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Anatomia - Apostila sobre Sistema Muscular

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1. Conceito
A capacidade de reagir em resposta a uma
modificação do meio ambiente constitui uma das
propriedades fundamentais do protoplasma animal. As
células musculares especializam-se para a contração e o
relaxamento. Essas células agrupam-se em feixes para
formar massas macroscópicas denominadas músculos, os
quais acham-se fixados pelas suas extremidades. Assim,
músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo
por encurtamento da distância que existe entre suas
extremidades fixadas, ou seja, por contração. Dentro do
aparelho locomotor, constituído pelos ossos, junturas e
músculos, esses últimos são elementos ativos do
movimento; os ossos são elementos passivos do movimento
(alavancas biológicas).
De músculos também estão, ainda, dotados os
órgãos que podem produzir certos movimentos (coração,
estômago, intestino, bexiga etc.).
A musculatura toda do corpo humano pode,
portanto, dividir-se em duas categorias:
1) Os músculos esqueléticos, que se ligam ao
esqueleto; estes músculos se inserem sobre os ossos e sobre
as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para
formar o invólucro exterior do corpo. Constituem aquilo
que vulgarmente se chama a “carne” e são comandados
pela vontade.
IV – O Sistema Muscular
2) Os músculos viscerais, que entram na
constituição dos órgãos profundos, ou vísceras, para
assegurar-lhes determinados movimentos. Estes músculos
têm estrutura “lisa” e funcionam independentemente da
nossa vontade.
Uma categoria à parte é constituída pelos
músculos cutâneos, os quais se inserem na pele, pelo
menos por uma das suas, extremidades. No homem, esses
músculos são pouco desenvolvidos e são encontrados, na
sua maior parte, na cabeça e no pescoço (músculos
mímicos), mas são muito desenvolvidos nos animais.
As células musculares, chamadas fibras, têm a
capacidade de mover-se. O movimento, uma das
propriedades mais surpreendentes da matéria vivente, não
é patrimônio exclusivo do músculo. No século XVII,
observou-se através de um microscópio o movimento de
células espermáticas. Existe uma grande variedade de
células capazes de mover-se, como, por exemplo: os
glóbulos brancos que viajam pelo sangue até os tecidos
onde vão atuar, o movimento dos cílios (pelos) na
superfície de algumas células como no Sistema
Respiratório. Nestes casos, o movimento é função
secundária das células.
Com o termo “músculo” nos referimos a um
conjunto de células musculares organizadas, unidas por
tecido conectivo. Cada célula muscular se denomina
fibra muscular. No corpo humano há três tipos de
músculos:
ƒ Estriado, voluntário ou esquelético.
ƒ Liso, involuntário.
ƒ Cardíaco.
Músculo liso ou involuntário
As células do músculo liso são sempre fusiformes
e alargadas. Seu tamanho varia muito, dependendo de sua
origem. As células menores se encontram nas arteríolas e
as de maior tamanho no útero grávido. Suas fibras não
apresentam estriações e por isso são chamados de liso.
Tendem a ser de cor pálida, sua contração é lenta e
sustentada, e não estão sujeitos à vontade da pessoa; de
onde deriva seu nome de involuntário.
Esse músculo reveste ou forma parte das paredes
de órgãos ocos tais como a traquéia, o estômago, o trato
intestinal, a bexiga, o útero e os vasos sangüíneos.
Como um exemplo de sua função, podemos dizer
que os músculos lisos comprimem o conteúdo dessas
cavidades, intervindo desta maneira em processos tais
como a regulação da pressão arterial, a digestão etc.
Além desses conjuntos organizados, também se
encontram células de músculo liso no músculo eretor do
pêlo, músculos intrínsecos do olho etc. A regulação de sua
atividade é realizada pelo sistema nervoso autônomo e
hormônios circulantes. As fibras do músculo liso são
menores e mais delicadas do que as do músculo
esquelético. Não se inserem no osso, mas atuam como
paredes de órgãos ocos.
