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Sistema Respiratório 3

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THALIA SIQUEIRA
@thaliasiqueira_
MEDICINA
Fechamento Respiratório 03
1- Caracterizar o transporte e a difusão de gases pela membrana alvéolo capilar.
Troca gasosa: somente nos alvéolos pulmonares e nos bronquíolos respiratórios. A traqueia é apenas o mecanismo de CONDUÇÃO do ar.
Depois que os alvéolos são ventilados com o ar atmosférico, a próxima etapa é a difusão dos alvéolos para o sangue pulmonar e difusão do dióxido de carbono na direção oposta, para fora do sangue. Esse processo de difusão é justamente o movimento aleatório de moléculas em todas as direções por meio da membrana respiratória e dos líquidos adjacentes.
Pressão parcial de oxigênio: 159mmHg e dentro dos alvéolos é 104mmHg. Ou seja, o oxigênio consegue entrar nos alvéolos por diferença de pressão. Por outro lado, a pressão parcial de gás carbônico dentro dos alvéolos é de 40mmHg e fora é de 0,15mmHg e ele sai justamente por isso. E por que o oxigênio consegue ir para os capilares? Porque a diferença de pressão dentro dos alvéolos ainda é maior que dentro dos capilares (40 mmHg). E como o gás carbônico consegue sair do sangue e ir para o ar ambiente? Porque a pressão de sangue no capilar venoso é maior que dentro dos alvéolos e a pressão nele é maior que na pressão atmosférica e com isso esse gás consegue sair. Ou seja, oxigênio de fora para dentro e gás carbônico de dentro para fora. Sempre por meio de maior concentração para o de menor concentração (DIFUSÃO SIMPLES).
Capacidade de difusão da membrana respiratória: é definida como o volume de gás que se difundirá por meio da membrana a cada minuto para a diferença de pressão parcial 1mmHg. E, com isso podemos ter uma capacidade aumentada de difusão de oxigênio. Por exemplo, no homem jovem a capacidade de difusão do oxigênio sob condições de repouso é em média 21L/mim/mmHg mas o que isso significa? É que a diferença de pressão média através da membrana respiratória, durante a respiração tranquila e normal é 11mmHg e com isso se multiplica essa pressão pela capacidade de difusão (11x 21)= 230 milímetros de difusão do oxigênio. Já em exercício físico a capacidade já sobe para 65 mL/min/mmHg que é o triplo da capacidade de difusão em repouso e esse aumento é causado pela abertura de múltiplos canais pulmonares e pela melhor equiparação e a ventilação( proporção ventilação-perfusão). Então, pelo exercício físico a oxigenação aumenta não só pela maior ventilação alveolar, mas também pela capacidade difusora da membrana respiratória.
Capacidade de difusão do dióxido de carbono: a capacidade de dióxido de carbono nunca foi medida por conta de dificuldades técnicas: o dióxido de carbono se difunde pela membrana respiratória tão rapidamente que o Pco2 média no sangue não difere muito nos alvéolos (menor que 1mmmHg).
Difusão do oxigênio dos alvéolos para os capilares pulmonares-> transporte de oxigênio no sangue arterial-> difusão de oxigênio dos capilares pulmonares para o líquido tecidual-> difusão de oxigênio dos capilares periféricos para as células teciduais-> difusão de dióxido de carbono das células teciduais periféricas para os capilares e dos capilares para os alvéolos.
Pressão dos gases dissolvidos na água e nos tecidos: Exercem pressão porque as moléculas do gás dissolvido se movem aleatoriamente e tem energia cinética. Outro ponto, é que quando o gás dissolvido no líquido encontra superfície como a membrana celular, ele exerce pressão parcial da mesma maneira que o gás na fase gasosa. E, com isso temos fatores que determinam essa pressão parcial de gás dissolvido em líquido como a lei de Henry.
VOLUME CORRENTE= 500 ML a cada inspiração.
