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Aços Especiais - Corrosão aços inox

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Prof. Luiz Cláudio Cândido
AÇOS ESPECIAIS – I
(MET 307)
candido@em.ufop.br
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 
Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais 
Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
Universidade Federal de Ouro Preto
Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais
Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 
Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais 
Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(CORROSÃO EM AÇOS INOXIDÁVEIS)
• Introdução 
• Tendência à corrosão – Aspectos termodinâmicos e eletroquímicos 
• Caracterização do sistema corrosivo
• Camada passiva - formação e ruptura
• Mecanismos de oxidação de metais
• Corrosão geral ou uniforme
• Corrosão por pites e em frestas
• Corrosão intergranular
• Corrosão galvânica
• Corrosão sob tensão
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(CORROSÃO EM AÇOS INOXIDÁVEIS)
• O objetivo é dar subsídios a uma correta seleção entre os vários tipos de aços, no sentido
de adequação às características exigidas.
• Por exemplo, um aço inox. mal especificado terá um desempenho pior do que o de outro
metal ou liga menos nobre, mas de melhor afinidade com o meio corrosivo.
1 - Resistência à corrosão
É a razão fundamental para a especificação do aço inoxidável. O nível de
resistência necessário, frente à corrosividade do ambiente, deve ser conhecido. Se
a corrosão não é um problema, pode haver pouca necessidade de se usar inox.
2 - Propriedades Mecânicas
Em particular, ênfase deve ser dada ao limite de resistência. Junto à resistência à
corrosão, este segundo parâmetro define a liga específica para uma dada
aplicação.
• A escolha de um tipo de aço inoxidável, para atender a uma aplicação
específica, deve ser criteriosa e deve obedecer aos seguintes parâmetros, em
ordem de importância:
4 - Relação custo - benefício
É a análise do valor global do aço inox, onde se deve incluir o preço inicial, o
custo agregado e a expectativa de vida efetiva para o produto acabado.
5 - Disponibilidade do Produto
Refere-se a condições de fabricação do produto, operações de adequação ao uso,
centros de serviços e depósitos disponíveis, assistência técnica, etc. A definição
do fornecedor é a consideração final na escolha do aço inoxidável mais
econômico e adequado.
3 - Operações de Fabricação
Refere-se a como o material será processado. Nesta fase deve ser incluída a
capacidade da liga em ser usinada, soldada, conformada, etc.
 Todos os metais e ligas são susceptíveis a apresentar corrosão em algum ambiente;
 Não existe um metal ou liga indicado para todas as aplicações. Pode-se citar o ouro por sua
excelente resistência à corrosão atmosférica, mas que sofrerá intensa corrosão em presença de
Mercúrio;
 Por outro lado, o Ferro é relativamente inerte à ação do Mercúrio, mas apresenta corrosão
atmosférica;
 Felizmente existem um ou mais materiais que tem um desempenho satisfatório para um dado
ambiente corrosivo;
 Os aços inoxidáveis, desta forma, podem ser considerados versáteis, na medida que são
resistentes à corrosão, em uma larga variedade de ambientes.
 A seleção de um material com resistência à corrosão inadequada pode ser um
erro de alto custo.
Prejuízos diretos e indiretos:
• Substituição do equipamento corroído;
• Super dimensionamento para suportar a corrosão;
• Interrupção do processo produtivo devido à falha por corrosão;
• Perda do produto, por exemplo, devido a vazamentos;
• Contaminação de produtos e do ambiente;
• Perda da eficiência de processo, por exemplo, em trocadores de calor.
 Alguns destes custos podem ser muitas vezes superiores ao do material que teria
o desempenho adequado, e devem ser considerados, quando da seleção de
materiais.
Por sistema corrosivo entende-se:
• Material Metálico:
- Tipo de aço: Austenítico, Ferrítico, Martensítico, etc.
- Estrutura: fases, tamanho de grão, precipitação, etc.