Em volta dos tubos, em geral, há duas capas, uma
interna circular e uma externa longitudinal. A musculatura
circular constringe o tubo; a longitudinal encurta o tubo e
tende a ampliar a luz. No tubo digestivo, o esforço
conjunto da musculatura circular e da longitudinal
impulsiona o conteúdo do tubo produzindo ondas de
constrição chamadas movimentos peristálticos.
Há dois tipos de músculo liso:
ƒ Multiunitário: cada fibra se comporta como
uma unidade independente, comportamento
semelhante ao músculo esquelético. Ex:
músculo eretor do pêlo, músculos intrínsecos
do olho etc. Não se contraem
espontaneamente. A estimulação nervosa
autônoma é que desencadeia sua contração.
ƒ Unitários simples: as células se comportam
de modo semelhante ao músculo cardíaco,
como se fossem uma estrutura única. O
impulso se transmite de célula a célula. Pode-
se dizer que o músculo, em sua totalidade,
funciona como uma unidade. Ex: músculo
intestinal, do útero, ureter etc.
Músculo cardíaco ou miocárdio
Forma as paredes do coração, não está sujeito ao
controle da vontade, tem aspecto estriado. Suas fibras se
dispõem juntas para formar uma rede contínua e
ramificada. Portanto, o miocárdio pode contrair-se em
massa. O coração responde a um estímulo do tipo “tudo ou
nada”, daí que se o classifique como unitário simples. O
músculo cardíaco se contrai ritmicamente 60 a 80 vezes
por minuto.
Músculo esquelético estriado ou voluntário
As células do músculo esquelético são cilíndricas,
filiformes. Uma fibra muscular ordinária mede
aproximadamente 2,5 cm de comprimento e sua largura é
menor de um décimo de milímetro. As fibras musculares se
agrupam em feixes. Cada músculo se compõe de muitos
feixes de fibras musculares.
É avermelhado, de contração brusca, e seus
movimentos dependem da vontade dos indivíduos.
Constitui o tecido mais abundante do organismo e
representa de 40 a 45% do peso corporal total.
A carne que reveste os ossos é tecido muscular.
Esses se encontram unidos aos ossos do corpo e sua
contração é que origina os movimentos das distintas partes
do esqueleto, e também participa em outras atividades
como a eliminação da urina e das fezes. A atividade do
músculo esquelético está sob o controle do sistema nervoso
central e os movimentos que produz se relacionam
principalmente com interações entre o organismo e o meio
externo.
Chama-se de estriado porque suas células
aparecem estriadas ou raiadas ao microscópio, igual ao
músculo cardíaco. Cada fibra muscular se comporta como
uma unidade. Um músculo esquelético tem tantas unidades
quanto fibras. Por isso se define como multiunitário. O
movimento é feito por contração da fibra muscular.
Unidade motora ou unidade funcional
Cada músculo tem um nervo motor (grupo de
fibras nervosas) que entra nele. Cada fibra nervosa se
divide em ramais terminais, chegando cada ramal a uma
fibra muscular. Em conseqüência, a unidade motora esta
formada por um só neurônio e o grupo de células
musculares que este inerva.
O músculo possui muitas unidades motoras.
Responde de forma graduada dependendo do número de
unidades motoras que se ativem.
Contração muscular
A maquinaria contrátil da fibra muscular está
formada por cadeias protéicas que se deslizam para
30
encurtar a fibra muscular. Entre elas há a miosina e a
actina, que constituem os filamentos grossos e finos,
respectivamente. Quando um impulso chega através de
uma fibra nervosa, o músculo se contrai.
Quando uma fibra muscular se contrai, se encurta
e alarga. Seu comprimento diminui a 2/3 ou à metade.
Deduz-se que a amplitude do movimento depende do
comprimento das fibras musculares. O período de
recuperação do músculo esquelético é tão curto que o
músculo pode responder a um segundo estímulo quando
ainda perdura a contração correspondente ao primeiro. A
superposição provoca um efeito de esgotamento superior ao
normal.
