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CCJ0001-WL-RA-06-Fundamentos das Ciências Sociais _29-03-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
006 
Assunto: 
A Contribuição de Max Weber 
Folha: 
1 de 4 
Data: 
29/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-006/WLAJ/DP 
Plano de Aula: 6 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas. 
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 
Título 
6 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas. 
Número de Aulas por Semana 
1. 
Número de Semana de Aula 
6. 
Tema 
A sociologia de Émile Durkheim (I). 
Objetivos 
Definir o que é fato social e suas características. Explicar a classificação dos fatos sociais como normais e 
patológicos. Identificar o crime como fato social e através do método proposto por Durkheim trabalhar o 
distanciamento necessário para analisar a evolução deste fenômeno a partir da ordem normativa de cada 
sociedade ou grupamento. Explicar a noção de consciência coletiva enquanto fenômeno associado às formas de 
solidariedade social. Demonstrar a influência da sociedade sobre comportamentos antes tidos como pessoais, 
problematizando as idéias de normalidade e patologia. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Émile Durkheim – criador da Escola sociológica francesa, com ele a sociologia se constitui como uma disciplina 
rigorosamente cientifica. Define o objeto da sociologia: os fatos sociais e atribui-lhe um método de investigação: a 
análise objetiva dos fatos sociais, que deveriam ser estudados como “coisas”, ou seja, o investigador deveria 
manter uma relação objetividade com o objeto estudando, desfazendo-se de qualquer pré-noção em relação a 
eles. 2- Fatos sociais. Em seu livro “As regras do método sociológico”, Durkheim define os fatos sociais como 
“maneiras de agir, pensar e sentir que apresentam a característica marcante de existir fora da consciência 
individual”. Estes tipos de conduta ou de pensamento não são apenas exteriores aos indivíduos, são também 
gerais na extensão de toda sociedade conhecida e dada, são dotados de um poder imperativo e coercitivo que 
constitui características intrínsecas de tais fatos. Para Durkheim a sociedade, como todo organismo, apresenta 
estados normais e patológicos (saudáveis e doentios). 2.1. Fato social normal - É normal o fato que não extrapola 
os limites dos acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e que refletem os valores e as condutas 
aceitas pela maior parte da população. Por isso, em sua concepção, o crime é considerado um fato social normal, 
porque pode ser entendido como necessário (útil) para uma sociedade, pois se a consciência coletiva (moral) 
fosse excessiva, se cristalizaria e a consciência individual inovadora não se manifestaria. Desse modo, onde o 
crime existe é porque os sentimentos coletivos estão no estado de maleabilidade necessária para tomar nova 
forma: representa um fato social que integra as pessoas em torno de uma conduta valorativa, que pune o 
comportado considerado nocivo, que fere a consciência coletiva. Quando os sentimentos coletivos são fortemente 
atingidos, algumas ofensas passam de faltas morais para delitos e crimes. É por essa lógica que ele irá avaliar o 
castigo imposto não como forma de acabar com o crime, mas sim para mantê-lo na taxa social “média”. 2.2. Fato 
social patológico – é todo fato fatos que extrapola os limites aceitos pela consciência coletiva vigente em uma 
sociedade, é o comportamento tido com desviante. São fatos que põem em risco a harmonia e consenso 
representa um estado mórbido da sociedade. Eles são transitórios e excepcionais assim como as doenças. 2.3. 
Normalidade x patologia: O que é normal? Quais os parâmetros estabelecidos para diferenciar o “normal” do 
“anormal”? O que é normal varia de sociedade para sociedade. Segundo Richard Miskolci, “os anormais nada 
mais são do que construções sociais naturalizadas, as quais derivam de relações de poder que atribuem a eles 
uma posição de inferioridade e submissão na ordem social. Nossos corpos socializados trazem o passado ao 
presente e contribuem para a manutenção das categorias sociais e da hierarquia imposta pelo padrão de 
normalidade burguês. Assim, a desigualdade de poder chega aos indivíduos nos seus próprios corpos e no uso 
destes, dos prazeres e capacidades reprodutivas”. “Mas eu também sei ser careta De perto ninguém é normal Às 
vezes segue em linha reta A vida, que é meu bem, meu mal” Caetano Veloso, em “Vaca Profana”. 3. Consciência 
coletiva. Em seu livro “Da divião do trabalho social”, Durkheim definiu consciência coletiva como “o conjunto de 
crenças e de sentimentos comuns entre os membros de uma mesma sociedade, forma um sistema determinado 
que tem sua vida própria; podemos chamá-la de consciência coletiva ou comum. Sem dúvida, ela não tem como 
substrato um órgão único; é, por definição, difusa, ocupando toda a extensão da sociedade; mas nem por isso 
deixa de ter características específicas, que a tornam uma realidade distinta. Com efeito, ela é independente das 
condições particulares em que se situam os indivíduos. Estes passam, ela fica. É a mesma no Norte e no Sul, nas 
grandes e nas pequenas cidades, nas diferentes profissões. Por outro lado, não muda em cada geração, mas ao 
contrário liga as gerações que se sucedem. Portanto, não se confunde com as consciências particulares, embora 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
006 
Assunto: 
A Contribuição de Max Weber 
Folha: 
2 de 4 
Data: 
29/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-006/WLAJ/DP 
se realize apenas nos indivíduos. É o tipo psíquico da sociedade, tipo que tem suas propriedades, condições de 
existência, seu modo de desenvolvimento, exatamente como os tipos individuais, embora de outra maneira.” A 
consciência coletiva pode ser verificada em fenômenos coletivos típicos, expressos através de uma forma de 
consciência que contrapõe indivíduo/sociedade. As torcidas organizadas e os grandes festivais de música, por 
exemplo, representam fenômenos coletivos típicos, expressos através de uma forma de consciência que 
contrapõe indivíduo/sociedade. 
Aplicação Prática Teórica 
Questão discursiva: Leia o caso concreto e responda as questões propostas: Jovens roubam e agridem doméstica 
e afirmam que a confundiram com prostituta RIO - A empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho Pinto, de 32 
anos, teve a bolsa roubada e foi espancada por cinco jovens moradores de condomínios de classe média da Barra 
da Tijuca, na madrugada de sábado. Os golpes foram todos direcionados à sua cabeça. Presos por policiais da 
16ª. DP (Barra), três dos rapazes — o estudante de administração Felippe de Macedo Nery Neto, de 20 anos, o 
técnico de informática Leonardo Andrade, de 19, e o estudante de gastronomia Júlio Junqueira, de 21 — 
confessaram o crime e serão levados para a Polinter. Como justificativa para o que fizeram, alegaram ter 
confundido a vítima com uma prostituta. (Publicada em 24/06/2007 às em O Globo On Line). 1 - Utilizando como 
base de análise a perspectiva teórica de Durkheim e as discussões em sala de aula, como podemos interpretar o 
comportamento individual e em grupo dos jovens mostrados abaixo? 2 – A partir da perspectiva sociológica de 
Durkheim, como pode ser analisado o ato cometido por estes jovens? Nessa perspectiva, a transgressão da 
juventude pode ser considerada um dado natural? Questão de múltipla escolha: Segundo Durkheim, em Educação 
e Sociedade, “todo o sistema de representação que mantém em nós a idéia e sentimento da lei, da disciplina 
interna ou externa, é instituído pela sociedade.” Conforme a teoria desse autor assinale a alternativa correta. A) 
Apesar de sua natureza social, o fim da educação é individual. B) A educação não possui natureza social, 
antagonizando indivíduo e sociedade. C)A educação tem por objetivo suscitar o individualismo a fim de conservar 
a ordem. D) Cabe à educação constituir no homem a capacidade de vida moral e social. E) A educação visa 
inculcar nas classes populares a ideologia da classe dominante. 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
6ª AULA – A Contribuição de Max Weber 
Max Weber (Poder X Dominação X Obediência): 
 
