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Apostila de Economia - EAD

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Prévia do material em texto

Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Designer Educacional: 
Clovis Ribeiro do Nascimento Junior
Diagramador:
Alan Michel Bariani
Revisão Textual:
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim / 
Mariana Tait Romancini Domingos
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / Heber Acuña 
Berger
Revisão dos Processos de 
Produção: 
Rodrigo Ferreira de Souza
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
ORIGEM DO TERMO ECONOMIA ............................................................................................................................ 5
O SISTEMA ECONÔMICO .......................................................................................................................................... 5
A DIVISÃO DA CIÊNCIA ECONÔMICA .................................................................................................................... 10
ATIVIDADES DE PRODUÇÃO NO SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA .............................................................14
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 17
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
PROF.A CAROLINE J. FÉLIX 
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Prezado (a) aluno (a), a disciplina de Economia será apresentada em quatro unidades. 
Este material contempla a unidade I que visa o desenvolvimento de conhecimentos introdutórios 
da Economia. 
É importante estudar economia para compreender o mundo em que vivemos e principal-
mente porque todo ser humano é um agente econômico. Isso signi� ca que, ao longo da vida, você 
precisará tomar decisões, interagir com outras pessoas. Depois que tiver um emprego, precisará 
decidir o que fará com sua renda. Esses aspectos mostram que você está inserido em uma econo-
mia e, para que viva em melhores condições, é essencial buscar conhecimentos sobre essa área.
A leitura deste material e materiais complementares, as atividades e as discussões podem 
permitir valiosas re� exões ao aluno e, certamente, impactar positivamente na formação pro� s-
sional. 
Nesta disciplina, na modalidade de Educação à Distância, o aluno é o principal agente do 
saber, sendo responsável pela busca e retenção do conhecimento. No entanto, ele não trabalha 
sozinho, contando com a possibilidade constante do contato com o tutor.
Por isso, através desta disciplina, foi estabelecido um plano de ensino, para facilitar a pro-
moção da compreensão dos assuntos abordados. A intenção desta disciplina é preparar o aluno 
para se apropriar do conhecimento e aplicar em sua vida pro� ssional de forma e� caz e ética. Esse 
material foi desenvolvido pensado em você, então, procure interagir com os textos, fazer anota-
ções e responder às atividades de estudo.
Para que a disciplina atinja o objetivo, é necessário que o aluno esteja consciente da im-
portância das leituras indicadas não apenas do plano de ensino, mais também leituras comple-
mentares sobre os assuntos abordados, bem como assistir os vídeos e realizar todas as avaliações.
 
Objetivos:
• Apresentar as origens e o signi� cado do termo economia;
• Apresentar a de� nição de um sistema econômico e os principais elementos propulsores 
deste sistema;
• Apresentar antecedentes históricos da transição da era feudal para o sistema capitalista 
e elementos que consolidaram o novo sistema econômico;
• Apresentar os aspectos que asseguram a economia como ciência e as duas grandes áreas 
de estudo desta ciência: microeconomia e macroeconomia;
• Apresentar as atividades do sistema econômico capitalista e os principais problemas 
enfrentados pelas economias capitalistas.
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ENSINO A DISTÂNCIA
ORIGEM DO TERMO ECONOMIA 
A palavra economia tem origem grega e pode ser entendida como “aquele que administra 
um lar”. A princípio, essa origem pode parecer estranha, mas o fato é que lares e economias têm 
muito em comum. As famílias precisam tomar várias decisões. É preciso decidir quais tarefas 
cada membro será responsável em desempenhar: quem irá preparar o jantar? Quem irá decidir 
o programa que será sintonizado na TV? Em resumo, cada família precisa alocar (organizar ou 
distribuir) seus recursos entre seus diversos membros, levando em consideração as habilidades, 
esforço e desejo de cada um (MANKIW, 2006).
Assim como as famílias, a sociedade precisa tomar muitas decisões. É preciso decidir 
quais tarefas serão executadas e quem serão os respectivos responsáveis. Nesta divisão de tare-
fas, algumas pessoas vão produzir alimentos, outras vão fabricar roupas, outros vão desenvolver 
programas de computador e várias outras tarefas, visando atender as necessidades dos membros 
dessa sociedade (MANKIW, 2006).
Economia é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos. Na maioria 
das sociedades, os recursos são alocados não por um único planejador central, mas pelos atos 
combinados de milhões de famílias e empresas. Assim sendo, a partir da economia estuda-se 
como as pessoas tomam decisões: o quanto trabalham, o que compram, quanto poupam e como 
investem seus recursos. Estuda-se também como as pessoas interagem umas com as com as ou-
tras. Examina-se o preço e a quantidade pelo qual os bens são vendidos (MANKIW, 2006).
A economia é de� nida como uma ciência 
que tem como objeto de estudo a sociedade. De for-
ma geral, esta ciência busca compreender como a 
sociedade emprega os recursos para produzir bens 
e serviços e distribuí-los entre os indivíduos, a � m 
de satisfazer as necessidades de cada um. Neste sen-
tido, Mendes (2004) colabora reforçando que a eco-
nomia é uma ciência social, assim como a ciência 
política.
Em suma, não há complexidade na de� nição de economia, seja ela na dimensão da eco-
nomia de uma cidade, estado, região, país ou até mesmo do mundo. De forma geral e em poucas 
palavras, a economia corresponde à interação de um grupo de indivíduos, dado recursos e neces-
sidades que estes indivíduos possuem (MANKIW, 2006).
Neste material, vamos considerar a economia nacional, ou seja, o grupo de pessoas que 
interagem dentro de um mesmo espaço territorial nominado Brasil.
O SISTEMA ECONÔMICO 
 
Sistema econômico pode ser de� nido como a forma na qual uma sociedade está planeja-
da e/ou se organiza. Este planejamento e/ou organização segue diretrizesde ordem econômica, 
política e social. O principal objetivo de planejar a economia é promover o crescimento das ati-
vidades econômicas, ou seja, atividades de produção, distribuição e consumo de bens e serviços 
(VICECONTI; NEVES, 2010). 
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As instituições que promovem o crescimento das atividades econômicas são nominadas 
de agentes econômicos e podem ser classi� cadas da seguinte forma: unidades produtivas (em-
presas), unidades familiares (famílias), setor público (governo) e setor externo (outros países) 
(VICECONTI; NEVES, 2010).
As unidades produtivas são as empresas que produzem os bens e serviços de um país. O 
processo produtivo requer fatores de produção (terra ou recursos naturais, mão de obra e capi-
tal). Os fatores de produção são recompensados por meio de remuneração, ou seja, é necessário 
pagar para obtê-los. O principal objetivo e condição de existência, das empresas em uma econo-
mia capitalista é obtenção de lucros. 
As unidades familiares são os indivíduos que integram uma família e oferecem a sua 
mão de obra, ou seja, as unidades familiares oferecem a mão de obra que é um dos principais 
fatores de produção para que às empresas tenham condições de realizar a suas atividades – pro-
duzir bens e serviços. As unidades familiares colocam a sua mão de obra à disposição em troca 
de remuneração. 
O setor público são os agentes econômicos que administram a alocação dos recursos da 
sociedade nos âmbitos federal, estadual e municipal. O principal objetivo do governo em uma 
economia capitalista é oferecer bens e serviço à sociedade visando o atendimento do maior nú-
mero possível de necessidades e consequentemente elevar o bem-estar de todos. 
O setor externo são todos os países que mantêm relações econômicas. Estas relações 
acontecem em um sistema internacional, em que os países podem fazer acordos, se unir para 
defender interesses coletivos e até fazer compras extrapolando as fronteiras geográ� cas entre eles.
Figura 1 – Mapa Mundi com bandeiras dos países. Fonte: Google Images (2017).
Além de planejar a economia nacional visando o crescimento das atividades produtivas, 
é necessário estabelecer normas para oportunizar o crescimento vinculado ao desenvolvimento. 
Assim, as normas deverão ser respeitadas e cumpridas por todos os agentes econômicos (VICE-
CONTI; NEVES, 2010).
Tendo em vista que os agentes econômicos interagem entre si em um contexto regido por 
normas nacionais e pelo sistema econômico capitalista, torna-se fundamental compreender este 
sistema, desde a sua origem até a sua consolidação como sistema mundial.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO CAPITALISMO 
O capitalismo foi antecedido pelo período feudal, em que a estrutura da cidade se insta-
lava em volta das igrejas, enquanto o artesanato e o comércio se instalavam nas praças. Não havia 
uma demarcação de territórios, a ocupação dos espaços era gradual (ROLNIK, 1995).
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Figura 2 – Feudalismo. Fonte: Idade Média (2011).
Figura 3 – Mercantilismo - � e Bacino di San Marco on Ascension Day. Fonte: pintura de Canaletto (Ve-
nice 1697-Venice 1768).
Nas cidades feudais, o comércio foi ganhando força e, assim, a sociedade medieval feudal 
foi substituída por uma sociedade mercantilista. À medida que o comércio foi crescendo, os co-
merciantes passaram a ter poder e, consequentemente, controle social. Neste sentido, a acumula-
ção de riqueza passou a ser controlada pelos comerciantes (ROLNIK, 1995).
 A transição de poder do senhor feudal para a mão dos comerciantes locais foi o ponto 
de partida para as cidades entrarem em um processo de formação de Cidades-Estados. No sécu-
lo XVI, os mercantilistas promoveram a conquista de novos territórios e a expansão de cidades 
vizinhas (ROLNIK, 1995).
