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Aula 3 - 22-08

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Aula 22/08/2012 – China
Partido comunista: tenta sempre censurar qualquer história de corrupção envolvendo a elite do partido. 
- The Economist; New York Times; Le Monde.
- Queda da dinastia qing (última dinastia): o que a diferenciava: eram manchus – eram de uma etnia diferente. (De onde vem os manchus: faz fronteira com as penínsulas das Coreias) – mantiveram o sistema burocrático e a base confucionista. 
Ruptura era legitimada pelo “Mandato do céu”: isso dá o direito de usar a violência para tirar o antigo imperador do poder. Maneira de legitimar diante do povo chinês: esse imperador/ dinastia já não tinha a superioridade moral que um imperador precisa ter.
No final desse período histórico, não surge uma nova dinastia e sim o fim de um sistema de 4.000 anos de história: fatores por trás dessa grande ruptura: final da dinastia e o período de grande caos que vai levar a fundação de um regime diferente.
O declínio da dinastia qing não foi apenas resultado de fatores exteriores ou interiores: foi interação entre pontos fracos que foram deteriorando-se: a estrutura confucionista com a presença cada vez mais forte dos poderes ocidentais. O mercantilismo europeu enfraqueceu a base do poder dinástico e a interação desses fatores levou ao final da dinastia Qing. 
A abordagem de sistemas mundiais classifica o mundo histórico em 3 tipos de território: centro, periferia e semiperiferia. Relação entre o centro e a periferia: exploração – a exploração da periferia funciona através do comércio desigual, nem sempre feito através de tratados; Qual é a função da semiperiferia: é um mediador das relações entre centro e periferia e se beneficia dessa relação de exploração. Nessa abordagem, o centro também existe dentro da periferia. – Certas elites dentro da periferia tem mais interesses em comum com o centro do que com o resto da periferia: são o centro dentro da periferia. Essa é uma das interpretações do sistema mundial capitalista. 
A china é incorporada a esses sist. mundiais de formas diferentes. Durante a Roda da seda, a china era um centro paralelo, não era a periferia – nosso conhecimento histórico é muito enviesado. A China era um centro paralelo.
- Guerras do ópio: duas grandes guerras: marcam o início da história contemporânea das ri da china – o início dessa hist. é de antagonismo e tensão que vão desembocar em guerra. 
- 2ª grande incorporação da china aos sist. Mundiais: Guerra do Opio: durante esse período, séc. XIX a china passava por um período de isolacionismo decorrente de grande batalha entre facções Qing e Ming. 
A g. do ópio é um dos fatores que leva ao enfraquecimento da dinastia qing: perdem controle sobre partes do território chinês. 
Posição conservadora em relação ao comércio: com a dinastia qing vem a tentativa de ressuscitar as bases confucionistas da burocracia chinesa e um aspecto disso tem haver com o desdenho ao comércio. O confucionismo enxerga o comércio como um fator de desordem. – 
Fatores de ameaça ao confucionismo: 1) possibilidade de uma prosperidade que não se encaixa na estratificação chinesa (sobrepõe meritocracia do concurso público); 2) comércio implica na introdução de ideias novas (ideias religiosas, etc.) – ameaça para um sist. Muito conservador. 
Qing: dinastia fundada por estrangeiros: que reforçam as bases confucionistas de uma maneira nunca vista antes e a proibição da permanência de estrangeiras – o imperador proibiu todo o comércio oficial (havia ainda um comércio privado de seda, porcelana e chá) – o comércio marítimo era no Porto de Cantão (Guangzhou), mas em uma escala muito restrita. Para fazer comércio com a China, havia muita limitação qualitativa e quantitativa. O comerciante não podia entrar em território chinês: não podia permanecer mais do que uma noite. 
A dinastia Qing formulou políticas bastante desesperadas: inclusive a evacuação de toda a população da costa – tentando evitar o comércio. – alguns foram para o centro do país e outros para países vizinhos. 
Era de bastante turbulência a teimosia de certos grupos ming foi contribuindo para o enfraquecimento do sistema do ponto de vista interno – e ao mesmo tempo há a entrada dos estrangeiros ocidentais através do porto de Cantão – não havia Direito Internacional: o estrangeiro que ia a China estava sujeito às leis chinesas, inclusive à pena de morte. – Isso aconteceu com alguns marinheiros – isso os tornava casos internacionais. 