Depois da contração, o músculo se recupera,
consome oxigênio e elimina dióxido de carbono e calor em
proporção superior à registradadurante o repouso,
determinando o período
de recuperação.
O fato de que
consome oxigênio e
libera dióxido de carbono
sugere que a contração é
um processo de oxidação,
mas, aparentemente, não
é essencial, já que o
músculo pode se contrair
na ausência de oxigênio,
como em períodos de
ação violenta; mas,
nesses casos, se cansa
mais rápido e podem
aparecer cãibras.
Principais Músculos do Corpo
Humano
Na enumeração dos principais músculos
do corpo limitar-nos-emos aos músculos esqueléticos, isto
é, aqueles que permitem os movimentos da cabeça, do
tronco e dos membros. Deixamos de
lado os nossos músculos viscerais que pertencem
intrinsecamente aos órgãos e nao têm, quase nunca, um
nome seu próprio.
O número de músculos esqueléticos não
se pode estabelecer com exatidão porque em
algumas regiões os corpos musculares não se
podem delimitar de modo preciso. O número
médio gira em torno de 327 músculos pares (isto é,
duplos, porque existem de um lado e de outro do
nosso corpo); apenas 2 são, pelo contrário,
ímpares, isto é, únicos.
MÚSCULOS DA CABEÇA
Os músculos da cabeça podem-se classificar em
esqueléticos e cutâneos.
Músculos cutâneos
No pescoço há um único músculo cutâneo, mas na
cabeça, e mais particularmente no rosto, os
músculos cutâneos são numerosos e servem para
compor os vários aspectos da fisionomia (músculos
mímicos). Na cabeça existe um largo músculo
cutâneo, o músculo epicrânico, que recobre toda a
abóbada do crânio, abaixo da pele. Nele
distinguem-se três partes: uma anterior, o músculo
frontal; uma média, que não tem estrutura
muscular mas tendinosa, a aponevrose epicrânica;
uma posterior, o músculo occipital. O músculo
frontal é também chamado o músculo da atenção
porque, contraindo- se, enruga a testa. O músculo
occipital também termina na aponevrose, mas
parte, posteriormente, do osso occipital. No homem, o
músculo occipital é pouco desenvolvido, e nas contrações
puxa para trás o couro cabeludo.
Dos lados da orelha existem três
músculos cutâneos chamados músculos auriculares
(anterior, posterior e superior) pouco desenvolvidos
porque, como se sabe, a orelha não é dotada de
movimento. Esses poucos e limitados movimentos
que a orelha pode realizar são devidos aos músculos
auriculares.
Na testa existe um outro músculo
cutâneo, o músculo superciliar, chamado também
músculo da agressão, porque, contraindo-se,
determina a formação de rugas transversais da pele
da testa (entre os dois supercílios e em cima do
nariz), contribuindo para dar ao rosto uma expressão
ameaçadora. Os outros músculos cutâneos se
dispõem, na face, em torno da abertura da boca, do
nariz e das órbitas. São muito desenvolvidos do lado
funcional e a sua contração, isolada ou associada, dá
31
ao rosto a expressão dos sentimentos. A volta da órbita há
o músculo orbicular dos olhos, dito também orbicular
das pálpebras. Está disposto em anel à volta do olho e,
com as suas contrações, determina o fechamento das
pálpebras e intervém na distribuição das lágrimas.
Na maçã do rosto existe o músculo
zigomático, dito também músculo do riso, porque, agindo
sobre os lábios, determina o alongamento da abertura
bucal e a sua curvatura com concavidade voltada para cima
(puxa para cima os ângulos da boca) na típica figura do
riso. O lábio superior é levantado principalmente pelo
músculo quadrado do lábio superior, que dá ao rosto uma
expressão de desgosto: na verdade, ele deixa imóveis os
ângulos da boca enquanto dilata as narinas como na ação
de cheirar. Nos ângulos da boca se insere o músculo
incisivo do lábio inferior que os puxa para dentro e para
diante, como no muxoxo, no ato de chupar e de beijar.
