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Resumo por: Yasmin Barros - @idealizavet @yasminbarro.s Transfusão sanguínea Apresentação de 2 pacientes: Paciente 1: HT: 22% Histórico: animal fugiu há 3 dias, e retornou para casa com hematomas e dor abdominal. Sinais clínicos: apatia, anorexia, taquipnéia, dor e aumento de volume abdominal, relutância em movimentar-se Paciente 2: HT: 15% Histórico: DRC estágio 3/ proteinúria limítrofe e hipertensão moderada – em tratamento há 6 meses. Sinais clínicos: vômitos esporádicos A paciente que devemos mais nos preocupar para realizar a transfusão sanguínea, é a paciente 1 (apresenta anemia aguda), já a paciente 2 apresenta anemia crônica. Logo, NÃO PODEMOS DEFINIR SE REALIZAREMOS A TRANSFUSÃO APENAS PELO NÚMERO DE HEMATÓCRITO. Fonte: Sofia Borin Crivellenti Frente à anemias, o corpo ativa sistemas compensatórios. Quando é uma perda crônica, esses mecanismos conseguem manter a oxigenação do organismo do paciente, já em hemorragias agudas, não serão eficazes. Grupos sanguíneos de caninos Denominação internacional coletiva de ‘‘DEA’’ (Dog erythrocyte antigen) 5 grupos sanguíneos compostos por 7 determinantes antigênicos – DEA 1.1/1.2/1.3 (não podem coexistir), DEA 3, DEA 4, DEA 5, DEA 7 DEA 6 e DEA 8 – reconhecidos, mas não estudados Existem várias possibilidades de combinações entre os grupos sanguíneos em cães. DEA 1: alta prevalência – principalmente nos mestiços (SRD) e cruzamentos; não há anticorpos naturais contra DEA1 – em um primeiro momento, pode transfundir sem maiores problemas um animal que tem DEA 1 para um animal que não tem DEA1, porém tem chances de provável hemólise após sensibilização em animal DEA1 negativo em uma segunda transfusão. DEA 3: baixa incidência na população canina (maiores representantes: akita); presença de Ac naturais anti-DEA3 em 20% da população, portanto 80% da população não tem AC naturais contra DEA3; reações hemolíticas agudas em animais sensibilizados. DEA 5: Até 10% da população não transfundida de cães dos EUA apresentam anticorpos naturais contra o antígeno; cães submetidos a transfusões incompatíveis têm as células retiradas da circulação por sequestro esplênico em 3 dias. DEA 7: presente em aproximadamente 45 a 50% da população e seja capaz de promover reações em cães DEA 7 negativos. Animais sensibilizados apresentam reações tardias com perda e sequestro das células em 72 horas pós- transfusão. DEA 4: alta prevalência (cerca de 98%) Não há anticorpos naturais contra DEA 4, mesmo em cães DEA 4 (-) que receberam sangue DEA 4 (+). Cães DEA 4 exclusivo são considerados ‘‘doadores universais’’. É obrigatório realizar teste de compatibilidade (presença de ac naturais no sangue) na segunda transfusão em cães. Para saber o DEA que o animal possui, é preciso fazer tipagem sanguínea (poucos lugares fazem) Felinos 3 tipos sanguíneos: A, B ou AB O tipo A pode apresentar-se como AA (homozigose) ou Ab (heterozigose), pois o A é dominante sobre o b O tipo B é sempre bb O tipo AB ocorre quando existe codominância entre A e B Felinos possuem Ac de ocorrência natural (aloanticorpos) contra Ag do tipo sanguíneo que não possuem. AB não possuem aloanticorpos. Doador tipo A e receptor tipo B: tipo B possui grande quantidade de aloanticorpos anti-A (IgM) – hemólise aguda (meia vida de hemácias de 1,3 horas – ao fim da transfusão, já houve a hemólise de metade do que foi transfundido) Doador tipo B e receptor tipo A: hemólise tardia e hemocaterese acelerada pelo SMF (t1/2 hemácias de 2 dias). Tipo A possui baixa quantidade de aloanticorpos anti-B (IgM e IgG). O tipo mais comum é o A, o tipo B é comum em algumas raças (Sphynx, exótico, angorá, British shorthair) e o AB é raro Fonte: Knottenbelt (2002) O teste de compatibilidade no gato é definitivo, se der compatível, não vai ter problema nem na primeira e nem na segunda transfusão. Critérios de seleção dos doadores Caninos: idade 2 a 5 anos (adulto jovem, pois possui boa produção pela medula óssea para recuperar o que foi doado); escore corporal: ideal (5/1-9); peso: superior a 25 kg para doar uma bolsa inteira (400-450 ml); vacinação atualizada; livres de ectoparasitas; dócil (para evitar sedação); quadro hematológico: HT > 0% e HB > 13 g/dL Felinos: idade: adulto; escore corporal: ideal 5/1-9; peso: 5kg; vacinação atualizada; livres de ectoparasitas; quadro hematológico: HT > 35% e HB> 11 g/dL. É necessário repor a quantidade em 2x do volume que foi retirado, em fluidoterapia, assim que acabar a transfusão. Doa no máximo 60 ml/gato.
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