Esta expansão territorial permitiu a centralização de poder e autoridade, ultrapassando 
as fronteiras locais das cidades. O poder dos mercantilistas se estendia por toda região até nas 
cidades vizinhas recentemente conquistadas, as Cidades-Estados (ROLNIK, 1995).
Assim, podemos constatar que o sistema econômico capitalista teve origem com a acu-
mulação de riqueza, oriunda do comércio, porém, concentrada na mão de poucos, neste caso, na 
mão dos mercantilistas.
O SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA
Tendo em vista que o sistema econômico é a forma como uma sociedade se organiza e 
considerando que o objetivo do capitalismo é obter lucros, torna-se claro que o sistema econô-
mico capitalista é a forma como os agentes econômicos que compõem a sociedade se organizam 
para obter lucros.
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O sistema econômico depende diretamente do movimento de demanda, ou seja, o con-
sumo dos indivíduos, e de oferta, ou seja, a quantidade de bens e serviços que os produtores têm 
condições de colocar no mercado à disposição para consumo.
Para facilitar a compreensão, os produtores podem ser nomeados de empresários. Para 
obter lucros cada vez maiores, em termos econômicos isso é dito maximização de lucros, os em-
presários tendem a colocar no mercado produtos e serviços com preços cada vez mais elevados.
Retomando o aspecto das unidades familiares, temos que os indivíduos colocam a sua 
mão de obra à disposição das empresas, ou seja, a � gura do empresário, em troca de remuneração 
– neste ponto, a remuneração das unidades familiares será a renda familiar.
No sistema econômico capitalista, o empresário pode decidir oferecer baixa remuneração 
aos empregados, que vendem sua mão de obra. Mas neste ponto vale destacar uma importante 
re� exão da economia: o empregado oferece sua força de trabalho para produzir o produto e o 
serviço e quando estes vão para o mercado, esse mesmo empregado muda de papel econômico 
ao tornar-se um consumidor.
Assim, se a remuneração do empregado for pequena e o empresário colocar no mercado 
produtos e serviços com preços elevados, os consumidores não terão capacidade de pagamento 
para o consumo. É claro que isso não se aplica a todos os produtos e serviços e nem a todas as 
classes de empregos, mas para produtos de necessidades básicas (arroz, feijão, óleo, etc.) essa 
re� exão é aplicável. 
Em suma, os preços podem ser estabelecidos pelos empresários, mas se os consumidores 
não manifestarem o consumo, os empresários precisaram reajustar o preço até que se encontre 
um equilíbrio entre a quantidade de lucros que os empresários estarão dispostos a deixar de 
ganhar, para conseguir fazer as vendas, e o quanto os consumidores estão dispostos a pagar pe-
los produtos. Assim, podemos constatar que os preços são estabelecidos pelo mercado, veja no 
Grá� co 1.
Grá� co 1 - Oferta e Demanda no sistema econômico capitalista
Fonte: a autora.
A intenção neste ponto é que o leitor compreenda que as decisões de aumentar os lucros 
tendem a afetar diretamente consumidores e, consequentemente, os produtores. Tendo em vista 
que os consumidores, dado seu nível de renda, precisam fazer escolhas e selecionar produtos 
compatíveis com as suas rendas, enquanto os empresários, dados suas despesas para remunerar 
os fatores de produção, buscam aumentar os lucros.
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Esta busca constante de maximização de lucros, no sistema econômico capitalista por 
parte dos empresários, cria uma estrutura de mercado competitivo entre as diferentes atividades 
dos agentes econômicos.
As bases do sistema econômico capitalista tornam-se melhor compreendido, quando é 
percebido as mudanças de papel dos agentes econômicos dentro do sistema, veja:
• Os membros de uma instituição familiar em um dado momento vendem sua mão de 
obra para o empresário, mas, no momento subsequente, é consumidor do produto que ele cola-
borou com a produção e que o empresário coloca no mercado;
• O setor público, em um dado momento, regula as atividades das empresas e, no mo-
mento subsequente,ocupa papel de consumidor dos bens e serviços que esta empresa regulada 
coloca no mercado.
É possível perceber várias mudanças de papéis entre os agentes econômicos. Logo, a inte-
ração entre os agentes ocorre a partir da moeda. As famílias são remuneradas pela venda da mão 
de obra, e estes membros pagam pelos bens e serviços adquiridos no mercado. Esse movimento 
de receber e reinserir a moeda na economia promove um � uxo monetário na economia, também 
nominado de � uxo circular de renda.
Figura 4 - Fluxo circular da Renda. Fonte: a autora.
 
Aqui, podemos concluir o item 2.2 destacando que os elementos fundamentais do siste-
ma econômico capitalista são os lucros e o � uxo circular da renda, o qual movimenta a riqueza 
social.
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A DIVISÃO DA CIÊNCIA ECONÔMICA
A economia é uma ciência que é estudada da mesma forma como um físico estuda a 
matéria e um biólogo estuda a vida. Para o estudo da economia são necessárias teorias, dados, 
análises e testes (MANKIW, 2006).
Parece estranho a� rmar a economia como ciência, pois os economistas não trabalham 
com tubos de ensaio nem telescópios. Mais a essência da ciência é o método cienti� co, ou seja, o 
desenvolvimento e o teste imparcial de teorias sobre como funciona o mundo. E o estudo da eco-
nomia é feito a partir do método cientí� co. A maioria das pessoas não está habituada a enxergar 
a sociedade como um olhar cientí� co (MANKIW, 2006).
Figura 5 – Economia. Fonte: Google Images (2017).
Para o estudo da ciência econômica, o principal laboratório para coleta de dados e expe-
rimentos é a História, a qual oferece experimentos naturais.
Devido a � ns metodológicos dos estudos econômicos, a ciência econômica divide-se em 
duas áreas, sendo elas a microeconomia e macroeconomia.
A microeconomia é o estudo de como as famílias e empresas tomam decisões e de como 
elas interagem em mercados especí� cos. De forma geral, o estudo da microeconomia está volta-
do para: as instituições, o comportamento dos consumidores, o comportamento das empresas, 
o mercado e as suas diferentes estruturas, a remuneração dos agentes econômicos e os preços 
praticados no mercado.
A macroeconomia é o estudo que engloba toda a economia nacional. Assim, os estudos 
da macroeconomia estão direcionados, para: a economia nacional, o desempenho total da eco-
nomia – crescimento e desenvolvimento, elementos econômicos como: o PIB – Produto interno 
bruto, a taxa de juro, � utuações de cambio, trocas internacionais.
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Ambas as áreas da ciência econômica estão intimamente ligadas. As mudanças na econo-
mia resultam das decisões de milhões de pessoas, sendo impossível entender os desdobramentos 
macroeconômicos sem considerar as decisões microeconômicas a eles associadas (MANKIW, 
2006).
PRINCÍPIOS ECONÔMICOS
O estudo da economia tem várias vertentes convergentes. Isso signi� ca que há relação 
entre as ideias centrais do pensamento econômico. Isso porque a economia é orientada por Dez 
Princípios Econômicos. 
Os princípios se dividem em três pilares: tomadas de decisão, interação entre os agentes 
e o funcionamento da economia. Neste material, vamos fazer apresentação apenas introdutória 
dos princípios.
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES
Não há diferenças quanto ao método de análise de uma “economia” – forma de intera-
ção. Podemos analisar a economia de Los Angeles, dos Estados Unidos ou do mundo todo, pois 
economia é apenas um grupo de pessoas que interagem umas com as outras (MANKIW, 2006).
O que diferencia a análise são os conteúdos e, neste ponto, deve ser destacado que as ten-
dências da economia re� etem no comportamento dos indivíduos que a compõem. Para facilitar 
a compreensão, um exemplo: países mais desenvolvidos tecnologicamente (porque a economia 
investiu em pesquisa) têm mais pessoas alfabetizadas, as quais são responsáveis pelas pesquisas. 
Os primeiros princípios se referem à tomada de decisões individuais de cada pessoa/
cidadão.
Princípio 1: as pessoas enfrentam Tradeo� s.
A respeito da tomada de decisões, podemos resumir no provérbio “nada é de graça”. Para 
conseguirmos algo que queremos, geralmente precisamos abrir mão de outras coisas que deseja-
mos. A tomada de decisão exige escolher um objetivo em detrimento de outro (MANKIW, 2006).
Princípio 2: o custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para obtê-la.
Como as pessoas enfrentam Tradeo� s, a tomada de decisão exige comparar os custos e 
benefícios de possibilidades alternativas, pois nem sempre os custos de uma opção são tão claros 
quanto pode parecer no primeiro momento. O custo de uma possibilidade alternativa é justa-
mente o custo daquilo de que você precisa abrir mão para obter a outra (MANKIW, 2006).
Introdução à Economia.
Jose Paschoal Rossetti. Editora: Atlas. 20a edição.
ISBN-13: 9788522434671
 
Princípios de Economia.
Carlos Roberto Martins Passos e Otto Nogami. 
ISBN-13: 9788522111640
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Princípio 3: as pessoas racionais pensam na margem.
Este princípio será exempli� cado para facilitar a compreensão. Um dia antes da prova, 
você precisa escolher entre passar uma hora revendo todas as suas anotações ou usar essa hora 
assistindo TV. Em termos econômicos, “margem” refere-se à existência de extremos, e qualquer 
indivíduo pode fazer ajustes em torno dos extremos daquilo que está fazendo. Exemplo: Fazer 
20% ou 100% da prova – o indivíduo faz ajustes da maneira que melhor lhe convém (MANKIW, 
2006).
