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2 Aula 20 08 2021 - Ney Cont Penicilina - BEL

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2 Aula 20.08.2021 BASES I NEY MEP 
Cont. Penicilina e Cefalosporina 
 
 
 
Penicilinas e Cefalosporinas 
 
• Drogas que atuam na parede da bactéria 
• Substância vinda de um fungo (Penicillium notatus), descoberta em 1928, creditada a Alexander Fleming. 
• Primeiro antibiótico produzido em larga escala,foi a droga mais cara da época. O rendimento inicial era baixo, 
porém, com o desenvolvimento industrial, surgiram soluções para o desenvolvimento em larga escala, 
reduzindo o seu preço. 
• Uso no tratamento de infecções a partir de 1941 – Dr Howard Florey 
• Com o tempo foram necessárias mudanças na sua estrutura química inicial. 
• Penicilina G = Benzilpenicilina (primeira penicilina) 
 
Penicilinas 
 
O sucesso das penicilinas se deu devido ao seu local de ataque ser em locais como ppb e parede da bactéria, os quais não 
existem na célula humana. Diferente das sulfas, que atacam a síntese de ácido fólico, as penicilinas atacam receptores na 
membrana da bactéria para penicilina (ppp), esses receptores estão ligados a membrana, porém a função deles é na parede 
da bactéria. Então a penicilina não reage em receptores do corpo humano. As reações adversas da penicilina no ser humano 
são basicamente: ser reconhecida no corpo como alergênico (reação de hipersensibilidade), ou morte de bactérias intestinais 
o que leva a redução da absorção de anticoncepcional, interfere com síntese de vitaminas K e outros. 
 
Obs: O amoxicilina ou ampicilina é uma penicilina muito usada por dentistas e em emergências pediátricas. 
 
Estrutura química: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Penicilinas possuem um anel betalactâmico, o que caracteriza o grupo, um anel tiazolidínico e um radical (cadeia 
lateral). O que vai modificar de uma penicilina para outra é o radical R (cadeia lateral), a atividade de uma penicilina vai 
depender dessa cadeia lateral, (podendo ser modificado a absorção de uma para outra, pode mudar parte da dinâmica 
da penicilina, pode mudar o tempo de meia vida.) 
 
As cefalosporinas possuem um anel betalactâmico, um anel dihidrotiazínico e uma cadeia lateral. As cefalosporinas tem 
maior possibilidade de fazer modificação, devido a cadeia lateral, e a cadeia do outro lado que podem ser modificadas. 
 
O anel betalactâmico é o alvo nas penicilinas e nas cefalosporinas para um mecanismo de resistência bacteriano que é a 
betalactamase, então sabemos que quando a bactéria produz a penicilinase, essa penicilinase destrói o anel 
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betalactâmico, transforma a penicilina no ácido penicilinóico e o ácido penicilinóico é inativo não atua sobre as 
bactérias. 
Ex.: Staphylococcus aureus produtor de betalactamase ele se torna resistentes a penicilinas e cefalosporinas por ter a 
capacidade de produzir a enzima que destrói a droga. 
 
anel dihidrotiazínico – cefalosporinas- consegue mudar a cadeia lateral e o radical do anel dihidrotiazínico 
anel tiazolidínico- penicilinas – só se consegue mudar a cadeia lateral 
 
Bactérias resistentes produzem substâncias químicas que destroem o anel betalactâmico, por isso são capazes de destruir 
tanto penicilinas como também cefalosporinas. Essas enzimas que o destroem foram chamadas de beta lactamases. 
 
 
Mecanismo de ação 
A membrana das bactérias gram positivas (à esquerda) possui 
uma camada de ácido tecóico, que vai formar a ligação; possui 
ligações de peptídeosglicanos, formando uma grande estrutura 
em camadas; um pouco abaixo da parede vc encontra a 
membrana, junto a estruturas chamadas de transpeptidades ou 
PBP (penicilin binding protein) proteína ligadora de penicilina. 
A parede das bactérias gram positivas é basicamente formada por 
peptídeosglicanos, onde as betalactamase daquelas da bactérias 
que tenha essas as betalactamase fica do lado externo. 
 
