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Direito Civil I - Trabalho - ERRO SUBSTANCIAL E VICIO REDIBITÓRIO

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UNIVERSIDADE 
TRABALHO DE DIREITO CIVIL II
BELO HORIZONTE – MG
2014 
TRABALHO DE DIREITO CIVIL II
Trabalho apresentado ao Curso de Direito -
Orientador: 
BELO HORIZONTE-MG
 2014
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO..................................................................................................3
2- ERRO OU IGNORANCIA:CONCEITO...............................................................4
 2.1 Distinção de Erro ouIgnorancia.....................................................................4
3-MODALIDADES..................................................................................................5
4- ERRO SUBSTANCIAL E VICIO REDIBTORIO.................................................6
 4.1 Erro de calculo.............................................................................................6
 4.2 Erro escusável.............................................................................................7
 4.3 Erro Real.....................................................................................................7
 4.4 Erro substantivo ou improprio......................................................................7
5- CONCLUSÃO.....................................................................................................8 
 6-BIBLIOGRAFIA...................................................................................................9 
1- INTRODUÇÃO 
Primeiramente definimos o Direito Civil como "Corpo de leis e princípios que
regem as relações de ordem privada entre os indivíduos, os aspectos referentes à
pessoa, à propriedade e bens, aos direitos e obrigações daí decorrentes". 
O grupo vem por meio deste trabalho, explicitar alguns conteúdos de suma importância para a criação e do processo de seu desenvolvimento. São alguns deles: As características e requisitos do erro na qual se caracteriza pela falsa representação da realidade, a devida destinção entre o mesmo e ignorância; suas modalidades entre outros 
Contudo o nosso objetivo é relatar de forma mais prática e objetiva tais fatos inseridos no Direito Civil que estão presentes no cotidiano e dessa forma apresentar tal entendimento para o mesmo.
2- Erro ou Ignorância
Conceito 
O erro consiste em uma falsa representação da realidade. Nessa modalidade de vício de consentimento o agente engana-se sozinho. Quando é induzido em erro pelo outro contratante, se caracteriza o dolo.
As ações anulatórias baseadas no erro são poucas, devido à dificuldade de se descobrir o que se passava na mente do autor no momento em que celebrou o negócio. Sendo assim as ações baseadas no dolo são mais comuns, uma vez que a indução pode ser comprovada.
O Código equiparou os efeitos de erro à ignorância, embora não se confundam ontologicamente. No erro existe uma deformação do conhecimento relativo a circunstâncias que revestem a manifestação de vontade. Erro é a idéia de falsa realidade. Ignorância é o completo desconhecimento da realidade. Na ignorância a mente está in albis; o que nela está registrado é falso. No erro o agente é levado a realizar o negócio ou ato que não celebraria ou que celebraria em circunstância diversa, se estivesse devidamente esclarecido. Entretanto, juridicamente, não há distinção. Quando o agente, por falso conhecimento das circunstâncias, age de forma que não seria de sua vontade real, ocorre então um negócio defeituoso. O erro e a ignorância são tratados na teoria dos negócios jurídicos como o mesmo defeito. Porém a ignorância deixa de ser acusável quando o agente manifesta conscientemente a declaração de vontade sem ter completo conhecimento de seu alcance.
 2.1 DISTINÇÃO ENTRE ERRO E IGNORANCIA 
	De acordo com Alvarenga (2014), erro difere de ignorância, pois ignorância é o completo desconhecimento acerca de algo, ao passo que erro é a noção equivocada sobre algo. 
	Conforme Farias e Rosenvald (2014), o erro resultaria da falsa noção sobre as circunstâncias de um negócio, enquanto a ignorância decorreria do completo desconhecimento das circunstâncias que viciam o ato negocial. A distinção é puramente, conforme os autores, teórica. Pois, a maioria da doutrina majoritária e até
mesmo o Código Civil de 2002 utilizam-se das expressões como sinônimas, não fazendo distinção entre erro e a ignorância.
	Segundo o Gonçalves (2013), o Código equiparou os efeitos do erro à ignorância. Erro é a ideia falsa da realidade e ignorância é o completo desconhecimento da realidade. Apesar de serem distintos enquanto ao significado, são elevados ao mesmo conceito pelo próprio Código. 
