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FACULDADE EDUFOR
 
 
 
 
 
 CONTRIBUIÇÕES DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO CLIMATÉRIO
 
 CURSO: FISIOTERAPIA-MATUTINO
 FISIOTERAPIA EM UROGENECOLOGIA
São Luís – MA
2021
Tema: CONTRIBUIÇÕES DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO CLIMATÉRIO
Ano: SET/ DEZ 2017
Tipo de Artigo: revisão Bibliográfica
Revista: ciência médica de Campinas 26 (3):137-133
Autores: Ana Heloísa Faustino Viana De Oliveira, Luiza Quitéria Pinto De Vasconcelos, Gustavo Fernando Sutter Latorre ( Faculdade Inspirar, Programa de Pós-graduação em Fisioterapia Pélvica Uroginecologico. Fortaleza, CE.), Érica Feio Carneiro Nunes ( Universidade do Estado do Pará, Centro De Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Ciências Do Movimento Humano). 
De acordo com a organização Mundial da Saúde o climatério é uma fase biológica da vida, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da mulher. A diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, ou seja é o esgotamento dos folículos ovarianos que ocorrem em todas as mulheres. A alterações da física, mudanças psicológicas e sociais, o que pode causar o impacto no sistema geniturinário. Como envelhecimento feminino ocorre o hipoestrogenismo, o que favorece o aparecimento de diversas condições e doenças, como a incontinência urinária, que é devido ao fato de que as estruturas do assoalho pélvico serem hormônios dependentes. Dessa maneira as estruturas do assoalho pélvico ficam , principalmente em mulheres que não praticam nenhuma atividade de preparação muscular para os músculos do assoalho pélvico (MAP). 
Incontinência urinária é definida como toda e qualquer perda de urina de maneira involuntária, podendo ocorrer em diversas situações.
OBJETIVO DO ARTIGO:
Foi levantar as contribuições da fisioterapia na incontinência urinária de mulheres no climatério, discutindo estratégias do fisioterapeuta na condução, especificamente desses caso, junto à essa população. 
METODOLOGIA UTILIZADA:
Foram pesquisados nas principais bancos de dados eletrônico da literatura científica e técnica da América Latina nas seguintes plataformas: LILACS, MEDLINE, PUBMED, SCIELO e PEDRO. Palavras-chaves em português e inglês: climatério, incontinência urinária e Fisioterapia, usadas de forma juntas e isoladas, e suas variantes em Inglês, com a inclusão de artigos com o ano entre 2008 a 2017, além de outros idiomas.
Para esse artigo foram selecionados 10 artigos que se enquadram nos critérios de pesquisa para elaboração do trabalho, que debateu sobre o “Benefício da Fisioterapia na Incontinência Urinária” em mulheres no climatério. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES:
Na tabela foram analisadas as técnicas empregadas pelos Fisioterapeutas e seus benefícios no tratamento de incontinência urinária em mulheres no climatério. 
	 Autores 
	 Técnicas Empregadas 
	 Benefícios 
	Castro et al. (1) 
	Exercício para o assoalho pélvico, eletroestimulação, cones vaginais. 
	Tratamento para Incontinência Urinária de Esforço
	Honório et al. (2) 
	Cinesioterapia, eletroestimulação endovaginal
	Para o fortalecimento dos órgãos do assoalho pélvico e melhora significativa dos sintomas da incontinência urinária
	Oliveira e Garcia (3)
	Cinesioterapia 
	Para o controle de incontinência urinária 
	Souza et al (4)
	Cinesioterapia global
	Para a contração do assoalho pélvico, a junção das duas técnicas obteve um resultado mais eficiente.
	Zanetti et al (5)
	Cinesioterapia perineal sem fisioterapia
	O grupo que obteve acompanhamento teve melhores resultados
	Fitz et al (6)
	TMAP na IUE (climatério)
	Diminuição significativa das medidas de escores
	McLean et al (7)
	TMAP (menopausa)
	Observou que reduz o movimento de pescoço da bexiga durante a tosse e resulta na hipertrofia do esfíncter uretral e mulheres com IUE
	Reet et al (8)
	TMAP associado ao Biofeedback
	Observou melhora, domínios avaliados por meio KHG
	Ramos e Oliveira (9)
	Exercícios de Kegel 
	Apesar de não ter solucionado a disfunção, a maioria abteveram melhoras significativas
	Knost et al (10)
	Eletroestimulação e TMAP
	Houve melhora significativa em todos os domínios da qualidade de vida. 
