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Enfª docente Ticiane Ladys Em 1854 surge o conceito ou a idéia de UTI. Em 1854 inicia-se a Guerra da Criméia no qual a Inglaterra, França e Turquia declaram guerra à Rússia. Com isso a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é idealizada como uma unidade de monitoração de paciente grave através da enfermeira FLORENCE NIGHTINGALE. Em condições precárias, passa existir alta mortalidade entre os soldados hospitalizados, atingindo 40% de óbitos. Florence separou os pacientes graves dos que não estavam graves para proporcionar uma melhor assistência de maneira ininterrupta diminuindo o índice de óbitos. Em 1891 Florence criou o conceito moderno de enfermagem em UTI, quando surgiu a idéia de classificar os doentes de acordo com o grau de dependência, colocando-os nas enfermarias, de maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho das enfermeiras, para maior vigilância e melhor atendimento. Monitorava os pacientes mais graves principalmente durante a noite quando passava com sua lamparina, ficando conhecida como a dama da lâmpada. A história conta que diminuiu de 40% para 2%. percebendo-se assim a importância desse tipo de cuidado. Em 1920 surge o dr Philip Drinker com uma novidade: o ventilador mecânico. Walter Edward Dandy, nasceu em Sedalia, Missouri. Recebeu sua A.B. em 1907 através da Universidade de Missouri e seu M.D. em 1910 através da Universidade e Escola de Medicina Johns Hopkins. Dandy trabalhou um ano com o Dr. Harvey Cushing no Hunterian Laboratório do Johns Hopkins antes de iniciar seu internato e residência no Johns Hopkins Hospital. Ele trabalhou na Faculdade de Johns Hopkins em 1914 e permaneceu até sua morte em 1946. Uma das mais importantes contribuições para neurocirurgia foi o método de ar na ventriculografia, no qual o fluido cerebroespinal é substituído por ar para dar forma a imagem ao raio X do espaço ventricular no cérebro. Esta técnica era extremamente bem sucedida para identificar as lesões e alterações cerebrais. O Dr. Dandy também foi pioneiro nos avanços das operações para a doença da neuralgia do glossofaríngeo e de Ménière, e publicou os estudos que mostram a participação de discos projetando-se na dor ciática. Peter Safar foi o primeiro médico intensivista, nasceu na Áustria, filho de médicos, e migrou para os Estados Unidos após permanecer no campo de concentração nazista. Formou-se médico anestesista e na década de 1950 estimulou e preconizou o atendimento de urgência- emergência. Ainda nesta época formulou o ABC primário em que criou a técnica de ventilação artificial boca a boca e massagem cardíaca externa. Para estes experimentos contava com voluntários da sua equipe o qual eram submetidos a sedação mínima. Ainda, através de experimentos, concretizou para o paciente crítico as técnicas de manutenção de métodos extraordinários de vida. Na cidade de Baltimore estabeleceu a primeira UTI cirúrgica e em 1962, na Universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de "medicina de apoio crítico" nos Estados Unidos. Iniciou os primeiros estudos com indução da hipotermia em pacientes críticos. Como últimas contribuições elaborou os projetos das ambulâncias-UTI de transporte, fundou a Associação Mundial de Medicina de Emergência e foi co-fundador da SCCM (Society of Critical Care Medicine), o qual foi presidente em 1972. E essa grande história começou em meados dos anos 70. O país passava por mudanças político- sócio-econômicas importantes. Várias entidades médicas começavam a se formar e as que já existiam a se fortalecer. Em 1977, surgiu a SOPATI – Sociedade Paulista de Terapia Intensiva, liderada pelos médicos João Augustos Mattar Filho, Mariza D´Agostino Dias, José Thales de Castro Lima e Max Grimberg As sociedades regionais vinham sendo inauguradas e já era preciso uma entidade que reunisse todas elas e elaborasse, com a ajuda de profissionais de todo o país, padrões a serem estabelecidos nos cuidados aos pacientes críticos. Em 1979 foi criada a SBTI – Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, no Rio de Janeiro, que permaneceu inativa desde seu início. em 11 de dezembro de 1980, foi divulgada no Diário Oficial a formação da Associação Brasileira de Medicina Intensiva, que contou com a presença e adesão de