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Atividades Didática

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ATIVIDADES DISCIPLINA: DIDÁTICA 
1. Por meio da figura a seguir, explicite como estas questões ilustradas podem contribuir para a compreensão do professor sobre o campo de estudos e de atuação da didática. 
Para que ensinar? 
Sob que condições se ensina? 		O que ensinar?
Didática 
Como ensinar?					Quem ensina? 
Para quem se ensina? 
Fonte: Elaborada pela autora com base em Libâneo, 2002.
Conforme Libâneo (2002), essas questões são fundamentais para refletir sobre a didática em um propósito emancipador, pois não há neutralidade nos processos de ensino. A Didática é uma das disciplinas da pedagogia e contribui para a formação do professor e a ação docente na medida em que trata das condições e dos meios para a efetivação dos processos de ensino, o que responde à pergunta “como ensinar?” Já a pergunta “para quem se ensina?” permite ao professor ir além dos conhecimentos a serem ensinados e olhar o estudante como sujeito ativo nos processos de ensino, com interesses, cultura, uma identidade e uma história de vida que precisam ser considerados. A pergunta “o que ensinar?” diz respeito ao conteúdo a ser trabalhado pelo professor, ou seja, é necessário que se faça cumprir a função social da escola na garantia do direito à aprendizagem, aos conhecimentos científicos, históricos e culturais selecionados no currículo para o trabalho com os estudantes. O questionamento “para que ensinar?” traz os propósitos e os fins da educação: garantir que todos os estudantes aprendam. O professor necessita planejar estratégias diferenciadas e diversificadas para que os diferentes ritmos e formas de aprender sejam respeitados e, assim, as aprendizagens sejam consolidadas. A pergunta “sob que condições se ensina?” traz ao professor reflexões sobre o contexto social, político e econômico em que a escola está inserida. Assim, o objetivo dessa reflexão não é apenas chegar a uma mera constatação e justificativa para a não aprendizagem dos estudantes; ao contrário, deve-se analisar o contexto e verificar as dificuldades, estas servem como diagnóstico para que o trabalho pedagógico aconteça. A crença de que todos são capazes de aprender é fundamental para o trabalho do professor. As discussões sobre “quem ensina?”, por sua vez, permitem ao docente olhar para si, para sua formação inicial e para a necessidade de buscar formação continuada no decorrer de sua carreira. Essa questão contribui para a autoavaliação permanente do professor, apontando para o replanejamento do processo de ensino quando se verifica que há dificuldades na aprendizagem dos estudantes.
2. Considerando o quadro abaixo, descreva como o professor realizaria um planejamento de ensino e de aula tendo em vista as duas concepções: didática instrumental e didática reflexiva. Didática instrumental Didática reflexiva.
Didática instrumental 		Didática Reflexiva
Professor 		executor.				Mediador 
Estudante 		Mão de obra futura.			Sujeito participe, Cidadão.
Método/técnica 	Pretensa neutralidade. 		Considera quem são os sujeitos da educação.
Conteúdo 		Instrucional, tem utilidade.		O professor contextualiza os saberes a que o estudante tem direito.
Escola 		Forma indivíduos competentes.	Garantia do direito à aprendizagem, não apenas do acesso ao espaço escolar.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Candau, 2012.
Na didática instrumental, que tem como pressuposto as pedagogias tradicionais, o professor é um mero executor do que já foi determinado em um currículo prescritivo. Ou seja, o docente não é visto como alguém que reflete sobre sua prática nem como um profissional reflexivo, que revê, retoma e replaneja seu trabalho. Assim, nessa concepção, ele aplica métodos e técnicas sem perceber o estudante como um sujeito de direitos, pois este será um depositário das informações que são transmitidas. Logo, o conteúdo a ser ensinado, assim como as formas de ensino, são carregados de uma pretensa neutralidade, sem uma compreensão dos contextos em que foram produzidos. A escola tem o propósito de formar indivíduos competentes, para exercer um papel no mercado de trabalho. Já na didática reflexiva o professor é o mediador dos processos de aprendizagem dos estudantes e, para isso, lançará desafios, problematizações e intervenções de modo que todos aprendam, pois o aluno é o sujeito da aprendizagem. Ele não é o cidadão do futuro, pois já é cidadão. Os processos de ensino serão pensados, tendo em vista o que se deseja ensinar, para quem se deseja ensinar, como se deseja ensinar, possibilitando ao docente a retomada contínua do planejamento e dos encaminhamentos realizados. Os conteúdos ensinados são contextualizados, a fim de que o estudante relacione os saberes aprendidos com a vida em sociedade.