 Poder: Probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, ainda que sob resistência. 
 Dominação – Probabilidade de encontrar obediência a uma ordem entre pessoas específicas. 
 Obediência: Relação entre Dominadores e Dominados. 
 
Por que se Obedece? 
 
-Interesses, Razão (Reconhecimento da Legitimidade Ordem). 
-Reconhecimento formal da necessidade da Ordem (Legitimidade) independente da opnião própria sobre o valor 
da Ordem. 
 
“Nenhum domínio se contenta com a obediência que não passa de submissão exterior pela razão, por 
oportunidade ou respeito; procura também despertar nos membros a Fé em sua Legitimidade, ou seja, 
transformar a disciplina em adesão à verdade que ele representa”. (Freund, 1980). 
 
***Weber foca na Racionalidade do Poder.*** 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
006 
Assunto: 
A Contribuição de Max Weber 
Folha: 
3 de 4 
Data: 
29/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-006/WLAJ/DP 
 
 
Tipos de Dominação (Weber): 
 
-Carismática. 
-Tradicional. 
-Legal. 
 
***Tipos que nunca, ou raramente se encontram em estado puro.*** 
 
-Dominação Carismática: 
 
-Legitimada pela fé nas qualidades “Sobrenaturais” e de liderança do chefe/líder. 
-Entrega total a pessoa do chefe, que se acredita predestinado a uma missão. 
-Confiança cega e fanática, desprovida de controle líquido. 
-Fundamento emocional e não racional. 
-Não reconhece instituições, regulamentos, precedentes ou costumes. 
-Poder instável, arbitrado e pode tomar a forma de poderio revolucionário. 
-Problema: Sucessão (tende a voltar ao regime tradicional ou legal). 
 
-Dominação Tradicional: 
 
-Legitimada pela crença “Santa” na tradição. 
-Conformismo, reconhecimento antigo, habitual. 
-O líder reina a título pessoal, orienta-se segundo regras habituais de equidade e justiça, ou oportunidade 
pessoal. 
-Não é exercida com a preocupação de eficiência. Não há a busca pelos meios mais eficientes para atingir os 
fins visados. 
 
-Dominação Legal (Racional – Burocracia): 
 
***A principal para Max Weber.*** 
 
-Fé na validade dos Regulamentos/Leis estabelecidas racionalmente. 
-Todas as decisões, decretos e ordens de serviços são escritos. 
-Legitimidade dos chefes designados por sua competência funcional. 
-Formação especializada. 
-Organização racional e legal das funções (Burocracia: mais típica forma de Domínio Legal). 
-Hierarquia racional. 
-Fundamento racional e não emocional. 
 
OBS: Ao contrário das outras formas, a Dominação Legal não permite que interesses pessoais e subjetivos, assim 
como as emoções interfiram nas decisões, favorecendo grupos ou indivíduos. 
 
 
==XXX== 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
006 
Assunto: 
A Contribuição de Max Weber 
Folha: 
4 de 4 
Data: 
29/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-006/WLAJ/DP

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