médicos do Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia e São Paulo. E de lá pra cá, a trajetória da AMIB tem sido marcada por muitas conquistas e, principalmente, por muitas melhorias que foram implantadas na terapia intensiva brasileira. Resultado do trabalho daqueles que abraçaram e acreditaram na especialidade. MARCOS IMPORTANTES 1980 Fundação da AMIB “Era preciso reunir todos os intensivistas em uma única sociedade para que pudéssemos iniciar o desenvolvimento de documentos que padronizassem o atendimento ao paciente crítico, além de fortalecer terapia intensiva como uma especialidade”. Dra. Mariza D´Agostino Dias, uma das fundadoras da AMIB e primeira presidente da associação. 1982 Incorporação da SBTI – Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva I Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (SP) Realização do 1º Concurso do Título de Especialista, com 507 candidatos aprovados Publicação da 1ª Edição do Boletim Informativo AMIB “A AMIB tem valorizado o título de especialista com a realização de uma prova séria e de alto nível, ao logo desses anos”. 1987 Presidente: Idunaldo Diniz Filho (DF) SOTIERJ publica a 1ª Edição da Revista Brasileira de Terapia Intensiva (RBTI). 1988 Primeiro Curso de Pós-Graduação de Medicina Intensiva na Escola de Pós- Graduação do Rio de Janeiro IV Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (DF) I Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva Pediátrica e Neonatal (DF) I Encontro de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia em CTI (DF) 1992 CFM reconhece a medicina intensiva como especialidade Criado o Departamento de Enfermagem da AMIB “O trabalho da AMIB tem contribuído para o reconhecimento do que é um médico intensivista do. Antes do seu surgimento, a função poderia ser exercida por clínicos, cardiologistas, anestesistas, que ficavam o tempo todo em ambiente fechado, mas não tinham a visão global da situação”. 1993 VI Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (RS) I Congresso Brasileiro de Enfermagem em Terapia Intensiva (RS) I Congresso Brasileiro de Fisioterapia em Medicina Intensiva (RS) 1994 É publicada a primeira edição das Normas Mínimas para o Funcionamento de UTIs AMIB compra sua primeira sede própria 1996 Criação do Departamento de Fisioterapia da AMIB. 1997 É criado o Projeto AMIB do Tamanho do Brasil Realizado o 1º Censo AMIB das UTIs brasileiras VIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (BA) I Fórum Latino-Americano de Ressuscitação (BA) 2009 “O mapeamento das UTIs brasileiras, por meio do Censo Quantitativo, é um importante documento para nortear o desenvolvimento de novas estratégias que visem o melhoramento do atendimento ao paciente crítico”. Dr. Álvaro Réa-Neto (PR) 2010/2013 Criação da RDC nº 07: que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A norma traz parâmetros tanto para a estrutura, organização e processos de trabalho quanto para a obtenção e monitoramento de indicadores de saúde que retratem o perfilassistencial da unidade Confira os principais pontos da resolução A preservação da identidade e da privacidade do paciente deve ser assegurada por todos os profissionais que atuam na UTI. O paciente que estiver consciente e o seu responsável legal devem ser informados quanto aos procedimentos que serão adotados. As equipes de UTI e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) são co-responsáveis pelas ações de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. O hospital deve realizar gerenciamento dos riscos inerentes às atividades realizadas na unidade, bem como aos produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária. As preparações alcoólicas para higienização das mãos devem estar na entrada da unidade, entre os leitos e em outros locais estratégicos definidos pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). A CCIH deve divulgar os resultados das vigilâncias e o perfil de sensibilidade dos microrganismos à equipe multiprofissional da UTI, visando a avaliação periódica das medidas de prevenção e controle. A equipe da UTI deve proceder ao uso racional de antimicrobianos, estabelecendo normas e rotinas de forma interdisciplinar e em conjunto com CCIH, Farmácia Hospitalar e Laboratório de Microbiologia.
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