 
As bactérias gram negativas (a direita) possuem uma camada de 
peptideoglicano menos densa, mais fina (menos avermelhada na 
coloração de gram devido a ter menos peptideosglicanos) que fica 
no espaço periplasmáricos; sua membrana plasmática é idêntica a 
de qualquer célula, porém contém também uma membrana externa, a qual interfere com a seletividade da bactéria. 
 
OBS.: As gram Negativas são mais resistências as penicilinas, pois mesmo as bactérias gram negativas produzindo menos 
betalactamase, como essa betalactamase fica no espaço periplasmático ela fica mais concentrada próximo ao alvo onde 
a penicilina tem que atuar. 
 
OBS.: As toxinas de membrana como o LPS (lipopolissacarideo) quando se destrói a membrana externa da parede libera 
o LPS, esse LPS cai na corrente sanguínea estimula a produção do fator de necrose tumoral, evoluindo para choque 
cardiogênico, que na prática é choque séptico. 
 
Diferenças: Nas gram positivas que contém betalactamase e penicilase, elas se encontram externas e em grande 
quantidade, então depois que a penicilina atravessou a parede e se ligou ao PBP, essa penicilase não tem como interferir 
mais. Já na gram negativa, a betalactamase não está fora da membrana externa e sim entre uma membrana e outra, 
dessa forma, a betalactamase está bem próxima ao receptor, isso torna uma boa parte das gram negativas 
naturalmente resistentes a penicilina. Ex: A penicilina G tinha um espectro muito reduzido, atuava predominantemente 
em gram positivas, para sífilis, etc. 
Já foram identificados diferentes tipos de PBP, isso significa que, dependendo do PBP que a droga atua, vc tem uma 
droga que atua em gram positivo e outra que atua em gram negativa, então tem bactéria que é naturalmente resistente 
a determinada droga porque aquela droga não atua sobre o PBP daquela bactéria. Ex: aztreonam só atua em PBP3. 
 
Ex: E.coli é uma bactéria gram negativa que foi identificada com 6 tipos de PBP, e a penicilina não tem boa eficácia nessa 
bactéria. 
 
Como é fabricada a parede da bactéria, Mecanismo de resistência da bactéria? 
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Como a parede da bactéria é formada de peptídeoglicanos (proteínas), dentro do DNA da bactéria se faz a cópia da 
sequência em RNA esse RNA é um RNA mensageiro que passa pelo ribossomo, o ribossomo faz a leitura e se forma a 
sequência do peptídeoglicano e joga esse peptídeoglicano para fora da parede, na parede ele fica desorganizado, o que 
a bactéria precisa fazer para ter sua parede? Ela precisa ligar o peptídeoglicano no outro. 
No momento em que a penicilina se liga ao PBP, essa reação de transpeptidação é impedida e o aminoácido não passa à 
cadeia, assim não forma peptídeo, desorganizando a parede bacteriana. Sem essa parede, que era responsável por 
determinar a seletividade da bactéria, além de ser hiperosmótica. Sem essa parede a água começaria a entrar por 
aquaporinas levando a bactéria a uma lise osmótica. 
 
A transpeptidase (PBP) tem a função de pegar a D-alanina 
e associar a cadeia crescente, juntando os polímeros e 
formando a cadeia de peptídeoglicanos com as pontes 
cruzadas. Ao usar uma penicilina ou cefalosporina, ela 
interfere com a transpeptidase (PBP), não colocando mais 
essa D-alanina no complexo e consequentemente quebra 
esse complexo, que não se forma mais. 
 
A penicilina é de ação bactericida pois causa lise osmótica 
na bactéria 
Função das PBPs é transpeptidar ligar os peptídeoglicanos 
PLP / PBP / TPP – é tudo a mesma coisa 
 
- As PBPs são as proteínas ligadoras de penicilina, são 
enzimas que fazem transpeptidação principalmente do aminoácido D-alanina. 
 