Na mandíbula se inserem dois músculos cutâneos:
o quadrado do lábio inferior e o triangular. O primeiro
puxa para baixo e para fora o lábio inferior, dando à boca
uma expressão de desgosto. O segundo atua mais
diretamente sobre os ângulos da boca, puxando-os para
baixo e lateralmente. Também este imprime ao rosto uma
impressão de desgosto ou de riso forçado.
A boca está contornada por um músculo em anel,
o orbicular da boca, dito também orbicular dos lábios,
que fecha os lábios.
Na bochecha encontra-se o músculo bucinador
que se estende da região entre a arcada zigomática e o
nariz, até o maxilar inferior. Agindo juntos, os dois
bucinadores puxam para trás os ângulos da boca,
alongando a abertura bucal e aproximando os lábios.
Os bucinadores se contraem quando “sopramos”,
como no assobiar, no apagar uma vela, no tocar um
instrumento de sopro, isto é, todas as vezes que se expele o
ar que enche a boca e estufa as bochechas.
Todos os músculos da cabeça que temos até agora
mencionado pertencem ao grupo dos músculos cutâneos,
não só por , suas caracterlstlcas anatomlcas mas também
pela inervação, que é comum a todos e diversa daquela do
músculos esqueléticos.
Os músculos cutâneos da cabeça ou músculos
mímicos são, na verdade, inervados pelo nervo facial,
enquanto os esqueléticos são inervados pelo nervo
trigêmio.
Músculos esqueléticos
São chamados músculos mastigadores porque
determmam os movimentos do maxilar inferior. O maxilar
inferior realiza três tipos de movimento: se levanta, abaixa
e se volta lateralmente.
Os que fazem o maxiliar executar movimentos são
quatro: o músculo temporal, o músculo masseter, e os dois
músculos pterigóideos (interno e externo).
O músculo temporal e o masseter são externos,
apenas sob a pele. O temporal parte da têmpora e o
masseter da arcada zigomática. Ambos elevam o maxilar
inferior. Os músculos pterigóideos são profundos. Se os
dois músculos externos se contraem, ao mesmo tempo, o
maxilar inferior é projetado para a frente, enquanto será
levado para um lado pela contração de um só músculo. O
pterigóideo interno eleva o maxilar inferior.
Como se vê, os músculos “mastigadores” têm
somente a função de elevar o maxilar inferior e de avançá-
lo para a frente ou para os lados.
MÚSCULOS DO PESCOÇO
No pescoço existe um único músculo cutâneo, o
32
cuticular, que tem a forma de uma lâmina
quadrilátera muito larga que cobre toda a
região lateral do pescoço. A sua ação é de
puxar para baixo e para o lado os ângulos
da boca (tem, portanto, importância
também na mímica); quando se contrai
fortemente levanta a pele do pescoço em
rugas transversais e puxa para cima a pele
do peito.
Todos os outros músculos do pescoço são
esqueléticos e se classificam em anteriores
(chamados supraióideos e subióideos, conforme se acham
acima ou abaixo do osso hióide), posteriores e laterais. Um
músculo destaca-se dos demais e é o mais importante: o
esternoclidomastóideo.
Músculo esternoclidomastóideo
É assim chamado pelas suas inserções: na
verdade, se liga, por uma parte, ao esterno e à clavícula, e,
por outra, à apófise mastóide do osso temporal. Percorre,
portanto, todo o pescoço lateralmente. É o músculo que faz
voltar a cabeça de lado: neste caso, o músculo do lado
oposto faz saliência de modo bem visível, principalmente
nos indivíduos magros. Quando os dois
esternoclidomastóideos se contraem ao mesmo tempo, se a
cabeça está distendida, fazem-na ficar mais distendida
ainda; se, ao contrário, a cabeça está flexionada, fazem-na
flexionar mais. Desde que o ponto de inserção na cabeça
(mastóide) se torne fixo, os músculos
esternoclidomastóideos fazem levantar o tórax.
