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CITOLOGIA INFLAMATÓRIA - RESUMO

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CITOLOGIA INFLAMATÓRIA 
Canal cervicovaginal 
▪ Contato direto – exterior – vulva = não é estéril 
Equilíbrio - MO saprófitas X Mecanismos defensivos 
Presença de MO não constitui índice de inflamação 
Processo inflamatório = Sintomas clínicos, 
microrganismos patogênicos, alterações celulares 
reativas 
 
Mecanismos de defesa 
Vulva – lábios menores 
▪ Correta aposição = barreira mecânica - Ascessão dos 
MO Mantém temperatura e Ph 
Muco - Mantém condições ideais – umidade 
▪ Composição = desenvolvimento normal da flora 
saprófica - Água, eletrólitos, mucopolissacarídeos, 
fosfatos ácidos e glicoronidades; 
Glicogênio – lactobacilos 
▪ Manutenção pH = 3,8 a 4,5 
▪ Inibe desenvolvimento de patógenos 
Imunodepressão e alterações hormonais carenciais = 
fatores predisponentes à infecção 
Descamação contínua – níveis hormonais 
▪ Depuração do ecossistema vaginal = renovação 
epitelial 
 
Causas dos processos inflamatórios 
Biológicos: atividade sexual, sangue, órgãos 
adjacentes 
Bactérias, protozoários, fungos, vírus, parasitas 
contaminantes; 
Físicos: Traumáticos, lacerações, térmicos (eletro-
cauterização), radiações (radioterapia), uso do DIU, 
biópsias, crioterapia 
Químicos: lubrificantes, espermicidas 
 
CERVICOVAGINITE BACTERIANA 
Inflamação = corrimento de odor desagradável 
O Vaginite ou vaginose / cervicite / cervicovaginite 
O Intensidade do infiltrado – variável : Leve, 
moderado, severo 
Necrose celular – “aspecto sujo” – Hemorragia 
 
Condições clínicas que aumentam o risco de 
infecções bacterianas: 
Fatores hormonais: Gravidez/menopausa 
Condições locais: Aumento do pH vaginal, trauma = 
DIU e diafragmas 
Fatores intrínsecos: Baixa imunidade (AIDS) 
Fatores extrínsecos: Quimioterapia, Radioterapia, 
Procedimentos cirúrgicos; 
 
CERVICOVAGINITE BACTERIANA 
Lactobacilos = bacilos de Döderlein 
Flora normal – produtores de ácido lático, peróxido de 
hidrogênio e bacteriocinas 
Fase progesterônica 
 
 
 
Citólise 
 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
Representa uma alteração do ecossistema 
cervicovaginal em que as bactérias (infecção 
polimicrobiana) habitualmente não patógenas 
produzem inflamação → Alcalinização – pH superior a 
4,5 Ausência dos bacilos de Döderlein 
 
Microrganismos vinculado à vaginose bacteriana 
Gardnerella vaginalis (anaeróbio facultativo, 
cocobacilos Gram variável) - 45 a 99% 
Bacilos anaeróbios Gram - : Bacterioides - Prevotella 
– Porphyromonas 
Cocos anaeróbios Gram + - Peptostreptococcus 
Bacilos anaeróbios Gram + - Mobiluncus – 40 A 60% 
 
Gardnerella vaginalis 
10% das mulheres sexualmente ativas = vaginose 
bacteriana - 20 a 36% atendimento 
Principal marcador: 
Corrimento vaginal abundante - Leucorreia 
fluida/delgada; 
Odor fétido – “peixe podre” 
Coloração branca/acinzentada 
pH elevado (5,0 a 7,5) 
Pode ou não provocar exsudação 
Diagnóstico: 
Teste do pH 
Exame a fresco ou esfregaço corado 
Presença de leucorreia fluida 
O Teste de KOH – odor de peixe 
Aspectos microscópicos 
Numerosas bactérias = cocobacilos = azuladas 
Aderidas parcial ou totalmente – superfície céls. 
escamosas 
“Células-guia” ou clue cells = coloração azulada 
Bactérias – ocultar detalhes da estrutura celular 
Ausência de lactobacilos e polimorfonucleares 
 
 
 
 
Gardnerella vaginalis: ao fundo, principalmente, e 
encobrindo as células escamosas resultando em células 
indicadoras (clue cells) (setas). Não há citólise. (obj. 20x) 
 
Gardnerella vaginalis: 
recobrindo as células 
escamosas resultando em 
células indicadoras (clue 
cells). Não há citólise. Há 
polimorfonucleares. 
 