Na Europa, havia grande demanda por produtos chineses: porcelana chinesa, chá e seda. – Por outro lado, não havia demanda da China por produtos Ingleses, exceto: Prata – balança comercial era muito desequilibrada – grande preocupação inglesa: escassez da prata e a necessidade de expandir mercados e oportunidades de exploração. Foco das pretensões mercantilistas inglesas nesse período: a índia: chá e tecidos – indústria de produção de algodão e tecidos baseados nele. 
Arrighi e Wallerstein ajudam a explicar: OS ingleses queriam ir para a China pela necessidade de expansão forçada de novos mercados.
1ª Guerra do Opio: 1839~1842: Porto de Cantão: onde a companhia das índias atuava. Como aproveitar mais a exploração da índia e abrir novos mercados? introduzir o ópio – com propriedades viciantes muito forte – O ópio foi se alastrando a partir do porto de cantão e as casas de ópio vão se alastrando – era um contrabando – isso vai tendo um efeito sobre a soc. Chinesa que é avassalador. – boa parte da pop. Vai se perdendo dentro dessas casas de opio – imperador tenta restringir a entrada do opio – mas os ingleses, satisfeitos, conseguiram um produto com grande aceitação na china – continuam chegando com navios cheios de opio. Acontece mais um degolamento de marinheiros ingleses por trazer produtos ilegais e isso faz com que ingleses iniciem os confrontos – a superioridade naval inglesa se torna clara e a Inglaterra logo vence – chineses são obrigados a assinar o tratado de nanquim: abre as ri da china provocando já a ira dos chineses: a china cede uma série de territórios aos ingleses: os portos: hong kong, macau – tecnologia bélica inglesa era muito maior. Cia das índias britânica: unia o comércio à força militar. - Além dessa cessão de territórios, os ingleses estabeleceram tarifas baixas que os favoreciam, o direito extraterritorial (os ingleses que fossem a china estariam sujeitos ao direito inglês), tiveram que conceder o status de nação favorecida (a china tornou-se nação favorecida para a Inglaterra – era forma de dizer que china tinha que aceitar uma grande variedade de produtos e a balança comercial que a desfavorecia); antes não era permitido representação diplomática junto ao império – é imposta a representação diplomática com suas leis próprias de relacionamento – abrem-se escritórios comerciais que tem representação junto ao império. 
2ª Guerra do Opio: de uma lado a Inglaterra achou que essas concessões não eram suficientes e por outor o imperador não gostou nem um pouco das concessões: grande entrada de mercadorias e ideias no litoral chinês – tentou suspender essas cláusulas. Começou em 1956 a 2ª guerra e culminou o trat. Tianjin : reforçou as cláusulas anteriores e o direito de presença dos ingleses e também dos franceses, alemães e russos. Há uma abertura forçada desses portos e o enfraquecimento na prática e também simbólico da figura do imperador. Isso marca a presença em grande escala dos ocidentais e a perda de controle da dinastia qing sobre parte da costa da China. 
2 fatores externos também enfraqueceram: 1) colonialismo no território chinês encabeçado pela inglaterra; 2) vindo do norte uma série de invasões japonesas que foram ocorrendo.
- No japão, no início a abertura foi forçada. Depois, a corte japonesa quis se modernizar de acordo com modelos ocidentais: importavam estudiosos e inventores ocidentais. – Era Meiji. 
Contraste bastante interessante entre a abertura japonesa e chinesa.
- Questão interna chinesa:
O Imperador / A corte não operava em um vácuo de poder. 
A arquitetura da cidade imperial reflete a visão do poder concentrado na figura do podere na corte imperial: quem mora na corte imperial: os eunucos (mandarins de mais alto escalão – a cúpula do poder/ os ministros). O poder da figura do imperador/ imperatriz depende do controle do imperador dentro da cidade proibida. 
No final da dinastia qing, há a emergência de várias facções dentro da cidade imperial na luta pelo poder. – uma série de eunucos poderosos foram usurpando o poder – os eunucos cortavam toda comunicação imperial com as províncias: passaram a controlar essa comunicação entre o coração da corte e as províncias. O modo de inserção da China dentro do sistema mundial foi ocorrendo através da imposição da presença estrangeira na China: ocidental e japonesa e ainda com o esfalecimento da base do poder chinês dentro da cidade imperial. 
Debate atual: a China é periferia ou semiperiferia? No final da dinastia qing, periferia.

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