Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Luiz Elpídio M. Machado 1 2 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem As equações diferenciais de primeira ordem ( )ytf dt dy ,= (1) onde f é uma função de duas variáveis. Qualquer função diferenciável ( )tgy = que satisfaça a esta condição para todos os valores de t em um certo intervalo é considerada como uma solução; nosso objetivo é determinar as essas soluções existem e, em caso afirmativo, desenvolver métodos para encontrá-las. Infelizmente, para uma função arbitrária f , não existe nenhum método geral para revolver a equação em termos de funções elementares. Assim, vamos descrever vários métodos, cada um dos quais se aplica a uma subclasse das equações de primeira ordem. As subclasses mais importantes são as das equações lineares e das equações separáveis. Se a função f da Eq. (1) depende linearmente da variável dependente y , então a equação pode ser escrita na forma ( ) ( ) ( ) ( )tttt qypyqyp dt dy =+⇔=+ \ , (2) que é chamada equação diferencial linear de primeira ordem. 2.1 – Para ( )tp e ( )tq constantes A equação mais geral de primeira ordem com coeficientes constantes é bya dt dy += (3) onde a e b são constantes ( ) ( )( )tt qbepa =−= . temosapormembrosegundoodividindobya dt dy , += 0≠ += apara a b ya dt dy . Assim temos, a b yparaa aby dtdy ≠ = + ( ) ( )[ ] ku ku dt d querecordandoaaby dt d + =+ =+ 1 lnln . Então, 0ln Cataby +=+ onde 0C é uma constante arbitrária. Tomando as exponenciais dos dois membros, atCCatCataby ee a b yeeabyee 000 ln ±=+⇔=+⇔= ++ , para 0Cec ±= temos: atce a b y +−= . (4) Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2 O comportamento geral da solução (3) depende principalmente do sinal do parâmetro a . Se 0<a , então 0→ate quando ∞→t , e os gráficos de todas as soluções tendem para a assíntota horizontal a b y −= . Por outro lado, se 0>a , ∞→ate quando ∞→t , e os gráficos das soluções divergem da reta a b y −= . A solução constante a b y −= é freqüentemente chamada de solução de equilíbrio, já que dt dy é sempre zero para esta solução. Exemplo Ex.-1 Resolva a equação diferencial 82 =+ y dt dy t t C tCtC tCtCCtCty key e e yeeyeey eeyeeyeeyee CtyCtydtdy y dt y dy y dt dy y dt dy y dt dy 2 2 2 2222 2222222282ln 4 2 48282 828282 2282ln82ln 2 1 82 1 82 828282 − − − −−−− −−−−−−−−+− += −=⇔−=⇔−= +−=−⇔=+−⇔=+−⇔= −−=+−⇔+=+− − ⇔= +− = +− ⇔+−=⇔+−=⇔=+ ∫∫ Ex.-2 Resolva a equação diferencial 63 =+ y dt dy ( ) ( ) ( ) t ttCCtCty key keyeeyeeyee Ctydt y dy dt y dy y dt dy y dt dy y dt dy 3 33332ln 2 222 32ln3 2 3 2 236363 − −−−+−− += =−⇔=−⇔=−⇔= +−=−⇔−= − −= − ⇔−−=⇔+−=⇔=+ ∫∫ Ex.