Princípio 4: as pessoas reagem a incentivos.
Como as pessoas tomam decisões por meio da comparação de custos e benefícios, seu 
comportamento pode mudar quando os custos ou benefícios mudam. Exemplo: quando o preço 
da maçã aumenta, as pessoas podem deixar de comer maçã e comer peras, porque o custo de 
comprar maçã � cou maior (MANKIW, 2006).
COMO AS PESSOAS INTERAGEM
Os primeiros quatro princípios tratam de como os indivíduos tomam decisões. É im-
portante destacar que muitas de nossas decisões afetam não apenas a nós mesmos, mas também 
outras pessoas. 
Os próximos três princípios tratam da forma como as pessoas interagem umas com as 
outras. 
Princípio 5: o comércio pode ser bom para todos.
As pessoas buscam emprego e isso promove uma competição. No entanto é melhor com-
petir invés de viver isoladamente, pois viver isoladamente requer a fabricação da sua própria 
roupa, comida, do seu carro a construção da sua casa entre outros. Neste contexto, o comércio 
permite que as pessoas se especializem na atividade em que são melhores, seja ela a agricultura, 
costura, construção civil ou qualquer outra. Por � m ao comerciar com outras pessoas, é possível 
ter acesso a maior variedade de bens e serviços com menor custo (MANKIW, 2006).
Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade eco-
nômica.
O economista Adam Smith, no livro “A riqueza das nações” de 1776, fez a observação 
mais famosa da ciência econômica. Para Smith, as pessoas e as famílias interagiam no mercado, 
como se fossem guiados por uma “mão invisível”, a qual leva a resultados de mercado desejá-
veis. É esta mão que ajusta os preços entre a oferta (empresários) e a demanda (consumidores) 
(MANKIW, 2006).
Figura 6 – Retrato de Adam Smith. Fonte: Academia Brasileira de Direito do Estado (2015).
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Adam Smith, vários princípios para a Teoria Econômica. Em 1776 no livro “A Rique-
za das Nações”, Smith descreveu a maneira como as pessoas interagem numa 
economia de mercado.
Para Smith, os indivíduos têm oportunidades constantes para esperar ajuda dos 
outros indivíduos que estão por perto, logo seria inútil esperar ajuda de maneira 
benevolente. Neste sentido o autor aponta que é possível obter melhores resul-
tados quando conseguir despertar interesse nos outros, e mostrar que é para 
sua vantagemfazer aquilo que o outro espera.
Ou seja, não é por benevolência que o açougueiro, padeiro e os outros exercem 
a suas atividades e justamente porque acham que isso será vantajoso para 
eles. Assim os indivíduos vão agir somente se obtiverem ganhos, e para isso são 
conduzidos pela “mão invisível”. 
A mão invisível conduz os indivíduos a fazerem coisas as quais não eram inten-
cionadas, mas passa faze-las para promover ganhos para a sociedade ainda que 
este indivíduo pense que os ganhos são apenas dele.
Princípio 7: Às vezes, os governos podem melhorar os resultados dos mercados.
O governo é a instituição mais adequada para proteger os direitos e deveres dos agen-
tes econômicos. O governo também regula as atividades para que as empresas promovam uma 
competição em termos legais. Também é responsabilidade do governo intervir na economia, no 
que diz respeito a impostos. No entanto, apontar que o governo pode melhorar os resultados do 
mercado não signi� ca que ele fará (MANKIW, 2006).
COMO A ECONOMIA FUNCIONA
Começamos observando como as pessoas tomam decisões e depois como elas interagem 
umas com as outras. Juntas, todas essas decisões e interações formam a “economia”. 
Os três últimos princípios referem-se ao funcionamento da economia.
Princípio 8: o padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens.
Em países onde os trabalhadores podem produzir uma grande quantidade de bens e ser-
viços, a maioria das pessoas desfrutam de melhores padrões de vida. Assim a taxa de crescimento 
da produtividade de um país determina a taxa de crescimento da renda nacional. A relação en-
tre produtividade e padrão de vida também traz implicações profundas para a política pública 
(MANKIW, 2006).
Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais.
Há alguns anos atrás, o pãozinho da padaria, custava poucos centavos, atualmente, com 
estes centavos, certamente, não será possível comprar a mesma quantidade de pãozinho que era 
possível comprar antes. Esse episódio ocorre por causa da in� ação, que signi� ca um aumento 
do nível geral de preços na economia. O que causa a in� ação é o próprio governo, quando emite 
quantidade de moeda excessiva, pois em meio ao excesso o valor da moeda tende a diminuir 
(MANKIW, 2006).
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Princípio 10: a sociedade enfrenta um Tradeo� de curto prazo entre in� ação e desem-
prego.
Quando o governo emite moeda em excesso, além da in� ação pode ocorrer um outro 
fenômeno – o desemprego. Assim, a sociedade enfrentará o Tradeo� de in� ação e desemprego. 
Levando em consideração que esta decisão irá re� etir diretamente no ciclo de negócios do país. 
Assim, os formuladores de políticas podem explorar o Tradeo� em curto prazo para mudar o 
montante de gasto do governo, o valor arrecadado de impostos entre outros (MANKIW, 2006).
ATIVIDADES DE PRODUÇÃO NO SISTEMA 
ECONÔMICO CAPITALISTA
Todas as atividades de produção utilizam fatores de produção (terra ou recursos natu-
rais, mão de obra, capital) e técnicas de produção (MENDES, 2004). De acordo com o tipo de 
atividade de produção, os recursos e técnicas variam em intensidade, ou seja, em cada uma das 
atividades são empregados recursos e técnicas em proporções diferentes. 
Para Mendes (2004), de acordo com a variação da intensidade dos recursos e técnicas 
empregados na produção, a classi� cação das atividades poderão variar entre os tipos: primárias, 
secundárias e terciárias de produção. Da mesma forma que as atividades são classi� cadas, os bens 
e serviços também são classi� cados quanto a sua natureza e � nalidade.
Quanto a classi� cação da natureza, de acordo com Mendes (2004), bens são todos os pro-
dutos do tipo tangíveis (que podem ser tocados, apalpados) como, por exemplo, alimentos, ele-
trodomésticos, imóveis, imóveis, automóveis, entre outros. Enquanto os serviços são os produtos 
intangíveis (intocáveis), entre eles a exemplo podemos citar, a assistência médica e educacional.
Quanto a classi� cação da � nalidade dos bens e serviços, poderão ser classi� cados como: 
� nais e intermediários. Assim os bens e serviços � nais são aqueles de consumo duráveis ou de 
consumo imediato, tais como refrigeradores, televisões, alimentos, produtos de higiene pessoal, 
etc., enquanto os bens e serviços intermediários são aqueles que serão alocados na produção de 
outros bens e serviços, os quais serão consumidos durante o processo produtivo, por exemplo, a 
matéria-prima ou insumos.
Até aqui, observamos que as atividades produtivas são classi� cadas quanto a sua natureza 
e � nalidade. Por � m, devemos observar que as empresas também são classi� cadas de acordo com 
as � nalidades de produtos e serviços que estas colocam no mercado.
Empresas industriais – coloca no mercado bens de consumo e de produção, conforme 
a tabela 1. Estes bens são colocados no mercado após o processo de transformação das matérias-
-primas em produtos acabados.
Tabela 1 – Exemplos de bens industriais
Fonte: Chiavenato, 2011.
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Empresas comerciais – são as empresas que vendem produtos acabados diretamente ao 
consumidor (comércio varejista) ou aquelas que compram diretamente do produtor para vender 
ao varejista (comércio atacadista). 
Empresas prestadoras de serviços – são as que oferecem serviço e mão de obra especia-
lizada como transporte, educação, saúde, comunicação, serviços de manutenção, etc.
Para concluir a classi� cação das empresas, tão importante quanto observar a respectiva 
classi� cação destas é observar o ambiente de negócios em que as empresas estas inseridas. Tendo 
em vista que o ambiente de negócios é o meio que existe em torno de uma empresa. 
Figura 6 - Ambiente de negócios – micro e macroeconômico. Fonte: Brito (2013).
Partindo do princípio que as empresas não vivem isoladas e não são instituições absolu-
tas; elas representam a sociedade, o país e o cenário mundial. Este ambiente de negócios devido 
à sua complexidade, é dividido em dois segmentos: 
Macroambiente - um ambiente geral formado por variáveis que interagem dinamica-
mente entre si e provocam impactos profundos em todas as empresas, tais como: variáveis eco-
nômicas, sociais, tecnológicas, culturais, legais, demográ� cas e ecológicas. 
Microambiente - uma parte especí� ca do ambiente geral e é também chamado de “am-
biente de tarefa” ou “ambiente de operações” da empresa. Isso porque cada empresa opera em um 
microambiente especí� co do qual retira seus recursos e coloca seus produtos/serviços. Abrange 
os fornecedores de insumos, os clientes e consumidores, os concorrentes e agências reguladoras 
(BRITO, 2013).
Ao analisar as atividades de produção, ainda existem outros fatores que devem ser desta-
cados, veja nos itens 5.1 e 5.2.
