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Código Ur Nammu

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Ur-Nammu 
 
Ur-Nammu foi o fundador da terceira dinastia de Ur 2112-2095 a.C. Segundo 
suas próprias palavras, ele obteve este título do governante local chamado 
Utuhengal de Uruk. Utu-khegal (possivelmente seu irmão) escolheu Ur-Nammu 
como governador de Ur, rebelando-se contra e subseqüentemente derrotando 
Utu-khegal, bem como o rei Nammahani de Lagash. Entretanto, como monarca 
Ur-Nammu mostrou-se excelente administrador, construtor de templos e de 
infraestrutura para a Suméria, tendo estabelecido a última importante Dinastia 
Suméria, chamada de Terceira Dinastia de Ur, ou Ur III. Ur-Nammu também 
foi um talentoso líder militar e um magistral administrador. Ele também 
promulgou o primeiro código de leis na história da humanidade. Ur-Nammu 
criou um eficiente sistema administrativo, no qual as cidades eram governadas 
por governadores provinciais, ensis, escolhidos pelo rei. Ur-Nammu pode ter 
expandido seu controle pelas regiões fronteiriças, pois ele "endireitou as estadas 
das terras baixas às terras altas". Cedo, em seu reinado, ele estabeleceu um 
registro de navios que comerciavam com Magan para assegurar a segurança 
destes de assaltantes dos pântanos do sul. Ur-Nammu morreu em batalha com 
os gucianos, que infelizmente continuaram a infernizar a Suméria durante toda 
Ur III. Morte em batalha não era comum para um rei piedoso. Um hino 
descreve o retorno do corpo de Ur-Nammu a Ur para um grandioso funeral e dá 
detalhes da visão suméria do Submundo ou Mansão dos Mortos. 
 
 
http://3.bp.blogspot.com/_on3QyD3oTCU/S7deGP4tp3I/AAAAAAAAAAs/Ii08g3egQvw/s1600/GenUr-Nammu2044-2007.jpg
O Código de Ur-Nammu (cerca de 2040 a.C.), surgido na Suméria, descreve 
costumes antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias 
para delitos diversos ao invés de penas talianas. Considerado um dos mais 
antigos de que se tem notícias, no que diz respeito a lei, foi encontrado nas 
ruinas de templos da época do rei Ur-Nammu, na região da Mesopotâmia (onde 
fica o Iraque atualmente). 
 
O Código de Ur-Nammu (...) foi descoberto somente em 1952, pelo assiriólogo e 
professor da Universidade da Pensilvânia, Samuel Noah Kromer. É possível 
identificar em seu conteúdo dispositivos diversos que adotavam o princípio da 
reparabilidade dos atualmente chamados danos morais. Existia um sistema 
judiciário, onde os juízes, em geral eram os membros mais velhos da 
comunidade. Havia leis e contratos escritos nos tribunais, negócios e até nos 
casamentos. No casamento o contrato estipulava cláusulas, onde constavam os 
deveres e multas, em caso de divórcio. 
 Prólogo do “Código de Ur-Nammu”: 
 
“Depois que An e Enlil deram o reino de Ur para Nanna, nesse tempo fizeram 
Ur-Nammu, nascido de Ninsun, mãe adorada, que o criou de acordo com os 
princípios da verdade e da igualdade. Depois os deuses fizeram de Ur-Nammu 
um guerreiro poderoso, rei de Ur, da Suméria e de Akkad. Seguindo a 
verdadeira palavra de Utu, estabeleceu a justiça em suas terras. Baniu a calúnia, 
a violência, a fome. Aumentou as riquezas dos templos. Criou a medida sila. 
Criou o peso de uma mina. Os órfãos não mais eram entregues aos poderosos. 
As viúvas não mais estavam à mercê dos poderosos. O rico não mais dominava o 
pobre.” 
 Algumas leis: 
 
1. Se um homem matar outro homem deverá ser morto. 
 
2. Se um homem for culpado de roubo deverá ser morto. 
 
3. Se um homem for culpado de seqüestro deverá ser preso e condenado a pagar 
15 shekels de prata. 
 
4. Se um escravo se casar com uma escrava, e esta cativa for posta em liberdade, 
então nenhum dos dois poderá deixar o cativeiro. 
 
5. Se um escravo se casar com um indivíduo livre, deverá entregar o primeiro 
filho da união para o seu dono. 
 
6. Se um homem deflorar a esposa virgem de outro homem ele deverá ser 
morto. 
 
7. Se uma mulher casada dormir com outro homem ela deverá ser espancada até 
a morte. Mas o homem será posto em liberdade. 
 
8. Se um homem violentar a escrava virgem e outro homem deverá pagar 5 
shekels de prata. 
 
9. Se um homem se divorcia da primeira esposa deverá pagar para ela uma mina 
de prata. 
 
10. Se um homem se divorcia de uma mulher que já tenha sido casada deverá 
pagar a ela meia mina de prata. 
 
11. Se um homem tiver intercurso sexual com uma viúva sem com ela ter 
redigido contrato, então não precisará pagar nada. 
 
12. Se um homem for acusado de feitiçaria, mas contra ele não houver provas 
então esse homem deverá passar pelo “Julgamento Divino”. Se ele for inocente, 
deverá receber 3 shekels de prata daquele que o acusou. 
 
13. Se uma mulher for acusada de infidelidade deverá passar pelo “Julgamento 
divino”. Se for inocente, seu acusador deverá lhe pagar a terça parte de uma 
mina de prata. 
 
14. Se um homem ficar noiva de uma mulher, mas esta for dada a outro homem, 
então o antigo noivo deverá receber três vezes o valor pago pela moça. 
 
15. Se um homem devolver o escravo fugido a outro homem deverá receber 2 
shekels de prata. 
 
16. Se um homem furar o olho de outro homem deverá pagar meia mina de 
prata. 
 
17. Se um homem amputar o pé de outro homem deverá pagar 10 shekels de 
prata.

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