3. Segundo Veiga (2011), na concepção de que o aluno é um ser passivo que apenas recebe informações, tendo como centro o intelecto, a didática será fundamentada em regras, lógicas e instruções. Nessa forma de ensino, cabe ao estudante o silêncio, que se consegue por meio da disciplina e da atenção ao conteúdo a ser transmitido. Discorra sobre a concepção de homem, sociedade e sujeito da aprendizagem que se deseja formar, analisando se as práticas educativas presentes nessas formas de ensinar ainda são uma realidade nas escolas brasileiras.
Nessa concepção, o sujeito da aprendizagem é visto como alguém sem voz ativa no processo de aquisição do conhecimento, uma tábula rasa, e cabe ao professor depositar o conteúdo a ser apreendido. Se o estudante não aprender, é culpabilizado. A culpa pode recair sobre seu comportamento desatencioso, sobre seu contexto familiar, sobre a situação econômica da família, entre outras formas de justificar a não aprendizagem. Assim, tem-se uma didática que se fundamenta na meritocracia, pois aprenderão apenas aqueles que se esforçam, que têm condições para assimilar o conhecimento, que têm famílias que os incentivem etc. Os que não se adequam ao que a escola tem para oferecer são excluídos. A sociedade que se deseja nessa concepção, embora o discurso propagado seja, por vezes, em prol da emancipação, é a sociedade que marginaliza os menos favorecidos, aquela que incentiva a competitividade, que propõe a pseudoparticipação como forma de mascarar a democracia prevista na legislação. Essa didática instrucional e tradicional ainda está presente nas escolas brasileiras, que em seus PPPs anunciam uma concepção mais avançada de ensino e de aprendizagem, no entanto, ainda trazem em muitas de suas ações pedagógicas vestígios de uma escola que deseja a disciplina, o silêncio absoluto, vencer o conteúdo sem considerar se houve aprendizagem. A didática reflexiva permite ao professor rever esses encaminhamentos, proporcionando- -lhe condições de se autoavaliar e avaliar os processos pedagógicos dos demais membros do colegiado, a fim de que a escola – como determina a legislação vigente – seja de fato democrática.
Atividades 
1. Para Saviani (2009), a práxis educativa não apenas deve relacionar teoria e prática, mas é a atividade humana que transforma a sociedade. Como o professor que busca fundamentar suas ações nessa perspectiva pode organizar seu planejamento?
A práxis educativa, segundo Saviani (2009), não é apenas a relação entre teoria e prática, mas a atividade humana que transforma a sociedade. Para que isso seja possível, o professor precisa ser consciente de seu papel diante do processo de ensino e de aprendizagem, que não se esgota em sala de aula, mas se desdobra em práticas sociais globais. No método dialético defendido por Saviani (2009), o professor terá os seguintes passos para concretizar, com a ressalva de que eles não seguem uma ordem, podendo o docente ir e vir pelos passos até que o estudante tenha domínio do saber científico historicamente acumulado pela humanidade.
2. Quais as diferenças entre as tendências pedagógicas liberais e as tendências renovadas progressistas? 
As pedagogias liberais têm a função de preparar os indivíduos para essa sociedade, não buscando encaminhamentos metodológicos em que o conhecimento científico, histórico ecultural sejam alicerce para a criticidade. A intenção é preparar o indivíduo para ocupar lugares predeterminados na sociedade. Há ênfase na igualdade de oportunidades, mas baseada em uma ideia de meritocracia: se o aluno não conseguiu aprender, é porque não se esforçou, não porque não lhe foram dadas as condições para a aprendizagem. As pedagogias progressistas atuam na contramão das pedagogias liberais, pois instrumentalizam os estudantes com conhecimentos científicos ao mesmo tempo que possibilitam aos envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem realizar crítica à organização da sociedade. Assim, ao organizarem o trabalho pedagógico, buscarão utilizar encaminhamentos em que os estudantes tenham voz, sintam-se desafiados a aprender, mas tenham na figura do professor (como na teoria crítico-social dos conteúdos) um mediador dos processos de aprendizagem.
3. Destaque pontos essenciais do trabalho do pedagogo que têm como fundamento as pedagogias relacionadas à tendência renovada progressista.