-O alvo das penicilinas - é reduzir os peptídeoglicanos. 
A maioria das penicilinas tem ação sobre as gram positivas e apenas algumas tem a ação sobre as gram negativas, 
porque para ela atuar na gram negativa ela precisa atravessar a membrana externa para depois ir ao PBP. 
 
 
Resumindo... 
 
A transpeptidase (PBP) tem a função de pegar a D-alanina e associar a 
cadeia crescente, juntando os polímeros e formando a cadeia de 
peptídeoglicanos com as pontes cruzadas.Ao usar uma penicilina ou 
cefalosporina, ela interfere com a transpeptidase (PBP), não colocando 
mais essa D-alanina no complexo e consequentemente quebra esse 
complexo, que não se forma mais. 
 
 
 
 
 
 
 
Grau de penetração na parede: 
 
 
A ação do antimicrobiano vai depender de 2 variáveis: 1-O grau 
que esse elemento penetra na membrana externa e na parede 
celular e a 2-capacidade de se ligar ao PBP. 
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-Drogas hidrofílicas tem a capacidade de passar pelo poro da membrana das gram negativas, são essas: A ampicilina, 
amoxicilina, carbenicilina, piperacilina, ticarcilina etc. (podem ser classificadas também como drogas de amplo espectro 
pois nas gram positivos passam facilmente pois essa só tem parede não tem membrana, e na gram negativa por ser 
hidrofílica ela passa com facilidade também). 
 
-Drogas hidrofóbicas como as penicilinas G e V, e Oxacilina não passam com dificuldade respectivamente. (ação 
basicamente em gram positivas, em gram negativas é muito baixa). 
 
Obs: Algumas bactérias intracelulares como a clamídia vão sofrer pouca ação de beta lactâmicos, assim a penicilina não 
consegue ter efeito nessa infecção, pois ela não entra em nível intracelular suficiente para atingir essa bactéria. 
 
 
2- Capacidade da droga de se ligar ao PBP: 
Uma droga que não se liga ao PBP, não tem ação. Exemplo, a 
Meticilina se liga apenas a 1 PBP, e esse PBP é do staphylococcus 
aureus, que por sua vez é resistente a vários medicamentos, mas é 
sensível a meticilina. Esses staphylococcus então começaram a se 
modificar, modificando a PBP, e passaram a ser staphylococcus 
aureus meticilina resistente (MRSA). 
 
Uma mesma bactéria que é sensível a uma droga betalactâmico e 
para de ser sensível pois ela pode mudar o TPP e passar a ficar 
resistente a aquela droga. 
 
O TPP3 é mais comum em Gram negativa que Gram positiva, e geralmente tema finidades distintas, o ASTRONAN ele 
atua apenas na TPP3, logo ele tem grande afinidade pelo TPP3 de bactérias negativas é uma droga que basicamente 
atua e, bactérias gram negativas, mesmo sendo uma droga betalactâmico, pois na realidade ele monobactâmico, ele só 
tem o anel betalactâmico. 
Mecanismo de resistência 
 
-Alteração do PBP – processo lento, mas que perdura. (o que 
ocorreu com o staphylococcus pela meticilina). 
 
 Fármaco que não atinge o alvo: 
-Bomba de efluxo - na membrana e não na parede. Isso só vale na 
gram negativa, pois na gram positiva a bomba de efluxo na 
membrana não estaria jogando penicilina para fora, e sim 
aumentando a concentração dela perto do PBP. Nas gram 
negativas, como tem uma membrana externa, a penicilina será 
jogada para fora, e essa bomba de efluxo vai funcionar como um 
fator que leva a resistência dessa batéria. Exemplo, 
Pseudomonas, E. coli e neisseria gonorrhoeae, são resistentes as 
penicilinas devidas essa bomba de efluxo. 
-Ausência de poros (Gram-) – Pseudomonas também possui menos poros para penicilina, assim, ela não consegue 
chegar aos PBPs. 
 
