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Histologia do Sistema Urinário

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HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
1 
 
HISTOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
GENERALIDADES 
Componentes: 
1) Um par de rins 
2) Um par de ureteres 
3) Bexiga 
4) Uretra 
Fisiologicamente, nós formamos cerca de 1,5L de urina nos rins a cada 24h. A urina final é transportada 
pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada até ser eliminada através da uretra. A urina final 
contem água e eletrólitos, bem como resíduos como a ureia, o ácido úrico e a creatinina e outros 
metabolitos de varias substâncias. 
 
Funções: 
→ Os rins conservam o líquido e eletrólitos do organismo e removem os dejetos metabólicos. Eles 
“limpam” o sangue de produtor nitrogenados e outros resíduos metabólicos através da FILTRAÇÃO E 
EXCREÇÃO; 
→ Regulação e manutenção da composição e do volume de líquido extracelular, equilibrando a 
concentração de líquidos corporais e eletrólitos 
→ Recuperar por reabsorção pequenas moléculas (glicose e aminoácidos), íons e água a fim de manter a 
homeostase do sangue 
→Manutenção do equilíbrio acidobásico (através da excreção controlada de íons de hidrogênio e de 
bicarbonatos) 
→Produção de renina (sistema renina-angiotensina) e EPO (diferenciação das hemácias) pelas células 
endoteliais dos capilares peritubulares no córtex renal 
→ Participam da ativação da vitamina D2 (hidroxilação – ativação) 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
2 
 
OS RINS 
Os rins são órgãos grandes em formato de feijão com uma borda convexa e outra côncava, na qual se 
situa o hilo. Do hilo entram e saem vãos sanguíneos, nervos e sai o ureter. Ele também contém tecido 
adiposo. A porção central do rim, adjacente ao hilo e à região concava e delimitada pela medula renal, é 
denominada SEIO RENAL, que é ocupado por espaços denominados CÁLICES MENORES e CÁLICES 
MAIORES. Os cálices fazem parte da parede de um tubo com formato de funil chamado PÉLVIS RENAL, 
do qual se origina o ureter. 
Cada rim é formado pelo córtex e pela medula, sendo envolvido por uma cápsula fibrosa de tecido 
conjuntivo denso. 
➔ A cápsula consiste em duas camadas distintas: uma camada externa de fibroblastos, fibras 
colágenas e elásticas (CEC); e uma camada interna de tecido celular contendo miofibroblastos 
(CIC). A contratilidade destes pode auxiliar a resistir às variações de volume e de pressão que 
podem acompanhar as variações na função renal. Entretanto, seu papel específico é 
desconhecido. 
➔ A cápsula penetra no hilo, onde forma a cobertura de tecido conjuntivo do seio e se torna 
contínua com o tecido conjuntivo, formando as paredes dos cálices e da pelve. 
 
MEDULA 
A medula é formada por massas cônicas, as pirâmides medulares (10 a 18), com suas bases localizadas 
na junção córtico-medular. A pirâmide medular associada à região cortical é chamada de LOBO RENAL. 
Os limites laterais de cada lobo renal são as colunas renais de tecido cortical. O conceito de lóbulo tem 
uma base fisiológica importante: o raio medular contendo ducto coletor para um grupo de néfrons que 
drena naquele ducto constitui a unidade secretora renal. 
Os ápices das pirâmides estão voltados para o cálice menor. O ápice de cada pirâmide é perfurado por 
15 a 20 ductos papilares na área crivosa. 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
3 
 
 
CÓRTEX 
O córtex (zona cortical) se subdivide em labirinto cortical e raios medulares. O labirinto cortical é 
formado por corpúsculos renais (glomérulos renais) e pelas porções contorcidas dos túbulos do néfron. 
Cada raio medular é uma extensão da medula renal para o interior do córtex; cada raio medular 
constitui o eixo de um lóbulo renal. 
Os 500 ou mais raios medulares são constituídos de porções retas de túbulos contorcidos proximais e 
distais (porções espessas das alças de Henle), assim como túbulos e ductos coletores. 
 
 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
4 
 
PARÊNQUIMA RENAL: 
É formado pela unidade funcional do rim: o túbulo urinífero do rim (conjunto formado por 2 
componentes funcionais e embriologicamente distintos, o néfron e o túbulo coletor). 
Cada rim possui cerca de 1,3 milhão de túbulos uriníferos circundados por um estroma contendo tecido 
conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos. 
O néfron é formado por: corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo 
contorcido distal. Vários néfrons desembocam em um ducto coletor. Assim o conjunto dos néfrons e o 
seu ducto coletor associado vai formar um lóbulo renal. 
 
