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Cirurgia esôfago, estômago e intestino Cirurgia do esôfago Definição: > Esofagotomia: Incisão dentro do lúmen esofágico > Esofagectomia: Ressecção parcial do esôfago > Esofagostomia: Criação de uma abertura no esôfago (Tubo de alimentação) > Regurgitação: Expulsão passiva de alimento não digerido ou fluido da > faringe ou esôfago > Vômito: Reflexo mediado centralmente que causa a expulsão do alimento ou do fluido a partir do estômago ou intestino ou ambos Pré operatório > Indicação: Se a função é interrompida por obstrução (corpo estranho, estenose ou massa) ou perfuração > Doenças: Corpos estranhos, tumores, perfuração, hérnia de hiato, fístula, intussuscepção gastroesofágica, divertículos, acalasia cricofaríngea, estenose > Diagnóstico: Histórico, sinais clínicos, diagnóstico por imagem (rx contrastado com sulfato de bário megaesôfago / com agentes iodados perfuração), endoscopia > Sinais clínicos: Regurgitação e disfagia > Cuidado! Alguns apresentam sinais respiratórios e não esofágicos! × Tosse, crepitações pulmonares, secreção nasal mucopurulenta, febre sugestiva de pneumonia aspirativa > Conduta: × Reter o alimento (animais maduros de 12 a 18h, animais pediátricos de 4 a 8h) × Corrigir desequilíbrios hídrico, eletrolítico e ácido-básico × Administrar antibióticos profiláticos (ampicilina, cefalosporina...) × Fornecer suporte nutricional × Tratar esofagite (famotidina, omeprazol, esomeprazole, pantoprazole, metoclopramida, cisaprida, sucralfato) e pneumonia aspirativa Técnicas cirúrgicas > Esôfago cervical - Incisão na linha média cervical ventral > Esôfago torácico × Base do coração -Toracotomia lateral × Cranial ou caudal ao coração Toracotomia esquerda cranial ou caudal > Esôfago abdominal - Celiotomia na linha média ventral > Esofagostomia × Separar esôfago com compressas umedecidas × Aspirar o conteúdo do esôfago × Ocluir lúmen cranial e caudal com dedos ou pinças atraumáticas × Colocar fios de sustentação × Paredes normais - Incisão sobre corpo estranho × Paredes comprometidas - Incisão caudal à lesão ou corpo estranho × Retirar corpo estranho com pinça × Examinar lúmen esofágico × Obter amostras para cultura se perfuração ou necrose × Necrose ou lesão extensa - Ressecção e anastomose × Sutura em 1 ou 2 camadas - Fechamento interrompido de 2 camadas - Maior resistência, melhor aposição de tecido, melhor cicatrização - Desvantagem – Tempo × Tubo de alimentação - Vantagens: Menos complicações que faringostomia ou tubos nasogástricos, facilidade de colocação, aceitação pelos pacientes, colocação de sondas de calibre maior, facilidade de cuidados através da sonda, flexibilidade de remoção - Desvantagens: Anestesia geral para colocação - Contraindicação: Estenose esofágica, cirurgia pós-esofágica, remoção de corpo estranho esofágico, esofagite, megaesôfago > Esofagectomia × Remover segmentos desvitalizados ou doentes × Evitar tensão - Cuidado com resseção extensa (Mais de 3 a 5 cm) - Deiscência - Substituição do esôfago: Anastomose do cólon ou intestino delgado para o esôfago, sondas gástricas, tubos de pele e próteses (stent esofágico) > Hérnia de hiato > Volvo – dilatação gástrica × Fatores predisponentes - Aerofagia - alimentação rápida - exercício físico - Raças de grande porte × Consequências - Esplenomegalia - Congestão abdominal - Disfunção cardíaca - Desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base × Sinais clínicos - Episódios recentes de distensão moderada - Anorexia - Vômito ocasional - Erutação ou flautulência - Sialorreia - Dispneia - Mucosa pálida × Técnica cirúrgica - Fazer uma incisão na linha média ventral abdominal (processo xifoide - Umbigo) - Aplicar uma suave tração no duodeno e estômago para reduzir a intussuscepção - Se necessário, dilatar digitalmente ou alargar o hiato esofágico para permitir a redução completa da intussuscepção - Examinar o esôfago distal, o estômago e qualquer víscera envolvida em relação a evidências de trombose vascular, avulsão, isquemia ou necrose - Ressectar o tecido desvitalizado - Reduzir o tamanho do hiato esofágico para 1 a 2 cm se for grande ou frouxo demais - Realizar uma gastropexia incisional no fundo gástrico para evitar recorrência - Lavar e fechar o abdome - Colocar um tubo de alimentação se a doença esofágica for grave > Gastropexia > Pós operatório × Analgésicos × Evitar alimentação via oral por 24 a 48h × Fluidoterapia × Água após 24 h se não houver vômito e alimento líquido por 5 a 7 dias × Não possibilidade de alimentação oral em 48 a 72h - Tubo de gastrostomia × Observar febre e neutrofilia (Infecção secundária a um extravasamento) × Disfagia e regurgitação (estenose) × Avisar ao cliente das complicações! Esofagite, pneumonia de aspiração... > Pós operatório × Diagnóstico × Predisposição: + Cães / - Gatos × Histórico: Início agudo, patadas na boca, dor oral, dor cervical, disfagia, regurgitação, náusea, salivação excessiva, mímica de vômito, inapetência, inquietação, depressão, desidratação e angústia respiratória > Corpo estranho × Diagnóstico - Exame físico: Normais, ligeiramente deprimidos, desidratados, pode ser palpado se no esôfago cervical, baba (recusa deglutir) - Diagnóstico por imagem: Radiografia, esofagograma, endoscopia - Alterações laboratoriais: Geralmente normais, perfurações - leucocitose por neutrofilia, hipoglicemia em jovens × Diagnóstico diferencial: - Anomalias dos anéis vasculares, massas extraluminais, neoplasia esofágica, estenose, esofagite, intussuscepção esofágica, divertículo esofágico, hérnias de hiato, megaesôfago e disfunção cricofaríngea × Quando fazer a cirurgia? - Há perfuração óbvia - A endoscopia não pode recuperar o corpo estranho - Anzol profundamente enraizado × Cuidados pós-operatórios - Observar 2 a 3 dias (extravasamento esofágico e infecção) - Esofagite e pneumonia de aspiração - Antibióticos - Cuidados com a alimentação × Complicações - Esofagite - Necrose isquêmica - Deiscência - Vazamento - Infecção > Estenoses esofágicas × Diagnóstico - Predisposição: Cães e gatos de qualquer idade, raça ou sexo - Histórico: Regurgitação após trauma esofágico anterior, cirurgias, episódio anestésico (1 a 2 semanas depois aparecem os sintomas), vômitos ou tratamento com vários fármacos, retenção de fluidos mas regurgita sólidos, dor, vômito e regurgitação após alimentação, ptialismo, engasgo e disfagia, perda de peso, tosse e aerofagia - Exame físico: Magreza, depressão, esôfago cervical dilatado, hálito pútrido, pneumonia por aspiração, febre, frequência respiratória e esforço aumentados, crepitações, sibilos e aumento de sons pulmonares (se pneumonia) - Diagnóstico por imagem: Esofagograma de contraste positivo, esofagoscopia, - Alterações laboratoriais: Sem anormalidades × Diagnóstico diferencial: - Anomalias de anel vascular, massas extraluminais, neoplasia esofágica, corpos estranhos, esofagite, intussuscepção gastroesofágica, divertículo esofágico, hérnias de hiato, megaesôfago e disfunção cricofaríngea × Cirurgia é necessária? - Não - Só se houver fracasso na terapia de dilatação × Pode utilizar dilatadores do lúmen esofáico: - Dilatação por cateter balão, cânulas, eletrocauterização, incisão a laser do tecido cicatricial, injeções intralesionais de esteroides de deposição ( triancinolona), aplicação tópica de mitomicina após dilatação por stent × Cuidados pós-operatórios - Continuar a monitorar a regurgitação e pneumonia por aspiração - Observar sinais de perfuração (disfagia, enfisema subcutâneo, pneumotórax, pneumomediastino, mediastinite) - Fazer Rx - Se houver perfuração? Tubo de gastrostomia para alimentação e medicações - Só necessita cirurgia se muito extenso - Oxigenoterapia nasal - Analgésicos - Hemorragias - Formação de divertículo (bolsaesofágica) - Tratar esofagite se surgir - Administrar corticosteroides (prednisolona) para evitar formação de nova estenose - Para melhor cicatrização - Alimentação por tubo de gastrostomia por 7 a 10 dias × Prognóstico - 85% de sucesso por dilatação - Maioria aceita ração seca ou enlatada (parte deles só mingau) - Reservado: Extensão de vários cm, tecido fibroso maduro, espesso e denso, esofagite grave persistente - Grave: Perfuração Cirurgia do abdômen (estômago e intestino) > Abdome agudo × Dor aguda e súbita × Distensão × Alteração na postura × Vômito × Diarreia × Letargia × Anorexia × Temperatura ou Dispnéia × Choque × Fontes × Gastrintestinal × Urinária × Genital × Esplênica × Peritoneal × Categorias - Lesão intrabdominal - Reanimação seguida de cirurgia - Condição clínica ou cirúrgica - Urgente - Condição clínica ou cirúrgica - Não urgente × Considerações iniciais - Avaliar sinais vitais - Verificar condição vital - Risco de óbito - Assegurar sustentação de vida - Terapia de urgência × Terapia emergencial - Repor volume - (prova de carga) - 10ml/kg - Cães em 3 min - Gatos e cãezinhos em 6min × Diagnóstico - Avaliação clinica - Imagem - Apoio laboratorial - Paracentese > Enterotomia × Laparotomia – Acesso a todo o trato astrointestinal - Proporcionam biópsias de espessura total - Examinar e ter amostras do restante do abdome ao mesmo tempo × Desvantagens - Técnica mais cara e mais invasiva (ou seja, não é um processo de ambulatório) - Não permite a detecção de lesões nas mucosas - Não permite obter o maior número de amostras da mucosa como endoscopia flexível > Ressecção e anastomose intestinal × Complicações - - Choque - Vazamentos - Deiscência - Peritonite - Estenose - Síndrome do intestino curto - Recorrência e morte são as possíveis complicações da cirurgia intestinal
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