O pedagogo necessita diagnosticar na escola em que trabalha as concepções que perpassam a prática dos docentes, a fim de selecionar estratégias formativas de modo que os professores analisem a sua própria prática educativa e busquem superar aquelas que não levam à formação de sujeitos reflexivos, críticos, autônomos e atuantes na vida em sociedade. Esse profissional pode também encontrar estratégias para retomar o planejamento dos professores que não estão atuando de acordo com os pressupostos em prol da emancipação humana. Assim, o pedagogo pode intervir nos três momentos do planejamento: na sua elaboração, no momento de sua execução e na avaliação como um todo. Quando o pedagogo participa de momentos avaliativos do planejamento, ele auxilia a consolidação de uma avaliação formativa, que tem o seu foco no processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, não é apenas o estudante que está sendo avaliado, mas também o professor, com o intuito de promover a retomada dos processos de ensino.
Atividades 1. 
1. Como o professor pode organizar seu planejamento pautando-se na teoria da zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky? 
O professor que fundamenta seu trabalho na teoria de Vygotsky atua como um mediador no processo de aprendizagem do estudante, contribuindo para seu desenvolvimento, pois de acordo com esse teórico, a aprendizagem precede o desenvolvimento. Ao atuar na zona de desenvolvimento proximal, que é a distância entre a zona de desenvolvimento real e a zona de desenvolvimento potencial, o professor auxilia o estudante a fazer com autonomia aquilo que não consegue fazer sozinho. Ao mediar, lançando desafios, problematizações, auxiliando o estudante a avançar no processo de consolidação das aprendizagens, o professor contribui para sua autonomia e para o desenvolvimento de suas potencialidades. Esse processo de aprendizagem no espaço escolar é permanente e sistemático, pois à medida que o estudante consolida aprendizagens, o professor organiza outras mediações, levando o estudante a avançar.
2. Por meio dos aprendizados adquiridos com a leitura deste capítulo, contra-argumente a seguinte afirmação: “leva jeito para ensinar, nasceu com o dom!”
Como afirma Paulo Freire (1996), para ser professor e ensinar é necessário rigorosidade metódica, organizar o ensino de maneira que o estudante sinta-se instigado a saber mais, a questionar, a comparar, a superar seus conhecimentos advindos de outros grupos sociais. Para o autor, ensinar não pode se distanciar da pesquisa, pois como aguçar a curiosidade dos estudantes para que procurem outras formas de chegar à mesma resposta, que não se contentem com respostas prontas, se o professor também não exercer a “curiosidade epistemológica” (FREIRE, 1996)? É a superação da visão ingênua sobre o conhecimento, sobre a sociedade, sobre o ensino e sobre a aprendizagem. Outro ponto fundamental para contra-argumentar a afirmação é a necessidade de o professor ser um profissional reflexivo. Essa reflexão, segundo Schön (1992), deve ocorrer de forma articulada e contínua, por meio do conhecimento sobre a prática, da reflexão sobre a prática e da reflexão sobre a reflexão na ação.
3. Compare atividades diferenciadas e atividades diversificadas.
Para ensinar determinado conhecimento aos estudantes, objetivando que todos aprendam, o professor precisa realizar um planejamento que considere os diferentes ritmos de aprendizagem dos estudantes e as diferentes formas de aprender. Assim, quando o professor tem compromisso com um PPP emancipador, buscará diversificar as atividades. Tornará o conhecimento trabalhado em sala atrativo a todos: jogos, materiais didáticos, brincadeiras, leituras de textos são algumas estratégias de que o professor pode lançar mão para que todos se sintam desafiados. 
Já nas atividades diferenciadas, o professor realiza o planejamento de forma personalizada, pensando na dificuldade do estudante ou como ele se sente desafiado. Se o estudante já consolidou seus conhecimentos antes dos demais, o professor deve diagnosticar em que momento da aprendizagem ele está e propor novos desafios e problematizações, para que possa continuar avançando.
Avaliação da aprendizagem: possibilidades de reorganização do planejamento 
1. Diferencie os níveis de avaliação educacional, trazendo reflexões sobre como eles se inter-relacionam.
Enquanto a avaliação de sistema ou de larga escala opera em nível macro, a avaliação institucional e a avaliação da aprendizagem ocorrem dentro do espaço escolar. Avaliação de sistema ou de larga escala: avalia os processos de ensino de uma forma macro, o que permite a reorientação ou o planejamento de políticas públicas. Avaliação institucional: avalia como o PPP é colocado em prática, a sua concepção de ensino, de aprendizagem, de avaliação, de gestão democrática, de ambiente educativo, entre outros elementos essenciais para o trabalho educativo, tendo em vista a consolidação das aprendizagens. Assim, a comunidade escolar (professores, pedagogos, funcionários, famílias e estudantes) avalia a organização do trabalho pedagógico realizado pela escola, discutindo e articulando os elementos avaliados a um diagnóstico da unidade educativa, o qual possibilita gerar um plano de ação coletivo em que se estabelecerão responsabilidades, objetivos, estratégias, recursos, tempos e espaços para melhoria do trabalho educacional. 