 
 
 
 
 
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Fármaco inativado 
-Inativação do antibiótico pela Beta-lactamase (maneira mais comum) - staphylococcus, bacilos, e. coli, proteus 
mirabilis, pseudomonas, mycobacterium tuberculosis. 
 
Gram + (estáfilo): secretam penicilinases no meio extracelular em grande quantidade. 
 
Gram - : produzem menor quantidade de beta lactamases mas elas são retidas em pequena quantidade no espaço 
periplasmatico (local mais adequado). 
 
OBS: Pseudomonas possui muita resistência a penicilina, já que desenvolveu vários mecanismos de resistência, como a 
produção de beta-lactamase, ausência ou poucos poros, e bomba de efluxo para penicilina. 
Produzem beta lactamases: S. aureus, bacillus sp., bacterioides sp., E.coli, Proteus, Pseudomonas, M. tuberculosis. 
 
Klebisiella pneumoniae e E.coli podem produzir beta lactamases de espectro ampliado (ESBL) que os tornam resistentes 
a maioria dos beta lactamicos. 
*ESBL – produzem a betalactamase de espectro ampliado, tornando a bactéria resistente a todas os (betalactâmico)- 
penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos. 
 
Com relação a alergia, se o indivíduo fez reação ao anel betalactâmico, ele vai ser alérgico as penicilinas e as 
cefalosporinas. Se ele fez alergia a alguma cadeia lateral, ele pode ser alérgico a uma penicilina e não ser à outra 
penicilina. Se fez reação ao anel tiazolidínico ele pode ser alérgico as penicilinas e não ser às cefalosporinas. A única 
maneira de descobrir isso é testando, e para não arriscar, quando alguém tiver reação as penicilinas, não se deve usar 
uma cefalosporina e ''pagar pra ver'', deve-se usar um macrolídeo (eritromicina, claritromicina, azitromicina). O mesmo 
vale se alguém é alérgico a uma cefalosporina. 
 
 
Classificação das Penicilinas 
 
1ª Geração – Natural e Semi-sintético 
Benzilpenicilina 
Penicilina G 
Penicilina V 
-Penicilina G quando ela é pura dizemos que ela é 
potássica 
 
-Penicilina G procaína - A Penicilina G quando está 
associada a procaína 
 
-Penicilina G benzatina quando está associada a 
benzatina. 
Não temos mudança na farmacodinâmica com esses 
sais, Potássio, procaína e benzatina iram causar mudança na farmacocinética. 
 
Penicilina V é uma Benzilpenicilina ultrapassada que hoje é substituída pela amoxicilina (um aminopenicilina). 
 
Geração – Semi-Sintéticas – Betalactamase Resistentes 
EX.: Meticilina, Nafcilina, Isoxazolina, Oxacilina, cloxacilina, Dicloxacilina 
Obs.: as de 1 e 2ª geração são basicamente para GRAM Positivas 
A oxacilina ainda se encontra no mercado- é utilizado para staphylococcus produtor da betalactamase, usa posologia é 
de 4/4 h. enquanto amoxicilina usa-se de 6/6 ou 8/8h. 
 
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2ª Geração – Aminopenicilinas ou de 2ªger. Ou de Espectro Ampliado 
Ampicilina 1961 
Amoxicilina 1970 essa é a mais utilizadas 
Obs.: Ampro Espectro pega GRAM Negativas e GRAM Positivas 
 
3ª Geração – Antipseudomonas ou Caboxipenicilinas 3ªger 
Carbenicilina 
Ticarcilina (+Clavulanato) 
 
4ª Geração – Ureidopenicilinas ou Antipseudomonas (4ªgeração) 
Azlocilina1974; Mezlocilina 1977) 
Piperacilina 
 
Resumo 
1ª Geração Curto espectro, drogas que atuam sobre as GRAM + Naturais e semi-sintéticas, depois algumas que 
pegavam produtores de betalactamase que foi a oxacilina e a meticilinas depois vem as aminopenicilina mas elas não 
pegavam bactérias produtoras de betalactamase, ai vem droga de 3 geração mais especificas para GRAM Negativas, 
depois vem as ureidopenicilinas também pegando GRAM Negativas e mais voltadas para pseudomonas e depois surgem 
os estabilizados da penicilinas que foi o clavulanato e outros, que podem ser associados a uma penicilina fazendo com 
que aquelas penicilinas não seja sensível a betalactamase aumentando o espectro mais ainda fazendo essa associação. 
 