-3 Resolva a equação diferencial 44\ =− yy . a) Determine a função que passa pelo ponto ( )0,1 . Verifique se as funções satisfazem a equação. b) Determine a função que passa pelo ponto ( )1,0 . Verifique se as funções satisfazem a equação. Resolução Solução geral Prof. Luiz Elpídio M. Machado 3 ( ) ( ) ( ) t ttCCtCty key keyeeyeeyee Ctydt y dy dt y dy y dt dy y dt dy y dt dy 4 44441ln 1 111 41ln4 1 4 1 144444 +−= =+⇔=+⇔=+⇔= +=+⇔= + = + ⇔+=⇔+=⇔=− ++ ∫∫ a) Determine a função que passa pelo ponto ( )0,1 . ( ) ( ) 4444444 4 4 44144 1111 1 110101 01 −+−− − × +−=⇒+−=⇒×+−=⇒+−= = =⇒=⇒+−=⇒+−=⇒+−= == tttt t eyeyeeykey ek e kkekekekey yet Derivando 441 −+−= tey 44\44\ 44 −− =⇒×= tt eyey 44\ =− yy Testando a solução 441 −+−= tey na equação diferencial ( ) verdadeiro ee ee tt tt 44 4444 4144 4444 4444 = =−+ =+−×− −− −− 441 −+−= tey é solução. b) Determine a função que passa pelo ponto ( )1,0 . ( ) ( ) t t ey kkkekekey yet 4 0044 21 21111111 10 +−= =⇒+=⇒+−=⇒+−=⇒+−= == × Derivando tey 421+−= tt eyey 4\4\ 842 =⇒×= Testando a solução tey 421+−= na equação diferencial 44\ =− yy ( ) verdadeiro ee ee tt tt 44 4848 44148 44 44 = =−+ =+−×− Prof. Luiz Elpídio M. Machado 4 tey 421+−= é solução Exercício Resolva a equação diferencial: E-1. 0186\ =−− yy E-2. 03\ =−− yy E-3. 02\ =+− yy E-4. 032\ =−+ yy E-5. 63\ −=+ yy E-6. 342 \ =+ yy E-7. 22 \ −=+ yy E-8. 63 \ =− yy E-9. 1\ =+− yy E-10. 32\ =+ yy E-11. 62 =+ y dt dy Resolva a equação diferencial e determine a função que passa pelo ponto dado: E-12. 0102\ =−− yy e ( )3,0 E-13. 93\ =− yy e ( )2,0 E-14. 02\ =−+ yy e ( )1,0 E-15. 32\ =+ yy e ( )0,1 E-16. 153\ =+− yy e ( )0,2− E-17. 55\ −=+− yy e ( )0,3 Respostas R - 1 ( ) t t key 63+−= R - 2 ( ) t t key +−= 3 R - 3 ( ) t t key += 2 R - 4 ( ) t t key 2 2 3 −+= R - 5 ( ) t t key 32 −+−= R - 6 ( ) t t key 2 4 3 −+= R - 7 ( ) 22 tt key −+−= R - 8 ( ) 36 tt key +−= R - 9 ( ) t t key +=1 R - 10 ( ) t t key 2 2 3 −+= R - 11 ( ) ( ) ( ) t ttCCtCty key keyeeyeeyee Ctydt y dy dt y dy y dt dy y dt dy y dt dy 2 22223ln 3 333 23ln2 3 2 3 326262 − −−−+−− += =−⇔=−⇔=−⇔= +−=−⇔−= − −= − ⇔−−=⇔+−=⇔=+ ∫∫ R - 12 ( ) t t ey 285+−= R - 13 ( ) t t ey 353+−= Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2 R - 14 ( ) t t ey −−= 2 R - 15 ( ) 22 2 3 2 3 +−−= tt ey R - 16 ( ) 6355 +−= tt ey R - 17 ( ) 1551 −+−= tt ey 2.2 – Fator Integrante O objetivo é multiplicar a equação diferencial (2) por um fator integrante apropriado e assim coloca-lo em uma forma integrável. Para determinar esse fator integrante, primeiro multiplicamos a Eq. (2) por uma função ( )xm , ainda indeterminada. Temos então ( ) ( ) } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xxxxx xxx qmypmym mqypy =+ ×=+ \ \ . (5) Devemos reconhecer o lado esquerdo da Eq.(5) como a derivada de alguma função. O fato de que existem dois termos e um dos termos é ( ) \ym x sugere que o lado esquerdo da Eq.(5) pode ser a derivada do produto ( )ym x . Para que isto seja verdade, o segundo termo do lado esquerdo da Eq.