ESPAÇO MORTO: ar das vias aéreas (não sofre troca gasosa). E corresponde cerca de 150 ml do volume corrente. Pois quando inspiramos fica um ar aprisionado (esse valor). O que sofre troca gasosa são os 350 mL (nos alvéolos).
OBS: em uma parada cardiorrespiratória e a pessoa irá fazer uma respiração boca a boca o ar expirado nela é justamente os 150 ml do espaço morto. EXISTE UMA TÉCNICA PARA ISSO desprezando o final para sair o gás carbônico.
VOLUME RESIDUAL: (1200mL) mesmo durante uma expiração forçada até ficar sem ar (ainda há ar dentro dos pulmões) pois se tirasse todo o ar dos alvéolos eles iriam colapsar pois há líquido dentro dos pulmões. Lembrando do papel dos surfactantes nisso!
Fórmula: Exemplo ( em repouso) uma pessoa que tem uma frequência respiratória de 15 RPM e tem nos alvéolos uma troca gasosa de 350mL daria (15 x 350)= 5250 mL/min de oxigênio nos pulmões. E na atividade física? Pode chegar a mais de 100 ( o que prolonga a performance).
OBS: As camadas de células que revestem os alvéolos e os vasos capilares circundantes têm, cada uma, a espessura de apenas uma célula e estão estreitamente ligadas umas às outras. Esta barreira entre o ar e o sangue tem aproximadamente 1 mícron (1/10.000 de um centímetro ou 0,000039 polegada) de espessura. O oxigênio passa rapidamente através desta barreira de ar-sangue até o sangue nos vasos capilares. Da mesma forma, o dióxido de carbono passa do sangue para o interior dos alvéolos e é então expirado.
O sangue oxigenado viaja dos pulmões passando pelas veias pulmonares até ao lado esquerdo do coração, que bombeia o sangue para o resto do corpo. O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono volta para o lado direito do coração através de duas grandes veias: a veia cava superior e a veia cava inferior. Em seguida, o sangue é bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões, onde ele coleta oxigênio e libera dióxido de carbono.
	
Três processos são essenciais para a transferência de oxigênio do ar exterior para o sangue passando pelos pulmões: ventilação, difusão e perfusão.
Ventilação é o processo pelo qual o ar entra e sai dos pulmões.
Difusão é o movimento espontâneo dos gases, sem o uso de energia ou esforço por parte do corpo, entre os alvéolos e os capilares nos pulmões.
Perfusão é o processo pelo qual o sistema cardiovascular bombeia o sangue pelos pulmões. Temos a zona de West (pulmão dividido em 3 zonas):
ZONA 1: representada pela porção superior dos pulmões. A Pa é superior Pv, entretanto é inferior PA, pois não consegue vencer a pressão da coluna de líquido de 30 cm. Nesse caso, os capilares são espremidos e NÃO ocorre perfusão.
ZONA 2: representada pela porção intermediaria dos pulmões possui uma Pa levemente maior que a PA possibilitando que ocorra a perfusão do sangue e as trocas gasosas. Entretanto, a sua Pv ainda é inferior à PA fazendo com que a extremidade venosa dos capilares pulmonares fique praticamente fechadas.
Zona 3: representada pela base dos pulmões, possui uma PA e uma Pv que superam aPA. Desse modo, ocorre a diferença de pressão necessária para que haja fluxo sanguíneo e, consequentemente, a perfusão fisiologicamente, a zona 3 representa a base pulmonar.
1.1- Identificar as leis relacionadas com a difusão de gases.
Lei de Henry: a pressão parcial de um gás é determinada pela sua concentração e pela sua solubilidade. Ou seja, alguns tipos de moléculas especialmente o dióxido de carbono são fisicamente/quimicamente atraídos pelas moléculas de água enquanto outras são repelidas. Quando as moléculas são atraídas elas podem ser dissolvidas sem gerar excesso de pressão parcial, mas por outro lado quando são repelidas, a pressão parcial se desenvolverá com menos moléculas dissolvidas. FÓRMULA: 
Pressão parcial= concentração do gás dissolvido/coeficiente de solubilidade.
