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LEUCEMIAS AGUDAS

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HEMATOLOGIA
LEUCEMIAS AGUDAS
Julya Pavão
LEUCEMIAS AGUDAS
· É uma doença oncohematológica.
· Leucemias que se apresentam de forma aguda, aparecem em poucos dias ou poucas semanas.
· Leucemia é uma neoplasia maligna originada pelo crescimento de um clone de células hematopoiéticas leucocitárias na medula óssea e que invade o sangue periférico.
· Predominância de células jovens (blastos).
· A leucemia foi observada pela primeira vez pelo patologista Rudolf Virchow em 1845.
· FISIOPATOLOGIA:
· Uma célula normal sofre lesão no DNA;
· Incapacidade de reparo ou apoptose;
· Mutações no genoma das células somáticas;
· Ativação de oncogenes promovendo crescimento;
· Inativação de genes supressores de tumor;
· Alterações em genes da apoptose;
· Expansão clonal e progressão tumoral com supressão dos clones normais de medula óssea;
· Neoplasia maligna da MO com disseminação no sangue e infiltrações de outros órgãos.
· CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS:
· QUANTO A EVOLUÇÃO:
· Agudas;
· Crônicas.
· QUANTO A ORIGEM CLONAL:
· Mieloides;
· Linfoides.
· LEUCEMIAS AGUDAS são doenças clonais do tecido hematopoiético caracterizado pela proliferações anormais de células progenitoras imaturas (blastos), ocasionando insuficiência da medula óssea pela supressão dos clones normais. Têm evolução aguda e fatal.
· LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA
· Leucemia linfóide aguda resulta da proliferação clonal de precursores linfóides anormais que se acumulam na medula óssea, no sangue periférico, em órgãos e em tecidos.
· 30% de todos os cânceres na infância;
· 75% dos casos ocorrem em crianças com menos de 5 anos de idade;
· Mais comum em indivíduos de cor branca e do sexo masculino;
· Nos EUA, a incidência é de 28 casos/milhão de pessoas/ano;
· Em Ribeirão Preto/SP, a incidência é de 25 casos/milhão de pessoas/ano.
· Condições associadas:
· Vírus de Epstein Barr;
· Agentes químicos e físicos;
· Gêmeos univitelinos;
· Síndromes genéticas cromossômicas (Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Anemia de Fanconi, Síndrome de Bloom).
· Fisiopatogenia:
· Os clones malignos monoclonais sofrem proliferação na medula óssea;
· Ocorre uma supressão dos clones normais de células de todas as séries (eritroide, megacariocítica e mieloide normal);
· As manifestações clínicas estão associadas à anemia, trombocitopenia, ausência de leucócitos funcionais e infiltração extra MO.
· Manifestações clínicas:
· Sinais e sintomas de anemia (Hb <10);
· Fenômenos hemorrágicos (equimoses, gengivorragia, epistaxe, petéquias, púrpuras...);
· Febre;
· Linfadenomegalia;
· Hepatoesplenomegalia;
· Dores ósseas e artralgias.
· Outras manifestações clínicas:
· Tumoração (alargamento) em mediastino em 14%;
· Infiltração em SNC (4%-7%): cefaléia, letargia, vômitos, rigidez de nuca;
· Infiltração em pleura, pericárdio, pulmão, rim, retina e testículo.
· Quando ocorre um enfartamento ganglionar periférico, significa que a medula está abarrotada de blastos. As cadeias ganglionares mais acometidas são a cervical anterior e posterior, axilar e inguinal.
· Avaliação diagnóstica:
· Hemograma: anemia, plaquetopenia.
· Leucograma: leucocitose (59%), normal (14%), leucopenia (27%).
· Dosagem de DHL e ácido úrico.
· Rx de tórax.
· Mielograma: >25% de blastos (PRINCIPAL CARACTERÍSTICA SÃO BLASTOS NO SANGUE PERIFÉRICO!). Obs.: os blastos têm riqueza de núcleo e pobreza em citoplasma.
· Imunofenotipagem: marca e identifica os linfócitos CD19 e CD22 (LLA de células B) e CD3, CD5 e CD7 (LLA de células T).
· Diagnóstico diferencial:
· PTI (sangramento + plaquetopenia);
· Anemia falciforme (dor óssea + anemia);
· Febre reumática (dor óssea + febre);
· Anemia aplástica (pancitopenia);
· Calazar (pancitopenia + esplenomegalia);
· LES (pancitopenia);
· Síndrome hemolítica urêmica (anemia + pancitopenia).
· Se você tem um paciente que apresenta palidez, febre, dor óssea e hepatoesplenomegalia, você deve fazer um hemograma. Se o hemograma for normal, você reavalia o paciente em 72h e se os sintomas persistirem, você repete o exame. Se o hemograma der normal novamente, você só acompanha esse paciente. Se o hemograma der alterado, apresentando duas ou mais alterações como anemia, leucocitose, leucopenia ou plaquetopenia, você deve encaminhar para investigação com especialista (hematologista pediátrico ou oncohematologista pediátrico). 
· Tratamento da LLA:
· Indução da remissão completa – drogas utilizadas: Vincristina, Daunorrubicina, L-Asparaginase e Prednisona.
· Consolidação ou intensificação – o objetivo é destruir células residuais: combinação de altas doses de MTX e Purinethol, alternadas com Vulmon-26, Ara-c e L-asparaginase.
· Profilaxia do SNC: Ara-c + MTX + Dexametasona associada à radioterapia (radioterapia + quimioterapia intratecal + altas doses de quimioterapia sistêmica).
· Manutenção da remissão: destruição de possíveis células residuais com MTX semanal + Purinethol diário.
· Suspensão do tratamento – avaliação global com hemograma, mielograma e líquor.
· Vigilância.
· O paciente de LLA só é considerado curado após 3 anos de procedimentos quimioterápicos.
· Transplante de medula óssea: recidiva em 20 a 25%; LLA Ph+ com leucometria >25.000.
· LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
· Bastão de Auer é patognomônico de LMA;
· É responsável por mais de 80% das leucemias do adulto;
· 2,4 por 100.000 habitantes;
· A incidência aumenta com a idade;
· 12,6 por 100.000 habitantes em >65 anos.
· Mesma fisiopatogenia da LLA.
· Classificação:
· LMA com anormalidades genéticas recorrentes;
· LMA relacionada a alterações mielodisplásicas;
· Neoplasias mieloides associadas a terapia;
· LMA não anteriormente específica.
· Manifestações clínicas:
· Petéquias/sangramentos;
· Cloroma (tumor sólido);
· Infiltração gengival;
· Infiltração do globo ocular.
· Avaliação diagnóstica:
· Hemograma: anemia em 90%; leucopenia ou leucocitose com ou sem blastos no sangue periférico; plaquetopenia;
· Alterações metabólicas: hiperuricemia, DHL aumentado;
· Mielograma >25% de blastos.
· Presença na imunofenotipagem de CD13 e CD33 (antígenos de superfície da membrana).
· Tratamento:
· Quimioterapia (indução e consolidação);
· Outras drogas (ATRA);
· Terapia alvo (inibidores de FLT3; inibidores de IDH);
· Transplante de medula óssea alogênico ou autogênico.
HEMATOLOGIA
 
