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do trabalho aparece como força de autoconservação do capital, ao qual é incorporada, do mesmo modo que suas forças produtivas sociais apa- recem como propriedades dele e a constante apropriação do mais-tra- balho pelo capitalista aparece como contínua autovalorização do capital. Todas as forças do trabalho projetam-se como forças do capital, do mesmo modo que todas as formas de valor projetam-se como formas de dinheiro. Com o crescimento do capital cresce a diferença entre o capital empregado e o consumido. Em outras palavras: crescem a massa de valor e a massa material dos meios de trabalho, como edifícios, ma- quinaria, canos de drenagem, animais de trabalho, aparelhos de toda espécie, que durante períodos mais longos ou mais curtos, em processos de produção constantemente repetidos, funcionam em toda sua extensão ou servem para a obtenção de determinados efeitos úteis, enquanto só se depreciam gradativamente, portanto perdendo seu valor por partes, transferindo-o pois também ao produto apenas por partes. Na proporção em que esses meios de trabalho servem como formadores de produtos, sem lhes agregar valor, em que, portanto, são aplicados em sua tota- lidade, mas apenas parcialmente consumidos, prestam, conforme men- cionado antes, o mesmo serviço. Esse serviço gratuito do trabalho pas- sado, quando apanhado e animado pelo trabalho vivo, acumula com a escala crescente da acumulação. Como o trabalho passado se disfarça sempre em capital, isto é, o passivo do trabalho de A, B, C etc. torna-se o ativo do não-trabalhador X, burgueses e economistas políticos se excedem em louvar os méritos do trabalho passado que, segundo o gênio escocês MacCulloch, deve até mesmo receber um soldo próprio (juros, lucro etc.).487 O peso sempre crescente do trabalho passado, que colabora no processo vivo de trabalho sob a forma de meios de produção, é atribuído, portanto, à figura em que o trabalho passado é alienado pelo próprio trabalhador, como tra- balho não-pago, isto é, à sua figura de capital. Os agentes práticos da produção capitalista e seus rábulas ideológicos são incapazes de con- ceber o meio de produção separadamente da máscara social antagônica, que hoje adere nele, assim como um possuidor de escravos não concebe o próprio trabalhador separado de seu caráter de escravo. Com o grau de exploração da força de trabalho dado, a massa de mais-valia é determinada pelo número de trabalhadores simulta- neamente explorados, e este corresponde, embora em proporção variá- vel, à grandeza do capital. Assim, quanto mais o capital, mediante OS ECONOMISTAS 240 doxal, observai as coisas que elas exprimem, e eu ouso acreditar que elas vos parecerão muito simples e muito razoáveis’. Sem dúvida, e ao mesmo tempo em conseqüência do mesmo processo, elas parecerão tudo, menos originais ou importantes”. (An Inquiry into those Principles Respecting the Nature of Demand etc. p. 110.) 487 MacCulloch tirou a patente de wages of past labour muito antes de Senior ter patenteado o wages of abstinence.
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