Lei de Fick: (ou transporte molecular) pode ser definida como a transferência (ou deslocamento) de moléculas individuais através de um fluido por meio de um deslocamento individual e desordenado das mesmas por um fluxo. Nesse contexto, podemos imaginar que as moléculas se movem em uma linha reta e, quando mudam a sua direção, várias dessas moléculas acabam saltando e se colidindo com as outras. Esse movimento desordenado e aleatório das moléculas é chamado, geralmente, de Difusão Molecular (também podendo ser chamado de Processo com Trajetória Aleatória).
Pegando um outro exemplo, quando se adicionauma gota de tinta azul em um copo de água. Notamos que as moléculas de tinta se difundem lentamente em todas as partes de água por difusão molecular, podendo esse processo ser acelerado através de uma agitação mecânica, que pode ser feita através de uma colher. Só que nessa agitação, notamos que existe a presença de dois mecanismos, os mecanismos de transferência de massa e de calor (condução e convecção). Logo, podemos dizer que esses mecanismos de transferência de calor são análogos (função semelhante/origem diferente) à difusão molecular e a transferência convectiva de massa. Quando o fluido se encontra inteiramente imóvel (estado estacionário), a difusão molecular se deve a um gradiente de concentração.
Equação de Clapeyron : (lei geral dos gases.) Essa equação consiste na união das três leis dos gases, na qual relaciona as propriedades dos gases dentre: volume, pressão e temperatura absoluta. A pressão do gás vai depender da quantidade de colisões que as partículas dele realizam contra as paredes do recipiente. Quanto maior o número de colisões maior a pressão exercida pelo gás, além disso a pressão é diretamente proporcional a temperatura. Além de que, quanto maior a velocidade dos átomos maior a temperatura do corpo. (NOS GASES TEMPERATURA EM KELVIN). 
P.V= n.R.T 
R= Constante universal dos gases 8,31J/Mol
OBS: quando um gás passa por uma transformação em que sua temperatura permanece constante= transformação isotérmica (LEI DE BOYLE-MARIOTTE).
1.2- Identificar os mecanismos de transporte de gases.
(Já descrito anteriormente).
1.3- Identificar as alterações que ocorrem na relação ventilação perfusão (altitude, mergulho, gravidez, anemia falciforme).
Altitude: Pressão parcial de oxigênio e pressão atmosférica estão reduzidas e o corpo tende a querer compensar isso por meio de uma maior produção de células vermelhas(hemácias) mesmo tendo menos oxigênio disponível para poder carregar mais oxigênio nos tecidos. Quando a saturação arterial de O2 desce até valores inferiores a 40-50% um indivíduo não adaptado começa a ter alterações da consciência podendo vir mesmo a perdê-la. - No entanto existem pessoas que, sem a ajuda de oxigénio puro, conseguem viver e trabalhar a altitudes superiores (caso dos habitantes da cordilheira dos Andes). Para conseguir sobreviver nestas situações de défice de oxigénio o organismo desenvolve mecanismos de adaptação, muitos dos quais não são imediatos. Por isso, as escaladas a montanhas de grande altitude têm que ser feitas durante muito tempo e por etapas, para que o alpinista se adapte às alterações da pressão de O2. Outro ponto é que as pessoas que estão em elevadas altitudes mascam folha de coca (planta) que é um vasodilatador, aumentando o calibre dos vasos e diminui a pressão/ dor de cabeça.