Músculos supraióideos
Aproximam o osso hióide do maxilar in- ferior e
da base do crânio. São quatro: o miloióideo, o estiloióideo,
o gênioióideo e o digástrico. Têm a função de abaixar o
maxilar inferior ou então de levantar o osso hióide, como
acontece na deglutição.
Os músculos da coluna dorsal são destinados
principalmente a endireitar o tronco quando está
flexionado. Eles asseguram também o equilíbrio e a
estática do corpo, quando o indivíduo carrega um peso.
Músculos subióideos
Estendem-se do osso hióide à caixa torácicae
servem para abaixar a laringe. São quatro: o esternoióideo,
o omoióideo, o esternoiróideo e o tiroióideo.
33
Músculos posteriores e laterais
Os músculos hióideos estão
situados na parte anterior do pescoço.
Posteriormente há os músculos pré-
vertebrais, que estão adiante da coluna
vertebral; e, lateralmente, os músculos
escalenos, que se inserem sobre
vértebras e sobre costelas,
determinando a expansão da caixa
torácica: são músculos que permitem a
inspiração, isto é, a entrada de ar nos
pulmões, e são, assim, chamados
músculos inspiradores.
MÚSCULOS DO DORSO
Os músculos da região
dorsal podem ser classificados em dois
grupos, um superficial outro profundo.
Os músculos superficiais
são músculos muito largos que, com a
sua própria superfície, recobrem os
músculos subjacentes. Inserem-se de
uma parte nas vértebras e de outra parte
nos membros.
Nos músculos da camada
profunda, contrariamente, achamos
músculos encarregados do movimento
das costelas e da coluna vertebral, que
são chamados, respectivamente, espino-
costais e espino-dorsais.
Músculos superficiais
Em cima achamos o
músculo trapézio, que tem a forma de um triângulo muito grande, e se
insere, de um lado, nas vértebras cervicais e no osso occipital, e, de
outro, na omoplata. Quando os trapézios se contraem juntamente, dos
dois lados, levam a cabeça para trás, isto é, a estendem.
Para mover a espádua para cima, para dentro e para
trás, devemos contrair um único músculo trapézio, de um só lado. Um
outro músculo superficial é o grande músculo dorsal. E também esse
triangular e está situado inferiormente ao trapézio. Toma, na verdade,
inserção nas vértebras torácicas e lombares por meio de uma vasta
aponevrose. Do lado oposto se insere no úmero. Contraindo-se, leva o
braço para dentro e para trás. Os músculos denteados posteriores
(superior e inferior) vão das vértebras às costelas. O músculo superior
abaixa as últimas costelas; o inferior levanta as primeiras costelas.
Músculos espino-costais
Inserem-se também estes na espinha dor. sal e nas costelas,
participando dos movimentos respiratórios.
Músculos espino-dorsais
São músculos muito complexos que, no seu conjunto, servem para
estender a coluna vertebral e mantê.la direita na posição ereta.
MÚSCULOS DO TÓRAX
Os músculos do tórax se podem classificar em duas
categorias: os músculos tóraco-apendiculares, que ligam o tórax ao
34
membro superior, e os músculos intrínsecos do
tórax) que vão da coluna vertebral às costelas. O
diafragma é um músculo à parte.
Músculos tóraco-apendiculares
São os músculos do peito, entre os quais se
distinguem o grande peitoral que recobre todos
os outros, estendendo-se do esterno e da clavícula
ao úmero. Tem a função de levar o braço para
dentro. Em condições particulares, por exemplo,
quando o tronco está suspenso pelos braços,
contribui para levantar o tronco. É o peitoral que
se contrai quando um ginasta se levanta “pela
força do braço”. Oculto pelo grande peitoral está
o pequeno peitoral que levanta as costelas; é um
músculo inspirador como o músculo denteado
anterior que se insere, também ele, nas costelas.