O NÉFRON 
É formado pelo corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e 
túbulo coletor. Em outras palavras é composto por corpúsculo renal e túbulo renal. 
- Corpúsculo renal: cápsula de Bowman + glomérulo 
- Túbulo renal: túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal, que desemboca no 
ducto coletor. 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
5 
 
 
 
Em resumo, a aparência macroscópica do parênquima renal reflete a estrutura do néfron. O corpúsculo 
renal e os túbulos contorcidos proximal e distal estão todos localizados na – e constituem a – substância 
dos labirintos corticais. As porções dos túbulos distais e proximais retos e dos ramos descendente e 
ascendente delgados da alça de Henle no córtex estão localizadas na – e constituem a – porção principal 
dos raios medulares. Os ramos delgados descendente e ascendente da alça de Henle estão sempre 
localizados na medula. Com isso, o arranjo dos néfrons (e dos túbulos e ductos coletores) é responsável 
pelo aspecto característico da superfície de corte do rim. 
De acordo com a posição dos corpúsculos renais temos néfrons corticais, justamedulares e 
intermediários (entre os dois últimos). Os justamedulares tem as alças de Henle bem compridas. 
SISTEMA CIRCULATÓRIO DO RIM 
Trajeto do sangue: 
Artéria renal → Artérias segmentares → Artérias interlobares → Artérias arqueadas → Artérias 
interlobulares → Arteríolas aferentes → Formam a arteríola aferente → Glomérulo → Capilares 
peritubulares → Vênulas → Veias interlobulares → Veias arqueadas → Veias interlobares → Veias 
segmentares → Veia renal 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
6 
 
HISTOFISIOLOGIA RENAL 
Ocorre mais localizada dentro do corpúsculo renal (ou corpúsculo de Malpighi). Ele é a unidade de 
filtração renal e é formado pela cápsula de Bowman + glomérulo. A cápsula de Bowman apresenta duas 
camadas: visceral e parietal. 
- A camada visceral está em contato com os capilares glomerulares, sendo constituída por células 
epiteliais chamadas de podócitos. Esses podócitos apresentam prolongamentos chamados pedicelos 
que estão em íntimo contato com os capilares. 
- A camada parietal é formada por células epiteliais pavimentosas simples, que é contínua com o 
epitélio do túbulo contorcido proximal. 
Entre as camadas visceral e parietal existe um espaço urinário (espaço de Bowman), contendo o 
ultrafiltrado do plasma (urina primária). 
 
GLOMÉRULO: 
- Tufo capilar glomerular, apresenta 3 componentes: 
1) Endotélio dos capilares glomerulares, revestido por células endoteliais fenestradas (sem diafragma) e 
com aquaporinas-1; 
2) Podócitos da camada visceral da cápsula de Bowman, cujos prolongamentos envolvem os capilares 
glomerulares; 
Uma espessa lâmina basal glomerular, produzida pelos podócitos e pelas células endoteliais do capilar, 
está interposta entre esses dois tipos celulares. 
3) Tecido intersticial: células mesangiais e matriz mesangial = tecido conjuntivo associado aos capilares 
glomerulares, responsável pelo suporte físico, metabólico para as células endoteliais além de formar um 
aparelho de células chamadas justaglomerulares importantes na regulação arterial. 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
7 
 
Sentido de filtração: do capilar para o espaço urinífero; 
 
BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 
Os podócitos possuem processos celulares ramificados e longos queenvolvem completamente a 
superfície do capilar glomerular. Os podócitos junto com as células endoteliais fenestradas e suas lâmina 
basais constituem a barreira de filtração glomerular. Os pedicelos se interdigitam para cobrir a lâmina 
basal e ficam separados pelas fendas de filtração (espaços entre as interdigitações dos 
prolongamentos). As fendas de filtração apresentam um ultrafino diafragma. Assim, a barreira de 
filtração é constituída por: 
1. O endotélio dos capilares glomerulares é fenestrado e permeável à água, sódio, ureia, glicose 
e pequenas proteínas (células endoteliais são revestidas de proteínas carregadas 
negativamente*) 
2. Lâmina basal (rica em heparansulfato*) – barreira física a partículas 
3. Pedicelos (revestidas com glicoproteínas carregadas negativamente*) 
*Diminuem a filtração de proteínas aniônica grandes; 
Além dos componentes da barreira de filtração glomerular, outros fatores limitantes que controlam a 
passagem de moléculas no ultrafiltrado do plasma são o tamanho e a carga elétrica. Moléculas com 
tamanho inferior a 3,5 nm e com carga positiva ou neutra são filtradas mais rapidamente. 
➔ Albumina, creatinina não passam! Pessoas que tem algum problema no glomérulo 
(glomerulonefrite) apresentam proteinúria – aumento dessas proteínas na urina. 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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Entre os pedicelos existem proteínas denominadas nefrinas. Elas constituem o chamado diafragma da 
fenda de filtração – estrutura complexa semelhante a um zíper. Os domínios extracelulares das nefrinas 
emergem dos prolongamentos podálicos opostos dos podócitos vizinhos e se interdigitam no centro da 
fenda formando uma densidade central com poros em ambos os lados. Os domínios intracelulares das 
nefrinas interagem com o citoesqueleto de actina dentro do citoplasma dos prolongamentos podálicos. 
 