Mergulho: Para impedir que os pulmões colapsem, o ar tem que ser fornecido em pressão muito alta para mantê-los insuflados, em equipamentos especiais para o mergulho. Como os gases estão sendo oferecidos em elevadas pressões, o sangue é exposto às pressões extremamente altas dos gases que penetram nos alvéolos, causando o hiperbarismo. A relação entre a pressão e a profundidade no mar se dá a partir das relações físicas depressão hidrostática, em que a pressão aumenta conforme a altura da coluna de líquido. Em uma altura abaixo da superfície do mar em 10 m, a pessoa fica exposta à 2atm. Outro efeito que a profundidade causa é a compressão dos gases em volumes cada vez maiores. Segundo o princípio físico da lei de Boyle, o volume de um gás comprimido é inversamente proporcional à pressão na qual ele está sendo submetido. (↑P/ V↓) no mergulho em elevada profundidade, a pressão barométrica aumentada faz força contra a parede torácica do indivíduo, diminuindo a complacência do sistema respiratório; e como o volume de gás está reduzido por conta das altas pressões, isso pode levar ao colapso dos alvéolos pulmonares, levando à morte.
Gravidez: Com o crescimento uterino, altera-se a posição do Diafragma (deslocamento cefálico de até 4cm) e da Caixa Torácica (diminuição do tamanho craniocaudal do Tórax), a qual aumenta a sua circunferência como resposta à elevação do Diafragma (incremento do tamanho anteroposterior e transversal do Tórax). Consequentemente, ocorrem modificações no que tange aos Volumes e Capacidades Pulmonares. A mudança se manifesta com sensação subjetiva de falta de ar. Constatou-se que o Volume Corrente (Volume Médio durante uma Ventilação Espontânea = 500 ml) aumenta progressivamente com o decorrer da gravidez, em função do aumento da Excursão Diafragmática, embora a Capacidade de Reserva Inspiratória e a Capacidade Vital permaneçam quase inalteradas.
Anemia Falciforme: as células em forma de foice são frágeis e se fragmentam facilmente. Como as células em forma de foice são rígidas, elas têm dificuldade para fluir pelos vasos sanguíneos menores (capilares). Isso bloqueia o fluxo sanguíneo e reduz o fornecimento de oxigênio para tecidos nas áreas nas quais os capilares estão bloqueados. O bloqueio do fluxo sanguíneo pode causar dor e, com o tempo, lesões no baço, rins, cérebro, ossos e outros órgãos. Pode ocorrer insuficiência renal e insuficiência cardíaca.
1.4- Explicar a curva de dissociação oxigênio e hemoglobina.
Normalmente cerca de 97% do O2 transportado no sangue se encontra combinado quimicamente com a hemoglobina nas hemácias. Os outros 3% restante se encontram dissolvidos no plasma, assim, sob condições normais, o O2 é transportado para os tecidos quase integralmente pela hemoglobina. 
COMBINAÇÃO REVERSÍVEL DE O2 COM HEMOGLOBINA ⇒ A molécula de O2 se combina “frouxamente” e de maneira reversível com a porção heme da hemoglobina. Quando a PO2 é alta, como nos capilares pulmonares, o O2 se liga à hemoglobina, porém quando a PO2 é baixa, como nos capilares teciduais, a ligação é rompida. 
CURVA DE DISSOCIAÇÃO OXIGÊNIO-HEMOGLOBINA ⇒ Representa o aumento progressivo da porcentagem de hemoglobina ligada ao O2, à medida que a PO2 do sangue se eleva, que é denominado percentual de saturação de hemoglobina. 
● é possível ver que com a PO2 de 95 mmHg no sangue arterial a saturação se encontra em 97% 
● No sangue venoso a uma PO2 de 40 mmHg a saturação se encontra em 75% QUANTIDADE MÁXIMA DE OXIGÊNIO QUE PODE SE LIGAR À HEMOGLOBINA: em uma pessoa normal há cerca de 15 gramas de hemoglobina a cada 100 mL de sangue, e a cada grama de hemoglobina é possivel se ligar 1,34 mL de O2 , portanto a cada 100 mL há 15 gramas de hemoglobina que se liga a aproximadamente 20 mL de O2 . isso normalmente é expresso em 20 volumes percentuais. 