(5), ( ) ( )ypm xx , deve ser igual a ( )ym x \ . Isto, por sua vez, significa que ( )xm deve satisfazer à equação diferencial ( ) ( ) ( )xxx pmm = \ . (6) Se admitirmos, temporariamente, que ( )xm é positiva, podemos escrever a Eq.(6) como ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) 0ln \ > =⇔= xxxx x x mparapm dx d p m m . (7) Integrando os dois termos, tem-se: ( ) ( ) ( ) ( )∫ = = ∫ dxpm xx xx ee dxpm ln ln . ( ) ( ) 0Cdxp x xem +∫= . (8) Observe que ( )xm é positiva para todo x conforme admitido na Eq.(7). Depois de determinarmos o fator integrante ( )xm , voltamos à Eq.(5). Como ( )xm satisfaz à Eq.(6), a Eq.(5) se reduz a ( )[ ] ( ) ( )xxx qmym dx d = . (9) Integrando ambos os membros da Eq.(9), obtemos: ( ) ( ) ( )∫= dxqmym xxx Prof. Luiz Elpídio M. Machado 6 ( ) ( ) ( )x xx m dxqm y ∫ = . (10) Uma vez que y representa qualquer solução da Eq.(2), concluímos que toda solução da Eq.(2) está incluídano segundo membro da Eq.(10). Portanto, esta expressão é uma solução geral da Eq.(2). Observe que para se encontrar a solução dada pela Eq.(10) são necessárias duas integrações, a primeira para ter ( )xm pela Eq.(8) e a segunda para determinar y pela Eq.(10). Nota-se primeiramente, que antes de determinar o fator integrante ( )xm pela Eq.(8) é necessário ter certeza de que a equação diferencial tem exatamente a forma da Eq.(2); em particular o coeficiente de \y deve ser a unidade. De outra forma, a função ( )xp usada para o cálculo de ( )xm será incorreta. Em segundo lugar, depois de encontrar ( )xm e de multiplicar a Eq.(2) pelo fator integrante é preciso verificar que os termos envolvendo y e \y são, de fato, a derivada de ( )xm como devem ser. Esta verificação proporciona certeza sobre a correção de ( )xm . Como é natural, uma vez que se tenha encontrado a solução y , é possível também verificar a sua correção, substituindo-a na equação diferencial. A interpretação geométrica da Eq. (10) é a de uma família de curvas, uma para cada valor de c . Estas curvas são as curvas integrais da equação diferencial. Muitas vezes é importante selecionar um membro da família de curvas integrais, o que faz pela identificação de um ponto particular ( )00 , yx contido no gráfico da solução. Esta exigência se escreve, usualmente, como ( ) 00 yy x = , (11) e é conhecida como uma condição inicial. Uma equação diferencial de primeira ordem, como a Eq.(1) ou Eq. (2), e uma condição inicial, como a Eq. (11), constituem, em conjunto, um problema de valor inicial. Exemplo Ex.-4 Determine a solução geral da equação diferencial 2\ 43 tyty =+ . Resolução ty t y t t y t y t t ttyty 4 3 43 43 \ 2 \ 2\ =+ =+ ÷=+ Fator Integrante ( ) ( ) ( ) ( ) 3 lnln3 1 3 3 3 3 tee ee e t p tt t dt t dt t t dtp t t t === ∫ = ∫ = ∫ = = µ µ µ ( ) 3 t t =µ Prof. Luiz Elpídio M. Machado 7 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) C t dtq dttdtttdtq tq tt tt t +=∫ ∫∫ ×=∫ = 5 4 44 4 5 43 µ µ ( ) ( ) Ctdtq tt +=∫ 5 5 4 µ ( ) ( ) ( ) 3 5 5 4 t Ctdtq y t tt + = ∫ = µ µ 3 2 5 4 t C ty += Ex.