FATORES DE PRODUÇÃO 
Os fatores de produção são os recursos empregados na produção de bens e serviços. A 
tradicional classi� cação dos fatores de produção contempla três categorias: a terra ou recursos 
naturais, a mão de obra ou trabalho e o capital. De acordo com Mendes (2004), as principais ca-
racterísticas dos fatores de produção podem ser observadas na tabela 2.
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Tabela 2 - Características dos fatores de produção
Fonte: adaptado de Mendes (2004).
NECESSIDADES HUMANAS ILIMITADAS 
As necessidades humanas fazem parte da força que dá movimento à atividade econômica, 
pois as atividades são impulsionadas pela intensidade das necessidades humanas. Tendo em vista 
que as necessidades e desejos são ilimitados, temos que os indivíduos nunca estão satisfeitos com 
o que possuem, pois sempre almejam mais. 
De acordo com Mendes (2004), todos os agentes econômicos desejam alimentos, bebi-
das, roupas, um imóvel confortável para morar, ter acesso à educação, saúde, carros, viagens de 
férias, entre outros. Para Mendes (2004), as principais necessidades humanas são: alimentação, 
habitação,saúde e vestuário. Em termos econômicos estas necessidades são apontadas como ne-
cessidades primárias. O autor explica que as necessidades secundárias variam ao longo do tem-
po e de acordo com o espaço, pois são sujeitas a in� uências de: costumes, tradições, propaganda, 
marketing, inovação, etc.
AS ECONOMIAS CAPITALISTAS ESTÃO SUBMETIDAS A PROBLEMAS ECO-
NÔMICOS 
Todos os agentes econômicos lidam com questões econômicas, tais como o desemprego, 
a in� ação, as oscilações das taxas de juros, dé� cit/superávit público, entre outros (MENDES, 
2004). 
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Estas questões econômicas podem variar e colocar a economia em melhor ou pior situ-
ação. Nesse ponto, vale resgatar a a� rmação feita anteriormente que as tendências da economia 
re� etem no padrão de vida da sociedade. Assim, quando a economia está em pior situação há 
tendência de que a sociedade seja prejudicada diretamente.
Em outras palavras, cada vez mais as questões econômicas têm orientado o dia a dia da 
sociedade. Por isso, faz-se necessário estudar as questões econômicas, tendo em vista que grande 
proporção dos problemas relevantes que as sociedades enfrentam atualmente são decorrentes 
delas.
Conhecer as questões econômicas facilita os indivíduos a lidarem com elas de forma 
mais positiva. Mas, principalmente, desperta um olhar global, ou seja, permite que os indivíduos 
pensem na nação e isso colabora na formação de indivíduos que compreendem a economia e que 
têm condições de pensar nos problemas sociais – cidadania.
Mas o fato é que grande parte dos agentes econômicos (empresas, consumidores, governo 
e setor externo) não detêm conhecimentos que lhes permitem analisar as questões econômicas e 
tão pouco os problemas que lhes cercam. 
De forma geral, em tempos modernos o principal problema econômico enfrentado é que 
as unidades produtivas, ou seja, as empresas, possuem fatores de produção limitados para produ-
zir os bens e serviços. Por outro lado, os consumidores possuem desejos insaciáveis pelos bens e 
serviços. Quanto mais possuem, mais desejam (MENDES, 2004). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Prezado aluno (a), o objetivo da unidade I era introduzir conceitos e noções importantes 
a respeito de economia. Primeiramente, é preciso compreender o conceito de forma simpli� cada, 
pois economia refere-se à interação de pessoas, tendo em vista que esta interação pode ocorrer no 
âmbito familiar empresarial, municipal, nacional e até mesmo global (com outros países). 
Tendo compreendido o conceito de economia, cabe destacar que hoje o mundo está in-
serido em um sistema econômico capitalista. Isso signi� ca que os agentes econômicos (famílias, 
empresas, governo e os países) se organizam e interagem entre si com a � nalidade de obter lucros, 
pois esta é a principal característica do capitalismo – maximizar e acumular lucros.
Neste contexto em que os agentes se organizam para obter lucros, as atividades econô-
micas são os principais meios para isso. As atividades econômicas são divididas quanto a sua 
natureza e sua � nalidade e colocam no mercado bens e serviços para atender as necessidades dos 
indivíduos e, por trás disso, há a intenção de obter lucros.
Atualmente podemos destacar que o principal desa� o do sistema econômico capitalista é 
conseguir colocar no mercado bens e serviços o su� ciente para atender todas as necessidades dos 
consumidores. Tendo em vista que os indivíduos possuem necessidades ilimitadas, isso signi� ca 
que o desejo por novos bens e serviços é insaciável.
Logo, são necessários fatores de produção para produzir os bens e serviços e estes fatores 
são escassos. Isso signi� ca que não há recursos o su� ciente para atender os desejos ilimitados dos 
indivíduos. Esse fato desencadeia outros problemas econômicos, como a exploração excessiva 
dos fatores de produção, elevação do preço desses fatores – preços que são repassados aos consu-
midores � nais e isso torna os bens caros, entre vários outros problemas.
Apropriando-se destes conhecimentos, é possível compreender como as coisas aconte-
cem na economia e principalmente os impactos que as decisões podem proporcionar a sociedade 
e aos próprios tomadores da decisão, pois a economia diz respeito a interação, assim todas as 
coisas boas e ruins são vivenciadas de forma coletiva.
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 19
TEORIAS SOBRE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .................................................................................. 20
TEORIA DA DEMANDA ............................................................................................................................................ 24
TEORIA DA OFERTA ................................................................................................................................................. 27
EQUILÍBRIO DE MERCADO .................................................................................................................................... 30
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 33
INTRODUÇÃO À 
MICROECONOMIA
PROF.A CAROLINE J. FÉLIX 
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INTRODUÇÃO
Prezado (a) aluno (a), a disciplina de Economia será apresentada em quatro unidades. 
Esse material contempla a unidade II, a qual foi elaborada para aprofundar os conhecimentos em 
alguns itens de Microeconomia. 
Você já aprendeu, na unidade I, que a Economia se divide em duas grandes áreas de estu-
dos, a Micro e a Macroeconomia, e quais são os principais temas de estudos de cada uma delas. 
Na Microeconomia, vamos destacar o comportamento de dois agentes econômicos: os 
consumidores e as empresas. Este material lhe permitirá compreender como estes agentes tomam 
as suas decisões e o que levam em consideração para fazer suas escolhas. Os consumidores e as 
empresas interagem no mercado, um ambiente econômico. Por isso, além de olhar os agentes, é 
importante compreender o ambiente em que eles interagem, pois é um dos fatores que in� uencia 
no comportamento dos agentes.
A leitura deste material e dos complementares, as atividades e as discussões podem per-
mitir valiosas re� exões ao aluno, e certamente impactar positivamente na formação pro� ssional. 
Nesta disciplina, na modalidade de Educação à Distância, o aluno é o principal agente do 
saber, sendo responsável pela busca e retenção do conhecimento. No entanto, ele não trabalha 
sozinho, contando com a possibilidade constante do contato com o tutor.
Por isso, através desta disciplina, foi estabelecido um plano de ensino, visando facilitar a 
promoção da compreensão dos assuntos abordados. A intenção desta disciplina é preparar o alu-
no para se apropriar do conhecimento e aplicar em sua vida pro� ssional de forma e� caz e ética. 
Esse material foi desenvolvido pensado em você, por isso, procure interagir com os textos, fazer 
anotações e responder às atividades de estudo.
Para que a disciplina atinja o objetivo, é necessário que o aluno esteja consciente da im-
portância das leituras indicadas não apenas do plano de ensino, mais também leituras comple-
mentares sobre os assuntos abordados, bem como assistir os vídeos e realizar todas as avaliações.
Objetivos
• Apresentar os fundamentos da teoria do consumidor.
• Apresentar as principais características dos consumidores.
• Apresentar fatores que os consumidores levam em consideração para tomar decisões e 
fazer suas escolhas.
• Apresentar a Teoria da Demanda e os fatores que deslocam a demanda de mercado.
• Apresentar a Teoria da Oferta e os atores que deslocam a oferta de mercado.
• Apresentar os pressupostos de Equilíbrio de Mercado.
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TEORIAS SOBRE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
A remuneração (salário) que os indivíduos, membros de uma unidade familiar, recebem 
pela venda da sua mão de obra, permite caracterizar estes indivíduos como consumidores. O 
salário recebido irá ser utilizado na compra (consumo) de bens e serviços para satisfazer as ne-
cessidades destes indivíduos.
Assim, podemos a� rmar que cada unidade familiar determina a forma como vai alocar 
(distribuir) a sua renda entre os diversos bens e serviços disponíveis no mercado. A partir desta 
a� rmação, torna-se relevante buscar conhecimento a respeito da forma como as famílias se com-
portam em relação às decisões de consumo.
A economia microeconômica é a área da economia responsável por estes estudos e busca 
compreender questões como o que os consumidores levam em consideração para decidir consu-
mir determinados bens e serviços ao invés de outros.
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Os consumidores – famílias - possuem algumas características em comum em relação a 
forma como fazem as suas escolhas de consumo de bens e serviços. Para Mendes (2009), as prin-
cipais características que maioria dos consumidores apresentam em comum são: 
• Os consumidores gastam toda sua renda em bens e serviços. Exceto a pequena parcela 
que é poupada, no caso de alguns consumidores.
• Os consumidores gastam sua renda em mais de um bem ou serviço, isso signi� ca que 
ocorre uma variação na combinação entre os bens e serviços de preferência dos consumidores. 