QUANTIDADE MÁXIMA DE OXIGÊNIO LIBERADA QUANDO O SANGUE ARTERIAL FLUI PELOS TECIDOS ⇒ A quantidade total de O2 ligada à hemoglobina no sangue arterial, que tem 97% de saturação, é cerca de 19,4 mL por 100 mL de sangue. Ao passar pelos capilares teciduais, essa quantidade é reduzida em média, para 14,4 mL (PO2 de 40 mmHg, hemoglobina 75% saturada). Assim, sob condições normais, cerca de 5 mL de O2 são transportados dos pulmões para os tecidos a cada 100 ml de fluxo sanguíneo. Durante um exercício, como há um aumento do uso de O2, a PO2 do líquido intersticial de células musculares pode cair para ate 15 mmHg, resultando em apenas 4,4 mL que continua no sangue após a passagem pelo líquido, ou seja há uma variação de 19,4 - 4,4 mL de O2 no sangue, e o líquido intersticial passa a receber 15 ml de O2 ao em vez de 5 ml. COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO ⇒ é a quantidade de O2 que rompe a ligação com a hemoglobina e atravessa os capilares teciduais. normalmente fica em torno de 25% mas pode chegar a 75-85% em exercício A 
HEMOGLOBINA “TAMPONA” A PO2 TECIDUAL ⇒ Embora seja necessária para o transporte de O2 aos tecidos, a hemoglobina também exerce a função de tampão de O2 tecidual, ou seja, a hemoglobina no sangue é basicamente responsável por estabilizar a PO2 nos tecidos, mantendo-a quase constante. ⤷ Se baseando na curva de dissociação da oxi-hemoglobina, é possível ver que para a hemoglobina liberar os 5 mL de O2 necessária para atividadesbasais da célula, a PO2 deve cair para 40 mmHg, portanto, a PO2 tecidual normalmente não pode aumentar acima desse nível de 40 mmHg, porque se isso ocorrer a quantidade de O2 necessitada pela célula não será retirada da hemoglobina.
MORFOLOGIA DA HEMOGLOBINA
2. Normalmente cerca de 97% do O 
3. 2 
4. transportado no sangue se encontra combinado quimicamente com a 
5. hemoglobina nas hemácias. Os outros 3% restante se encontram dissolvidos no plasma, assim, sob condições 
6. normais , o O 
7. 2 
8. é transportado para os tecidos quase integralmente pela hemoglobina. 
9. 
2- Descrever os mecanismos de controle Neural da respiração.
A respiração é controlada por centros no tronco encefálico. Há quatro componentes nesse sistema de controle:
1. Quimiorreceptores para O2 e CO2;
2. Mecanorreceptores nos pulmões;
3. Centros de controle da respiração no tronco encefálico (ponte e bulbo);
4. Os músculos respiratórios;
2.1- Identificar receptores envolvidos e centro de controle.
CENTROS DE CONTROLE
CENTRO RESPIRATÓRIO BULBAR: Está localizado na formação reticular, e é composto por 2 grupos de neurônios que se distinguem por sua localização anatômica: 
CENTRO INSPIRATÓRIO (grupo dorsal) e o CENTRO EXPIRATÓRIO (grupo ventral). 
 CENTRO INSPIRATÓRIO (grupo respiratório dorsal) - Localização: no grupo respiratório de neurônios dorsais, no interior do Núcleo do Trato Solitário (NTS). - Função: controla o ritmo, ao estabelecer a frequência da inspiração. - É composto por um grupo de células ativas durante a inspiração, denominadas neurônios inspiratórios, os quais podem ser divididos em dois tipos: os neurônios Iα e neurônios Iβ. Durante a insuflação pulmonar, ocorre inibição dos neurônios Iα e ativação dos neurônios Iβ. Desse modo, pode-se concluir que as células Iβ inibem as células Iα. 
 Propagação do sinal nervoso: CONTROLE NEURAL DA RESPIRAÇÃO. Recebe influxos sensoriais de quimiorreceptores periféricos, pelos nervos glossofaríngeo (IX) e vago (X), e de mecanorreceptores no pulmão, por meio do nervo vago. Envia seus impulsos motores ao diafragma pelo nervo frênico, os quais possuem um padrão de atividade com período quiescente (de repouso), seguido por um surto de potenciais de ação que aumentam até um máximo de frequência por alguns segundos e volta ao repouso. Observação! A inspiração pode ser encurtada pela inibição do centro inspiratório, por meio do centro pneumotáxico. 