Músculos intrínsecos do tórax
São os músculos intercostais que ligam
uma costela a outra. Vão da margem inferior de
uma costela à margem superior da costela
subjacente. A sua ação é discutida. Contribuem
para fechar a caixa torácica e protegê-la, mas não
é claro se intervêm nos movimentos
respiratórios. Temos depois os músculos
subcostais, os elevadores das costelas e o
transverso do torax: servem para a respiraçao.
DIAFRAGMA
É um músculo ímpar que se encontra
acima da cavidade abdominal, que ele separa da
cavidade torácica. É sobre as costelas, as
vértebras lombares e o esterno que ele se insere.
Dessas regiões os feixes musculares se irradiam
para cima e para a parte mediana, confluindo
para um centro tendinoso. O diafragma é
inervado pelo nervo frênico. Ao contrair-se, a
sua curvatura diminui, isto é, o músculo tende a
achatar-se, a capacidade do tórax aumenta e os
pulmões se enchem passivamente de ar. Ao
mesmo tempo, o diafragma, achatando-se,
comprime a cavidade abdominal. Quando essa
contração é enérgica e atuam juntamente os
músculos do abdome, temos uma ação de pressão
sobre os órgãos abdominais, útil para esvaziar o
intestino, e, na mulher, para o parto.
MÚSCULOS DO ABDOME
Distinguem-se os músculos ventrais e os
músculos dorsais.
Músculos ventrais
São representados pelo reto do abdome,
pelos oblíquos (esterno e interno) e pelo
transverso, os quais, no seu conjunto, formam a
parede abdominal.
35
O reto é um músculo
em fita que desce do
esterno ao púbis e que
tem a função de dobrar
o tórax. para a frente;
tomando ponto fixo no
abdome, ao contrário,
levanta a bacia. Os
músculos oblíquos, que
são largas lâminas
musculares e que se
inserem nas costelas e
no osso ilíaco, abaixam
as costelas (e
comprimem, portanto,
o tórax: músculos
expiratórios), ou então
levantam a bacia. O músculo transverso comprime a
cavidade abdominal (é importante na defecação, no
vômito, no parto) e age, também, como músculo expirador.
Músculos dorsais
São representados pelo músculo quadrado dos
lombos, de forma quadrilátera, que fecha o abdome
posteriormente e tem a função de inclinar a coluna
vertebral lateralmente, e pelos músculos caudais, que estão
situados sobre o osso sacro e sobre o cóccix e que têm uma
função protetora
MÚSCULOS DOS MEMBROS
Membro superior. Músculos da espádua
O músculo mais característico da espádua é o
deltóide, de forma triangular, que comunica à espádua, no
começo do braço, a sua forma arredondada. Insere-se, de
um lado, na clavícula, e, do outro, no colo cirúrgico do
úmero. Afasta o braço do tronco lateralmente. A sua ação
não se estende, porém, além de 90 graus. A escápula dá
inserção ainda a outros cinco músculos que vão ter, todos,
ao úmero (músculo supra-espinhal, subespinhal, grande e
pequeno redondo) e têm por função afastar o braço
lateralmente e para trás ou de levantar a espádua.
Músculos do
braço
Distinguem-
se os
músculos
anteriores e
os posteriores,
que têm
função
contrária.
O maior e
mais
superficial
dos músculos
anteriores é o bíceps, porque tem duas cabeças que se
inserem na escápula. As duas cabeças se reúnem em um
grande ventre que termina por um forte tendão na
extremidade proximal do rádio. A sua função é dobrar o
antebraço sobre o braço; quando se contrai forma uma
proeminência característica. Durante a flexão do
antebraço, o seu tendão faz saliência na prega do cotovelo.