Avaliação da aprendizagem: refere-se à avaliação organizada pelo professor, com vistas a verificar como os estudantes estão aprendendo o que é ensinado. Nesse nível de avaliação, o professor também pode realizar uma autoavaliação, pois, ao analisar sua turma e o percurso de aprendizagem de cada estudante, ele checa a necessidade de replanejamento de ensino e de aula.
 Enquanto a avaliação em larga escala é externa à escola, a avaliação institucional é interna. Assim, quando o colegiado organizar-se coletivamente para refletir sobre esses índices, pode inter-relacionar os dados advindos dos dois níveis de avaliação, possibilitando uma reflexão sobre o ambiente educativo, o que resulta em mais possibilidades de organização do trabalho pedagógico.
2. Como a elaboração de portfólios pode contribuir para uma concepção de avaliação de aprendizagem formativa e diagnóstica?
O professor tem mais possibilidades de registrar o avanço dos estudantes e replanejar a partir da elaboração de portfólios que demonstram o percurso dos discentes. Esse instrumento de registro permite superar a visão de que o professor seja o “examinador” e o estudante, o “examinado”. Com esse instrumento de registro, o estudante tem condições de refletir sobre seu próprio processo de aprendizagem, verificando o quanto já avançou e o quanto ainda precisa superar para consolidar conhecimentos. Professor e estudante podem comparar as primeiras atividades com as últimas, analisando o resultado do trabalho de ambos. Dessa forma, é necessário desconstruir posturas autoritárias e verticalizadas de avaliação da aprendizagem, em que o professor espera que o estudanteresponda exatamente o que ele ensinou. Na concepção emancipatória e mediadora de avaliação da aprendizagem, observa-se, registra-se e medeia-se. Há desenvolvimento da autonomia, da reflexão, do compartilhamento de informações, da criatividade do estudante e do uso de diferentes linguagens para expressar o que vem sendo consolidado.
3. Diferencie a avaliação em uma perspectiva emancipatória de uma avaliação em perspectiva autoritária.
Avaliação em uma perspectiva emancipatória: nessa concepção, considera-se a heterogeneidade dos estudantes, com suas múltiplas formas de aprender e diferentes ritmos de aprendizagem. A avaliação diagnóstica é proposta pelo professor com vistas ao planejamento de ensino e de aula, com atividades diferenciadas e diversificadas, objetivando a aprendizagem de todos os estudantes. Os princípios que balizam essa perspectiva emancipatória de avaliação são: solidariedade, empatia, justiça, equidade, igualdade de condições para aprendizagem e qualidade pedagógica. O professor é o mediador no processo de aprendizagem dos estudantes, organizando problematizações e propostas nas quais estes interajam e sintam-se desafiados a aprender.
Avaliação em uma perspectiva autoritária: considera que os estudantes aprendem de forma homogênea e devem adaptar-se ao que é proposto pelo professor. O currículo é visto como uma listagem de conteúdo a serem ensinados. Os princípios que a embasam são a exclusão daqueles que não se adequam ao ensino transmissivo, cobrança e controle. Avalia-se para punir, controlar, passar ou reprovar e não para aprender.
PPP e os processos de ensino e aprendizagem 
1.A partir da ilustração, descreva como se dá o processo de elaboração do PPP e a sua efetivação em uma perspectiva democrática. 
Sensibilização da comunidade educativa
e compreensão da importância do PPP. 
Análise do contexto educacional e da comunidade educativa.
Levantamento de referencial teórico, 
estudo coletivo, definição de concepções e propostas. 
Sistematização do PPP, concretização das propostas expressas pelo coletivo. 
Fonte: Elaborada pela autora com base em Vasconcellos, 2002.