CENTRO EXPIRATÓRIO (grupo respiratório ventral) - Localização: neurônios respiratórios ventrais; - Função: primariamente pela expiração. Como está, em condições normais é feita de maneira passiva, os neurônios estão inativos durante a respiração tranquila. Contudo, durante o exercício, quando a expiração passa a ser ativa, esse centro é ativado.
 - É composto por 6 NÚCLEOS BULBARES: *Núcleo retrotrapezoide (NRT): grupo de neurônios mais rostral da coluna respiratória. Estão envolvidos na quimiorrecepção central e respondem à hipercapnia (aumento na concentração e pressão parcial de CO2). Responsáveis diretamente pelo controle da ventilação através da contração coordenada dos músculos inspiratórios. 
*Grupo respiratório parafacial: agrupamento de neurônios responsáveis pela atividade expiratória forçada (músculos abdominais), sendo denominados neurônios expiratórios bifásicos. Essa denominação se dá pela sua ativação durante o final e início da expiração e inibição durante toda a inspiração. 
*Complexo Botzinger: contém principalmente interneurônios inibitórios com padrão expiratório, que inibem boa parte da atividade dos núcleos bulbares da inspiração (dorsais). A interação inibitória dos neurônios expiratórios do complexo Botzinger com os neurônios inspiratórios do complexo pré-Botzinger são responsáveis pelo mecanismo de geração do ritmo respiratório.
 *Complexo pré- Botzinger: possui principalmente neurônios inspiratórios essenciais para a geração do ritmo respiratório. Interage com os neurônios expiratórios do complexo Botzinger, forma os circuitos geradores do ritmo respiratório. 
*Grupamento respiratório ventrolateral rostral: possui neurônios pré-motores de atividade inspiratória cujos axônios se projetam para a região cervical da medula espinhal, inervando e controlando a atividade dos músculos inspiratórios.
 *Grupamento respiratório ventrolateral caudal: possui neurônios pré-motores excitatórios (via glutamato) que se projetam pelo corno ventral da medula espinhal, inervando e controlando a atividade dos músculos abdominais e demais músculos expiratórios; seu padrão de disparos aumenta durante toda a expiração
RECEPTORES ENVOLVIDOS
Receptores de irritação na traqueia e nas grandes vias aéreas: são estimulados pela inalação de pó, de gases nocivos ou de fumaça de cigarro. Eles transmitem informações por meio de fibras aferentes vagais mielinizadas. A estimulação desses receptores resulta em aumento da resistência das vias aéreas, apneia reflexa e tosse. Eles também são conhecidos como receptores de estiramentos pulmonares de adaptação rápida.
- Os receptores de estiramento pulmonares de adaptação lenta: respondem a estímulos mecânicos, e são ativados pela insuflação pulmonar. Eles também transmitem informação pelas fibras aferentes vagais mielinizadas. O aumento do volume pulmonar, em indivíduos com doença pulmonária obstrutiva, estimula esses receptores de estiramento pulmonares e retarda o início do próximo esforço inspiratório. Isso explica o longo e demorado esforço expiratório em pessoas que têm a doença.
-Receptores justamedulares ou receptores J: localizados no parênquima pulmonar, respondem a estímulos químicos ou mecânicos no interstício do pulmão. Eles transmitem seus impulsos aferentes por fibras vagais C não- mielinizadas. Podem ser responsáveis pela sensação de dispneia (perda de fôlego anormal) e pelos padrões ventilatórios breves e superficiais que ocorrem quando existe edema intersticial pulmonar ou em alguns casos de inflamação pulmonar.