Em termos econômicos, estas combinações entre os bens e serviços determinadas pelas preferên-
cias dos consumidores são nomeadas como cestas.
• Os consumidores possuem necessidades ilimitadas, isso signi� ca que eles apresentam 
uma vontade insaciável de consumo e, por isso, nunca estão satisfeitos com os produtos compra-
dos – pelo fato de sempre desejarem mais.
• Os consumidores buscam combinar a sua renda com os preços dos bens e serviços que 
desejam consumir, visando maximizar a satisfação, ou seja, para comprarem o máximo possível 
e, consequentemente, alcançarem satisfação. 
Ainda a respeito das características do comportamento dos consumidores, podemos ana-
lisar dois (I e II) aspectos in� uentes na forma como os consumidores escolhem os bens e serviços 
disponíveis no mercado:
I - O consumidor tem pleno conhecimento sobre os bens e serviços disponíveis no 
mercado.
Os consumidores buscam maximizar a satisfação com o consumo, ou seja, comprar o 
máximo possível que o salário permite. Isso faz com que os consumidores busquem conhecimen-
to pelos bens e serviços disponíveis no mercado. Para Pindyck e Rubin� eld (2006), o conheci-
mento pleno dos consumidores sobre os bens e serviços pode ser observado a partir dos pontos 
destacados abaixo:
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O consumidor conhece todos os bens e serviços disponíveis no mercado; 
• O consumidor sabe exatamente a capacidade técnica de cada bem ou serviço para satis-
fazer uma respectiva necessidade; 
• O consumidor tem conhecimento do preço de cada bem e serviço.
Em suma, os consumidores têm conhecimento pleno de toda informação relevante para 
suas decisões de consumo. Inclusive, neste sentido, cabe destacar a importância da tecnologia 
para promover ainda mais o conhecimento dos consumidores. Hoje em dia, com a internet e a 
globalização é possível consumir produtos até de outros países.
II Cada consumidor tem as suas preferências.
Os consumidores buscam satisfação máxima no consumo, por isso, antes de fazer a com-
pra, analisam os preços e o recurso (dinheiro) disponível para comprar os determinados bens de 
interesse. Retomando o que já foi dito anteriormente, os consumidores consomem mais de um 
bem e a combinação entre estes bens é uma “cesta”, em termos econômicos.
Empregamos o termo cesta de mercado para nos referir a um conjunto de itens (vestuá-
rio, alimentos, entre outros). Especi� camente, uma cesta de mercado é um conjunto com deter-
minadas quantidades de uma ou mais mercadorias (PINDYCK; RUBINFIELD, 2006).
Levando em consideração que os preços dos bens que contemplam a cesta variam, os 
consumidores precisam decidir entre uma cesta ou outra, em função da renda disponível e das 
suas preferências. Nesse sentido, o consumidor abrirá mão de produtos presentes em uma cesta 
e que podem não estar em outra.
Assim, concluímos que os consumidores têm preferência por alguns bens e serviços em 
relação a outros. Isso signi� ca que os consumidores são capazes de colocar as cestas de bens e 
serviços em ordem (a mais ou menos preferida), de acordo com as suas necessidades a serem 
atendidas. 
Para facilitar a compreensão, veja esta representação abaixo. Suponha uma cesta compos-
ta por três itens:
O número de consumidores no Brasil é grande. Levando em consideração que os 
consumidores têm desejo ilimitados, e constatamos que eles nunca estão satis-
feitos com as compras, o número de reclamação de consumidores brasileiros 
cresceu muito.
O Consumidor.gov.br é um serviço público que permite a interlocução direta 
entre consumidores e empresas para solução de conflitos de consumo pela 
internet. Monitorada pela Secretaria Nacional do Consumidor - Senacon - do Mi-
nistério da Justiça, Procons, Defensorias, Ministérios Públicos e também por toda 
a sociedade, esta ferramenta possibilita a resolução de conflitos de consumo de 
forma rápida e desburocratizada: atualmente, 80% das reclamações registradas 
no Consumidor.gov.br são solucionadas pelas empresas, que respondem as de-
mandas dos consumidores em um prazo médio de 7 dias.
Acesse o site: 
https://www.consumidor.gov.br/pages/principal/?1503163366111 
<acesso em 19/08/2017> 
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C = (Q1, Q2, Q3)
Onde:
C = Cesta de bens e serviços
Q1 = Quantidade do bem ou serviço 1 
Q2 = Quantidade do bem ou serviço 2
Q3 = Quantidade do bem ou serviço 3
O consumidor fará uma combinação de diferentes quantidades, entre os três tipos de 
bens, de acordo com a renda que ele tem à disposição. Nesta representação, o consumidor po-
deria optar em montar a cesta de diferentes formas: C = (Q1, Q2), C = (Q1, Q3), C = (Q2, Q3)
De acordo com Pindyck e Rubin� eld (2006), para escolher a cesta que maximiza a satis-
fação, o consumidor levará em consideração os seguintes pressupostos:
• Mais é melhor do que menos – os consumidores preferem cestas com maiores quanti-
dades ao invés de menores.
• A preferência é completa – os consumidores podem comparar duas ou mais cestas de 
bens e serviços e escolher a que mais os agrada. 
• A preferência entre uma cesta ao invés de outra é transitiva – isso signi� ca que a prefe-
rência pode variar entre uma combinação e outra de bens que compõem a cesta.
Para facilitar a compreensão do terceiro pressuposto, podemos exempli� car: Maria é a 
consumidora a qual vamos analisar o comportamento diante das decisões de consumo. Maria 
possui três cestas de produtos: A, B e C. 
Cesta A = (5 vestidos, 1 sandália)
Cesta B = (1 vestido, 2 sandálias)
Cesta C = (1 sandália, 1 vestido)
Assim, podemos ver a transitividade da preferência. Entre a cesta A e a cesta B, Maria 
prefere a cesta A (que possui mais itens). Entre a cesta B e a cesta C, ela escolherá a cesta B (que 
possui mais itens). No primeiro momento, a cesta B não era a mais preferida, mas no segundo 
momento sim.
LIMITAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
A teoria do comportamento do consumidor e da demanda está construída a partir do 
pressuposto que: o consumidor procura alocar sua renda monetária (salário) limitada entre bens 
e serviços disponíveis no mercado, visando maximizar a sua satisfação. 
Para a teoria do comportamento do consumidor, isto signi� ca que cada consumidor dis-
põe de um montante máximo de recursos � nanceiros (salário) que pode gastar em cada período 
de tempo. 
Suponha que os consumidores possuem determinada renda (salário) e desejam comprar 
bens e serviços.Mesmo que o consumidor escolha só um tipo de bem, teria sua capacidade de 
compra limitada por sua renda. A restrição orçamentaria é in� uenciada diretamente pela renda 
que o consumidor possui e pelos preços que o consumidor tem que pagar pelos bens e serviços. 
Assim, o consumidor deverá escolher entre várias combinações possíveis dos bens e serviços 
disponíveis, desde que isso não ultrapasse os limites do seu orçamento.
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Pindyck e Rubin� eld (2006) a� rmam que a restrição orçamentária limita as escolhas de 
um consumidor. Por exemplo, suponha que determinado consumidor possua uma renda sema-
nal de R$ 80,00 e que o preço do alimento seja R$ 1,00 por unidade e o preço do vestuário seja 
R$ 2,00 por unidade. A Tabela 1 apresenta as diversas combinações da quantidade de alimentos 
e vestuário que ele poderá adquirir semanalmente com R$80,00. 
Tabela 1: Cestas de mercado e as diferentes escolhas para a limitação orçamentaria
Fonte: Pindyck e Rubin� eld (2006).
Se todo o orçamento deste consumidor fosse dirigido ao vestuário, o máximo que ele 
poderia adquirir seria 40 unidades (ao preço de R$ 2,00 por unidade), conforme representado 
pela cesta de mercado A. Caso ele utilizasse todo seu orçamento com alimento, poderia adquirir 
um total de 80 unidades (a R$ 1,00 por unidade), conforme representado pela cesta de mercado 
E. As cestas de mercado B, C e D e mostram três formas adicionais pelas quais os R$80 poderiam 
ser gastos com alimentação e vestuário.
UTILIDADE
Em termos econômicos, a palavra utilidade tem um conjunto de conotações destacan-
do-se o sentido de “benefício” ou “bem-estar”. Na verdade, as pessoas obtêm “utilidade” apro-
priando-se de coisas que lhes dão prazer e evitando coisas que lhes trazem insatisfação. Podemos 
exempli� car da seguinte forma: se a compra de três exemplares de um livro o deixa mais feliz do 
que a compra de uma camisa, então, dizemos que os livros têm mais utilidade para você que a 
camisa (PINDYCK; RUBINFIELD, 2006).
No entanto, os fatores que tornam uma mercadoria mais desejada em relação a outra são 
altamente subjetivos porque as pessoas têm constituições psicológicas diferente umas das outras 
e, por isso, atribuem qualidades diferentes aos bens.
CURVA DE INDIFERENÇA
A curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que forne-
cem o mesmo nível de satisfação de um consumidor. Para ele, portanto, são indiferentes as cestas 
de mercado representadas pelos pontos ao longo da curva. Assim, os consumidores poderão 
manifestar a sua preferência por determinada cesta em relação a outra, ou ainda sua indiferença 
entre as duas (PINDYCK; RUBINFIELD, 2006).
