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CHRISFAPI – CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ Página 1 CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ – CHRISFAPI NOME:ANTONIO DE PADUA CASTRO DISCIPLINA: PRÁTICA PENAL SIMULADA PERÍODO/BLOCO: IX CURSO: DIREITO PROFESSOR (A): PIRIPIRI (PI), 14 de setembro de 2021. AVALIAÇÃO I VALOR: 7.0 NOTA: __________ LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ANTES DE RESPONDER À PROVA: Verifique se este material está completo e preencha corretamente o cabeçalho. Caso contrário, notifique ao aplicador. Esta prova é individual. São vedadas quaisquer comunicações e troca de material entre os mesmos. Para questões objetivas, apresente apenas uma resposta para cada item. Durante a aplicação da avaliação, a câmera do aluno deverá se manter ativada. Atribui-se nota zero ao aluno que se utilizar de meio fraudulento para responder às questões dessa avaliação ou for surpreendido utilizando aparelho celular. Quando terminar, envie pelo sistema do aluno. Pode utilizar consultas a materiais didáticos sem restrições apenas com autorização do professor. A interpretação das questões desse instrumento avaliativo faz parte da avaliação do aluno. As questões que envolvem cálculo, só serão corrigidas com atribuição de nota, caso venham acompanhadas dos respectivos cálculos que levaram à resolução da referida questão. Alunos que apresentem respostas subjetivas com redação IDÊNTICA, pontuarão nota zero nessas questões. As respostas subjetivas devem ser elaboradas pelo aluno, sem “copia e cola”, de forma assertiva e pontual. BOAS ATIVIDADES! CASO PRÁTICO: A Polícia Civil do Estado X, em razão do alto índice de furto de automóveis NA CIDADE MARAVILHA, elaborou o seguinte plano: um “veículo-isca” foi estacionado na região mais perigosa da cidade. Em seu motor, foi instalado um dispositivo para o corte do combustível a distância. No momento em que alguém tentasse subtraí-lo, o motor seria desligado e policiais efetuariam a prisão em flagrante do ladrão. Em determinado dia, João, conhecido por furtar veículos, ao se deparar com o “veículo-isca”, sem saber do plano dos policiais, não pensou duas vezes: usou uma chave-falsa para entrar no automóvel e deu partida no motor. Todavia, conseguiu dirigir alguns poucos metros, pois o combustível foi cortado e policiais o prenderam em flagrante pelo crime de furto qualificado. Em seguida, João foi encaminhado à autoridade policial, que lavrou auto de prisão em flagrante. Como advogado de João, elabore a peça cabível, diversa de habeas corpus, em seu favor. ENDEREÇAMENTO (1.0) QUALIFICAÇÃO (0.5) NOME DA PEÇA (1.0) FUNDAMENTAÇÃO DA PEÇA (1.0) DOS FATOS (0.5) DO DIREITO (1.5) DOS PEDIDOS (1.0) FINALIZAÇÃO (0.5) CHRISFAPI – CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ Página 2 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA(O) _______________ DA COMARCA DA CIDADE MARAVILHA DO ESTADO X JOÃO, nacionalidade (...), estado civil (...), profissão (...), RG (...), CPF (...), endereço eletrônico (...), domiciliado no município (...), residente no endereço (...), através de seu advogado infra-assinado, com procuração em anexo, vem, requerer o RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com base no art. 5º, LXV, da Constituição Federal de 1988 c/c art. 310, inciso I, do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I- DOS FATOS A Polícia Civil do estado X, motivada pelos altos índices de furtos de automóveis na CIDADE MARAVILHA, elaborou um plano. O plano envolvia um “veículo-isca ”que ficava estacionado na região mais perigosa da cidade, o detalhe era que em seu motor tinha instalado um dispositivo para o corte do combustível a distância. Com intuito de efetuar a prisão em flagrante daqueles que tentassem subtrair o veículo-isca, pois o motor seria desligado minutos depois da partida. No dia XX/XX/XXXX, João, sem saber do plano dos policiais, fez o uso de uma chave-falsa para subtrair o veículo-isca estacionado. Portanto, João, deu partida no motor, mas logo o combustível foi cortado e os policiais conseguiram prendê-lo em flagrante pelo crime de furto qualificado. CHRISFAPI – CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ Página 3 II- DO DIREITO Diante dos fatos elencados, nota-se a ilegalidade da prisão de João, porque ocorreu um flagrante provocado ou preparado, onde o agente é instigado a praticar o delito, desconhecendo estar sendo vigiado por autoridades ou por terceiros. Em virtude de tudo ser armado para que o agente caia, o crime é impossível. Tais constatações estão presentes no art. 17 do Código Penal Brasileiro, a Súmula 145 STF e art. 5°, LXV da Constituição Federal Brasileira de 1988, onde diz: Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. SÚMULA 145 - Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; Sendo assim, considerando que a polícia preparou o flagrante trata-se de crime impossível, sendo possível o relaxamento da prisão pela autoridade judiciária. III- DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: 1. O reconhecimento da ilegalidade da prisão em flagrante com fundamento no art. 5°, LXV da Constituição Federal Brasileira de 1988; 2. Expedição de alvará de soltura em favor de João. Nestes termos, Pede e espera deferimento. Local, Data Advogado OAB CHRISFAPI – CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ Página 4 . MISSÃO “Gerar, sistematizar e socializar o conhecimento e o saber, por meio da oferta de serviços educacionais de qualidade, comprometendo-se com a sociedade, o meio ambiente e a cidadania”.