Menores e mais
profundos, o
músculo córaco-
braquial, que vai,
também ele, da
escápula ao úmero e
leva o braço para
diante, para cima e
para dentro, e o
músculo braquial,
que vai do úmero ao
ulna, e dobra,
também, o antebraço.
Dos músculos posteriores o maior é o tríceps, que nasce
por três cabeças: na escápula, na metade superior do úmero
e na metade inferior do úmero. As três cabeças se reúnem
em um grande ventre que constitui, praticamente, toda a
porção posterior do braço, e vai inserir-se, por um tendão,
no olécrano do ulna. Sua ação é oposta à do bíceps: isto é,
estende o antebraço.
Músculos do antebraço
Podem-se distinguir três grupos colocados em três
lojas distintas: um grupo anterior, um grupo lateral e um
grupo posterior.
Os músculos anteriores são essencialmente
flexores da mão (flexor radial e flexor cubital) e dos dedos
(flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos,
longo flexor do polegar). Os músculos laterais são o
músculo bráquio-radial (que dobra o antebraço) e os
extensores radiais do carpo (longo e curto), que estendem
36
a mão.
Os músculos posteriores estendem a mão
(extensor cubital do carpo) e os dedos (extensor comum
dos dedos, extensor próprio do mínimo, curto e longo
extensor do polegar, extensor do indicador). Um leva opolegar para fora (longo abdutor do polegar), um outro faz
rodar o braço sobre o próprio eixo (supinador), fazendo
realizar à mão o movimento característico pelo qual a
palma, que voltada para baixo, rode, voltando-se para
cima.
Músculos da mão
São desenvolvidos particularmente do lado palmar
e, entre os outros, têm maior evidência aqueles do polegar
e do mínimo. Estes dois grupos de músculos formam duas
saliências que se chamam eminência tenar (do lado do
polegar) e eminência hiPotenar (do lado do mínimo).
Distinguimos assim os músculos da eminência tenar,
aqueles da eminência hipotenar e Os músculos da palma.
Aos músculos da eminência tenar cabem os
movimentos do polegar: o curto abdutor leva o polegar
para fora, enquanto o oponente permite opor-se o polegar
ao mínimo; o curto abdutor concorre com o já citado longo
abdutor (que pertence aos músculos do antebraço). O
adutor do polegar leva, contrariamente, o polegar para
dentro; enfim O curto flexor concorre com o longo flexor
(do antebraço) para dobrar o polegar. Os músculos da
eminência hipotenar têm a função de dobrar o mínimo
(curto flexor do mínimo), de levá-lo para fora (abdutor) e
de opô-lo ao polegar (oponente do mínimo).
Os músculos da palma, enfim, são constituídos
pelos lumbricais e pelos interósseos. Os
músculos lumbricais são pequenos músculos
que dobram a primeira falange dos últimos
quatro dedos (isto é, excluindo o polegar) sobre
a palma, enquanto, contrariamente, estendem a
segunda e a terceira falange. Os músculos
interósseos ocupam os espaços entre um
osso e outro do metacarpo e têm a função de
aproximar e de afastar os dedos do eixo da mão
(isto é, servem para abrir os dedos em leque e
para reuni-los).
Membro inferior. Músculos do quadril
Têm eles origem nos ossos da bacia e da coluna
vertebral e vão inserir-se no fêmur. Dividem-se em
músculos da fossa ilíaca e músculos da região glútea.
Entre os primeiros deve ser citado o músculo psoas-ilíaco,
que nasce, por duas inserções distintas,
da fossa ilíaca e da coluna lombar;
termina no fêmur, e, conforme tenha
fixa uma ou outra das inserções, dobra
a coxa sobre a bacia ou então inclina
para diante o tronco; concorre também
para rodar para fora a coxa.
Os músculos da região glútea são
representados pelos músculos glúteos
(grande, médio e pequeno glúteo),
dispostos em três camadas sobrepostas:
têm a função de estender a coxa
(entram em ação quando alguém passa
da posição sentada para a posição em
pé) e de levá-la para fora. Sempre na região glútea há
outros músculos menores, como o Piriforme, o obturador
interno e o quadrado do fêmur,
que têm a função de rodar a coxa.
