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CASO CLÍNICO 2 Paciente do sexo feminino, 33 anos é encaminhada ao ambulatório de gastroenterologia com história de pirose retroesternal há 5 anos. É estudante de medicina e relata comer em restaurantes “suspeitos” por ser mais rápido e barato. Anteriormente o sintoma se apresentava de forma esporádica, mas nos últimos 6 meses, a frequência e a intensidade dos episódios aumentaram. Atualmente apresenta episódios todos os dias da semana com piora após refeições volumosas e após deitar-se, além de ser acompanhada de regurgitação; sem fator de melhora. Refere que associado a esses sintomas, apresenta tosse seca e rouquidão persistente. Nega náuseas, vômitos, diarreia, odinofagia, disfagia, hematêmese, perda ponderal e halitose. Nega uso de medicamentos contínuos e alergias. Esporadicamente faz uso de Omeprazol e Sal de Frutas Eno. Nega tabagismo e etilismo. Ao exame físico, a paciente encontrava-se em bom estado geral, lúcida e orientada em tempo e espaço, vigil, sem linfadenomegalias, afebril (36,3ºC), corada, hidratada, anictérica, acianótica, normopneica (12 irp), normocárdica (78 bpm) e normotensa (120×80 mmHg). Peso: 53 kg. Altura: 1,61m. Exame de cabeça e pescoço apresenta irritação na faringe. Aparelho respiratório com expansibilidade preservada, frêmito tóraco-vocal preservado, murmúrio vesicular bem distribuído sem ruídos adventícios. No aparelho cardiovascular, apresenta ictus visível e palpável no 5º EIC na linha hemiclavicular esquerda, com bulhas rítmicas e normofonéticas, sem sopros. No exame abdominal, apresenta abdômen plano RHA normais, timpânico, espaço de Traube livre, hepatimetria sem alterações, com dor à palpação epigástrica. O médico gastroenterologista apontou como principal suspeita a Doença do Refluxo Gastroesofágico. Como conduta, orientou a paciente a melhorar as condições nutricionais, tomar omeprazol 20mg/dia e realizar uma Endoscopia Digestiva Alta com biópsia. Após um mês, a paciente retornou ao consultório médico com os resultados dos exames. A Endoscopia Digestiva Alta apresentou esofagite erosiva grau C, além de áreas enantematosas ascendendo a junção gastro-esofágica. Foi realizada biópsia do local com os seguintes achados: A paciente foi orientada a retornar em alguns anos para acompanhamento e continuar o uso do Omeprazol em dose dobrada, além de melhorar a dieta.
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