Princípios de Formação da Imagem Radiográfica

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Medicina Nuclear e diagnóstico por imagem I Júlia Lorena – Biomedicina 
Aula 6 – dia 14/09 e 28/09 
Professor Rômulo Medina 
Componentes do processo de 
formação da imagem 
 
- paciente 
- sistema de radiodiagnóstico (escolhe-se dependendo 
do estado do paciente e qual estrutura se quer avaliar) 
- operador 
- imagem 
- médico para interpretar o exame 
- a imagem precisa representar o estado do paciente 
- a escolha do sistema de radiodiagnóstico e operador 
vão ser essenciais para a qualidade da imagem 
- esses componentes são válidos para qualquer exame 
de imagem 
Vantagens do raio x 
- hoje em dia pensa-se que o raio x é uma técnica já 
ultrapassada em comparação com outras técnicas, 
como RM e tomografia 
- econômico 
- acessível 
- rápido (apesar de ser rápido e a exposição ser 
mínima, utiliza-se radiação ionizante) 
- importante para informações anatômicas 
(principalmente estrutura óssea) 
- o raio x também é usado para avaliação pulmonar, 
ver posicionamento de sondas e próteses 
Desvantagens do Raio x 
- contra indicado para gestantes 
- a radiação é acumulativa (efeito estocástico) 
- utiliza radiação ionizante 
- podem causar diferentes enfermidades, como 
alterações hematológicas, pineal, tumores, etc 
- uma dose excessiva pode causar a morte (efeito 
determinístico) 
- tem menor definição que outros métodos, como TC 
e RM 
- principal ponto negativo do raio x é sobreposição, pois 
uma estrutura aparece em cima da outra e pode 
atrapalhar na interpretação da imagem 
Qualidade da Imagem 
- a qualidade da imagem é importante para 
interpretação 
- os ajustes do operador influenciam na qualidade da 
imagem 
- fatores que influenciam na qualidade: 
 Contraste 
 Densidade 
 Resolução 
 Distorção 
- a imagem de raio x sobrepõe e assim não da pra 
avaliar as estruturas isoladamente 
Densidade das estruturas na 
formação da imagem 
- a densidade das estruturas influenciam no contraste 
- quanto MAIOR a densidade de uma estrutura, MENOS 
radiação consegue passar por ela 
 
- quando o raio x fica CLARO na revelação é porque 
não passou radiação pois a densidade é ALTA 
- quando um raio x fica ESCURO na revelação é 
porque passou mais radiação pois a densidade é mais 
BAIXA 
- é como se a densidade fosse uma barreira 
 
 
(penetração dos raio x) 
- quando se faz raio x de estruturas com ar, como os 
pulmões, pede-se para enchê-los de ar e prender a 
respiração, pois assim a imagem ficará melhor 
- anéis e piercings sobressaem no raio x por conta da 
alta densidade do metal 
- o osso fica branco na imagem por conta da alta 
densidade e não deixa passar radiação 
- o aumento de amperagem e voltagem influenciam na 
qualidade independentemente da densidade 
- radiotransparente = estrutura que deixa passar 
radiação, possui menos densidade e por isso é mais 
escura 
- radiopaca = estrutura que não deixa passar radiação, 
possui maior densidade e por isso é mais clara 
Contraste 
 
- diferença entre as estruturas, porém, também existe 
o contraste para evidenciar estruturas 
- contraste que se ingere ou injeta para evidenciar 
estruturas são de 2 tipos: bário ou iodo 
- contraste iodado é o mais comum 
- pode ser injetado ou ingerido, dependendo do 
objetivo do exame 
- pode ser corrigido pela regulagem na amperagem e 
voltagem 
Densidade 
- quantidade de “escurecimento” da imagem 
- densidade da estrutura ≠ densidade da imagem 
- imagem ESCURA = MAIS densa 
- imagem CLARA = MENOS densa 
 
Resolução 
- nitidez das estruturas encontradas na imagem 
- quer dizer que a imagem de uma maneira geral está 
boa 
- boa densidade, bom contraste, etc 
- fator que mais influencia é o movimento do paciente 
na hora do exame 
Distorção 
- alguma estrutura aparece de maneira alterada (maior, 
menor, forma diferente, etc) 
- DFR = distância fonte receptor 
 
- DOR = distancia objeto receptor 
 
- receptor nesse caso será o filme radiográfico 
- o objeto precisa ficar colado ao receptor para a 
imagem não sair distorcida 
- se o objeto ficar distante do receptor, vai haver 
ampliação da imagem 
 
paciente não foi alinhado de maneira correta na 
segunda imagem e por isso as falanges saíram mais 
“fechadas” 
Planos Corporais 
 
 
Posições do corpo 
- ortostática = ereto, em pé 
 
- decúbito dorsal = deitado para cima 
 
- decúbito ventral = deitado de bruço 
 
- decúbito lateral = deitado de lado 
 
Incidência Radiográfica 
- posição não muda 
- relação da radiação com o corpo 
- descreve a trajetória do raio x 
 
 Incidência PA = postero anterior; radiação 
entrará na região POSTERIOR e sairá na região 
ANTERIOR; as estruturas anteriores serão mais 
evidenciadas pois estão mais perto do filme 
radiográfico 
 Incidência AP = Antero posterior; radiação 
entrará pela região ANTERIOR e sairá na 
região POSTERIOR; as estruturas posteriores 
serão mais evidenciadas pois estão mais perto 
do filme radiográfico 
 
 
 Incidência médio lateral = o raio entrará pela 
parte MEDIAL e sairá pela parte LATERAL 
 Incidência látero medial = o raio entrará pela 
parte LATERAL e sairá pela parte MEDIAL 
 
Incidências essenciais 
- há alguns casos onde precisará fazer mais de uma 
incidência para se ter certeza de algum diagnóstico 
 
- cada uma das imagens passa uma informação 
diferente, na primeira não se pode afirmar em que 
profundidade está o objeto estranho, portanto, precisa-
se da segunda imagem com uma incidência diferente 
para confirmação da localização do objeto 
 
- na primeira imagem não pode-se afirmar o 
alinhamento dos parafusos na perna do paciente, 
portanto, precisa-se da segunda incidência 
 
- há algumas partes do corpo, como o punho que 
possui muita articulação, que necessita de 3 incidências 
Filme radiográfico 
- sensível a luz 
- vem dentro de uma estrutura metálica 
- a radiação pode alterar o filme radiográfico 
 
- os filmes serão queimados nas partes onde passou a 
radiação, por isso as imagens ficam mais claras ou 
escuras