 
Obs.: As Ampicilinas e as Amoxicilinas são sensíveis as betalactamase, se o indivíduo tem uma infecção por 
staphylococcus produtor da betalactamase, esse staphylococcus produtor da betalactamase é capaz de ser resistente as 
aminospenicilinas, então as amoxicilinas elas não pegam bactéria produtora de betalactamase. 
 
 
Obs: Penicilina benzetacil pode ser usada em grávidas, macrolídeos não podem ser usados em grávidas. 
 
Benzetacil é o melhor medicamento para febre reumática. Ele leva 21 dias sendo liberado em dose bem baixa na 
corrente sanguínea, então se a bactéria sai de uma articulação por exemplo e cai na corrente sanguínea ela morre. Além 
disso o benzetacil tem poucas reações adversas, e é muito eficaz para diversas pequenas infecções. 
 
As penicilinas são 10% filtradas e 90% secretadas. O clearence das penicilinas é maior que a taxa de filtração, ela é 
muito mais secretada do que filtrada, e sua secreção depende de um transportador. Uma droga chamada de 
probenecida inibe o transportador da penicilinano rim, assim ela para de ser secretada. Assim uma dose de penicilina 
associada com probenecida dura 10x mais do que a penicilina sozinha. 
 
Penicilinas penetram em tecidos com muita facilidade, exceto em líquor. porém em uma reação inflamatória como 
existe uma vasodilatação a penicilina entra facilmente nas meninges, ou seja, a meningite pode ser tratada por 
penicilina. Então podemos dizer que a penicilina é bem distribuída, não é metabolizada e é excretada integralmente na 
sua forma original na urina. 
 
Os antibióticos orais como por exemplo amoxi e ampi, destroem as bactérias intestinais fazendo com que não tenha 
mais glicuronidase e consequentemente não tendo mais reabsorção do ACO. Com isso cai a concentração de ACO e a 
eficácia também. 
 
 
 
 
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TIPOS: 
 
ALTA ATIVIDADE CONTRA GRAM + E SENSÍVEIS A PENICILINASE 
• PENICILINA-G potássica (megapen, penicilina cristalina -> Stafilococos aureus, Treponema pallidum, 
Pneumococos sp, Meningococos e Gonococos.) ela seria indicada para acasos mais sérios, estafilococcia uma 
sepse por GRAM positivo como, endocardite bacteriana, sífilis terciária, neuro sífilis, sífilis congênita. 
 
Lógica cinética da penicilina 
A penicilina G não sofre metabolização – ela chega no RIM ela passa no vaso sanguíneo e uma pequena parte da 
penicilina G que esta no sangue é filtrada, sabemos que ela tem excreção por filtração porém é baixa, a maior parte da 
penicilina será excretada por secreção tubular + 90% que parece na urina. O principal mecanismo de excreção da 
penicilina é a secreção tubular e se somar a secreção tubular da penicilina com a filtração glomerular temos o clearence 
da penicilina. Sabemos que o clearence de penicilina é maior que da creatinina já que a creatinina é marcador de 
filtração e a penicilina não é predominantemente filtrada. 
 
- Penicilina não é reabsorvida no nefro, então encontramos ela na urina da mesma forma que se injetou. 
 
