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1 OAB 2ª Fase Civil Profª. Fernanda Pimentel Direito de Família Profª Fernanda Pimentel Aula 04 União Estável 2 Conceito original É entidade familiar composta pela união duradoura de pessoas de sexos diferentes, não ligadas pelo casamento civil e com a intenção de viverem sob os laços de afeto, demonstrando uma convivência more uxorio. Conceito à luz da ADI 4277 É entidade familiar composta pela união duradoura de duas pessoas não ligadas pelo casamento civil e com a intenção de viverem sob os laços de afeto, demonstrando uma convivência more uxorio. 3 NATUREZA JURÍDICA É considerada um fato jurídico natural, uma vez que a produção de efeitos jurídicos decorre do preenchimento dos requisitos previstos em lei . A manifestação de vontade das partes não poderá elidir os efeitos da união estável. Base legal - CRFB Art. 226, § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 4 Base legal - CCB Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. § 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. § 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. Base legal - CCB Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. 5 Jurisprudência – Diversidade de sexos UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA. Em renovação de julgamento, após voto de desempate do Min. Luís Felipe Salomão, a Turma, por maioria, afastou o impedimento jurídico ao admitir a possibilidade jurídica do pedido de reconhecimento de união estável entre homossexuais. Assim, o mérito do pedido deverá ser analisado pela primeira instância, que irá prosseguir no julgamento anteriormente extinto sem julgamento de mérito, diante do entendimento da impossibilidade do pedido. Os Ministros Antônio de Pádua Ribeiro e Massami Uyeda votaram a favor da possibilidade jurídica do pedido por entender que a legislação brasileira não traz nenhuma proibição ao reconhecimento de união estável entre as pessoas do mesmo sexo. Já os Ministros Fernando Gonçalves e Aldir Passarinho Junior não reconheciam a possibilidade do pedido por entender que a CF/1988 e o CC só consideram união estável a relação entre homem e mulher com objetivo de formar entidade familiar. STJ. 4ª T. REsp 820.475-RJ , Rel. orig. Min. Pádua Ribeiro, Rel. para acórdão Min. Luís Felipe Salomão , j. 2/9/08. Info nº 366 Jurisprudência – Prazo “Tendo o relacionamento perdurado por três anos e se assemelhado a um casamento de fato, resultando até no nascimento de um filho, resta induvidosa a affectio maritalis. 2. Comprovada a notoriedade e a publicidade, imperioso é o reconhecimento da união estável, não tendo maior relevância, no caso, o curto lapso temporal de convivência” ( TJ/RS - Apelação Cível 7002799151) 6 Jurisprudência – Separação de fato “A existência de vínculo matrimonial anterior à alegada União Estável, afigura-se, por si só, impedimento ao reconhecimento do casamento de fato. 2- Se inocorrente separação, ainda que de fato, ou dissolução de casamento válido e preexistente, não há como se reconhecer o instituto da União Estável. “ (TJ/RJ – Ap. Cível 2008.001.39790 ) “PERÍODO DE CONVIVÊNCIA COMUM. (...)CONCUBINATO. IMPOSSIBILIDADE. SEPARAÇÃO DE FATO COMPROVADA.Pelas provas acostadas aos autos, e pelo depoimento tomado das testemunhas na audiência de instrução e julgamento, verifica-se que as partes conviveram no período de janeiro de 2001 à dezembro de 2004, época do falecimento do companheiro.A alegação de que viviam em concubinato não se consubstancia, a medida que resta claro que houve a separação de fato da ré em janeiro de 2001” (TJ/RJ – Ap. Cível 2007.001.27207) ( Casamento e concubinato simultâneos. Improcedência do pedido. - A união estável pressupõe a ausência de impedimentos para o, casamento, ou, pelo menos, que esteja o companheiro(a) separado de fato enquanto que a figura do concubinato repousa sobre pessoas impedidas de casar. Se os elementos probatórios atestam a simultaneidade das relações conjugal e de concubinato, impõe-se a prevalência dos interesses da mulher casada, cujo matrimônio não foi dissolvido, aos alegados direitos subjetivos pretendidos pela concubina, pois não há, sob o prisma do Direito de Família, prerrogativa desta à partilha dos bens deixados pelo concubino. - Não há, portanto, como ser conferido status de união estável a relação concubinária concomitante a casamento válido. ( STJ - REsp 931155 / RS ) 7 Base legal Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens Enunciados do CJF En. 115 – CJF: Art. 1.725: Há presunção de comunhão de aqüestos na constância da união extramatrimonial mantida entre os companheiros, sendo desnecessária a prova do esforço comum para se verificar a comunhão dos bens. 346 - Na união estável o regime patrimonial obedecerá à norma vigente no momento da aquisição de cada bem, salvo contrato escrito. 