Músculos da coxa
Dividem-se em anteriores,
mediais e posteriores. Entre os
anteriores os mais importantes
são o costureiro e o quadríceps. O
costureiro parte da espinha ilíaca
ântero-superior, percorre toda a
coxa obliquamente e tem multa
importância na marcha. O
quadríceps femoral é um grande
músculo constituído de quatro
ventres, que, embaixo, confluem
para um tendão único, o qual se
insere na tíbia. Na espessura do
tendão, pouco antes deste se
inserir na tíbia, está incluída a
patela (rótula). A função do
quadríceps é a de estender a
perna; entra em ação quando,
depois de ter dobrado o joelho, é
posta a perna em linha com a
coxa.
Os músculos mediais, isto é, os
situados na parte interna da coxa,
têm a finalidade de reconduzir a
coxa para a linha mediana, depois
que a própria coxa foi levada para
fora: isto é, são adutores. Estão
dispostos, em quatro planos e
compreendem quatro músculos
adutores propriamente ditos além
do delgado, do pectíneo e do
obturador.
Os músculos posteriores da coxa
têm a função de dobrar a perna
sobre a coxa e de estender a coxa
sobre a bacia, em outros termos,
fazem dobrar o joelho e levam a perna atrás da coxa. São
constituídos pelo músculo bíceps femoral e pelos músculos
semitendinoso e semimembranoso.
Músculos da perna
Também os músculos da perna estão distribuídos
por três grupos: anteriores, laterais e posteriores. Os
anteriores partem da tíbia e terminam no pé. Têm a função
de estender o pé, no seu todo, ou os dedos (isto é, fazem
dobrar o pé ou os dedos para cima). O músculo tibial
anterior move o pé; aos dedos chegam, contrariamente, o
longo extensor dos dedos e do maior. Os músculos laterais
são representados pelos dois ‘peroneanos’, lon- go e curto,
que dão ao pé o movimento de abdução, isto, levam-no
para fora. Os músculos posteriores têm função contrária à
dos anteriores, isto é, dobram o pé e os dedos (dobram para
baixo). O maior dos músculos posteriores é o triceps sural,
constituído por três ventres.
Dois deles formam os gastrocnemianos ou
gêmeos, os quais constituem a barriga da perna
(observando-se atentamente, notar-se-á como a barriga da
perna é constituída por duas globulosidades distintas); o
terceiro é o músculo solear, situado mais profundamente. O
músculo tríceps sural tem um único grande tendão que se
insere no calcâneo: é o tendão de Aquiles. A função do
tríceps é a de estender o pé (como acontece quando alguém
se põe na ponta dos pés). Os outros músculos posteriores
são os flexores dos dedos todos inclusive do maior; o tibial
posterior não só estende mas leva para fora e roda para
dentro o pé; o poplíteo, que dobra a perna, e roda-a para
dentro.
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Músculos do Pé
No dorso do pé há um único
músculo, o curto extensor dos dedos,
que dobra os dedos para cima, Na
planta, há numerosos músculos: um
grupo lateral faz mover o pequeno dedo
(leva-o para baixo e para fora); um
grupo medial atua sobre o dedo maior e
o faz mover para fora e para baixo;
enfim, o terceiro grupo de músculos
medianos, que ocupam a região central
da: planta do pé, serve para o
movimento comum de todos os dedos.
Indiquemos de modo breve os
seus nomes:
Músculos mediais: abdutor do dedo
maior - curto flexor do dedo maior -
adutor do dedo maior.
Músculos laterais: abdutor do 5º dedo -
curto flexor do 5º dedo - oponente do 5º
dedo.
Músculos medianos: curto flexor dos
dedos - quadrado da Planta - músculos
lumbricais - músculos interósseos
plantares - músculos interósseos dorsais.
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