de células epiteliais na urina é normal. -- 
São as próprias células do trato urinário que 
descamam. 
 Elas só têm valor quando se agrupam em forma de 
cilindro, recebendo o nome de cilindros epiteliais. 
 Como os túbulos renais são cilíndricos, toda vez 
que temos alguma substância (proteínas, células, 
sangue…) em grande quantidade na urina, elas se 
agrupam em forma de um cilindro. 
A presença de cilindros indica que esta substância veio 
dos túbulos renais e não de outros pontos do trato 
urinário como a bexiga, ureter, próstata, etc. 
-- por exemplo, nos casos de sangramento, onde um 
cilindro hemático indica o glomérulo como origem, e 
não a bexiga, por exemplo. 
 Cilindros que podem indicar algum problema são: 
1. Cilindros hemáticos (sangue): Indicam 
glomerulonefrite. 
2. Cilindros leucocitários: Indicam inflamação dos 
rins. 
3. Cilindros epiteliais: indicam lesão dos túbulos. 
4. Cilindros gordurosos: indicam proteinúria. 
5. Cilindros hialinos não indicam doença, mas podem 
ser um sinal de desidratação. 
CRISTAIS: 
A presença de cristais não indica uma maior 
propensão à formação de cálculos renais. 
 Os cristais com relevância clínica são: 
1. Cristais de cistina – Indicam uma doença chamada 
cistinúria. 
2. Cristais de magnésio-amônio-fosfato (chamado de 
cristais de estruvita ou cristais de fosfato triplo) – 
podem ser normais, mas também podem estar 
presentes em casos de urina muito alcalina 
provocada por infecção urinária pelas 
bactérias Proteus ou Klebsiella. Pacientes com 
cálculo renal por pedras de estruvita costumam 
ter esses cristais na urina. 
3. Cristais de tirosina – Presentes em uma doença 
chamada tirosinemia. 
4. Cristais de bilirrubina – Costumam indicar doença 
do fígado. 
5. Cristais de colesterol – Costuma ser um sinal de 
perdas maciças de proteína na urina. 
sedimentoscopia: 
A microscopia do sedimento urinário é muito importante 
na avaliação do paciente. 
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA DE URINA: 
Na microscópia, uma mostra de urina é centrifugada 
para obter os sedimentos. 
Os sedimentos podem ser usados para examinar a 
presença de células epiteliais, hemácias, cilindros, cristais, 
bactérias e fundos. 
 Para preparar uma amostra de urina para anilise 
microcopica, uma amostra fresca de 10 a 15 ml de 
urina deve ser centrifugada a 1.500 a 2.000 rpm 
durante 10 min. Uma gota é colocada sobre lamina 
ou câmera de contagem para analise microscópica. 
Células epiteliais: 
É comum o achado de algumas células epiteliais. 
Pode ser três tipos: células escamosas, transacionais e 
dos túbulos renais. 
A maioria não tem significado clinico, só representa uma 
descamação de células do revestimento epitelial do trato 
urinário. 
Eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos): 
A presença de numero aumentado de eritrócitos é 
denominada hematúria (sangue na urina). Pode ser 
macroscópica ou microscópica. 
 
Leucócitos (glóbulos brancos): 
Pode estar presentes em pequena quantidade na urina 
normal. 
Mas em grande quantidade é denominada piúria.  
A piúria é definida como a presença de dez ou mais células 
brancas por milímetro cúbico de uma amostra de urina, ou 
pela presença de três ou mais glóbulos brancos por campo 
de urina, ou um teste com fita reagente, que é positivo para 
esterase de leucócitos. 
Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões 
inflamatórias, infecciosas ou traumáticas em qualquer 
nível do trato urinário. 
Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. 
UNIME 2021.2 
 
Cristais: 
Os cristais são formados a partir da precipitação de sais 
presentes na urina por diversos fatores, como o pH e a 
concentração. São um achado frequente na análise do 
sedimento urinário normal. 
 
Cilindros: 
São elementos exclusivamente renais compostos por 
proteínas e moldados principalmente nos túbulos distais 
dos rins. --- então todas as partículas que estiverem 
contidas em seu interior são provenientes dos rins. 
Pessoas saudáveis, principalmente após exercícios 
extenuantes, febre ou uso de diuréticos, podem 
apresentar pequena quantidade de cilindros, geralmente 
hialinos. 
 
Bactérias e parasitas.

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