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Figura 1 - Curva de indiferença. Fonte: a autora.
A Figura 1 apresenta que o consumidor é indiferente entre a cesta C, D, E e F, pois ambas 
estão sobre a mesma curva e ambas maximizam a satisfação do consumidor. As curvas de indife-
rença apresentam características importantes, porém, podemos destacar essa:
• As curvas de indiferença são negativamente inclinadas: isso permite compreender que 
uma mercadoria pode ser substituída por outra de forma que o consumidor mantenha o mesmo 
nível de satisfação. Conforme podemos ver na Figura 1, o consumidor pode optar em escolher a 
cesta C, na qual teria maior quantidade de vestuário e menor quantidade de alimentação enquan-
to se escolhesse a cesta F, teria maior quantidade de alimentação e menos vestuário. No entanto, 
ambas as cestas proporcionariam o mesmo nível de satisfação.
TEORIA DA DEMANDA
A Teoria da Demanda explica o comportamento do consumidor ao escolher bens e ser-
viços. Desta forma, podemos iniciar os estudos desta teoria a partir do seguinte questionamento: 
o que é demanda? 
Demanda pode ser entendida como o desejo de comprar bens ou serviços. No entanto, 
é importante esclarecer que desejar não signi� ca que o consumidor esteja capacitado para isso, 
pois a intenção de compra é diferente da efetivação da compra. Também sobre a de� nição de 
demanda, Pindyck e Rubin� eld (2001) colaboram destacando os seguintes aspectos:
• Só existirá demanda se o indivíduo puder pagar pelo bem ou serviço. Se não puder pa-
gar, não há demanda. Então, os sonhos de consumo que muitas vezes temos não é considerado 
demanda, pois não podemos pagar por eles.
• O conceito de demanda está relacionado à ideia de utilidade (já visto anteriormente). 
Isso signi� ca que só existirá demanda se aquele bem ou serviço gerar algum tipo de satisfação 
para o consumidor. Se não gera satisfação, não há demanda, pois quem irá desejar um bem ou 
serviço sem utilidade?
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A teoria da demanda, geralmente, é estudada a partir de grá� cos, os quais visam facilitar 
a compreensão do aluno. Veja, na Figura 2, a representação da curva de demanda. O eixo vertical 
do grá� co mostra o preço da mercadoria enquanto o eixo horizontal mostra a quantidade ofer-
tada, Q.
Figura 2 - Representação da curva de demanda. Fonte: a autora.
A curva da demanda informa-nos a quantidade que os consumidores desejam comprar 
à medida que muda o preço unitário. Note que a curva da demanda nessa Figura 2, indicada por 
D, é descendente (negativamente inclinada): isso signi� ca que os consumidores geralmente estão 
dispostos a comprar quantidades maiores se o preço está mais baixo.
Em outras palavras, os consumidores tendem a reduzir o consumo quando o preço au-
menta ou buscam substituir o consumo por um bem similar. Em termos econômicos, esse efeito 
é chamado de efeito substituição.
 Os consumidores também mudam as quantidades consumidas de bens e serviços quan-
do a renda varia. Este é o efeito renda e signi� ca que, se houver aumento de renda, o consumidor 
tende a demandar maiores quantidades de um determinado bem. 
Quando há uma alteração do preço de um bem, ocorre alteração das quantidades deman-
dadas. Este fato nos leva a classi� car os bens em substitutos e complementares. 
Bens substitutos: São bens substitutos quando um bem pode ser usado para substituir 
outro. Exemplo: café e chá, carne bovina e carne de frango, manteiga e margarina, etc. 
Bens complementares: São bens cuja demanda varia no mesmo sentido quando se alte-
ra o preço de um deles. Exemplo, café e açúcar, computador e so� ware, camisa social e gravata, 
sapato e meia, etc.
Assim, podemos concluir que o preço é responsável pela variação da quantidade consu-
mida. Veja na Figura 3:
Figura 3 - Representação da curva de demanda em pontos diferentes. Fonte: a autora
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A � gura aponta que para o preço de R$ 2,00, o consumidor adquire 250 unidades do 
produto, enquanto que se o mesmo produto reduz o preço para R$ 1,00 a quantidade consumida 
será de 750 unidades. Neste caso dizemos que houve alteração da quantidade e não na demanda.
No entanto, existem outros fatores que podem realmente provocar variações na deman-
da, pois no exemplo anterior houve alteração somente na quantidade. A variação na demanda 
pode ser representada gra� camente, conforme a Figura 4.
Figura 4 - Deslocamento da curva de Demanda. Fonte: a autora.
A curva de Demanda pode deslocar-se para a direita ou para a esquerda. Para exempli� -
car, se o consumidor tivesse obtido um aumento da renda (salário) haveria um deslocamento da 
curva para a direita (aumento), de D para D’’. Se tivesse ocorrido redução da renda do consumi-
dor, o deslocamento da demanda seria para a esquerda (redução), de D para D’.
De acordo com Pindyck e Rubin� eld (2001), a renda não é o único fator responsável em 
deslocar a curva de demanda. Existem outros fatores como: o preço dos bens complementares, 
o preço dos bens substitutos, propaganda, a expectativa dos consumidores, fatores climáticos, 
hábitos/costumes dos consumidores entre outros. Veja alguns detalhes a respeitosdesses fatores:
Renda: A renda é um dos principais fatores que afetam a curva de demanda, mas não é 
o único. Então, de acordo com a renda (salário), os consumidores decidem quais das cestas de 
produtos disponíveis irão escolher para consumo. 
Preço dos bens complementares: Os bens complementares são consumidos juntos, 
como: o café e açúcar, arroz e feijão, pão e manteiga, etc. Assim, se o preço de um bem aumentar 
(exemplo: pão), a quantidade demandada do bem complementar, que é a manteiga, reduzirá, e 
isso provocará deslocamento da curva de demanda para a esquerda (redução). 
Preço dos bens substitutos: Bens substitutos apresentam características semelhantes e, 
por esse motivo, podem ser facilmente substituídos um pelo outro. Por exemplo: bolo de cho-
colate e bolo de cenoura; pão francês e pão de forma, entre outros. Como estes bens podem ser 
substituídos, quando o preço de um aumentar, aumentará a quantidade demandada do substi-
tuto. Exemplo: se o preço do bolo de chocolate aumentar, aumentará a quantidade de demanda 
pelo bolo de cenoura.
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Figura 5 - Deslocamento da curva de Demanda – bolo de chocolate e de cenoura. Fonte: a autora.
Neste caso, a curva de demanda de bolo de chocolate se desloca para a esquerda (dimi-
nui) de D para D’, enquanto a curva de demanda de bolo de cenoura se desloca para a direita 
(aumenta) de D para D’’. 
Propaganda/marketing: A principal � nalidade da propaganda e do marketing é criar 
necessidade de consumo. Então, pode ser considerado um instrumento utilizado para aumentar 
a quantidade demandada de determinados bens e serviços, deslocando a curva de demanda para 
a direita. 
Expectativa do consumidor: Este fator também é bastante importante. Refere-se à ex-
pectativa que o consumidor tem em relação ao futuro. Se o consumidor acredita que receberá 
um aumento salarial no próximo mês, a demanda dele aumentará hoje. O contrário é visto da 
seguinte forma, se um indivíduo sabe que sairá do emprego e está em período de aviso prévio, a 
demanda dele reduzirá hoje.
Fatores climáticos: No inverno, a demanda por biquínis, vestidos, blusinhas e similares 
reduz enquanto a demanda por calças, casacos, botas e outras roupas mais quentes aumenta. 
Outro exemplo é a demanda de aquecedores na região Norte do Brasil que é quase nula, pois a 
região é quente e não tem clima para esse tipo de produto já a demanda por ar condicionado no 
Canadá é baixa, pois a região é fria. 
Hábitos/costumes: A demanda de alguns bens varia conforma o hábito e costume da 
região. Hábitos culturais como a religião e as tradições in� uenciam diretamente no comporta-
mento de consumo. Por exemplo, na Índia a vaca é sagrada, então, a demanda por carne bovina 
é nula, enquanto no Brasil é alta. 
TEORIA DA OFERTA
Neste item, vamos estudar o comportamento do produtor (empresário), em outras pa-
lavras, a oferta. De forma geral, a teoria da oferta busca compreender o comportamento das 
empresas. 
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Oferta pode ser entendida como a quantidade de um bem ou serviço que uma empresa 
deseja vender, dentro de determinado período de tempo. Nesta de� nição, a palavra “deseja” está 
em negrito para destacar que, dependendo do preço do bem, as empresas têm um incentivo para 
aumentar a produção, ou seja, quanto maior o preço, maior será a intenção de produção, isso por-
que a venda traria maior volume de dinheiro/lucro para a empresa. Mas isso não signi� ca que de 
fato a produção aumentará, pois aumentar a produção depende de outros fatores e não somente 
do preço (PASSOS; NOGAMI, 2012).
Na Teoria da Oferta, observamos que o produtor (vendedor, empresário, prestador de 
serviços) vai ao mercado com a meta de obter o maior lucro possível. No entanto, este agente 
econômico (vendedor/empresário/empresa) depara-se com uma restrição relevante: a produção 
de bens e serviços requer a utilização de recursos produtivos. Nos dias de hoje, podemos destacar 
que os principais recursos produtivos são: mão de obra e tecnologia. Logo, os níveis de utilização 
dos recursos variam de uma empresa para a outra. 