3- MODALIDADES
O erro se apresenta por várias modalidades. Suas espécies que podem tornar o negócio jurídico anulável devem ser substanciais, escusáveis e reais.
1 Erro substancial e erro acidental
Acidental é o contrário do substancial, pois se refere a casos que não acarretam efetivo prejuízo, ou seja, a qualidades secundárias do objeto ou da pessoa. Mesmo que conhecida a realidade o negócio seria concluído. Não há propriamente um vicio na manifestação da vontade, no caso o problema é a distorção da transmissão que pode ser corrigida.
O erro substancial pode ser sobre a natureza do negócio, quando uma das partes manifesta a sua vontade pretendendo e supondo celebrar determinado negócio jurídico e , na verdade, realiza outro diferente.
Um exemplo clássico é o da pessoa que empresta uma coisa e a outra entende que a coisa foi doada, outro exemplo também é do alienante que transfere o bem a título de venda e o adquirente o recebe como doação.
O erro sobre o objeto principal da declaração é o que incide sobre a identidade do objeto. Por exemplo, quando um comprador acredita estar adquirindo um terreno valorizado por estar localizado numa boa rua, quando na verdade tem pouco valor, pois se localiza em rua de mesmo nome, mas de um pequeno vilarejo. Ou quando alguém adquire um quadro de um aprendiz e acredita estar comprando uma tela de um pintor famoso.
O erro sobre alguma das qualidades essenciais do objeto principal ocorre quando o motivo determinante do negócio é a suposição de que o objeto possui determinada qualidade que depois acaba por não possuir. Como exemplo há a pessoa que compra candelabros prateados, mas de material inferior pensando que são de prata.
O erro quanto à identidade ou à qualidade da pessoa a quem se refere à declaração de vontade se refere tanto à identidade quanto às qualidades da pessoa. Como exemplo há a doação ou deixa testamentária a pessoa que o doador supõe equivocadamente ser seu filho natural ou, ainda, a que lhe salvou a vida. 
E o erro de direito é a interpretação errônea da norma jurídica aplicável à situação concreta. O Código de 1916 apenas se referia ao erro de fato, o que recai sobre qualquer circunstância do negócio jurídico, pois ninguém se escusa de cumprir a lei alegando não ter conhecimento dela.
O novo Código Civil considera substancial o erro segundo o art. 139, III. “Sendo de direito e não aplicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico”. Como exemplo há a pessoa que contrata importância de uma mercadoria sem saber que ela é proibida de estar em circulação. Como tal ignorância foi a causa do ato, pode se anular o contrato sem que a lei seja descumprida.
 4- ERRO SUBSTANCIAL OU VICIO REDIBTÓRIO 
Distingue o erro sobre as qualidades essenciais do objeto de vícios redibitórios nos artigos 441 a 446 do Código Civil de 2002. 
O fundamento do vício redibitório é a obrigação que a lei impõe a todo alienante, nos contratos comutativos, de garantir ao adquirente o uso da coisa. É estabelecido o prazo de trinta dias para os casos de vícios aparentes em produto não durável; e de noventa dias para o durável, contando a partir do dia em que o produto foi entregue ou do término da execução dos serviços. Já com os vícios ocultos os prazos são iguais, entretanto sua contagem apenas se inicia no momento em que ficaremevidenciados.
 4.1 ERRO DE CALCULO 
O error in quatitate diz respeito a engano sobre peso medida ou quantidade do bem, é o erro na elaboração aritmética dos dados do objeto do negócio jurídico. É a contagem incorreta de dados do objeto ou, dos elementos componentes do preço ou, ainda o erro de registro de parcelas de uma conta, inversão de algarismo, de forma a apresentar um negócio inverídico. Logo, entendemos ser um erro acidental, sendo assim não induz a anulação do negócio, por não incidir sobre a declaração da vontade. Porém o erro aritmético, é passível de retificação da declaração volitiva, se as duas partes tiverem ciência do exato valor do negócio jurídico por elas celebrado, como está expresso no artigo 143 do Código Civil de 2002.