É necessário que a equipe gestora mobilize a comunidade educativa para que esta compreenda a importância do PPP como um instrumento teórico e prático que permite aos envolvidos no processo educacional vivenciar a gestão democrática, como determina a legislação vigente. Sendo o PPP o plano global da instituição, como afirma Vasconcellos (2002), recomenda-se que seja elaborado não apenas pelos técnicos e especialistas das escolas ou da secretaria, mas com a participação de professores, pais/responsáveis, pedagogos, direção, funcionários da escola e estudantes. Em sua construção, devem-se levar em conta a realidade e o contexto educacional para a organização e sistematização de um projeto educativo que vise ao direito à aprendizagem. Após esse movimento de sensibilização, levantamento dos dados da realidade educativa e sua análise, utiliza o referencial teórico na definição dos fundamentos para a compreensão dos dados obtidos no diagnóstico, bem como na formulação do planejamento das ações que contribuem para a melhoria da qualidade dos processos de ensino e de aprendizagem. Ao terminar o documento, não se encerram as ações, pois ele não deve ficar na gaveta, mas circular entre todos os envolvidos nas ações educativas, visto que as discussões, as reflexões, as decisões e todas as ações realizadas no espaço escolar devem estar respaldadas pelo PPP.
2. Diferencie BNCC, currículo e PPP e descreva como as escolas deverão atualizar seus PPPs diante da BNCC.
BNCC: documento normativo para todas as escolas que ofertam educação básica no país, no qual constam as aprendizagens essenciais a que todos os estudantes têm direito. É a referência para a elaboração ou reelaboração dos currículos e dos PPPs (BRASIL, 2017).
Currículo: conforme Moreira e Candau (1997), é o coração da escola e nele se concentram as relações entre educação e sociedade. Nessa concepção, currículo não é apenas um documento com a indicação dos conteúdos a serem trabalhados em cada ano letivo, mas, sobretudo, um dispositivo em que há um campo de disputa sobre o tipo de sujeito que se deseja formar em determinada sociedade. Para formar esse sujeito, há não só conhecimentos considerados essenciais, como também formas de se ensinar esses saberes, de se avaliar, de utilizar os livros didáticos, de formar professores e, sobretudo, de políticas públicas a serem seguidas. Não há neutralidade no campo curricular, pois sempre haverá interesses: formar para o mercado de trabalho (que é instável e excludente) ou formar integralmente (para a emancipação humana e para a democracia). As teorias críticas e pós-críticas de currículo defendem a importância de valorizar não somente a cultura produzida no campo das diferentes ciências, mas também as múltiplas culturas dos diferentes sujeitos pertencentes à comunidade educativa. 
PPP: como afirma Vasconcellos (2002), é o plano global da escola. Em uma perspectiva emancipatória e democrática, deve-se considerar a realidade local, para, a partir dela, avançar no processo de construção do conhecimento com os estudantes. É um instrumento teórico- -prático que possibilita à comunidade educativa consolidar a identidade da instituição. Com a sistematização do PPP, pode-se avaliar os processos educacionais ofertados à comunidade educativa, fornecendo, assim, subsídios para o replanejamento da escola. Quanto à reelaboração dos PPPs, tendo-se em vista a BNCC, será necessário considerar não só os conhecimentos essenciais descritos nesse documento, mas também as habilidades específicas que são desenvolvidas de acordo com cada componente curricular e as dez habilidades gerais.
3. Sistematize um quadro, diferenciando um PPP construído democraticamente e um PPP organizado de forma burocrática.
Quadro feito nas anotações!
Elementos constitutivos do planejamento 
Atividades-PG 88
1. Explicite a diferença entre a flexibilização da ação docente diante do planejamento e o improviso do professor sem compromisso com a organização desse documento. 
Quando o professor se compromete com a consolidação das aprendizagens dos estudantes, realiza os planejamentos de ensino e de aula articuladamente. Dessa forma, suas aulas não estarão embasadas no improviso, mas fundamentadas na organização de espaços e tempos elaborados com o objetivo de garantir a apropriação do conhecimento científico, previsto no currículo da escola e no seu PPP. Quando existe planejamento, existe a flexibilização deste, pois, ao colocá-lo em ação, o professor pode avaliar seu trabalho pedagógico à medida que o executa, retomando e reorganizando seu planejamento quando necessário. Em um planejamento minucioso, observam-se os interesses, as necessidades dos alunos e o direito à aprendizagem, e, caso se verifique que os objetivos não estão sendo efetivados, reorganizam- -se os encaminhamentos, possibilitando que todos venham a ter seu direito à educação respeitado.