O mesângio é uma estrutura interglomerular interposta entre os capilares glomerulares, constituído por 
dois componentes: as células mesangiais e a matriz mesangial. As células mesangiais podem ser intra 
ou extra glomerulares e são pericitos especializados com características de células musculares lisas e de 
macrófagos. As células mesangiais extraglomerulares secretam renina. Assim, essas células são 
responsáveis por: 
- Controlar a renovação do material da lâmina basal por fagocitose 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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- Suporte físico e mecânico aos capilares glomerulares, aos podócitos e seus prolongamentos primários 
e secundários 
- Secreção de citocinas (ex: PDGF) para facilitar o reparo dos componentes glomerulares danificados 
- Seus elementos contráteis auxiliam na redução do diâmetro do lúmen dos capilares glomerulares, 
regulando o fluxo de sangue para aumentar a taxa de filtração 
 
TÚBULOS RENAIS 
O plasma vai ser filtrado pela barreira de filtração formando a urina primária. Esta vai passar pelo túbulo 
contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal, túbulo coletor e ducto coletor 
componentes que consistem nos túbulos renais. As características mais relevantes das células epiteliais 
dos túbulos são: 
- As células da parte espessa da alça de Henle e as do túbulo distal são semelhantes em sua 
ultraestrutura, mas tem funções diferentes. 
- A superfície apical de cada célula está voltada para cima. 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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1. TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL 
- O ultrafiltrado do plasma no espaço urinário é transportado ao túbulo contorcido proximal, que é o 
principal local inicial de reabsorção. 
- Cerca de 70% da água, glicose, Na+, Cl – e K+ serão absorvidos por reabsorção ativa (apresentam 
muitas mitocôndrias nessa região) 
- É revestido por células epiteliais cúbicas a colunares baixas unidas por junções de oclusão apicais 
(impedem que os metabolitos como ácido úrico e ureia passem pelos capilares e retornem ao sangue). 
As células apicais cúbicas apresentam: 
• Microvilosidades que formam a orla em escova, que aumentam a superfície de contato para 
que tenha a reabsorção de todos os fatores citados 
• Domínio basolateral pregueado e com interdigitações 
• Longas mitocôndrias localizadas entre as pregas da membrana plasmática fornecendo ATP para 
o transporte ativo de íons (citoplasma acidófilo) 
• Vesículas e lisossomos apicais que proporcionam um mecanismo de endocitose e quebra de 
proteínas 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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2. ALÇA DE HENLE 
A alça de Henle vai penetrar na medula e volta saindo novamente da pirâmide. Consiste em um ramo 
descendente e um ascendente. Cada ramo é formado por um segmento espesso e delgado. 
- Segmento espesso: revestido por um epitélio cúbico baixo (semelhante ao TCP) 
- Segmento delgado: revestido por um epitélio pavimentoso simples 
A alça de Henle reabsorve água filtrada exclusivamente no segmento do ramo descendente devido a um 
gradiente osmótico. Ela cria um gradiente de hipertonicidade no interstício medular, que influencia a 
concentração da urina à medida que ela passa pelos ductos coletores. 
O ramo descendente é completamente permeável à água e esta vai passar por osmose nessa região, 
visto que o interstício medular é altamente hipertônico. Essa tonicidade é gerada pelo ramo ascendente 
que deixa passar muito cloreto de sódio, fazendo com que o ambiente fique concentrado. Além disso, o 
ramo ascendente é completamente impermeável à água. 
 
Histologicamente, ao longo da alça de Henle: cúbico simples → cubico baixo → pavimentoso simples 
→ cúbico baixo → cúbico simples 
 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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3. TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
Apresenta-se revestido por um epitélio cúbico simples. É onde ocorre reabsorção de 7% do cloreto de 
sódio. O revestimento de células epiteliais desse túbulo apresenta as seguintes características: 
- As células cúbicas são mais baixas do que as encontradas no TCP e não apresentam borda em escova. 
- Apresentam membrana plasmática pregueada e muitas mitocôndrias. 
As células são mais claras do que as do proximal! 
 
