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Metástases É o resultado final de processos que envolvem: ♥ a propagação de células tumorais de neoplasias primárias a órgãos distantes ♥ sua adaptação a microambientes distintos e ♥ manutenção do crescimento tumoral nesses novos órgãos. Cada um desses eventos é impulsionado pela aquisição de alterações genéticas e epigenéticas nas células tumorais e pela interação dessas com as células do estroma adjacente. ♥ Cascata de invasão e metástase As células 1- Perdem a adesão célula-célula 2- Invadem localmente a matriz extracelular 3- Migram ativamente para o estroma 4- Invadem a membrana basal 5- Intravasam o endotélio 6- Sobrevivem ao rigoroso ambiente da circulação 7- Extravasam pelo endotélio vascular 8- Sobrevivem no parênquima do órgão-alvo 9- Reiniciam seus programas proliferativos nos sítios metastáticos e geram crescimento Células tumorais => propriedades migratórias e invasivas => deixa o tumor primário => invade o tecido adjacente => migram para os vasos sanguíneos ♥ Invasão Epitélio normal= barreira para a invasão Invasão local: entrada das células tumorais no estroma e no parênquima Para invadir o estroma: as células tumorais alteram a interação célula-célula e violam a membrana basal A perda funcional da E-caderina está associada ao desenvolvimento de diversas neoplasias. As células passam a expressar N-caderina que potencializa as interações com fibroblastos e células endoteliais. Invasão por agregados celulares (invasão coletiva)- células unidas formam uma unidade assimétrica no front de migração e arrastam as demais células pela força motriz Invasão por célula única (individual)- invasão mesenquimal e ameboide ♥ Transição Epitélio-mesênquima Se dá entre um fenótipo menos migratório, epitelial, para um mais migratório, fibroblástico Envolve a dissolução das junções aderentes e perda de polaridade celular Perda funcional da E-caderina Aquisição de fatores de motilidade e dispersão que interagem com receptores específicos Modificação da matriz extracelular é mediada por integrinas e metaloproteinases que afrouxam o tecido para a passagem das células metastáticas As células tumorais estimulam a formação de um estroma inflamado e este retribui reforçando o fenótipo maligno das células neoplásicas ♥ Intravasão Entrada de células tumorais na luz dos vasos sanguíneos ou linfáticos Pode ser facilitada por alterações moleculares, por exemplo VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) As células tumorais estimulam a formação de novos vasos sanguíneos por meio da angiogênese A neovascularização é tortuosa, com tendência para vazamento e em estado de contínua reconfiguração Células tumorais circulantes precisam sobreviver às tensões como privação da adesão dependente de integrinas Anoikis: morte por ausência de ancoragem Células tumorais circulantes devem sobreviver aos danos do shear stress e pelas interações com o sistema imune Como elas sobrevivem? Pela formação de êmbolos relativamente grandes em interações com as plaquetas do sangue ♥ Extravasão Os tumores primários secretam fatores que perturbam os microambientes teciduais e induzem um aumento da permeabilidade vascular mesmo antes da chegadas das células tumorais circulantes Estabelecimento de um nicho pré-metastático ♥ Estados de dormência Células tumorais circulantes: na corrente sanguíneos Células tumorais disseminadas: se estabelecem em órgãos secundários Entre o período de infiltração e colonização ocorre o tempo de latência metastática No microambiente do órgão, a célula tumoral pode ser morta ou invadida Estratégias para sobrevivência: dormência- estado de quiescência em G0, que ocorre pela integração de fatores estressores e mitógenos Dormência imune: o sistema imune não consegue eliminar o câncer, mas evita que ele progrida. Termina quando uma pressão seletiva é exercida para células menos imunogênicas, que deixam de expressar o MHC 1 e outras moléculas de reconhecimento, não sendo mais detectadas pelo sistema imune. Dormência de massa tumoral: o tumor não cresce por falta de microvascularização. O mecanismo que faz ultrapassar esse estado é o gatilho angiogênico. Focos de metástase Principais sítios de metástase do câncer de próstata: linfonodos, ossos, pulmão, fígado e glândula suprarrenal As lesões assumem a forma de múltiplos pequenos nódulos ♥ Teoria semente solo As lesões metastáticas ocorrem preferencialmente em determinados órgãos As células tumorais precisam de órgãos que ofereçam as condições necessárias para sua sobrevivência e proliferação As metástases também dependem da estrutura anatômica vascular, do fluxo sanguíneo e da drenagem linfática Antes da célula tumoral sair para formar lesões secundárias, o microambiente do tecido alvo já está se preparando para receber a célula tumoral A seleção do local da metástase ocorre pelo aumento da expressão de fibronectinanos órgãos-alvo mediada pelas células do estroma sob controle do tumor primário As células progenitoras hematopoiéticas expressam o receptor de VEGF e migram nesses órgãos induzidas por sinalização quimiotática, aderem a fibronectina por meio de ligações por VLA-4. Isso aumenta a expressão de metaloproteinases que degradam a membrana basal e alteram o microambiente em favor da colonização deste por outras células. O nicho pré-metastático é formado e tem seu número de fibroblastos aumentado, apresentação de citocinas e recebe as células migratórias O microambiente secundário compartilha características do microambiente primário Nicho pré-metastático 1- Secreção de fatores de crescimento pelo tumor pimário 2- Fatores de crescimento do tumor primário promovem a secreção de citocinas inflamatórias em nichos pré- metastáticos 3- Recrutamento de células hematopoiéticas da medula óssea 4- Células hematopoiéticas modificam o nicho pré-metastático 5- Chegada dos tumores circulante
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