SISTEMA TEGUMENTAR

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Júlia Matos – 75A 
 
 
 
Conceito: o sistema tegumentar é o conjunto 
formado pela pele (epiderme e derme) e seus 
anexos (glândulas, pelos e unhas) 
Funções: a pele é o maior órgão do corpo 
humano, ela e seus anexos realizam funções 
como revestimento, termorregulação, 
produção de hormônios, citocinas, fatores de 
crescimento e vitamina D3, excreção, 
homeostasia, proteção contra raios UV, 
captação de informações sensoriais e 
imunológicas e serve como uma via de 
administração de fármacos. 
 
Epiderme: a epiderme é constituída por 
Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso 
Queratinizado. 
 
Células: A principal célula presente na 
epiderme são os queratinócitos (células 
epiteliais diferenciadas responsáveis pela 
produção da queratina). Além disso, a 
epiderme possui melanócitos (células, 
 
 
 
localizadas no estrato basal, com citoplasma 
globoso e prolongamentos que penetram nas 
camadas espinhosa. Produzem melanina e 
transferem grânulos desse pigmento para 
queratinócitos das camadas citadas), células 
de Langerhans e células de Merkel 
Divisão: a epiderme é dividida em 5 
camadas: 
Basal: formada por células cuboides ou 
cilíndricas que se prendem a lâmina basal 
através de hemidesmossomas. Essa camada 
também é chamada de proliferativa pelo seu 
alto índice de mitose e por produzir fatores de 
crescimento epidérmico 
que controlam a 
epidermopoese 
(renovação da pele). 
Outra informação sobre 
a camada basal é o fato 
de suas células 
possuírem filamentos de 
pré-queratina, os quais 
se tornam mais numerosos à medida que a 
célula avança para a superfície. 
Espinhosa: formada por células cuboides ou 
um pouco achatadas e que possuem 
citoplasma 
com curtas 
expansões com 
tonofilamentos 
(filamentos de 
queratina). As 
expansões de 
células adjacentes se aproximam e se unem 
por meio de desmossomos, conferindo 
aspecto espinhoso. Essa constituição garante 
resistência ao atrito. Os queratinócitos dessa 
camada também possuem certo grau de 
mitose. Além disso, a camada espinhosa é 
responsável pela produção dos corpos 
lamelares ou queratossomas, que são 
vesículas que possuem enzimas que 
produzem glicoesfingolipídios, fosfolipídios e 
Sistema Tegumentar 
Histologia 
Júlia Matos – 75A 
ceramidas. Os 
corpos lamelares são 
enviados para as 
células da camada 
granulosa. 
 
Granulosa: células poligonais achatadas que 
possui diversos grânulos basofílicos, 
chamados de 
grânulos de querato-
hialina (seu principal 
componente é a 
filagrina, proteína 
polimerizadora de 
filamentos de queratina). Além disso, nessa 
camada ocorre a liberação do conteúdo dos 
queratossomas no espaço intercelular entre a 
granulosa e a camada lúcida. A deposição 
desses componentes lipídicos forma uma 
Barreira Hídrica Intercelular Epidérmica, 
tornando a pele impermeável e evita a 
desidratação do organismo. Possui junções 
de oclusão. 
➔ Componentes da 
barreira hídrica: 
• camadas de 
lipídeos 
• extrato córneo 
cornificado (células 
com envoltório muito 
impermeável) 
• complexo 
queratina-filagrina 
• junções de oclusão 
Lúcida: devido a barreira formada por 
lipídeos, não ocorre a chegada de nutriente, 
por meio da difusão, 
nessa camada, desse 
modo, parte das 
células que a 
compõe são células 
mortas. Além disso, as 
células se encontram 
em intensa atividade 
enzimática, uma vez 
que seus lisossomas 
realizam a 
degradação de suas organelas e núcleo. 
Seus citoplasmas são ricos em filamentos de 
queratina começam a se associar com a 
querato-hialina para formar camadas de 
queratina. 
Córnea: células achadas, mortas e 
preenchidas totalmente por queratina, esse é 
o estágio de 
diferenciação 
terminal dos 
queratinócitos. 
Enzimas 
derivadas de 
corpos 
lamelares 
realizam a 
degradação dos desmossomos dessas 
células e hidratam as escamas de células 
mortas. Com a degradação de desmossomos 
ocorre a descamação continua dessa 
camada, isso 
ocorre em 
sincronia com 
a proliferação 
da camada 
basal. 80% do 
estrato córneo é formado por loricrina, 
proteína que auxilia na barreira hídrica. 
Derme: a derme é o tecido conjuntivo no qual 
a epiderme se apoia. 
 
 
 
 
 