Cocos Gram-positivos 
Forma de cadeias ou agrupamentos O Papanicolaou – 
coram em azul 
Estafilococos – choque séptico – usuárias de 
absorventes IV 
Estreptococos 
Exsudato inflamatório: diagnóstico definitivo = cultura 
 
 
Cocos Gram-negativos 
Neisseria gonorrhoeae = GONORREIA 
DST muito comum - Diplococos 
Corrimento vaginal espesso e purulento – fase aguda 
Assintomática 
Conjuntivite purulenta – evolui – cegueira – recém-
nascidos 
Microscopia 
Difícil visualização 
Maiores aumentos → interior ou superfície de células 
escamosas metaplásicas 
Detritos celulares – confundindo com diplococos 
 
 
Secreção ureteral contendo Neisseria gonorrhoeae 
 
Chlamydia trachomatis 
Intracelular obrigatório 
Transmissão sexual 
Vaginite 
Cervicite 
Uretrite 
Salpingite 
Assintomática 
Corrimento vaginal purulento 
Locais mais acometidos – colo uterino, JEC e epitélio 
endocervical 
 
Microscopia 
Vacúolos intracitoplasmáticos 
Inclusões eosinofílicas 
Numerosos e diminutos corpos cocoides 
↑ Infiltrado inflamatório 
Células infectadas 
Aumento de volume celular e nuclear 
Multinucleação e hipercromasia 
Grandes nucléolos 
 
Células endocervicais 
Cocos Gram-negativos - Quando observadas 
isoladamente 
Reação inflamatória intensa -Neutrófilos – Macrófagos 
Actinomyces 
Filamentosas quando observadas em colônias 
Anaeróbia 
Difícil classificação 
Associado a corpos estranhos 
▪ Uso de DIU – vários anos 
 
Forma de estruturas arredondadas 
Centro – amorfo e denso 
Condensam – centro – Partem filamentos 
Coloração cinza-azulada 
 
Leptothrix vaginalis 
Gram-negativa longa 
Fina 
Forma curva 
Tricobactéria (forma filamentosa) 
Saprófita 
Sem anomalias citológicas 
Causa leucorréia - Trichomonas vaginalis 
 
 
 
Tuberculose 
Mycobacterium 
tuberculosis 
Bastonetes Gram-negativos 
BAAR 
Associada à AIDS 
Trato genital feminino = 
tuberculose sistêmica 
Granulomas: Células epitelioides 
Macrófagos gigantes multinucleadas 
Tecidos necróticos = necrose caseosa 
Coloração de Ziehl-Neelsen 
INFECÇÕES FÚNGICAS 
Candida 
Saprófita – Gram positivo 
Fungo patogênico – mais produz quadros infecciosos 
no canal cervicovaginal e vulva 
C. albicans – 85% dos casos 
C. glabrata e tropicalis – 15% 
 
Candida albicans 
Patogenicidade 
pH ácido – prolifera em pH baixo 
 Controle: 
Proliferação de lactobacilos 
Integridade da mucosa 
Presença de IgA e IgG, polimorfonucleares e 
monócitos 
 
Fatores predisponentes 
 Gravidez 
 Obesidade 
 Diabetes 
 DIU 
Imunossupressão = AIDS – manifestação de 
candidíase 
Assintomática ou secreção espessa – col. 
esbranquiçada 
Prurido e ardência na região vulvar 
Microscopia: Duas formas 
 
 
Forma de levedura 
Ovalada 
Tamanhos variados – 3 a 
6 um 
Zona central clara 
Circundada por cápsula 
 
Hifas 
Alongadas 
Retas ou levemente curvas 
Filamentosas - Septadas – “estrangulações” 
Vários esporos 
 
 
Contaminantes 
Outros fungos: Aspergilose 
 
 
PROTOZOÁRIO 
Trichomonas vaginalis 
Flagelado, móvel, extracelular 
Transmissão: ato sexual 
Corrimento amarelo-esverdeado de odor fétido 
Epitélio vaginal = peq. hemorragias puntiforme 
aspecto em morango do colo ou vagina 
Produz alterações nas células escamosas 
Abundante - Delgado – Acinzentado 
 
Fatores de risco 
Gestação 
Lesões traumáticas do epitélio 
Aumento do pH vaginal 
▪ Disseminação para o trato urinário – disúria 
 
Microscopia 
Exame a fresco – gota de secreção vaginal – parasitas 
móveis 
Arredondados ou ovalados e formato irregular 
Coloração cinza-esverdeada 
10 a 40 µm de diâmetro 
2 a 4 vezes – tamanho – leucócito 
Núcleo excêntrico e flagelo 
Alteração celulares 
Eosinofilia citoplasmática – céls. intermediárias e 
parabasais 
 Halos perinucleares estreitos e ↑ volume nuclear 
Leptothrix vaginalis 
Esfregaços: Sujos - Exsudato leucopiocitário 
Gardnerella vaginalis 
 
