Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2- Princípios do Direito Administrativo 1 2- Princípios do Direito Administrativo Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 1. A QUEM SE DESTINA? 1. Administração Pública Direta. 3. Atividades administrativas dos demais poderes: i. legislativo; e ii. judiciário. 3. Administração Pública Indireta: i. autarquias; ii. fundações; iii. empresas públicas; e iv. sociedades de economia mista. 2. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS. 📢 Não há unanimidade entre os doutrinadores quanto ao rol. 2.1 Da Indisponibilidade do Interesse Público. A Administração deve sempre velar pelos interesses da coletividade. O poder para dispor, alienar, renunciar ou transacionar SEMPRE irá depender de lei. 2- Princípios do Direito Administrativo 2 2.2 Da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado. Em um conflito de interesses, o público deverá prevalecer. Deve-se sempre prezar pelo bem-estar social e a concretização da justiça social, dentro dos limites legais, pois a atuação do Estado não é absoluta. O Interesse Público, de acordo com a doutrina, pode ser: i. Interesse Público Primário. O da sociedade no geral, almejando o bem comum. ii. Interesse Público Secundário. É o da Adm. Pública, como ente estatal, objetivando o alcance das metas do governo. 2.3 Da Razoabilidade e da Proporcionalidade. Uma parte dos doutrinadores acreditam que esses princípios são o mesmo. Entretanto, o exame da OAB trata esses princípios como diferentes. 2- Princípios do Direito Administrativo 3 2.4 Da Presunção da Legitimidade. Pressuposto: que a atuação do Estado visa sempre a proteção da coletividade. Por isso, pensa-se que observou todas as orientações normativas pertinentes. É uma presunção relativa. 2.5 Da Motivação. Exige-se que o administrador sempre coloque de forma clara e precisa os motivos que levaram a tomar alguma medida, garantindo a regularidade, a probidade e a legalidade. Doutrina: acredita ser necessária em todo e qualquer ato administrativo. Vantagem: assegura o direito ao contraditório e à ampla defesa, ofertando segurança jurídica a todos que puderem ser atingidos por atos da Adm Pública. 2.6 Da Continuidade dos Serviços Públicos. Os serviços públicos prestados pela Administração deve ocorrer de forma ininterrupta, tendo em vista que são funções essenciais à sociedade, suprindo as necessidades. 2.7 Da Autotutela. A Administração Pública tem o poder-dever de reanalisar os seus atos, a fim de corrigir quaisquer irregularidades. Súmula 473 do STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. É independente de recurso ao Poder Judiciário. Art. 21 da LINDB. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. 2.8 Da Especialidade. As entidades públicas estarão sempre vinculadas a suas finalidades que motivaram sua criação. 2- Princípios do Direito Administrativo 4 2.9 Da Segurança Jurídica. Assegura uma forma de perpetuidade nas relações estabelecidas no âmbito administrativo. Tal princípio advém da necessidade de ter estabilidade nas situações, devido às mudanças interpretativas que o direito traz. 3. PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS. 3.1 Da Legalidade. Primeiro, é importante retornar a tais conceitos: Legalidade ao Particular: pode tudo que a lei não proíbe. Legalidade Pública: fazer apenas o que a lei autoriza. Dessa forma, obsta que a Adm. Pública atue com mera liberalidade, atuando dentro do que a lei determina ou permite. Consequência disso é a proteção da coletividade contra os abusos que possam ser praticados e garante uma segurança jurídica. 3.2 Da Impessoalidade. 1. O interesse é público, nunca poderá ser pessoal. 2. Não pode se utilizar para autopromoção sobre a realização adm. 3. O ato parte do órgão ou entidade estatal, não do agente que levou à prática. 4. Dever de tratamento isonômico. Súmula Vinculante 13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 3.3 Da Moralidade. 2- Princípios do Direito Administrativo 5 Objetivo: norteia a atuação dos agentes públicos para a realização das finalidades estabelecidas, bem como do atendimento à sociedade (CAMMAROSANO). Ligado aos princípios da boa-fé, lealdade, razoabilidade e proporcionalidade. É a ordem moral. 3.4 Da Publicidade. Art. 5º, LX, XIV, XXXIII e LXXII da CF. Dever de transparência na gestão, o que assegura a legalidade e a moralidade dos atos administrativos. Possibilita o controle da atuação da Administração Pública, por parte dos administrados. Além disso, tem-se os julgamentos no Judiciário, em que a lei por vezes limita às partes e seus advogados o acesso. Contudo, somente ocorrerá se for extramamente necessário (defesa da intimidade), desde que não prejudique o direito à informação, ou se exigido pelo interesse público. 3.5 Da Eficiência. Inserido por meio da EC n. 19 de 1988. 1. Economia no uso de recursos públicos. 2. Capacidade para se alcançar os resultados almejados, gastando o mínimo possível dos recursos disponíveis (humanos ou financeiros). 3. Diminuição da burocracia, atentando-se às mudanças na gestão, objetivando um melhor serviço à população. REFERÊNCIAS DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 23. Ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 29.
Compartilhar