8 Jurisprudência DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. UNIÃO ESTÁVEL. REGIME DE BENS. IMÓVEL ADQUIRIDO NA CONSTÂNCIA DO RELACIONAMENTO. ESFORÇO COMUM QUE SE PRESUME. A simples existência da união estável pressupõe a construção de uma vida em comum, com tudo o que isso implica do ponto de vista prático, o que inclui naturalmente a mútua assistência moral e material. Assim, se um dos conviventes pode se dedicar exclusivamente ao lar, é porque o outro pode lhe prover o sustento; se pode exclusivamente trabalhar, é porque o outro lhe provém o lar. (Continua) (…)Assim, se a autora não comprovou de modo cabal ter havido a aquisição de bens pelo casal mediante o esforço comum, no indigitado período, não faz jus à partilha de bens, como está a pretender. Desconhece-se, com efeito, que bens seriam esses; se seriam produto da contribuição comum ou, ao reverso, se oriundos dos bens adquiridos anteriormente pelo réu. O pressuposto do partilhamento é que tenha havido a formação comum de patrimônio e, no caso, não cuidou a demandante de demonstrar tal circunstância. Pelo menos, isso não está registrado no acórdão. Isso posto, não conheço do recurso. STJ. 3ª T. REsp 915.297-MG, Rel Min. Nancy Andrighi, j. 13/11/2008 9 Jurisprudência – Putatividade “Reconhecimento de duas uniões concomitantes. Equiparação ao casamento putativo. Lei nº 9.728/96. 1. Mantendo o autor da herança união estável com uma mulher, o posterior relacionamento com outra, sem que se haja desvinculado da primeira, com quem continuou a viver como se fossem marido e mulher, não há como configurar união estável concomitante, incabível a equiparação ao casamento putativo”. ( STJ - REsp789293 / RJ) Casamento e concubinato simultâneos. Improcedência do pedido. - A união estável pressupõe a ausência de impedimentos para o, casamento, ou, pelo menos, que esteja o companheiro(a) separado de fato enquanto que a figura do concubinato repousa sobre pessoas impedidas de casar. Se os elementos probatórios atestam a simultaneidade das relações conjugal e de concubinato, impõe-se a prevalência dos interesses da mulher casada, cujo matrimônio não foi dissolvido, aos alegados direitos subjetivos pretendidos pela concubina, pois não há, sob o prisma do Direito de Família, prerrogativa desta à partilha dos bens deixados pelo concubino. - Não há, portanto, como ser conferido status de união estável a relação concubinária concomitante a casamento válido. ( STJ - REsp 931155 / RS, 3ª T, Rel. MIn. Nancy Andrighi, J. 07/08/2007 ) Paralelismoamoroso 10 Jurisprudência – “Paralelismo” UNIÃO ESTÁVEL. MATRIMÔNIO HÍGIDO. CONCUBINATO. RELACIONAMENTO SIMULTÂNEO. Embora a relação amorosa, é vasta a prova de que o varão não se desvinculou do lar matrimonial, permanecendo na companhia da esposa e familiares. Sendo o sistema monogâmico e não caracterizada a união putativa, o relacionamento lateral não gera qualquer tipo de direito. X Neste julgamento, a realidade é que este cidadão mantinha dois vínculos afetivos com duas mulheres simultaneamente, e isso não pode vir em benefício dele próprio ou de uma das conviventes. Visualizando não uma sociedade de fato, mas uma entidade familiar, não vejo por que não se aplicar toda a legislação atinente a esta entidade e não reconhecer a incidência da Súmula nº 380. (Voto vencido) ( TJ/RS - Apelação Cível Nº 70010075695 ) Código Civil, artigo 1727: As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. Concubinato 11 É a relação entre homem e mulher que não possui proteção do direito de família em razão da existência de algum dos impedimentos previstos no artigo 1723, § 1º do CCB. Em geral ocorre nas relações adulterinas ou incestuosas. Está previsto no artigo 1727 do CCB. Tentativa de conceituação Concubinato – art. 1727 STF 380 Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum; STF 382 A vida em comum sob o mesmo teto "more uxorio", não é indispensável à caracterização do concubinato; Direito à concubina solteira de adicionar o sobrenome do companheiro, conforme o artigo 57, §2º da Lei 6.015/73; 12 CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE DE COMPANHEIRO. UNIÃO ESTÁVEL. CONCUBINATO IMPURO. MARCO INICIAL. 