 
 
HELMINTOS 
Schistosoma haematobium e S. mansoni 
Trematoides = esquistossomose 
Lesões 
cervicais inflamatórias 
Ulceração 
Mimetizar aspecto clínico = 
carcinoma 
 
Enterobius vermiculares – oxiúro 
Parasita intestinal 
Microscopia: 
Estruturas 
ovoides 
Coloração 
amarelada 
Membrana 
translúcida
com dobra lateral 
Comprimento = 50 um 
ARTRÓPODES 
Piolhos - Larvas e partes de insetos 
 
INFECÇÕES VIRAIS 
▪ HERPESVÍRUS 1 (HSV 1) 
▪ HERPESVÍRUS 2 (HSV 2) 
▪ CITOMEGATOLOVÍRUS 
▪ PAPILOMAVÍRUS HUMANO 
 
Herpes genitalis 
Transmissão sexual 
Herpesvírus tipo 1 – 15% dos casos 
Herpesvírus tipo 2 – 85% dos casos 
50% dos casos = diagnóstico por esfregaço 
Infecta células escamosas, metaplásicas e 
endocervicais 
 
MORFOLOGIA 
Lesões vesiculares, colabadas e revestidas por crosta 
Conflui = úlceras dolorosas e grandes 
Localizadas principalmente na VULVA 
Cólo do útero = menos evidentes 
Crostas e cicatrização = 10 dias 
Alterações celulares características: 
▪ Proliferação viral dentro do núcleo 
Esfregaços: 
▪ Núcleo 
Aumento de volume 
Aspecto opaco = vidro fosco 
Espessamento de membrana nuclear 
▪ Fusão celular = grandes células multinucleadas 
▪ Partículas virais – condensam = inclusões 
eosinofílicas 
intranucleares centrais 
▪ Inclusões circundadas por halo claro 
 
 
Esfregaço cervical 
Células multinucleadas 
Inclusões eosinofílicas – halo claro 
 
Citomegalovírus 
Transmissão = fluidos corporais 
40% - mulheres adultas – anticorpos contra o vírus 
Manifestação da doença = reativação de forma latente 
ou nova infecção 
Imunodeprimidos (AIDS ou transplantados) ou 
gestantes 
Cultura = diagnóstico mais confiável 
MORFOLOGIA 
Volumosas inclusões nucleares eosinofílicas ou 
basofílicas 
Inclusões circundadas por halo claro 
Células endocervicais – mais acometidas 
 Lesões semelhantes à herpes (diferenciação difícil) 
 
 
CITOLOGIA INFLAMATÓRIA 
Inflamação aguda : 
Novos capilares - Neutrófilos 
Comum = detritos = tecidos necróticos “fundo sujo” 
Inflamação crônica: 
Linfócitos - Macrófagos – Fibroblastos 
Histopatologia: Hiperplasia - Metaplasia atípica 
Reparação 
Hiperplasia de células basais 
 
Citologia das lesões inflamatórias 
Reparação: Após destruição focal do epitélio de 
superfície 
Causas de lesão: Biópsias 
Cauterização 
Histerectomia 
Radioterapia 
Inflamações agudas e crônicas 
DIU 
Pólipo endocervical 
 
REPARAÇÃO: 
Células epiteliais – alterações: 
Rápido crescimento 
Acelerada síntese de proteínas 
Núcleos grandes e hipercromáticos - Binucleação 
Macronucléolos e multinucléolos - Intensa atividade 
mitótica - Queratinização anômala - Vacuolização – 
citoplasma 
 
METAPLASIA ESCAMOSA ATÍPICA 
Discreto aumento – núcleo 
Binucleação Hipercromasia leve 
Proeminência de nucléolos 
ASCUS OU 
AGUS 
 
 
Esfregaços cérvico-vaginais 
Neutrófilos 
Comum = detritos = tecidos necróticos “fundo sujo” 
Linfócitos - Plasmócitos - Macrófagos – Fibroblastos 
 
 
 
 
Presença de hemácias é comum – sangram facilmente 
Macrófagos – hemossiderina 
Cristais romboides = hematoidina 
Hemorragia crônica e pregressa 
 
INSPEÇÃO VISUAL 
 
Lesão branca após 
aplicação do ácido 
acético 
 
 
 
 
 
Área não corada 
com lugol = 
corresponde à lesão 
Teste de Schiller 
positivo

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