- Penicilina tem grande secreção, pouca filtração e nenhuma reabsorção 
 
VIA VENOSA - 6x/DIA de 4/4 horas, deve levar pelo menos 60 minutos gotejando pois ela causa flebite o indivíduo 
precisa está internado. 
Pois prescrever uma bolsa fria para reduzir a reação inflamatória local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• PENICILINA-G benzatina -> sífilis, Stafilococos beta-hemolítico, pneumonia Pneumocócica, febre reumática, 
endocardite bacteriana. 
 
IM. com T ½ longa. 
Obs.: Consegue-se uma concentração mínima eficaz com segurança na maioria das pessoas usando a cada 21 dias para 
pessoa com febre reumática como profilaxia. 
 
Obs.: Suspensão é incompatível com administração Intravenoso pois pode causar tromboembolia. 
 
Obs.: A penicilina G não pode ser fazer por via oral pois ela é sensível a queda do pH, pois como no estômago tem o 
ácido clorídrico ela seria destruída na presença do ácido clorídrico. 
 
Obs.: PENICILINA-G benzatina quando ela é diluída em um líquido mesmo levemente ácido, se ele tiver um pH baixo, 
mesmo que não seja capaz de destruí-la, aumenta-se o risco de do abcesso muscular, alguns fabricantes mandam o 
diluente próprio (água tamponada). 
A dor é explicada pela mudança do pH. 
 
Obs.: Todo anestésico local tem um pre-nome (Cloridrato) e.: cloridrato de lidocaína, se ele tem clori ele tem ácido para 
estabilizar. 
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Obs.: A dor é explicada pela mudança do pH. E é por isso que não se deve associar o anestésico. Pois o pH do anestésico 
pode reagir com a da substância diminuindo atividade da penicilina e aumentando a probabilidade de abcesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aminopenicilinas: penicilinas de segunda geração, tem o espectro ampliado. 
 
Diferenças da penicilina cristalina, da G e da benzatina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O gráfico mostra a quantidade de penicilina para atingir certa bactéria. 
 
Explicação do gráfico 
A Penicilina cristalina apresenta no gráfico um pico e cai drasticamente, temos a Penicilina G benzatina que se tomou 
uma dose alta 24 horas depois a concentração plasmática é bem pequenininha e essa concentração se mantém baixa 
por um longo período mas ela se mantém. 
Quando é útil você usar Penicilina G benzatina? por exemplo na febre reumática você tem lá o estreptococos que pode 
cair no sangue algumas bactérias e irem para o coração se ele cai no sangue a penicilina tá ali ele é destruído não vai 
causar lesão cardíaca, no gráfico também mostra que a sensibilidade em unidade por ml que uma bactéria tenha a esse 
antibiótico veja a gente a sífilis o treponema pálido ele tem uma sensibilidade à penicilina onde a concentração inibitória 
mínima é de 0,005 unidades por ml, se você pegar o gonococo é de 0,5 unidades por ml, então a penicilina é 500 vezes 
mais potente contra o treponema do que contra o gonococo então se você quer usar a penicilina para sífilis tem alta 
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potência para o coco já teria bem menos, aí a gente usava outras penicilinas para tratar a gonorréia como por exemplo a 
ampicilina. 
 
O pneumococo a potência é de 0,1 a concentração inibitória mínima um meningococo também e o estreptococos 0,01 
então olha sífilis e febre reumática as duas bactérias o treponema e o estreptococos são sem sobra de dúvidas bactérias 
mais sensíveis a penicilina então por isso eu preciso de uma concentração bem pequena de penicilina Gno sangue para 
conseguir evitar o dano pelos estreptococos e aí se usa uma ampola a cada 21 dias, 1milhão e 200lim unidades. 
 
A penicilina G procaína penicilina que eles deram uma modificada na procaína na hora da associação e aí ela ficou é com 
o pH normal ela dói um pouco menos do que a penicilina benzatina e é o problema é que ela passa a não ter a mesma 
capacidade de fixação que a benzetacil ela tem a meia vida e de 24 horas, então o indivíduo acaba tendo que tomar 
penicilina procaína por exemplo (despacilina) a pneumonia tem que tomar uma injeção intramuscular ao dia aí você fala 
é melhor tomar uma benzetacil e está resolvido o problema se toma uma não precisa voltar amanhã. 
 