1. Demonstrado, mediante início de prova material corroborado por prova testemunhal idônea, a convivência marital entre a requerente e o ‘de cujus’, é de ser concedido o benefício de pensão por morte à autora. 2. A existência de esposa não constitui óbice ao reconhecimento do direito à parte autora, porquanto as novas diretrizes constitucionais erigiram a união estável ao status de casamento, devendo ser reconhecido, para fins de direito previdenciário, os efeitos decorrentes do concubinato, mesmo que impuro [grifo nosso]. 3. [...] ( Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, Apelação Cível 483154/RS,). Direitos previdenciários: Procedência Dessa forma, na hipótese de eventual interesse na partilha de bens deixados pelo falecido, deverá a recorrida fazer prova, em processo diverso, repita-se, de eventual esforço comum. Com essas considerações, entre outras, a Turma deu provimento ao recurso, para declarar o reconhecimento da união estável mantida entre o falecido e a recorrente e determinar, por conseguinte, o pagamento da pensão por morte em favor unicamente dela, companheira do falecido. (REsp 1.157.273-RN, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 18/5/2010) Direitos previdenciários: Improcedência 13 CONCUBINATO. INDENIZAÇÃO. SERVIÇOS DOMÉSTICOS. Descabe indenização à recorrente, porquanto inexistente a pretendida união estável (art. 1.727 do CC/2002), que pressupõe ausência de impedimentos para o casamento ou separação de fato para permitir aos companheiros a salvaguarda dos direitos patrimoniais. Outrossim, no caso, não há que se falar em indenização por serviços domésticos na constância de relação concubinária concomitante com casamento válido como atalho para atingir os bens da família legítima (art. 226 da CF/1988). Precedente citado: REsp 931.155-RS, DJ 20/8/2007. REsp 988.090-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/2/2010. Indenização por serviços domésticos prestados: STJ, Inf. 421, 05/02/2010 Jurisprudência : Presunção de esforço comum A partilha do patrimônio entre concubinos em caso de separação anterior à Lei n. 9.278/96 deve observar a contribuição de cada um para a formação do patrimônio, não bastando para a meação a contribuição indireta consistente na prestação de serviços domésticos e no cuidado na criação dos filhos comuns. A conclusão, por 4 a 3, é da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao dar parcial provimento ao recurso especial de A.C.S., de São Paulo, para reduzir a 40% o percentual a título de participação da companheira sobre o valor correspondente aos bens adquiridos sob o regime do concubinato, no período de 1983 a janeiro de 1996. Notícias - STJ – 03/09/08 14 Relação estável e com a “intenção de constituir família” estabelecida entre pessoas do mesmo sexo. União Homoafetiva ou Família Isossexual A união homossexual é equiparável à união estável? CRFB: – Art. 1º, III – Art. 226, § 3º - Diversidade de sexos – Art. 3º, IV LICC, art. 4º c/c CPC, art. 126 X CRFB , Art. 226 elenca taxativamente as hipóteses de entidades familiares e foi regulamentado nos mesmos moldes pelos artigos 1723 a 1727 do Código Civil. É fundamento ético-social. Equiparação da União Homoafetiva à União Estável 15 Jurisprudência – Adoção Cuida-se da possibilidade de pessoa que mantém união homoafetiva adotar duas crianças (irmãos biológicos) já perfilhadas por sua companheira. É certo que o art. 1º da Lei n. 12.010/2009 e o art. 43 do ECA deixam claro que todas as crianças e adolescentes têm a garantia do direito à convivência familiar e que a adoção fundada em motivos legítimos pode ser deferida somente quando presentes reais vantagens a eles. Anote-se, então, ser imprescindível, na adoção, a prevalência dos interesses dos menores sobre quaisquer outros, até porque se discute o próprio direito de filiação, com consequências que se estendem por toda a vida. Decorre daí que, também no campo da adoção na união homoafetiva, a qual, como realidade fenomênica, o Judiciário não pode desprezar, há que se verificar qual a melhor solução a privilegiar a proteção aos direitos da criança. Frise-se inexistir aqui expressa previsão legal a permitir também a inclusão, como adotante, do nome da companheira de igual sexo nos registros de nascimento das crianças...