-5 Determine a solução da equação diferencial t eyy − =− 2 \ . Resolução t eyy − =− 2 \ Fator Integrante ( ) ( ) ( ) tdt t dtp t t ee e p t 22 2 −− = ∫ = ∫ = −= µ µ ( ) t t e 2− =µ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) C e dtq dtedtq dteedtq eq t tt t tt tt tt t t + − =∫ ∫=∫ ∫ ×=∫ = − − −− − 3 3 3 2 µ µ µ ( ) ( ) C e dtq t tt +−=∫ − 3 3 µ ( ) ( ) ( ) t t t tt e C e dtq y 2 3 3 − − +− = ∫ = µ µ t t Ce e y 2 3 +−= − Ex.-6 Determine a solução da equação diferencial tyy =+ 3 \ . Resolução tyy =+ 3 \ Fator Integrante ( ) ( ) ( ) tdt t dtp t t ee e p t 33 3 = ∫ = ∫ = = µ µ Prof. Luiz Elpídio M. Machado 8 ( ) t t e 3 =µ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) C ete dtq dte e tdtq dttedtetdtq tq tt tt t t tt tt tt t +×−=∫ −=∫ ∫=∫ ×=∫ = ∫ 33 1 3 3 1 3 33 3 3 33 µ µ µ ( ) ( ) C ete dtq tt tt +−=∫ 93 33 µ ( ) ( ) ( ) t tt t tt e C ete dtq y 3 33 93 +− = ∫ = µ µ t e Ct y 3 9 1 3 +−= Ex.-7 Determine a solução do problema de valor inicial t e y y − =− 2 \ e ( ) 10 −=y . Resolução t eyy − =− 2 1\ Fator Integrante ( ) ( ) ( ) tdt t dtp t t ee e p t 2 1 2 1 2 1 −− = ∫ = ∫ = −= µ µ ( ) t t e 2 1 − =µ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) C e dtq dtedtq dteedtq eq t tt t tt t t tt t t + − =∫ ∫=∫ ∫ ×=∫ = − − −− − 2 3 2 3 2 3 2 1 µ µ µ ( ) ( ) C e dtq t tt +−=∫ − 3 2 3 µ ( ) ( ) ( ) t t t tt e C e dtq y 2 1 2 3 3 2 − − +− = ∫ = µ µ t t Ce e y 2 1 3 2 +−= − Condições ( ) 10 −=y 3 1 1 3 2 3 2 1 3 2 1 3 2 0 2 10 2 1 −= −= +−=− +−=− +−= ×− − C C C Ce e Ce e y t t t t e e y 2 1 3 1 3 2 −−= − Ex.-8 Achar a solução do problema de valor inicial ttyy =+ 2\ e ( ) 00 =y . Resolução Prof. Luiz Elpídio M. Machado 1 ttyy =+ 2\ Fator Integrante ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 22 2 t t t tdt t dtp t t e ee e tp t = = ∫ = ∫ = = µ µ µ ( ) 2 t t e=µ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Cedtq Ceduedtq du etdtedttedtq du tdttdtdutu dttedtetdtq tq t tt uu tt utt tt tt tt t +=∫ +=∫=∫ ∫=∫=∫=∫ =⇒=⇒= ∫=∫ ×=∫ = 2 22 22 2 1 2 1 2 1 2 2 22 µ µ µ µ ( ) ( ) Cedtq t tt +=∫ 2 2 1 µ ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 1 t t t tt t e Cedtq y + = ∫ = µ µ ( ) 2 2 1 tt e C y += Condições ( ) 00 =y ( ) 2 1 2 1 0 2 1 0 2 1 0 2 −= += += += C C e C e C y tt Substituindo o valor de C ( ) 2 2 1 tt e C y += ( ) 2 2 1 2 1 tt e y − += ( ) 2 2 1 2 1 tt e y −= Ex.