O TCD apresenta na porção que se intercomunica com o polo vascular da cápsula de Bowman uma 
modificação nas células de revestimento chamado de mácula densa. As células da mácula densa são 
modificadas sendo células altas e delgadas, cujos núcleos estão muito próximos entre si (mais 
densamente coradas). Essa mácula densa percebe o conteúdo iônico e o volume de água induzindo uma 
sinalização para as células mesangiais próximas. Assim, o aparelho justaglomerular (células 
justaglomerulares + células mesangiais extraglomerulares + células da mácula densa) libera renina na 
circulação atuando na regulação da pressão arterial (sistema renina-angiotensina). 
 
 
 
 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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4. TÚBULOS E DUCTOS COLETORES 
O conteúdo dos túbulos distais passa para os túbulos coletores, que desembocam em tubos mais 
calibrosos: os ductos coletores, que se dirigem para as papilas renais. Não fazem mais parte do néfron. 
O ducto coletor apresenta um trajeto retilíneo e é formado por epitélio simples cúbico, composto por 2 
tipos celulares: as principais e as intercaladas. 
- As células principais possuem um cílio apical imóvel e reabsorvem Na+ e água; (mais claras) 
- As células intercaladas apresentam microvilos apicais e secretam H+ e HCO3- sendo importantes para o 
equilíbrio ácido-base; (mais escuras) 
 
 
 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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VIAS EXCRETORAS DE URINA 
A urina liberada flui dos cálices renais para a pelve, atinge os ureteres e entra na bexiga urinária. Os 
cálices renais, as pelves, os ureteres e a bexiga urinária são revestidos pelo epitélio de transição, o 
urotélio – tecido epitelial de transição. 
A principal característica da mucosa das vias urinária é a impermeabilização, que impede que produtos 
altamente difusíveis como a ureia retornem ao sangue ao longo do trajeto.O epitélio de transição 
apresenta placas de reforço de membrana que atende estas condições. Além disso, o tecido conjuntivo 
associado é ricamente vascularizado, fibroso e desprovido de glândulas. Esse tecido também apresenta 
musculatura lisa, com uma túnica longitudinal interna e outra circular externa, responsável por realizar 
ondas peristálticas vindas do cálice até os ureteres forçando a urina para dentro da bexiga. 
O urotélio: 
Células mais claras na superfície por conta das vesículas fusiformes que após se achatarem se unem 
formando a placa proteica na superfície quando há liquido no tecido. Essa placa proteica é indispensável 
já que a urina que circula nessas áreas é extremamente corrosiva por conta dos metabólicos presentes. 
 
O URETER 
A mucosa do ureter é revestida pelo urotélio. Abaixo do epitélio encontra-se uma lâmina própria com 
fibras elásticas e uma túnica muscular com duas ou três camadas de músculo liso. No terço inferior do 
ureter surge uma terceira de músculo liso camada longitudinal externa, que forma esfíncter fisiológico 
que contra a passagem do líquido. O ureter é envolvido por uma adventícia contendo tecido adiposo, e 
é ricamente inervado o que explica porque as passagens de cálculo renal ao longo dessa região sejam 
tão intensamente dolorosas. 
Ele tem uma luz estrelada e forma umas invaginações pra dentro dessa luz. 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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BEXIGA 
A mucosa da bexiga é pregueada e revestida por urotélio. Ela apresenta tecido conjuntivo com fibras 
elásticas e células musculares lisas dispostas em várias direções, formando o músculo detrusor sincicial. 
No colo da bexiga, as fibras musculares formam uma tríplice camada: longitudinal interna, circular 
média e longitudinal externa → funciona como esfíncter. 
A bexiga recebe a urina de dois ureteres e a armazena até que a estimulação neural faça com que se 
contraia e expila a urina através da uretra. 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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Na estrutura perto de onde vai se abrir a uretra tem mais uma camada de musculo liso externa que 
funciona como esfíncter. 
 
URETRA 
Masculina: tem 20 cm de comprimento e é divida em 3 segmentos: prostática, membranosa e 
esponjosa. 
• Prostática: é revestida de urotélio 
• Membranosa e esponjosa ou peniana: epitélio pseudo-estratificado ou estratificado cilíndrico 
Ela é comum ao sistema urinário e ao sistema reprodutor masculino. Apresenta a musculatura 
longitudinal interna em todas as porções, porém a musculatura circular externa é ausente na uretra 
peniana onde é substituída pelo corpo esponjoso. A camada adventícia é ausente já que a uretra está 
sendo recoberta pelos órgãos masculinos. 
 
HISTOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
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Feminina: tem 4 cm de comprimento e é revestida por epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado que se torna queratinizado à medida que chega ao óstio externo da uretra ou meato 
uretral. Apresenta túnica muscular lisa em toda sua porção (longitudinal interna e circular externa). É 
um órgão unicamente urinário, por isso apresenta a túnica adventícia de tecido conjuntivo frouxo.

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