Reações Adversas 
1- Gravidez indesejada. 
Quando a penicilina é feita por via oral podemos ter intolerância 
digestiva onde o indivíduo pode apresentar: náusea vômitos e diarreia 
em geral aquele que você faz injetável não causam esses desconfortos, 
isso aqui é levanta um ponto importante. 
 
Quando você usa redução na reabsorção intestinal de ACO 
(anticoncepcional oral) um anticoncepcional oral você usa ele por via 
oral ele passa pelo estômago e chega lá o intestino, ao chegaram 
intestino ele é absorvido, chegou no duodeno ele absorve, aí o sangue 
leva esse anticoncepcional para o fígado quando esse anticoncepcional chega no fígado, no fígado parte do hormônio 
sofre glicuronidação. 
 
Glicuronidação – Conjugação ácido glicurônico pela enzima glicuronil transferase. 
 Quando SE faço a glicuronidação o resultado que eu se tem são os glicuronídeos, esses glicuronídeos eles vão ser 
formados ali no fígado e vão ser lançados de volta ao duodeno e é o hormônio na sua forma inativa o glicuronídeo então 
teria tendência a ir para as fezes e com isso se reduzi a concentração do hormônio anticoncepcional, mas o intestino 
contém bactérias bactérias intestinais, essas bactérias produzem glicurronidases e o que fazem? quebram o glicuronídeo 
quando ela quebra o glicuronídeo ela libera novamente o hormônio na sua forma ativa e esse hormônio volta ao fígado 
ou seja eu reabsorvo o anticoncepcional, então quando você faz a concentração sanguínea de um anticoncepcional 
numa mulher, você está usando esse anticoncepcional você já sabe que essa concentração do anticoncepcional essa 
linha verde ela é resultado de que? ela é resultado de uma parte que foi absorvida rapidamente e da outra parte que foi 
reabsorvida. Porque o fígado ele está fazendo o metabolismo de primeirapassagem como ele está fazendo o 
metabolismo pela passagem ele está associando anticoncepcional ao ácido glicurônico e fazendo esse anticoncepcional 
ser excretado para o duodeno, lá no duodeno esse anticoncepcional então que agora está na forma de glicuronídeo 
sofre a ação de enzima produzida pela bactéria e com isso eu reabsorvo o hormônio. 
 
Onde entra o antibiótico? Como por exemplo a ampicilina a amoxicilina esse antibiótico ele vem destrói a bactéria se ele 
destrói eu não tenho mais a glicurronidases se eu não tenho a glicurronidases eu não tenho reabsorção do 
anticoncepcional, a concentração desse anticoncepcional fica baixa a possibilidade de eficácia do anticoncepcional cai 
devido à sua concentração ter caído e a pessoa então pode ficar assim com a concentração muito baixa. 
 
Não são todos os antibióticos, existe uma grande gama aqueles que causam diarreia tem que ficar de olho pois o 
antibiótico que é capaz de causar diarreia está matando as bactérias intestinais, então tetraciclina as penicilinas alguns 
macrolídeos podem causar ficar atento, pois pode está causando a diminuição da reabsorção. 
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Vai usar anticoncepcional e tomar antibiótico tem que usar um método auxiliar. 
 
2-Hipersensibilidade 
Algumas reações adversas estão relacionadas pelo potencial alergicos das penicilinas, tanto reações alérgicas 
mais imediatas como por exemplo anafilaxia como por exemplo reações alérgicas tardias também poderiam ser 
produzidas pela penicilina, então quando se pega em termos de hipersensibilidade que é o que vai causar a alergia, no 
caso de penicilinas a gente tem casos raros como a síndrome de Stephen Johnson, temos casos mais comuns como de é 
atopia – tipo de reação de hipersensibilidade imediata, tem casos de anafilaxia então tem pessoas que tomam a 
penicilina e fazem uma reação anafilática mesmo que já tenham tomado. 
A anfafilaxia é mais rápida. 
 