-9 Achar a solução do problema de valor inicial tyy =+ 2\ e ( ) 00 =y . xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Resolução tyy =+ 2\ Fator Integrante ( ) ( ) ( ) ( ) 2 22 2 t t tdt t dtp t t e ee e p t = =∫= ∫= = µ µ µ ( ) t t e 2=µ Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) C e dtq dtedtq dtetdtq dtetdtq tq t tt t tt t tt t tt t + − =∫ ∫=∫ ∫ ×=∫ ∫ ×=∫ = − − 2 3 2 3 2 3 2 2 µ µ µ µ ( ) ( ) C e dtq t tt +−=∫ − 3 2 3 µ ( ) ( ) ( ) t t t tt e C e dtq y 2 1 2 3 3 2 − − +− = ∫ = µ µ t t Ce e y 2 1 3 2 +−= − Condições ( ) 10 −=y 3 1 1 3 2 3 2 1 3 2 1 3 2 0 2 10 2 1 −= −= +−=− +−=− +−= ×− − C C C Ce e Ce e y t t t t e e y 2 1 3 1 3 2 −−= − Ex.-10 Achar a solução do problema de valor inicial tyty =+ 2\ e ( ) 21 =y . Exercício Determine a solução geral para a equação diferencial E-18. tetyy 22\ 2 =− E-19. tetyy 2\ 3 −+=+ E-20. 12\ +=+ tetyy E-21. ( )ty t y 2cos3 1\ =+ , 0>t E-22. teyy 32\ =− E-23. ( )tyty sen2\ =+ , 0>t E-24. 2 22\ ttetyy −=+ E-25. ( ) ( ) 22\2 141 −+=++ ttyyt E-26. tyy 32 \ =+ E-27. tetyty −=− 2\ E-28. tetyty −=− 3\ E-29. t teyy 2\ 3 − =+ E-30. 2\ 32 tyy =+ E-31. ( )tyty cos3\ =+ ; 0>t Ache a solução do problema de valor inicial proposto Prof. Luiz Elpídio M. Machado 24 E-32. tteyy 2\ 2=− , ( ) 10 =y E-33. tteyy 2\ 22 −=+ , ( ) 01 =y E-34. 12 2\ +−=+ ttyty , ( ) 2 1 1 =y , 0>t E-35. ( ) 2 \ cos2 t t y t y =+ , ( ) 0=πy , 0>t E-36. teyy 2\ 2 =− , ( ) 20 =y E-37. ( )tyty sen2\ =+ , 1 2 = πy E-38. teytyt −=+ 2\3 4 , ( ) 01 =−y E-39. ( ) tytty =++ 1\ , ( ) 1 2ln =y Respostas R - 18 ( ) t t t Ce et y 2 23 3 += R - 19 ( ) tt t Cee t y 32 9 1 3 −− ++−= R - 20 ( ) t tt t Ce ete y − ++−= 1 93 22 R - 21 ( ) ( ) ( ) t C t t tseny t ++= 2cos 4 3 2 2 3 R - 22 ( ) tt t Ceey 2 3 +−= R - 23 ( ) ( ) ( ) 22 1 cos 1 t C tsen t t t y t ++−= R - 24 ( ) 2 2 tt e Ct y + = R - 25 ( ) ( ) ( )221 t Ctarctg y t + + = R - 26 ( ) 2 63 t t e C ty +−= R - 27 ( ) Cttey t t +−= − R - 28 ( ) Ctteety tt t +−−= −−2 R - 29 ( ) ttt t Ceetey 322 −−− +−= R - 30 ( )2 2 24123 t t e C tty ++−= R - 31 ( ) ttt t eetey 322 22 +−= R - 32 ( ) ( ) ( ) ( ) 332 2cos2 t C t tsen t t t tsen y t ++−+= R - 33 ( ) tt e t y 12 − = R - 34 ( ) 2 2 12 1 2 1 34 t tt y t ++−= R - 35 ( ) ( )tsen t y t 2 1 = R - 36 ( ) tt t etey 22 2+= R - 37 ( ) ( ) ( ) 2 2 2 1 41cos 1 t tsen t t t y t − ++−= π ou ( ) ( ) ( ) 22 47,11 cos 1 t tsen t t t y t ++−= R - 38 ( ) 4t ete y tt t −− −− = ou ( ) 4t ete y tt t −− + −= ou ( ) tt et t y 4 1+ −= R - 39 ( ) tt tet y 21 1 +−= 2.3 – Discussão sobre as Equações Lineares Prof. Luiz Elpídio M. Machado 13 Já foi visto que achar soluções dos problemas de valor inicial, com equações lineares de primeira ordem, é possível mediante o fator integrante para transformar a equação diferencial numa forma integrável. Agora vamos analisar algumas questões de natureza geral que são: a) Os problemas de valor inicial mencionados têm sempre uma solução? b) Podem ter mais de uma solução? c) A solução vale para todos os t , ou somente para um intervalo restrito nas vizinhanças do