2. Diferencie planejamento de ensino e plano de aula. 
No planejamento de ensino, os professores do ano, fundamentando-se no currículo e no PPP de sua escola, organizam coletivamente os critérios de ensino-aprendizagem que serão trabalhados com os estudantes, assegurando metodologia, critérios de avaliação da aprendizagem e recursos correspondentes. No planejamento de ensino, não se detalham esses elementos, pois este é organizado para um período de tempo maior, o que depende dos documentos orientadores da escola (bimestral, trimestral ou semestral). 
Já o plano de aula é o detalhamento do plano de ensino, sendo organizado para um período de, no máximo, 15 dias. O plano de aula, organizado pelo professor de cada turma, considera as especificidades dos estudantes, sendo necessário verificar quais são suas dificuldades e potencialidades, para que o docente possa diferenciar e diversificar as atividades.
3. Observe a imagem e discorra sobre os níveis de planejamento nos processos educacionais. BNCC Adequação dos currículosAdequação dos PPPs 
Fonte: Elaborada pela autora com base em Vasconcellos, 1992; Gandin, 1994; Gesser, 2011 e Libâneo (2006).
O planejamento educacional diz respeito ao planejamento dos sistemas de ensino: nacional, estadual e municipal. 
O planejamento institucional está relacionado à organização do PPP da escola, que, de acordo com o princípio democrático, previsto na Constituição de 1988, deve ser construído coletivamente, com a participação dos diferentes segmentos da comunidade educativa. O plano de ação da escola, elaborado anualmente, necessita estar articulado ao PPP da instituição.
Os planejamentos de ensino e de aula envolvem a racionalização dos saberes a serem ensinados aos estudantes. 
No planejamento de ensino, com base no currículo e no PPP da escola, seleciona-se o que será ensinado por período de tempo, o que é estabelecido pelo regimento da unidade (bimestral, trimestral, semestral ou anual). Já no plano de aula, detalha-se o que será trabalhado.
Reflexões sobre métodos de ensino
Atividades 
1. De que forma o professor que se fundamenta na teoria da zona de desenvolvimento proximal pode realizar seu trabalho pedagógico? 
1. Para Vygotsky (2010), o que o estudante pode fazer hoje com auxílio dos adultos ele poderá fazer amanhã com autonomia, pois a mediação realizada lhe possibilita aprender e avançar no desenvolvimento. Para o estudioso, a aprendizagem precede o desenvolvimento. O estudo sobre o nível de desenvolvimento proximal permite ao professor planejar situações didáticas em que o estudante realize com auxílio o que ainda não consegue realizar sozinho, porém, ao fazê-lo com apoio do professor ou dos colegas, avança no processo de aprendizagem e adquire autonomia. Essa teoria nos leva a pensar sobre a importância do professor no processo de aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes. Assim, ao mediar, intervir, propor, organizar, questionar, propor discussões, reflexões, comparações, pesquisas, entre outras ações que possibilitem ao estudante não apenas estar em um ambiente, mas nele interagir e aprender, o professor estará cumprindo o seu papel de mediador, contribuindo para que a escola se efetive como um lugar único e propício à construção do pensamento científico e de acesso a ele.
2. De que maneira a tecnologia pode estar presente nos encaminhamentos metodológicos do professor?
A tecnologia é produto da ciência e o professor necessita aceitar o desafio de utilizá-la em sala de aula, mas de forma contextualizada e mediada. Caso contrário, estará apenas utilizando novos recursos que podem até contribuir para que os alunos fiquem silenciosos e não demonstrem problemas de indisciplina, mas o docente perderá a oportunidade de problematizar os conhecimentos científicos a que os estudantes têm direito de forma que se sintam motivados e desafiados a aprender. Assim, não basta realizar treinamentos com os professores sobre o uso de novas tecnologias, mas, para além de saber utilizar, levar a eles possibilidades de construção de novos paradigmas educacionais, nos quais as novas tecnologias sejam parte de um currículo vivo, reflexivo, inclusivo e com dialogicidade. Os diálogos entre professor e estudantes, estudantes e estudantes, escola e comunidade necessitam estar presentes. Segundo Masseto (2006), a tecnologia precisa ser utilizada de acordo com os objetivos de ensino-aprendizagem, sendo coerente com as concepções presentes no currículo da escola e no PPP.
3. Organize um quadro explicitando as diferenças entre as metodologias utilizadas nas tendências pedagógicas tradicionais e nas tendências pedagógicas progressistas.
Tabela feita nas anotações!

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