LEUCEMIAS AGUDAS
 
Julya Pavão
 
 
LEUCEMIAS AGUDAS
 
 
·
 
É
 
uma doença oncohematológica.
 
·
 
Leucemias que se apresentam de forma 
aguda, aparecem
 
em poucos dias ou 
poucas semanas.
 
·
 
Leucemia é uma neopla
sia maligna 
originada pelo crescimento de um clone de 
células hematopoiéticas leucocitárias na 
medula óssea e que invade o sangue 
periférico.
 
·
 
Predominância de células jovens (blastos).
 
·
 
A
 
leucemia foi observada pela primeira 
vez pelo patologista Rudolf 
Virchow em 
1845.
 
·
 
FISIOPATOLOGIA:
 
·
 
U
ma 
célula normal sofre lesão no DNA;
 
·
 
Incapacidade de reparo ou apoptose;
 
·
 
Mutações no genoma das células 
somáticas;
 
·
 
Ativação de oncogenes promovendo 
crescimento;
 
·
 
Inativação de genes supressores de tumor;
 
·
 
Alterações em gene
s da apoptose;
 
·
 
Expansão clonal e progressão tumoral com 
supressão dos clones normais de medula 
óssea;
 
·
 
Neoplasia maligna da MO com 
disseminação no sangue e infiltrações de 
outros órgãos.
 
·
 
CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS:
 
·
 
QUANTO A EVOLUÇÃO:
 
·
 
Agudas;
 
·
 
Crônicas.
 
·
 
QUANTO A ORIGEM CLONAL:
 
·
 
Mieloides;
 
·
 
Linfoides.
 
·
 
LEUCEMIAS AGUDAS 
são doenças 
clonais do tecido 
hematopoiético 
caracterizado pela 
proliferações anormais 
de células progenitoras imaturas
 
(blastos)
, 
ocasionando in
suficiência da medula óssea 
pela supressão dos clones normais
. Têm 
evolução aguda e fatal.
 
·
 
LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA
 
·
 
Leucemia 
linfóide
 
aguda resulta da 
proliferação clonal de precursores 
linfóides
 
anormais que se acumulam na medula 
óssea, no sangue periférico,
 
em órgãos e 
em tecidos.
 
·
 
30% de todos os cânceres na infância;
 
·
 
75% dos casos ocorrem em crianças com 
menos de 5 anos de idade;
 
·
 
M
ais 
comum em indivíduos de cor brancae do sexo masculino;
 
·
 
N
os 
EUA, a incidência é de 28 
casos/milhão de pessoas/ano;
 
·
 
E
m 
Ribe
irão Preto/SP, a incidência é de 25 
casos/milhão de pessoas/ano.
 
·
 
Condições associadas:
 
·
 
Vírus de Epstein Barr;
 
·
 
Agentes químicos e físicos;
 
·
 
Gêmeos univitelinos;
 
·
 
Síndromes genéticas cromossômicas 
(Síndrome de Down, Síndrome de 
Klinefelter, Anemia de Fanconi, 
Síndrome 
de Bloom).
 
·
 
Fisiopatogenia:
 
·
 
Os clones malignos monoclonais sofrem 
proliferação na medula óssea;
 
·
 
Ocorre uma supressão dos clones normais 
de células de todas as séries
 
(eritroide,
 
megacariocí
tica e mieloide
 
normal
)
;
 
·
 
A
s 
manifestações clínicas 
estão associadas 
à
 
anemia, trombocitopenia, ausência de 
leucócitos funcionais e infiltração extra 
MO.
 
·
 
Manifestações clínicas:
 
·
 
Sinais e sintomas de anemia
 
(Hb <10)
;
 
·
 
Fenômenos hemorrágicos
 
(equimoses, 
gengivorragia,
 
epistaxe, petéquias, 
púrpuras...)
;

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