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ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Contratos, atos unilaterais e ato ilícitos Os contratos representam a principal fonte das obrigações. Eles se diferenciam dos atos ilícitos e dos atos unilaterais de vontade porque geram obrigações consentidas pelos contratantes. Bilateralidade: Bilateralidade são dois centros de interesse, dois polos da relação jurídica contratual, por isso, não existe autocontrato. Nem mesmo quando o advogado também é parte Contrato unilateral: mesmo que haja dois polos, dois centros de interesse, ele fica concentrado em uma parte apenas Ex: quando eu vou locar o imóvel de Naldo e ele me passa uma procuração para que eu mesmo alugue e loque, não é autocontrato, são dois polos representados Ex: quando um advogado representa as duas partes do contrato Função dos contratos: Garantia de segurança jurídica, confiabilidade, ética, boa-fé, honradez, lisura e bem-estar social ás relações econômicas. Dirigismo contratual: Quando o Estado intervém nas relações privadas exigindo-lhe forma específica para a sua realização, estabelecida em lei, ou mesmo quando a jurisdição estatal é provocada a se manifestar em face de efeitos sociais negativos do contrato. Ex: o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão público vinculado ao poder executivo federal, responsável pela apuração de atividades econômicas que descumpram os princípios da ordem econômica, previstos no art. 170 da CF. Evitando a formação de cartéis, monopólios, oligopólios e outras violações á livre concorrência. Elementos essenciais dos contratos Subjetivos: Capacidade genérica, aptidão específica para contratar e consentimento Objetivos: Dizem respeito ao objeto do contrato, se lícito, possível, determinado ou determinável. Requisitos formais: Consensualismo em detrimento do formalismo. Requisitos subjetivos Capacidade genérica Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I -Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II -Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III -Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV -Os pródigos Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - Pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - Pela colação de grau em curso de ensino superior; V - Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. OBS: Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum Capacidade contratual: aptidão específica para contratar Exemplos de incapacidade contratual no Código Civil: Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública: I -Pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração; II -Pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade; IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito. Consentimento � ACORDO SOBRE A EXISTÊNCIA E NATUREZA DO CONTRATO (se um dos contratantes quer aceitar uma doação e outro quer vender, contrato não há) � ACORDO SOBRE O OBJETO DO CONTRATO � ACORDO SOBRE AS CLÁUSULAS DO CONTRATO OBS: AUTOCONTRATO Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. –Para evitar a sujeição do ato ao arbítrio exclusivo de uma das partes Requisitos OBJETIVOS � Art. 104, CC. A validade do negócio jurídico requer: I -Agente capaz; II -Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III -Forma prescrita ou não defesa em lei. � IMPOSSIBILIDADE ABSOLUTA X RELATIVA Art. 106, CC. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. � DETERMINABILIDADE: objeto deve ser discriminado quanto a sua espécie, quantidade e às suas características individuais OBS: Art. 426, CC. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Requisitos FORMAIS Consensualismo em detrimento do formalismo 3 espécies de forma: livre, especial ou solene (constitutiva ou essencial), contratual Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. Maior das exigências: forma escrita, por instrumento público; interpretação dos Contratos Significado e alcance do ato volitivo quando houver redação ambígua ou obscura; Regras de interpretação dirigem-se primeiramente as partes (concordâncias entre estas). Não havendo entendimento entre elas, a interpretação ficará a cargo do juiz; Modalidades: Declaratórias: descoberta da intenção comum; Integrativas: complementação por norma supletiva.
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