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Dor Abdominal CRÔNICAS

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Mateus Ribeiro 5º Semestre – MEDICINA UNIFTC 
Dor Abdominal CRÔNICA 
 
Dispepsia 
Funcional 
Uma desordem 
do eixo cérebro-
intestinal, que 
compõe um 
grupo 
heterogêneo de 
sintomas 
recorrentes e 
crônicos na 
parte superior do 
abdome. 
Diagnóstico 
diferencial: 
DRGE, gastrite e 
DUP. 
- Mais comum em 
mulheres (maior 
incidência de 
doenças 
psicológicas); 
- Mais comum em 
adultos-jovens; 
- Grande número 
de consultas na 
CM. 
 
 
 
Fatores de risco: 
idade > 50 anos, 
emagrecimento, 
anemia ferropriva, 
vômitos, disfagia 
progressiva, 
sangramentos, 
icterícia, HF de CA 
gástrico ou AP de 
DUP. 
Não se tem uma 
etiologia ou fator 
causal, acredita-se em 
lentificação do 
esvaziamento gástrico 
(gastroparesia 
idiopática em 30%) e os 
distúrbios na 
acomodação gástrica 
(distensão à FODMAPS), 
hipersensibilidade 
visceral, podendo ainda 
decorrer de uma 
dispepsia pós-infecciosa 
(após enterocolite 
infecciosa), inflamação 
crônica do duodeno – 
ou em pacientes 
atópicos (infiltração 
eosinofílica) e fatores 
genéticos. 
Sd da dor epigástrica: Dor 
ou ardor em região 
epigástrica, intermitente, 
moderada/grave, pelo 
menos uma vez na semana 
e que não melhora com 
evacuação ou eliminação 
de flatos. 
 
Sd do desconforto pós-
prandial: 
Plenitude pós-prandial e/ou 
saciedade precoce, 
decorrente da retenção 
gástrica e alterações na 
motilidade. 
Presença de pelo menos um dos sintomas abaixo, 
nos últimos 3 meses (+ frequentes), com início há 
6 meses: 
1- Dor abdominal – epigastralgia; 
2- Plenitude pós-prandial; 
3- Saciedade precice; 
4- Distensão abdominal (pode ter ou não). 
Paciente deve ter ausência de doença orgânica 
como fator causal e ausência de achados na 
EDA típicos. 
 
OBS: Pedir EDA quando sintomático; USG de 
abdome e laboratório pode ajudar. 
OBS2: Excluir uso de AINES crônico, doenças 
parasitárias e DRGE (instituir teste terapêutico e 
pesquisa pra HP). 
Não medicamentoso: 
- Dieta restritiva de FODMAPS – 
dos alimentos específicos que 
venham a desencadear o 
quadro. 
- Apoio psicológico; 
 
Farmacológico: 
1) Uso de procinéticos + IBP 
(tanto na dor epigástrica 
quanto no desconforto pós-
prandial) e avaliar resultado; 
2) Pode-se dobrar a dose do 
IBP e testar; 
3) Tratamento com 
antidepressivos tricíclicos. 
4) Erradicação de HP se 
identificado (testes não 
invasivos); 
5) Novas drogas: sumatriptam, 
buspirona. 
Sd do 
Intestino 
Irritável 
Associação de 
sintomas que 
consistem mais 
frequentemente 
de dor e 
distensão 
abdominal, 
constipação e 
diarreia Pode 
alternar períodos 
de constipação 
com diarreicos. 
Doença 
funcional = sem 
achados 
Possui prevalência 
de 3-20%, mais 
comum em 
mulheres e 
menores de 45 
anos. 
Acredita-se que haja 
uma hipersensibilidade 
visceral, que pode ser 
agravada pela ingestão 
de certos alimentos 
(FOODMAPS) ou 
infecções. Distúrbios 
multifatorial relacionada 
a alterações 
neurológicas 
diretamente 
relacionada ao 
intestino. Pode ter 
aparecimento dos 
sintomas a partir de 
alterações 
- Dor relacionada a 
defecação = melhora com 
a evacuação; 
- Mudança na frequência 
das evacuações (pode ter 
episódios normais e depois 
de constipação); 
- Mudança na 
forma/aparência das fezes 
(pode tá um dia 
amolecidas e outro normais 
ou ressecadas) 
CRITÉRIOS DE ROMA IV 
Paciente tem que ter dor abd recorrente (>ou= 1 
dia por semana, em média, nos últimos 3 meses), 
com início antes dos 6 meses. 
Possuir pelo menos 2 dos seguintes sintomas: 
1) Dor relacionada a defecação; 
2) Mudança na freq. das fezes. 
3) Mudança na forma (aparência das fezes). 
 
Não possuir os fatores de risco: 
1) dieta pobre em FODMAPS; 
2) Ingesta de fibras insolúveis 
<<<<< fibras solúveis; 
3) Reposição de flora 
bacteriana; 
4) Antiespasmódicos (ex: 
hioscina, loperamida); 
5) Antidepressivos tricíclicos; 
6) Novas drogas (caos de SII do 
tipo constipante): Lipiprostone 
e Linaclotide; 
Mateus Ribeiro 5º Semestre – MEDICINA UNIFTC 
estruturais ou 
bioquímicos. 
psicossomáticas 
(estresse). 
 
Gastrite 
crônica 
Inflamação do 
revestimento do 
estômago 
associada à 
lesão da 
mucosa gástrica; 
Mesmo com 
alterações 
acentuadas da 
mucosa, ela é, 
na maioria das 
vezes, 
assintomática e 
sem aspectos 
radiológicos, 
gastroscópicos 
ou sorológicos 
específicos 
 
- Mais prevalente: H. 
pylori. 
- Uso crônico de AINES. 
 