(Continua) Informativo n° 432/2010 - REsp 889.852-RS Jurisprudência – União homoafetiva RECURSO ESPECIAL. RELACIONAMENTO MANTIDO ENTRE HOMOSSEXUAIS. SOCIEDADE DE FATO. DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE. PARTILHA DE BENS. PROVA. ESFORÇO COMUM. Entende a jurisprudência desta Corte que a união entre pessoas do mesmo sexo configura sociedade de fato, cuja partilha de bens exige a prova do esforço comum na aquisição do patrimônio amealhado. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. STJ. 4ª T. REsp 648763/RS, Rel. Min. CESAR ASFOR ROCHA , j. 07/12/2006 16 União Homoafetiva (...) A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, AO GARANTIR A PENSÃO POR MORTE DE SEGURADO AO COMPANHEIRO, NÃO EXCLUIU OS RELACIONAMENTOS HOMOAFETIVOS. A AUSÊNCIA DE PREVISÃO EXPRESSA DA LEI QUE VIGIA À ÉPOCA DO ÓBITO NÃO PODE SER INTERPRETADA EM DESFAVOR DA APELANTE, QUE VIVIA HÁ MAIS DE VINTE ANOS COM A FALECIDA. ( TJ/RJ AC Nº 2008.001.47423) X UNIÃO HOMOAFETIVA. INCLUSÃO DE CONVIVENTE NA QUALIDADE DE DEPENDENTE. DESCABIMENTO, EM FACE DA AUSÊNCIA DE AMPARO CONSTITUCIONAL E CONTRATUAL. EXTENSÃO DA COBERTURA RESTRITA AO CÔNJUGE E COMPANHEIRO. ANALOGIA À UNIÃO ESTÁVEL. IMPOSSIBILIDADE. ENTIDADE FAMILIAR FUNDADA NA DIVERSIDADE DE SEXOS. EXEGESE DOS ART. 226, §3°, DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 723, DO CÓDIGO CIVIL. PRECEDENTE DESTE TRIBUNAL. (TJ/RJ AC Nº 2009.001.35614) II - PACIENTES DAS TÉCNICAS DE RA 1 - Todas as pessoas capazes, que tenham solicitado o procedimento e cuja indicação não se afaste dos limites desta resolução, podem ser receptoras das técnicas de RA desde que os participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o mesmo, de acordo com a legislação vigente. Resolução 1957/2010 do CFM : Direito à FIV 17 Ivanir Quimas manteve um relacionamento com Evan Vieira da Silva entre novembro de 1994 e janeiro de 1997, vindo inclusive a auxiliá-lo em sua empresa. Com o fim do romance, ajuíza ação ordináriaem face do ex-namorado, objetivando obter a partilha igualitária dos bens adquiridos com o esforço comum, no período de convivência. O MM. Juiz de Direito, considerando não se achar caracterizada a convivência por pelo menos cinco anos, julgou procedente, em parte, o pedido para condenar o réu ao pagamento da remuneração correspondente às funções de auxiliar de escritório, pelo período em que estiveram juntos. Interpostas apelações por ambas as partes, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, à unanimidade de votos, negou provimento ao apelo do réu e deu provimento, em parte, ao da autora para, embora reconhecendo a existência da união estável, manter o equivalente à remuneração de auxiliar de escritório. QUESTÃO DIREITO CIVIL. SOCIEDADE DE FATO. RECONHECIMENTO DE PARTICIPAÇÃO INDIRETA DA EX-COMPANHEIRA NA FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO ADQUIRIDO DURANTE A VIDA EM COMUM. PARTILHA PROPORCIONAL. CABIMENTO. FIXAÇÃO NESTA INSTÂNCIA. POSSIBILIDADE. CRITÉRIOS. INDENIZAÇÃO POR SERVIÇOS PRESTADOS. RESSALVA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I - Constatada a contribuição indireta da ex-companheira na constituição do patrimônio amealhado durante o período de convivência "more uxorio", contribuição consistente na realização das tarefas necessárias ao regular gerenciamento da casa, aí incluída a prestação de serviços domésticos, admissível o reconhecimento da existência de sociedade de fato e consequente direito à partilha proporcional. (Continua) Jurisprudência: STJ. 4ª T. REsp. 183.718-SP, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, j. 13/10/1998 18 (Continuação) II - Verificando-se que haja diminuição de despesas (economia) proporcionada pela execução das atividades de cunho doméstico pela ex-companheira, há que se reconhecer patenteado o "esforço comum" a que alude o enunciado nº 380 da Súmula/STF. III - Salvo casos especiais, a exemplo de inexistência de patrimônio a partilhar, a concessão de uma indenização por serviços domésticos prestados, prática de longa data consagrada pela jurisprudência, não se afeiçoa à nova realidade constitucional, que reconhece "a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar" (art. 226, § 3º, da Constituição). (...) Jurisprudência: STJ. 4ª T. REsp. 183.718- SP, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, j. 13/10/1998
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