Em outras palavras, podemos dizer que a teoria da oferta estuda a resposta do produtor 
aos incentivos de mercado, ou seja, incentivos que ele recebe para aumentar a produção. Os in-
centivos podem ser: aumento da quantidade demandada do bem por parte dos consumidores, 
custos, incentivos governamentais, disponibilidade de fatores de produção, entre outros.
A teoria da oferta, geralmente, é estudada a partir de grá� cos, os quais visam facilitar a 
compreensão do aluno. Veja, na Figura 6, a representação da curva de oferta.
Figura 6 - Representação da Curva de Oferta. Fonte: a autora.
A curva da oferta informa-nos a quantidade de mercadoria que os produtores estão dis-
postos a vender a determinado preço. O eixo vertical do grá� co mostra o preço da mercadoria. O 
eixo horizontal mostra a quantidade total ofertada, Q.
A quantidade ofertada de um bem ou serviço refere-se à quantidade que os vendedores 
(empresas) querem e têm condições de vender. Dessa maneira, é possível constatar a associação 
do movimento dos preços com o nível de quantidade ofertada. Na � gura 7, a curva de oferta tem 
formato ascendente porque quanto mais alto for o preço, maior será a capacidade e o desejo. Em 
outras palavras, “quantidade ofertada aumenta à medida que o preço aumenta e cai quando o 
preço se reduz”. 
Cabe destacar sobre esse assunto que, quando falamos em uma alteração na quantidade 
ofertada, em função de uma variação no preço do próprio bem, a curva de oferta não se desloca, 
alterando apenas os pontos sobre a curva.
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Figura 7 - Representação da curva de Oferta com pontos diferentes. Fonte: a autora.
Quando o preço do bem se mantem constante, mas outros fatores que in� uenciam a 
produção variam, ocorrerá deslocamentos na curva de oferta. A variação na oferta pode ser re-
presentada gra� camente conforme a Figura 8.
Figura 8 - Deslocamento da curva de Oferta. Fonte: a autora.
A curva de Oferta pode deslocar-se para a direita ou para a esquerda. Para exempli� car, 
se o produtor (empresa) receber incentivos para aumentar a produção haveria um deslocamento 
da curva para a direita (aumento), de O para O’. Se tivesse ocorrido redução dos incentivos para 
produção, por exemplo o aumento dos custos dos fatores de produção, o deslocamento da oferta 
seria para a esquerda (redução), de O para O’’.
Embora os preços dos fatores de produção sejam altamente signi� cativos para promover 
deslocamentos da curva de oferta, também existem outros fatores que podem promover este 
deslocamento. De acordo com Mendes (2009), o preço dos insumos, a tecnologia, o preço de 
produtos competitivos e políticas do governo também são relevantes.
Preço dos insumos: O aumento do preço dos insumos aumenta os custos de produção 
das empresas e isso poderá provocar redução da produção. Esse movimento pode ser observado 
no deslocando da curva de oferta para a esquerda. Utilizando a Figura 8 como referência, temos 
que o deslocamento seria de O para O’’.
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Tecnologia: A partir da tecnologia é possível aumentar a produção utilizando a mesma 
quantidade de fatores de produção. Assim, a tecnologia pode promover deslocamentos na curva 
de oferta para a direita. Utilizando a Figura 8 como referência, temos que o deslocamento seria 
de O para O’.
Preço dos produtos competitivos: A ideia de produtos competitivos pode ser compreen-
dida, em resumo, como os produtos similares. Desta forma, a empresa escolherá produzir e ven-
der o produto que apresentar preço de mercado mais alto, pois assim entraria maior volume de 
dinheiro na empresa. Utilizando a Figura 8 como referência, o deslocamento seria de O para O’.
Políticas do governo: As políticas públicasdo governo variam as suas � nalidades e, por 
isso, podem incentivar a redução ou o aumento da produção. Por exemplo, se o governo au-
mentar os impostos, as empresas vão reduzir a produção. Esse movimento pode ser observado 
no deslocamento da curva de oferta para a esquerda. Utilizando a Figura 8 como referência, o 
deslocamento seria de O para O’’.
EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
Apresentamos a Teoria da Demanda e da Oferta separadamente, para facilitar a com-
preensão. Mas saindo do campo teórico e analisando a realidade, a oferta e a demanda atuam 
conjuntamente. Os preços no mercado são ajustados pelas expectativas dos consumidores, em 
relação a sua capacidade de pagamento e as suas preferências e, ao mesmo tempo, também são 
ajustados pelos incentivos que as empresas recebem para produzir.
Como dito, a interação entre a oferta e a demanda ocorre no mercado. Desta forma, mer-
cado pode ser compreendido como instituição social na qual bens, serviços e fatores de produção 
são trocados livremente, troca esta mediada pela moeda (MANKIW, 2006).
Gerenciamento da Tecnologia: um instrumento para a competitividade empre-
sarial.
Autor: Eduardo Vasconcellos. 
ISBN: 9788521201038 
Manual de Oslo. 
É uma publicação com o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodo-
logias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa de P&D de países 
industrializados. Tem sido uma das principais referências para as atividades de 
inovação na indústria brasileira, que se apresenta cada vez mais competitiva.
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Os mercados são competitivos e isso signi� ca que são formados por um grande número 
de compradores e vendedores. A Figura 9 representa a intersecção das curvas de oferta (O) e de 
demanda (D), que identi� ca o ponto em que tanto os consumidores quanto os produtores se 
encontram satisfeitos e dispostos a agir. Em termos econômicos, este ponto é nomeado como 
equilíbrio de mercado.
Figura 9 - Equilíbrio de Mercado - Oferta e Demanda. Fonte: a autora.
Analisando a Figura 9, podemos perceber que qualquer preço acima do Ponto de Equi-
líbrio signi� ca que haverá mais oferta do que demanda, ou seja, teremos um excesso de oferta e 
esse cenário promove a redução do preço. Podemos exempli� car esse conceito da seguinte for-
ma: no verão, as mulheres procuram biquínis que estejam na moda e as empresas já sabem desse 
comportamento nesse período, por isso, aumentam a produção de biquínis. Como existem várias 
empresas produzindo biquínis, para conseguir vender mais que os concorrentes, as empresas 
elaboram promoções e reduzem os preços. Tendo em vista que há muitas opções de biquíni no 
mercado, a principal variação de um biquíni para o outro é a estampa – então, a consumidora 
tende a procurar os biquínis com menores preços.
Por outro lado, qualquer preço abaixo do Ponto de Equilíbrio signi� ca que haverá mais 
demanda do que oferta, ou seja, teremos um excesso de demanda e esse cenário promove aumen-
to do preço. Podemos exempli� car esse conceito da seguinte forma: suponha que tenha acon-
tecido uma grande geada, vários dias de frio e muitas lavouras foram prejudicadas, por isso, 
muitas frutas e verduras foram perdidas e não serão entregues aos supermercados. Mesmo tendo 
ocorrido a geada, as pessoas mantém o desejo de consumir as frutas e verduras apesar de nos 
mercados haver falta de frutas e verduras para atender a demanda. Assim, como os consumidores 
têm poucas frutas e verduras no mercado à disposição, eles tendem a pagar mais caro para obter 
o produto e atender suas necessidades.
De acordo com a Figura 9 qualquer situação fora do ponto de equilíbrio caracteriza um 
desequilíbrio no mercado. Caso a oferta seja superior à demanda, há excesso de oferta, e caso a 
demanda seja maior que a oferta, há excesso de demanda. Logo, o processo de ajuste do desequi-
líbrio para o equilíbrio ocorrerá sempre através dos preços, ou seja, as quantidades ofertadas ou 
demandadas são variáveis dependentes do preço.
No contexto discutido, há uma a� rmação-chave: o preço e a quantidade de equilíbrio 
dependem do encontro entre as curvas de oferta e demanda. Quando, por algum motivo, uma 
dessas curvas se desloca, o equilíbrio do mercado muda. Na Teoria Econômica, essa análise é 
conhecida como estática comparativa, porque envolve a comparação de duas situações estáveis – 
um equilíbrio inicial e um novo equilíbrio. 
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Figura 10 - Novo Equilíbrio de Mercado, a partir do deslocamento da curva de demanda. Fonte: a autora.
Na Figura 10, podemos analisar o equilíbrio de mercado para a saca de trigo in natura. O 
equilíbrio de mercado estava no ponto de intersecção entre P0 e Q0. Porém, a curva de demanda 
por algum motivo se deslocou de D para D’. Este deslocamento da curva de demanda proporcio-
nará um novo equilíbrio de mercado, que pode ser observado na intersecção entre P1 e Q0. Nesse 
caso, a quantidade consumida se manteve, alterando apenas o preço.
Na Figura 11, podemos observar um novo equilíbrio de mercado, mas, nesse caso, a mu-
dança foi provocada devido um deslocamento na curva de oferta:
Figura 11 - Novo Equilíbrio de Mercado, a partir do deslocamento da curva de oferta. Fonte: a autora.
Na Figura 11, o equilíbrio de mercado estava no ponto de intersecção entre P0 e Q0. Po-
rém, a curva de oferta, por algum motivo, se deslocou de S para S’. Este deslocamento da curva 
de oferta proporcionará um novo equilíbrio de mercado, que pode ser observado na intersecção 
entre P1 e Q1. Nesse caso, a quantidade consumida diminuiu, devido ao aumento do preço.
