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Metabolismo do ferro no organismo

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Leticia S. Cordeiro | Fadiga e anemias 
 O Ferro é elemento essencial na maioria dos processos fisiológicos do organismo e tem como principais 
funções metabólicas: produção de energia oxidativa, transporte de O2, respiração mitocondrial, 
inativação de radicais livres e síntese de DNA 
 A quantidade total de ferro no corpo é, em média, de 4 a 5 g 
 65% na forma de hemoglobina 
 4% estão na forma de mioglobina 
 1% na forma de vários compostos heme que promovem a oxidação intracelular 
 0,1% está combinado com a proteína transferrina no plasma sanguíneo 
 15% a 30% estão armazenados para uso futuro, em sua maior parte no sistema reticuloendotelial e 
nas células parenquimatosas do fígado, sobretudo na forma de ferritina 
 O ferro obtido pelo organismo é obtido por: dieta e reciclagem de hemácias senescentes 
 O ferro da dieta é encontrado sob a forma orgânica (ferro heme) e inorgânica (ferro não heme) 
 Dieta normal – 13 a 18 mg de FE  1 a 2 mg são absorvidos 
 Absorção da forma heme corresponde a 1/3 do total e é proveniente da quebra da HB e mioglobina 
contidas na carne vermelha 
 Ferro não heme  advém de fontes vegetais 
 Ferro heme  advém de fontes animais 
 O ferro não heme sofre influência de fatores anti-nutricionais durante a absorção, enquanto o ferro 
heme tem uma regulação própria, sem ação desses mecanismos inibidores ou facilitadores da dieta 
 Alguns fatores favorecem, a absorção intestinal como a acidez e presença de agentes solubilizantes, 
como açucares 
 A absorção acontece pelo epitélio duodenal superior, que apresenta vilosidades que ampliam a 
superfície de absorção 
 O transporte do lúmen intestinal até a circulação ocorre por: 
 Captação e internalização na membrana apical do enterócito 
 Deslocamento intracelular 
 Transporte para o plasma 
 Transporte e armazenamento: 
 O ferro é absorvido no intestino delgado e se combina imediatamente, no plasma, com a apotransferrina, 
formando a transferrina – essa ligação é frouxa, por isso o ferro pode ser liberado para qualquer célula. 
 Excesso de ferro depositado nos hepatócitos e nas células reticuloendoteliais da medula óssea 
 No citoplasma das células, o ferro de combina com a apoferritina e forma a ferritina, que pode conter de 
pequenas a grandes quantidades de ferro  referido como “ferro de depósito” 
 Pequena quantidade de ferro no reservatório de deposito é armazenada sob a forma de hemossiderina 
(extremamente insolúvel) – isso ocorre quando a quantidade total de Fe no organismo é superior a que 
pode ser armazenada no reservatório de deposito da apoferritina 
 ↓ Ferro no plasma - parte do ferro no depósito de ferritina é mobilizada com facilidade e transportada sob 
forma de transferrina pelo plasma para as áreas do corpo onde é necessária. A característica singular 
da molécula de transferrina consiste em sua forte ligação aos receptores das membranas celulares das 
hemácias na medula óssea 
 A transferrina é ingerida pelo eritroblasto e libera o ferro para as 
mitocôndrias, onde ocorre a síntese do heme 
 
 Quando as hemácias completam seu tempo de vida de 
aproximadamente 120 dias e são destruídas, a hemoglobina liberada 
pelas células é fagocitada pelas células do sistema de monócitos-
macrófagos. O ferro é liberado e, a seguir, em sua maior parte 
armazenado no reservatório de ferritina para ser usado conforme seja 
necessário, para formação de nova molécula de hemoglobina. 
 Leticia S. Cordeiro | Fadiga e anemias 
 BAÇO: hemácias senis são fagocitadas por macrófagos do baço que rompem a membrana das 
hemácias, e dissocia a hemoglobina em globina e heme. O heme recebe a ação da heme-oxigenase, 
liberando ferro e biliverdina. Este ferro pode ser: (1) estocado pela ferritina e hemossiderina dos 
macrófagos ou; (2) liberado no plasma, ligando à transferrina e sendo recaptado pelos eritroblastos da 
medula óssea. Aqui a hepcidina também pode inibir a liberação de ferro dos macrófagos para a 
transferrina plasmática. O baço, a mucosa intestinal e a medula óssea são compartimentos 
“armazenadores” de ferro. 
 O ser humano não é capaz de eliminar ativamente o ferro, por isso, pessoas que se submetem 
cronicamente a diversas hemotransfusões podem se intoxicar pelo ferro (hemocromatose secundária). 
Quem protege contra uma intoxicação pelo ferro é a mucosa intestinal que captam e só repassam o 
ferro para a circulação se o organismo necessitar. Caso contrário, o ferro fica “estagnado” na mucosa, 
até que a descamação do epitélio intestinal o elimine. A absorção intestinal de ferro aumenta nas 
talassemias, anemia sideroblástica e na hemocromatose primária (hereditária). Nessas desordens, 
a reposição de sulfato ferroso pode levar à intoxicação pelo ferro. 
 A ferropenia ocorre com a perda sanguínea, logo, mulheres que menstruam ou pacientes com 
sangramento crônico (> 3 meses, principal causa de anemia ferropriva) podem esgotar os estoques 
de ferro dos macrófagos. Nem sempre ocorre nos sangramentos agudos, pois o estoque de ferro é 
suficiente para aumentar a produção de eritrócitos

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