1- Castro et al; Composta por 118 mulheres, subdivididas em grupos, de exercícios para o assoalho pélvico (N=31), Eletroestimulação (N= 30), cones (N=27) e grupos de controle ( N=30), verificou que as três terapias são eficientes no tratamento de incontinência urinária de esforço.
2- Honório et al; Pesquisar realizada com 10 mulheres no ambulatório de fisioterapia da maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis (SC). Foi utilizada a cinesioterapia, para fortalecimento do assoalho pélvico e a eletroestimulação endovaginal com melhoras significativas dos sintomas e da qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária.
3- Oliveira e García; Avaliaram que é cinesioterapia no controle de incontinência urinária em mulheres no climatério, identificaram que as técnicas foram positivas tanto no alívio dos sintomas e sinais, quanto na perda de urina diária e a qualidade de vida.
4- Souza et al; com seis mulheres, por meio de 10 exercícios de contração do assoalho pélvico, mas cinesioterapia global, foi possível constatar que, a associação entre as duas técnicas constituiu uma forma mais eficiente de tratamento.
5- Zanetti et al; 44 mulheres participaram dos estudos para tratamento de IVE com cinesioterapia perineal, durante três meses consecutivos, divididas em grupos de dois, um com fisioterapia outro sem. Os resultados foram que o grupo com acompanhamento teve melhores resultados, em comparado ao outro grupo de controle.
6- Fitz et al; Avaliaram a eficiência apenas da TMAP na IUE, em 35 mulheres no climatério, além da diminuição significativa das medias dos escores.
7- McLean et al; Também identificaram resultados positivo na utilização da TMAP, em 45 mulheres na menopausa com problema de IUE. Dessa forma, as duas pesquisas concordaram que o TMAP supervisionado pelo fisioterapeuta reduz o movimento do pescoço da bexiga durante a tosse, e resulta na hipertrofia do esfíncter uretral em mulheres que apresentam IUE.
8- Reet et al; Recrutaram 26 mulheres com IUE no climatério, com idade de 42 anos, utilizaram o TMAP associado ao biofeedback observaram melhoras em 8 das nove, domínios avaliados por meio do KHQ. Apenas o domínio referente ao relacionamento pessoal não apresentou melhores.
9- Ramos e Oliveira; submeteram 8 idosas a 10 sessões de 40 minutos, durante 21 dias. Foram aplicados exercícios de um protocolo pré-estabelecido baseado nos exercícios de kegel. Constatou-se que embora não tenha sido solucionado a disfunção a maioria tiveram melhoras significativas.
10- Knost et al; 55 mulheres climatéricas com Incontinência Urinária foram submetidas a tratamento fisioterapêutico, constituído por eletroestimulação durante dez minutos diários e TMAP. Os autores constataram que, após a intervenção, com exceção da percepção de saúde, houve melhora significativa em todos os domínios da Qualidade de Vida, inclusive no impacto da Incontinência Urinária nas atividades diárias e nas atividades físicas das participantes. 
CONCLUSÃO: 
O artigo chegou à conclusão que a fisioterapia no tratamento da incontinência urinária tem mostrado resultados promissores, tanto na redução da perda da Urinária, quanto na melhora da qualidade de vida das suas portadoras conforme os achados da literatura atual. Observou-se que várias técnicas vem sendo utilizadas sem muito consenso, abordagem como, exercícios parao assoalho pélvico sobre dosagem diversas com ou sem uso de eletroestimulação, cones vaginais, cinesioterapia geral para o corpo todo ou biofeedback. Bem como o TMAP, que durante as pesquisas foi a técnica que se mais destacou no tratamento da incontinência urinária em mulheres no climatério, sempre focando na promoção da qualidade de vida das mulheres durante seu processo de envelhecimento. Portanto concluiu-se que o protocolo atual, evidenciado internacionalmente com grau A, é um protocolo eficaz e deve ser a opção básica para o TMAP, enquanto protocolos distintos deste devem passar por validação por ensaios.
REFERÊNCIA
 Oliveira AHFV, Vasconcelos LQP, Nunes EFC, Latorre GFS. Contribuições da fisioterapia na incontinência urinária no climatério. Ver Ciênc. Méd. 2017;26(3):127-133. http://dx.doi.org/10.24220/2318-0897v26n3a3842.