É hipersensibilidade, se manifesta com uma insuficiência renal da gente chama-se é NIA. 
 
NIA - Nefrite Intersticial Aguda, a NIA não é só pela penicilina, ela pode vir da cefolosporina, da amoxicilina, da 
penicilina, da ampicilina e da cefaloxicina. 
 
É uma reação no intestino durante a secreção , no vaso sanguíneo temos as células intersticiais as célula tubular com a 
membrana basal é a membrana apical, essa célula tubular na qual a penicilina precisa atravessar, quando essa penicilina 
está circulando lá pelo capilar pere tubular ela sai vai para o interstício e aí ela precisa atravessar essa membrana 
quando você começa nesse interstício a produzir reação alérgica tardia você passa a ter lesão tanto da célula tubular 
quanto desse tecido desse interstício por isso que é uma nefrite intersticial, ela é uma nefrite nessa região, ela é uma 
nefrite é uma inflamação sim, uma reação inflamatória, as reações alérgicas estão incluídas dentro das reações 
inflamatórias, então essa reação inflamatória leva a perda dessa função tubular ao contrário do que as pessoas 
imaginam o paciente não vai fazer queda do volume urinário porque ele continua filtrando a urina normalmente o que 
acontece gente é que muitas substâncias que deveriam ser reabsorvidas. 
 
As oligúrias não chegam a ter muito por que o que acontece como você teria que reabsorver a substância que você não 
reabsorve você acaba muitas vezes mantendo o volume urinário então a manutenção do volume urinário não é uma 
certeza de que a função renal está boa. 
 
Vários antibióticos dentre eles os aminoglicosídeos quando eles causam a perda da função renal como a perda da 
função é tubular a gente não perde volume urinário a gente perde sim elementos que deveriam estar na urina e não 
estão e que acumularam no sangue então isso vai ser o que a gente vai usar como marcador, eu diminuo a excreção do 
ácido paramino-hipurico. 
 
RELATIVAMENTE ESTÁVEIS EM ÁC. GÁSTRICO E ADEQUADAS PARA ADMINISTRAÇÃO ORAL. 
 
• AMPICILINA (amplacilina, binotal, amplitor e etc...) 6/6hs podendo ser utilizado até em 8/8h 
• OXACILINA (stafcilin) 
• AMOXICILINA (amoxil e etc...) 8/8h podendo ser utilizado até em6/6hs 
 
A ampicilina foi o tratamento para gonorreia era 500mg 6/6h durante 10 dia, 
Probenecida não deixa a penicilina ser excretada na urina, quando você associa a penicilina com a probenecida ao invés 
de administra 500mg 6/6h durante 10 dia, você dá 2g de uma vez (dose de 1 dia0 junto com a probenecida pois agora o 
remédio vai ficar 10 dia no corpo do paciente. Essa substância faz a penicilina se concentrar na urina, ela fica circulando 
naquela região, por esse motivo não é útil para tratar pneumonia, já para tratar gonorreia, essa substância é a 
gonopack. 
 
2 Aula 20.08.2021 BASES I NEY MEP 
Cont. Penicilina e Cefalosporina 
 
 
Entramos na era de além de utilizar a penicilina temos o alterador da função da penicilina, um laboratório lançou o 
coadjuvante que é Clavulanato de potássio (ácido clavulânico) ao misturar esse ácido clavulânico com amoxicilina a 
penicilina não é mais destruída pela betalactamase, como tivesse pegado tudo que a oxacilina era capaz de fazer com os 
estafilococos e jogado para a amoxicilina. 
 
Ele impede que a betalactamase destrua a penicilina e betalactâmico em geral, uma ação de proteção. 
 
O Tazobactam e Sulbactam são estabilizadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Aula 20.08.2021 - Ney -MEP 
Bases I 
Continuação Antibióticos e Quimioterápicos

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