A infecção pode 
provocar atrofia 
gástrica → metaplasia 
→ displasia → neoplasia. 
(HP é um carcinógeno 
tipo I). 
Pode ter outras 
doenças associadas: 
DUP, pólipos e anemia 
perniciosa. 
Pode variar desde um 
quadro assintomático a um 
quadro de desconforto 
abdominal superior, dor, 
plenitude pós-prandial, 
náuseas, vômitos ou 
sintomas relacionados com 
a ingestão de certos 
alimentos, álcool e estresse. 
A gastrite pode se 
apresentar de forma 
histopatológica (sem lesão) 
ou com lesões na 
mucosa/presença de 
infiltrado inflamatório. 
1) Boa Anamnese + EF. 
2) Exame histológico de mucosa – mandatório 
(EDA com biópsia); 
3) Pode ser por testes não invasivos: teste 
respiratório, sorologia e pesquisa de Ag nas fezes. 
- Não há consenso; 
- Irradicação da bactéria é 
ESSENCIAL para reduzir os 
sintomas. 
Doença 
ulcerosa 
péptica 
Soluções de 
continuidade da 
mucosa 
gastrointestinal 
secundárias ao 
efeito corrosivo 
do ácido 
clorídrico (HCl) e 
da pepsina, 
estendendo-se 
através da 
muscularis 
mucosae, 
atingindo a 
camada 
submucosa; 
lesões > 5mm. 
 
- Infecção por H. pylori. 
- Uso crônico de AINES; 
 
Causas infrequentes: 
- Gastrinomas; 
- Hiperparatireoidismo; 
- Infecciosas: CMV, 
Herpes simples, Sífilis, TB. 
A úlcera duodenal 5x > 
úlcera gástrica. 
 
 
1) EDA (padrão); 
2) Diagnóstico de HP (método invasivo ou não); 
3) Pode-se realizar outros exames como 
alternativa, caso o paciente esteja 
impossibilidado ou não deseje fazer EDA. 
Tratamento tríplice: 
Omeprazol 40mg 12/12 + 
Amoxicilina 1g 12/12 + 
Claritrimicina 500mg 12/12 = 
por 14 dias. 
Mateus Ribeiro 5º Semestre – MEDICINA UNIFTC 
Pancreatite 
Crônica 
Substituição 
irreversível do 
parênquima 
pancreático 
normal por áreas 
de fibrose e pelo 
surgimento de 
estenoses e 
irregularidades 
nos ductos 
pancreáticos. 
Substituição 
crônica e 
progressiva, 
mesmo retirando 
o fator causal. 
 
Segundo a 
classificação de Roma 
1988: pode ser dividida 
em causas: 
Calcificadas: 
alcoolismo, familiar 
(mutação gene CFTR. 
SPINK1, PRSS1), ou 
idiopática; 
Hipercalcificada: 
idiopática; 
Obstrutiva: modificação 
anatômica que dificulte 
a drenagem de 
secreção pancreática 
para o duodeno 
(estenose cicatricial, 
problemas ductares 
congênitos, cirúrgicos, 
traumáticos); 
Autoimunes/inflamatóri
a. 
 
A principal será por 
alcoolismo crônico 
(homem consumo > 
100ml e mulher > 80 
ml/dia de qualquer 
bebida alcoólica por no 
mínimo 5 anos). 
Posteriormente vem as 
causas obstrutivas, 
nutricionais, 
autoimunes, idiopáticas 
– não calcificantes. Nos 
casos de PC 
geralmente já possui 
uma predisposição 
genética ativada pela 
exposição). 
Principais sintomas: 
- Dor abdominal crônica 
intermitente, passando dias 
sintomáticas (1 a 7 dias), 
que depois desaparece por 
dias a meses, podendo 
melhorar com analgésicos. 
- Perda de peso é bastante 
relatado (1- por dor, 2- por 
má absorção; 
- Esteatorreia em cerca de 
1/3 dos casos; 
- Pode ter icterícia se Sd 
colestásica. 
Promoção de hemorragia, 
por compressão de V. 
esplênica, aumento da 
hipertensão portal e 
formação de varizes 
gastroesofágicas; 
- Evolução para neoplasia 
é muito incomum; 
- Paciente pode apresentar 
agudização, podendo ser 
quadro grave, com sinais 
de Grey Turner e Cullen +. 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Apesardo comprometimento pancreático 
ocorrer de forma progressiva, ela não impacta de 
maneira homogênea todo o parênquima, há 
envolvimento variado de ácinos ao mesmo 
tempo. Ecoendoscopia pode identificar em fases 
iniciais, com poucas calcificações (já que a 
TC/RM/USG identifica mais as calcificações). 
 
1) Suspensão do consumo de 
álcool; 
2) Suspensão do tabagismo; 
3) Tratamento sintomático: 
analgesia a depender da crise 
de dor e dieta hipolipídica e 
hiperproteica. 
2) Cirurgia (20%): persistência 
das manifestações dolorosas, 
impossibilitando o exercício 
das atividades normais, mesmo 
após abstinência do álcool e 
cuidados terapêuticos 
adequados, ou quando 
surgem complicações durante 
a evolução da doença, como 
pseudocistos pancreáticos 
complicados, ascite, derrame 
pleural, necrose infectada, 
abscessos, fístulas 
pancreáticas, hemorragia 
digestiva de repetição ou 
incoercível e icterícia 
persistente

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