ponto inicial? Teorema: Se as funções p e q são contínuas num intervalo aberto I : βα << t , que contém o ponto 0tt = , então existe uma única função ( )ty Φ= que satisfaz à equação diferencial ( ) ( )tt qypy =+ \ para cada t em I e que também satisfaz à condição inicial ( ) 00 yy t = , onde 0y é um valor inicial arbitrário. O teorema afirma que dado um problema de valor inicial tem uma solução e também que a problema tem somente uma solução. Em outra palavras, teorema assegura a existência e a unicidade da solução do problema de valor inicial ( ) ( )tt qypy =+ \ e ( ) 00 yy t = . Além disso, o teorema afirma que a solução existe em algum intervalo I que contenha o ponto inicial 0t , no qual os coeficientes p e q sejam contínuos. Isto é, a solução pode ser descontínua ou pode não existir, somente nos pontos onde pelo menos uma das funções p e q seja descontínua. Estes pontos podem ser identificados, muitas vezes, por simples inspeção. Exemplo Ex.-11 Determine o intervalo no qual o problema de valor inicial 2\ 42 tyty =+ e ( ) 21 =y , tem uma solução única. Determine essa solução. Ex.-12 Achar a solução do problema de valor inicial 12\ =− tyy e ( ) 5,00 −=y . Obs.: ( ) ∫ −= t s t dseref 0 22 π é a função erro, que foi extensamente tabelada e é considerada uma função conhecida, dado um valor t , podem consultar uma tabela de valores de função erro, ou então lançar mão de um procedimento numérico. A seguir temos algumas das mais importantes propriedades das equações diferenciais lineares de primeira ordem e respectivas soluções. a) Há uma solução geral, com uma constante arbitrária, que inclui todas as soluções da equação diferencial. Uma solução particular, que satisfaz a uma certa condição inicial, pode ser determinada pela escolha conveniente do valor da constante arbitrária. b) Há uma expressão fechada para a solução, a equação ( ) ( ) ( )x xx m cdxqm y + = ∫ ou a equação ( ) ( ) ( )x t t ss m ydsqm y 0 0 + = ∫ . Além disso, embora a expressão envolva duas integrações, é uma solução explícita para ( )ty Φ= e não uma equação defina Φ implicitamente. Prof. Luiz Elpídio M. Machado 14 c) Os possíveis pontos de descontinuidade, ou singularidades, da solução podem ser identificados (sem a resolução do problema) pela determinação dos pontos de descontinuidade dos coeficientes. Assim, se os coeficientes forem contínuos para todos os t , então a solução também existe e é contínua para todos os t Exercício Achar a solução geral da equação diferencial: E-40. ( )ty t y sen 1\ =+ , 0>t E-41. ( ) t t tyyt sen 3\2 =+ , 0<t E-42. teyy t +=+ −22\ E-43. 12 \ −=+ tyy Resposta R - 40 R - 41 ( ) ( ) ( ) t C t t tseny t ++= 2cos 4 3 2 2 3 R - 42 ( ) tt t Ceey 23 +−= R - 43 Bibliografia BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6. ed. 532p.
Compartilhar