 
4.2 ERRO ESCUSAVEL 
É o erro justificável. “Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio”.
O juiz pode considerar escusável a alegação de erro quanto à natureza do negócio feita por alguém analfabeto assim como também pode considerá-la inescusável, injustificável, quando feita por um advogado que claramente não é leigo no assunto.
O Código Civil de 1916 não discorria sobre a escusabilidade do erro porque se considerava implícito tal elemento no próprio conceito de erro.
O Código Civil italiano adotou o principio da recognoscibilidade sujeitando a eficácia invalidante do erro pela sua relevância e pelo fato de ser reconhecível pela outra parte. 
4.3 ERRO REAL 
Para invalidar o negócio o erro deve ser real, ou seja, causador de prejuízo concreto para o interessado. 
Exemplo: O ano de fabricação de um veículo adquirido era 2007 ao invés de 2012, este erro é substancial e real, pois se o adquirente tivesse conhecimento disso, não o teria adquirido. Sendo assim, sofreu efetivo prejuízo ao adquiri-lo.
Entretanto, se o erro fosse sobre a cor do veículo o erro seria acidental, pois a core irrelevante no preço do veiculo e não tornaria o negócio anulável.
4.4 ERRO OBSTATIVO OU IMPROPRIO 
Erro de relevância exacerbada, que apresenta divergência entre as partes, impedindo que o negócio jurídico venha a se formar. É o erro que ataca a vontade externa ou declarada. Trata-se de uma teoria francesa, não adotada no Brasil, pois entre nós a vontade declarada é fruto de vontade interna, logo será considerada vício.
O direito brasileiro não distingue o erro obstativo do erro vício do consentimento. O error in negotio e o error in corpore são espécies de erro substancial, que tornam anulável o negócio jurídico,como vícios do consentimento.
Considera-se erro qualquer que seja a hipótese (in negotio, in corpore, in substancia, in persona ou júris), vício de consentimento e causa de anulabilidade do negócio jurídico.
5 - CONCLUSÃO 
Tendo em vista os argumentos sustentados podemos concluir que o erro é um vício de consentimento, onde não há um induzimento intencional por parte da pessoa interessada. É o próprio declarante da vontade que interpreta equivocadamente uma situação fática ou legal. Quando o agente, por falso conhecimento, age de forma que não seria de sua vontade real, ocorre então um negócio defeituoso.
O Código Civil de 2002 iguala o erro à ignorância, mas ambos expressam situações distintas. No erro a vontade se forma na falsa idéia, é o conhecimento distorcido da realidade por parte do agente, onde ele é levado a realizar um negócio jurídico que não celebraria ou que celebraria em circunstância diversa se estivesse devidamente esclarecido. A ignorância por sua vez não se registra distorção entre o pensamento e a realidade, pois nela há uma falta de conhecimento. 
Dentre as diversas espécies do erro, são duas as classificações de maior importância, o erro substancial e o acidental. O erro substancial ou essencial é o que recai sobre circunstâncias e aspectos relevantes do negócio. O acidental é o contrário, pois recai sobre motivos e qualidades secundárias do objeto ou pessoa, o que não altera a validade do negócio jurídico, porque não podemos presumir que o agente agiria de maneira diferente se as circunstâncias fossem diferentes. 
Não é qualquer engano que torna anulável o negócio jurídico, apenas três modalidades detém este poder, o erro substancial, o escusável e o real. Ações anulatórias baseadas nessas três vertentes torna o negócio passível de anulação no prazo decadencial de quatro anos de acordo com o artigo 178 inciso II do Código Civil de 2002. A prova do erro depende da demonstração de que a vontade do agente não era a de celebrar o negócio jurídico nos termos em que foi celebrado. Deve estar claro o engano em que incidiu o próprio contratante.
9- BIBLIOGRAFIAS 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil: parte geral. - 20 ed. – São Paulo: Saraiva, 2013.
ALVARENGA, Maria Amália de Figueiredo Pereira. Código Civil interpretado: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. Costa Machado, organizador; Silmara Juny Chinellato, coordenadora. – 7. Ed. – Barueri, SP: Manole, 2014.

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