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OdontoIlustra AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Aprenda, de forma prática e simples, como agem os anestésicos locais! SETEMBRO 2021 CARACTERÍSTICAS GERAIS Conheça as características do anestésico e de seus compostos! CONTRAINDICAÇÕES Memorize as contraindicações de alguns anestésicos locais APRESENTA : TERAPÊUT ICA MEDICAMENTOSA ILUSTRADA - ANESTÉS ICOS LOCA IS EDIÇÃO 01 Au to ra : A na Caro lina Machado Lustosa CONTEÚDO DA EDIÇÃO 02 Mecanismo de ação dos anestésicos locais. 04 Características dos anestésicos locais. 05 Características individuais dos anestésicos locais (amidas). 10 Contraindicações. @CAROLINA.MACHADOOO @ODONTOILUSTRA Referências O cirurgião-dentista trata o ser humano completo. Nesse sentido, é extremamente necessário que o profissional da área conheça a farmacologia e os possíveis efeitos tóxicos dos anestésicos locais e dos vasoconstritores, para assim, evitar possíveis intercorrências em seu consultório POR ANA CAROLINA MACHADO LUSTOSA PÁGINA 01 CIRURGIÃO- DENTISTA TRATA O SER HUMANO COMPLETO "DENTISTA CUIDA DE DENTE GENTE" Os anestésicos locais agem inibindo a condução dos estímulos nervosos de maneira REVERSÍVEL, proporcionando o efeito de insensibilidade no local de aplicação e suas devidas regiões inervadas pelo nervo presente. Você já ouviu falar sobre a Teoria do receptor específico? Não?? Então vamooooos lá!!!! Essa teoria é a mais aceita sobre o mecanismo de ação dos anestésicos locais no nosso organismo. Ainda, de acordo com a mesma, esses fármacos, quando no interior do organismo humano, e em sua forma não ionizada, passam através da membrana do axônio e entram assim no neurônio (célula nervosa). A partir desse momento, já no meio intracelular as moléculas IONIZADAS de anestésicos locais se unem a receptores específicos nos canais de sódio (Na+), e dessa maneira impede a entrada dos íons Na* na célula, já que seus receptores já se encontram ocupados. Esse mecanismo de ligação dos anestésicos na sua forma ionizada aos receptores de sódio, tem o efeito de bloquear a percepção de dor. MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS TEORIA DO RECEPTOR ESPECÍFICO... PÁGINA 02 Na+Na+ É IMPORTANTE LEMBRAR... Não exercem seu efeito apenas no tecido nervoso periférico, mas também no sistema nervoso central (SNC) e nos demais tecidos que são excitáveis. OS ANESTÉSICOS LOCAIS. . . PÁGINA 03 PÁGINA 04 CARACTERÍSTICAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS: Bases fracas; Pouco solúveis em meio aquoso e instáveis ao ar, e por esse motivo, para uso clínico é adicionado a sua fórmula o ácido clorídrico = cloridrato; Quando em adição ao cloridrato, seu pH apresenta-se ácido (entre 5,5 quando sem vasoconstritor e 3,3 com vasoconstritor). Uma porção hidrofílica (com afinidade a água); Uma porção lipofílica (com afinidade aos lipídeos); E uma cadeia intermediária, que une a porçaõ lipofílica à hidrofílica (e que dependendo da sua estrutura química, pode classificar os anestésicos locais em amidas ou ésteres. LidoLido Padrão do grupoPadrão do grupo Início de ação de 2 a 4 minutosInício de ação de 2 a 4 minutos Início de ação = tempo de latênciaInício de ação = tempo de latência Ação vasodilatadoraAção vasodilatadora Geralmente não há indicação da lido a 2%Geralmente não há indicação da lido a 2% sem vasoconstritor em odontologia.sem vasoconstritor em odontologia. 40-60 min de anestesia pulpar40-60 min de anestesia pulpar quando associado aoquando associado ao vasoconstritor.vasoconstritor. caínacaína É de 120-150 min em tecidos moles.É de 120-150 min em tecidos moles. É biotransformada noÉ biotransformada no fígado.fígado. Excreção renalExcreção renal Meia vida plasmáticaMeia vida plasmática 1,6h.1,6h. Em casos de sobredosagem de lidocaína, a mesma produz o inícioEm casos de sobredosagem de lidocaína, a mesma produz o início da estimulação do SNC - depressão do mesmo - convulsão e coma.da estimulação do SNC - depressão do mesmo - convulsão e coma. PÁGINA 05 Me pivaMe pivacaínacaína início de ação entre 1,5 e 2 min. Discreta ação vasodilatadora. Metabolização no fígado. Excreção renal. Meia-vida plasmática 1,9h. Toxicidade similar à da lidocaína. PÁGINA 06 PriloPrilocaínacaína Início de ação 2-4 mim. Baixa ação vasodilatadora. Biotransformada no fígado e pulmões. Eliminada nos rins. Meia-vida plasmática 1,6h. No caso de sobredosagem existe o risco para a metemoglobinemia. Cautela em pacientes com deficiência de oxigênio. PÁGINA 07 ArtiArticaínacaí na Início de ação entre 1-2min. Baixa lipossolubilidade. Alta taxa de ligação proteica. Biotransformada no fígado e no plasma sanguíneo. Meia-vida plasmática curta. Eliminação renal mais rápida. Anestésico de escolha para adultos, idosos e pacientes com disfunção hepática. PÁGINA 08 BupivaBup iva caínacaína Por ser mais potente que outros anestésicos, possui maior cardiotoxicidade (por isso 0,5%). Maior ação vasodilatadora que a lidocaída, prilocaína e mepivacaína. Longa duração de ação. Meia-vida plasmática 2,7h. Metabolismo hepático e excreção renal. Sua utilização para o controle da dor pós- operatória tem sido questionado = aumento da quantidade de prostaglandinas no local. Não é recomendada em pacientes menores de 12 anos. PÁGINA 09 Contraindicações deContraindicações de alguns anestésicosalguns anestésicos locaislocais A Prilocaína não deve ser utilizada em pacientes com metemoglobinemia (idiopática ou congênita), outras hemoglobinopatias, anemia e insuficiência cardíaca ou respiratória, pelo risco de aumento de meta-hemoglobina, o que reduz a capacidade de transporte de O2 pelo organismo. A Articaína, quando adm em grandes doses, pode também aumentar os riscos de metemoglobinemia. A Mepivacaína é contraindicada em pacientes com disfunção hepática ou renal significativa (paciente ASA III e IV). A Articaína está contraindicada para pacientes alérgicos a sulfa, pacientes com síndrome de Stevens Johnson, pacientes menores de 4 anos de idade, gestantes, hipertensos e asmáticos. PÁGINA 10 ReferênciasReferências 1.Andrade, Eduardo Dias. Terapêutica medicamentosa em odontologi: procedimentos clínicos e uso de medicamentos nas principais práticas odontológicas. São Paulo: Artes Médicas; 2014. 2. Malamed S. Manual de anestesia local. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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