Por � m, todos os fatores que estudamos nessa unidade como renda, preço dos produtos 
complementares e substitutos, a tecnologia, o preço dos produtos relacionados, interferência go-
vernamental e outros afetam o ponto de equilíbrio do Mercado. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado aluno (a), o objetivo da unidade II era aprofundar os conhecimentos em alguns 
itens de Microeconomia que estuda como as famílias e empresas tomam decisões e como elas 
interagem em mercados especí� cos.
Estudamos o comportamento das famílias a partir da Teoria da Demanda. Mas antes do 
estudo da teoria é importante compreender os fundamentos do comportamento dos consumi-
dores, ou seja, compreender o que os consumidores levam em consideração para fazer as suas 
escolhas de consumo. Compreender os elementos que in� uenciam o comportamento dos con-
sumidores é o ponto de partida para o estudo da Teoria da Demanda, que nos diz que os consu-
midores têm desejo de comprar bens e serviços. Porém, os consumidores buscam maximizar a 
sua satisfação com as compras por isso preferem consumir maior quantidade e buscam menores 
preços.
Também é objeto de estudo da microeconomia o comportamento das empresas. Estuda-
-se o comportamento das empresas a partir da Teoria da Oferta, que nos aponta a quantidade de 
um bem ou serviço que uma empresa deseja vender, dentro de determinado período de tempo. 
A Teoria da Oferta estuda a resposta do produtor aos incentivos de mercado, ou seja, 
incentivos que ele recebe para aumentar ou reduzir a produção. Logo a quantidade demandada 
do bem por parte dos consumidores, os custos de produção, impostos, subsídios governamentais, 
a disponibilidade de fatores de produção podem ser considerados incentivos. De acordo com a 
teoria da Oferta, os empresários buscam maximizar os lucros, por isso, almejam reduzir despesas 
e vender pelo maior preço possível.
En� m, analisamos, nessa unidade, o comportamento de consumidores e produtores e 
seus respectivos interesses. A sintonia entre os interesses de ambos os lados é observada no equi-
líbrio de mercado o qual apresenta os preços e quantidades que satisfazem ambas as partes.
Por � m, o estudo da microeconomia está voltado para o comportamento dos consu-
midores e das empresas, o mercado e as suasdiferentes estruturas, a remuneração dos agentes 
econômicos e os preços praticados no mercado. Tendo em vista que todos estes fatores e outros 
especí� cos comprometem o equilíbrio do mercado, faz-se necessário conhecer estes fatores.
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 35
DEFINIÇÃO DE MERCADO ...................................................................................................................................... 36
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DAS ESTRUTURA DE MERCADO ...................................................................... 38
TIPOLOGIA DAS ESTRUTURAS DE MERCADO ..................................................................................................... 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 48
ESTRUTURAS DE 
MERCADO
PROF.A CAROLINE J. FÉLIX 
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INTRODUÇÃO
Prezado (a) aluno (a), a disciplina de Economia será apresentada em quatro unidades. 
Esse material contempla a unidade III, a qual foi elaborada para aprofundar os conhecimentos a 
respeito das estruturas de mercado, que são assuntos de estudos ainda da Microeconomia. Nessa 
unidade, vamos destacar a forma como as empresas organizam as suas atividades e as classi� ca-
ções que são feitas de acordo com as atividades, estruturas e mercados de cada empresa.
Reforçamos que é importante compreender como as empresas se organizam e tomam as 
suas decisões, pois isso irá re� etir diretamente sobre os consumidores.
A leitura deste material e dos complementares, as atividades e as discussões podem per-
mitir valiosas re� exões ao aluno e, certamente, impactarão positivamente na formação pro� ssio-
nal. 
Nesta disciplina, na modalidade de Educação à Distância, o aluno é o principal agente do 
saber, sendo responsável pela busca e retenção do conhecimento. No entanto, ele não trabalha 
sozinho, contando com a possibilidade constante do contato com o tutor.
Por isso, através desta disciplina, foi estabelecido um plano de ensino, visando facilitar a 
promoção da compreensão dos assuntos abordados. A intenção desta disciplina é preparar o alu-
no para se apropriar do conhecimento e aplicar em sua vida pro� ssional de forma e� caz e ética. 
Esse material foi desenvolvido pensado em você, procure interagir com os textos, fazer anotações 
e responder às atividades de estudo.
Para que a disciplina atinja o objetivo, é necessário que o aluno esteja consciente da im-
portância das leituras indicadas não apenas do plano de ensino, mas também leituras comple-
mentares sobre os assuntos abordados, bem como assistir os vídeos e realizar todas as avaliações.
Objetivos
• Apresentar os elementos que constituem a de� nição de Mercado.
• Apresentar as principais estruturas de Mercado.
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DEFINIÇÃO DE MERCADO
O mercado é o ambiente social ou virtual, onde ocorre a realização de troca de bens e ser-
viços. Neste ambiente de mercado as decisões dos compradores afetam diretamente as decisões 
dos vendedores e vice-versa. Também pode se entender mercado como uma instituição ou or-
ganização mediante a qual os vendedores e os compradores estabelecem uma relação comercial, 
com a � nalidade de realizar transações, acordos ou trocas comerciais. 
Mendes (2009) de� ne mercado como um “arranjo” que aproxima compradores de ven-
dedores, para fazer troca de bens e serviços através de moeda (dinheiro). Desta forma, mercado 
possui duas características fundamentais: o processo de troca de bens e serviços e a formação de 
preços. Em outras palavras, é no mercado que os preços dos bens e serviços são formados, por 
consumidores e vendedores e estes bens e serviços serão trocados por dinheiro. 
O mercado não é formado só por único vendedor e um único comprador, mas sim é for-
mado por grupos de vendedores e de compradores.
Nas economias modernas, a maioria das decisões sobre: o que? Quanto? Como? E para 
quem produzir? São decididas nos mercados. Para compreender quem serão os compradores 
e vendedores que estarão participando (dentro) do mercado, é preciso observar a extensão do 
mercado. 
Neste sentido, observe que os preços dos bens e serviços determinam quais famílias ou 
regiões serão bene� ciadas com o uso destes respectivos produtos, e quais empresas irão produzir 
para estas famílias que se encontram nesta determinada região. Então, analisar as delimitações e 
o tipo do mercado torna-se extremamente importante.
Para Pindyck e Rubin� eld (2006), a partir da interação entre oferta e demanda, no mer-
cado, três pressupostos devem ser levados em consideração: 
a. Livre Mercado: entende-se que o mercado não sofre nenhuma in� uência externa, por 
exemplo, no caso de uma política governamental. Assim, observa-se que os movimentos de ofer-
ta e demanda atuam livremente no mercado. 
b. Maximização de lucro por parte da empresa: isso signi� ca que as empresas desejam 
sempre obter lucro. Porém, isso não é verdade para todos os casos. Muitas empresas, dependendo 
da sua estratégia em determinado momento, possuem outros objetivos, por exemplo, tornar o 
bem ou serviço produzido mais conhecido no mercado (aumentar sua participação no mercado).
c. Maximização da satisfação por parte do consumidor: como já visto anteriormente 
na unidade II, as famílias maximizam sua satisfação através da compra de diversos produtos e, 
inclusive, a escolha dos bens e serviços é realizada através do preço e da qualidade. Desta forma, 
a satisfação acontecerá quando o consumidor adquirir bens e serviços de qualidade alta a preços 
baixos. 
De acordo com Mendes (2009), é fundamental estudar a composição do mercado para 
compreender a sua estrutura e, principalmente, para identi� car o que in� uencia as pessoas a agi-
rem da forma que agem em um determinado mercado e porque estas mesmas pessoas mudam o 
comportamento em um mercado diferente.
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Assim, podemos dizer que os mercados são delimitados a partir da interdependência 
entre compradores e vendedores, em outras palavras, o tamanho do mercado depende do ponto 
em que as decisões dos compradores afetem as decisões dos vendedores. Para os autores Pindyck 
e Rubin� eld (2006), os mercados podem ser caracterizados a partir dos seguintes aspectos: 
Geográ� co: O “mercado geográ� co” está relacionado a ideia de lugar. Então, quando se 
analisa o mercado geográ� co, é levado em consideração o espaço no qual os vendedores e com-
pradores se relacionam. Veja, na Tabela 1, a forma como o mercado geográ� co pode ser dividido.
Tabela 1 - Mercado Geográ� co
Fonte: a autora.
Produto: O “mercado produto” está relacionado à forma. Isso signi� ca que estamos ana-
lisando um determinado bem ou serviço, por exemplo, computadores, soja, entre outros (PIN-
DYCK; RUBINFIELD, 2006).
Temporal: O “mercado temporal” está relacionado à ideia de tempo. Nesse caso, o mer-
cado é analisado a partir de informações de determinado produto em uma região ou em um de-
terminado período. Para exempli� car, podemos citar os ovos de Páscoa que são vendidos apenas 
em uma época do ano, assim como os Panetones que são comercializados apenas no � nal do ano 
(PINDYCK; RUBINFIELD, 2006).
Para compreender de fato as estruturas de mercados e a variação do comportamento dos 
consumidores nestas diferentes estruturas, o é ideal é fazer análise da forma mais completa pos-
sível levando em consideração os três itens destacados acima.
Administração de Marketing.
Philip Kotler (Autor), Kevin L. Keller (Autor)
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A partir destas analises é possível fazer

Outros materiais