Divisão: a derme é dividida em 2 camadas: 
Papilar: camada de 
tecido conjuntivo 
frouxo, onde 
encontramos as 
papilas dérmicas 
(invaginação da 
derme em direção a 
epiderme), localizada 
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logo abaixo da lâmina basal. Possui muitas 
fibras elásticas. 
Reticular: camada de tecido conjuntivo 
denso que possui, nervos e vasos sanguíneos 
e linfáticos, que 
inervam, 
vascularizam e 
drenam a pele. 
As glândulas 
sebáceas e 
sudoríparas e os 
folículos pilosos são estruturas derivadas da 
epiderme presentes na derme. 
Pele espessa/ 
glabra: possui as 
camadas bem 
definidas, camada 
córnea espessa, 
poca 
pigmentação, somente glândula sudorípara 
como anexo e está presente na palma das 
mãos e na planta dos pés. 
Pele fina/pilosa: possui 
pouca distinção entre as 
camadas granulosa e 
lúcida, as camadas 
córnea e espinhosa são 
pouco desenvolvidas, 
maior pigmentação e 
possui todos os anexos. 
Melanogênese: existe, em média, um 
melanócito para cada 36 queratinócitos 
basais e espinhosos. No interior dessas células 
existe os melanossomas, que são vesículas 
que possuem a enzima tirosinase em seu 
interior. Nessas vesículas, o aminoácido 
tirosina será oxidada e é transformado em 
melanina. Quando estão repletas de 
melanina, os melanossomas passam a ser 
chamados de grânulos de melanina. Os 
grânulos de melanina são encaminhados 
para os prolongamentos dos melanócitos e 
são injetados em queranócitos, acumulando-
se na região supranuclear. A melanina 
oferece proteção ao DNA contra os raios UV. 
O hormônio MSH, produzido pela hipófise, 
estimula os melanócitos a produzirem 
melanina. 
 Tipos de melanina: eumelanina 
(marrom)e feomelanina (vermelho 
amarelado). 
 Determinação da cor da pele: 
• Número de melanócitos 
• Taxa de produção de melanina 
• Proporção eu/feomelanina 
• Atividade dos queratinócitos sobre a 
melanina (hidrolase) 
• Outros pigmentos, como hemoglobina 
e carotenoides 
Célula de Langerhans: muito ramificadas, 
presentes principalmente na camada 
espinhosa, importantes em reações 
imunitárias cutâneas. Essas células são 
capazes de realizar a endocitose de 
antígenos cutâneos e armazená-los em 
grânulos de Birbeck. Depois disso, o antígeno 
é enviado para a circulação sanguínea, por 
meio da derme, chegando até órgãos 
linfoides secundários. Nesses órgãos, ocorrerá 
a apresentação do corpo estranho para 
linfócitos T e a resposta imune será gerada. Os 
raios UVB danificam as células de Langerhans, 
o que pode causar doenças de pele. 
Célula de Merkel: células epidérmicas 
neuroendócrinas que se apoiam na 
membrana basal e possui grânulos elétron-
densos. O seu polo voltado para a superfície 
possui prolongamentos e, no polo oposto, 
possui contato sináptico com terminações 
nervosas. Atuam como mecanorreceptores 
(possuem sensibilidade tátil e, ao receberem 
estímulos de toque, os envia para o SNC). 
Corpúsculo de Meissner: estruturas sensoriais 
localizadas nas papilas dérmicas e formadas 
por um axônio amielínico entre células de 
Schwan. Responsáveis pela sensibilidade ao 
toque leve, por isso é abundante nos dedos e 
lábios. 
Corpúsculo de Pacinian: estruturas sensoriais 
localizadas na derme reticular formado por 
20/60 lamelas concêntricas (contem 
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fibroblastos achatados) separadas por fluido. 
Esse corpúsculo possui um bulbo interno de 
axônio amielínico. Responsáveis pela 
sensibilidade à vibração e pressão. 
 
 
Clínicas: 
Dermatite atópica: causada por fatores 
genéticos que resultam em uma disfunção da 
barreira hídrica intercelular. Essa disfunção 
estimula mecanismos imunológicos que 
causama irritação. 
 
 
 
 
 
Doenças bolhosas: anticorpos combatem 
hemi e desmossomos e levando ao 
descolamento do epitélio e a formação de 
bolhas. Existem 3 tipos de pênfigo ou 
epidermólises que diferenciam pelo local que 
ocorre as 
bolhas: 
Vulgar: bolhas 
na epiderme 
suprabasal 
Foliáceo: 
bolhas 
subcórneas 
superficiais 
Bolhoso: bolhas 
na região da junção dermo-epidérmica 
 
Carcinomas 
basocelular: neoplasia 
que afeta o estrato 
basal. Possui 
crescimento lento e 
pouco metastático. 
Pode ser retirado por 
meio de cirurgia. 
 
 
Carcinoma de células escamosas: nódulos e 
área de inflamação presentes no estrato 
espinhoso, no qual 
são encontradas 
células atípicas. O 
nódulo geralmente 
rompe a camada 
basal e entra em 
contato com a 
derme, que é muito vascularizada, desse 
modo, a metástase é mais comum. 
Vitiligo: doença caracterizada pela redução 
ou ausência de melanócitos em certas 
regiões do corpo, levando ao aparecimento 
de manchas acrômicas na pele. 
 
 
 
 
Corpúsculo de Meissner e de Pacinian 
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A causa da doença ainda não é 100% 
conhecida, mas acredita-se que tenha causa 
genética, autoimune (uma vez que linfócitos 
T destroem os melanócitos) e por 
citotoxicidade (melanócitos possuem 
defeitos intrínsecos que os tornam tóxicos 
para o corpo). 
Albinismo: doença hereditária causada pela 
ausência da enzima tirosinase ou pela 
incapacidade dos melanócitos 
transportarem 
o aminoácido 
tirosina para 
seu interior. O 
resultado disso 
é o indivíduo 
apresentar 
pele 
acrômica. A 
falta de 
melanina faz com que os núcleos das células 
epidérmicas fiquem desprotegidos dos raios 
UV, fato que aumenta o risco de mutação e 
câncer, como carcinoma e melanoma. 
Melanoma: forma mais grave de carcinoma 
epidérmico, acomete os melanócitos, 
formando células atípicas, grandes e com 
contornos irregulares. Alto índice de 
metástase. O diagnostico desse carcinoma é 
realizado pela regra do ABCD: 
• A: formato Assimétrico da lesão 
• B: Borda irregular 
• C: variação de Cor 
• D: lesão com Diâmetro maior que 6mm 
 
Psoríase: dermatose (doença de pele 
inflamatória crônica) causada pela 
proliferação excessiva de queratinócitos e 
caracterizada por placas eritematosas as 
vezes de aspecto prata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EPIDERME