- Receptores somáticos: também estão situados nos músculos intercostais, nas articulações das costelas, nos músculos acessórios da respiração e nos tendões, e respondem a variações do comprimento e da tensão dos músculos respiratórios. Apesar de não controlarem diretamente a respiração, coletam informações a respeito do volume pulmonar e participam do término da inspiração. São especialmente importantes em indivíduos com aumento da resistência das vias aéreas e diminuição da flexibilidade pulmonar, já que podem aumentar a força muscular durante a inspiração ou a expiração. Também ajudam a minimizar a distorção da parede torácica em recém-nascidos, cuja caixa torácica é muito flexível.
 3- Entender o mecanismo de hiperventilação, alcalose e acidose.
Os quimiorreceptores periféricos e centrais, extremamente sensíveis aos níveis de CO2 sanguíneo, consistem no principal mecanismo que o organismo lança mão para detectar as variações de pH sanguíneo e, ao detectar níveis abaixo ou acima de 7,4 (valor padrão do pH sanguíneo), modificam o padrão ventilatório para poder compensar uma possível acidose ou alcalose sanguínea e retornar ao pH sanguíneo normal. Os principais distúrbios de pH sanguíneo relacionados com o sistema respiratório são: 
→ ALCALOSE RESPIRATÓRIA: resulta da perda excessiva de CO2, causada principalmente por um padrão ventilatório elevado (hiperventilação). Esse quadro pode ser gerado por estímulo direto do centro respiratório bulbar em uma situação de hipoxemia (como em elevadas altitudes). Em detalhes, a alcalose respiratória consiste em: pH / [HCO3-] / PCO2 - Perda de CO2: a hiperventilação resulta em perda excessiva de CO2 com consequente diminuição da PCO2. Essa diminuição é a causa primária da alcalose respiratória, provocando um aumento do pH sanguíneo. - Compensação Respiratória: não há, já que a compensação do organismo com o aumento do padrão respiratório é a causa do distúrbio. Pode haver correção respirando um ar mais EQUILÍBRIOS E DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE concentrado em CO2(como em um saco plástico), o qual eleva a concentração e a pressão parcial de CO2 sanguínea, diminuindo o pH e revertendo o quadro de alcalose. - Compensação Renal: ocorre a partir da diminuição da excreção de H+ e de NH4+. Há também diminuição da reabsorção de HCO3-, visando diminuir a sua quantidade no sangue.
 → ACIDOSE RESPIRATÓRIA: resulta da retenção excessiva de CO2, causada principalmente por um padrão ventilatório diminuído (hipoventilação). Essa retenção pode ser causada por inibição do centro respiratório bulbar, pela paralisia dos músculos respiratórios, pela obstrução das vias aéreas ou pela falha nas trocas gasosas entre os alvéolos e capilares pulmonares: Em detalhes, a acidose respiratória consiste em: PCO2 / [HCO3-] / pH - Retenção de CO2: a hipoventilação causa aumento da concentração de CO2 com consequente aumento da PCO2. Esse aumento é a causa primária da acidose respiratória, levando a uma diminuição do pH sanguíneo. - Compensação Respiratória: não há, já que a compensação do organismo já é a causa do distúrbio. - Compensação Renal: aumento da excreção de H+ e NH4+, visando diminuir a concentração desses íons na circulação, e aumento na reabsorção de HCO3+, elevando o pH sanguíneo. 
Observação! Alcalose metabólica: é ocasionada por um excesso de bicarbonato no sangue (H2CO3 -)/ Alcalose respiratória: é ocasionada por níveis baixos de dióxido de carbono (CO2).
HIPERVENTILAÇÃO: Como consequência, teremos a diminuição da PaCO2, que faz aumentar o pH arterial. Porém, a hiperventilação é autolimitada, porque a redução da PaCO2 produzirá inconsciência e a pessoa voltará ao padrão normal de inspiração. Ou seja, representa a incompetência do aparelho respiratório para eliminar CO2 na mesma proporção em que o gás chega aos pulmões. Ocorre Hipercapnia acompanhada de Hipoxemia. 
*HIPOVENTILAÇÃO: causa diminuição da PaO2 e aumento da PaCO2, e ambas são estímulos fortes para a ventilação.

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