- Acabamento superficial: rugosidade por face.
- Nível de tensões: tração, compressão, múltiplas, etc.
• Meio Corrosivo:
- Composição química, variações de teores e contaminações;
- Teor de oxigênio, inibidores de corrosão (efeitos combinados);
- Sólidos suspensos;
- Variações de fluxo (contínuo/turbulento), etc.
- Condições Operacionais:
- Temperatura e suas oscilações;
- Pressão de processo e variações;
- Regime de trabalho (intermitente ou contínuo);
- Freqüência de limpeza e drenagens, etc.
Camada Passiva 
Formação e Ruptura
O Papel do Cromo na Corrosão Atmosférica
Principais elementos de liga:
Carbono, Níquel, Molibdênio, Titânio, Nióbio, Alumínio, Cobre, Silício, Nitrogênio, Enxofre.
10° 10¹ 10² 10³ 104
Taxa de Corrosão
[Oxidação]
10° 10¹ 10² 10³ 104
Taxa de Corrosão
[Oxidação]
Transpassividade
Passividade
Atividade
log i
P
o
te
n
c
ia
l e
le
tr
o
q
u
ím
ic
o
, 
E
 (
m
V
, 
E
C
S
)
i
c
Epp
10 10º 10¹ 10² 10³ 10-1
4
ip
Et
Aumentando [H+]
Aumentando temperatura
log i
P
o
te
n
c
ia
l e
le
tr
o
q
u
ím
ic
o
, 
E
 (
m
V
, 
E
C
S
)
Metal
Metal
+
H
+
Eletrólito
H
M
H
H
H++
M
H
H
M
H
++ H
M
H
M
M
H+
H+
H+
+
+
+
M
H
M
H
M
M
+
H
H
H
H
H
+ H
1
2
3 4
MetalEletrólitoMetalEletrólito
Eletrólito
Metal
M
M
M
H
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
H
H
Filme Passivo Eletrólito
H
M
H
Cl-
Água
Adsorvida
Anion ou 
Cloreto Adsorvido
Complexo 
Metálico
M
M
M
M
M
M
M
M
M
Cl
-
M Cl
+
M
M
M
EletrólitoMetal
2 4 6 8
pH
-2,5
-3,5
-4,5
-5,5
-6,5
0
pHd
• O filme passivo (aproximadamente 30 Ǻ nos aços inoxidáveis) é rico nos
elementos mais oxidáveis (cromo);
• É hidratado e heterogêneo (a parte mais externa é mais hidratada e a mais
interna mais próxima a um óxido);
• A espessura e a composição dependem muito da história metalúrgica da
superfície. Normalmente, o filme, evolui com o tempo;
• O filme passivo, nas ligas Fe-Cr, é um oxi-hidróxido hidratado de ferro e cromo;
• Maior a quantidade de cromo no filme, maior a proteção da liga contra a corrosão;
• O filme interno é rico em cromo e próximo a um óxido;
• O filme externo é rico em ferro e próximo a um hidróxido.
• O ácido nítrico e outros ácidos oxidantes (como por exemplo o ácido fosfórico)
tendem a passivar e não a corroer o aço inoxidável;
• Por esse motivo são utilizados em tratamentos de “passivação”.
Oxidação de aços inoxidáveis
Aços Inoxidáveis Ferríticos 
para Sistema de Exaustão de Automóveis
– Oxidação de ligas Fe-Cr;
– Efeito de outros elementos na liga;
– Aplicação em sistema de exaustão de automóveis.
Formação de óxidos
oxidação seletiva
Cr < 10%
FeO
Liga Fe Cr
Cr2O3
FeCr2O4
Fe2O3
Fe3O4
Cr > 15%
Liga Fe Cr
Cr2O3
Fe2O3
Fe3O4
Aplicação de Aços Inoxidáveis para Sistema 
de Exaustão de Automóveis
Catalisador
Coletor
T>750°C T<750°C
Tubo
primário
Flexível
Abafador
Silencioso
Tubo
Saída
Aços inoxidáveis utilizados no sistema de exaustão
AISI Cr Ni Mo Ti Nb
Aços inoxidáveis Ferríticos
409 11,5 - - Ti% + Nb% = 0,2
441 17,8 - - Ti% + Nb% = 0,7
439 17,0 - - Ti% + Nb% = 0,4
434 17,0 - 1,25 - -
436 17,5 - 1,25 Ti% + Nb% = 0,4
Aços inoxidáveis Austeníticos
321 17,5 9,2 - 0,3 -
304 18,2 8,7 - -
Aços inoxidáveis ferríticos estabilizados
Vantagens:
- estrutura ferrítica em todas temperaturas 
- ausência de variação de volume do metal
- estabilidade mecânica da camada de óxido
- maior velocidade de difusão do Cr, Si
- formação rápida da camada protetora
- baixo coeficiente de expansão térmica
- maior resistência aos ciclos de variação de temperaturas
-maior resistência à fluência (adição de Nb )
Dificuldades:
- Ti tem uma forte afinidade pelo oxigênio
- oxidação interna
- teor controlado
- propriedades mecânicas “fracas” em altas temperaturas
Oxidação contínua (950°C)
tempo (h)
4000 50 100 150 200 250 300 350
0
10
30
50
70
90
110
130
150
409
439
436-441
321
a
u
m
en
to
 d
e 
m
a
ss
a
 
g
/m
2
Oxidação cíclica a 950°C
(20 min a 950°C - 5 min resfriamento)
0
100
200
300
400
500
600
0 100 200 300 400
Tempo (h)
P
er
d
a
 d
e 
m
a
ss
a
 
g
/m
2
R20-12
304
321
441 - 444
436
Influência do ciclo térmico
coeficiente de expansão térmica  (40-900°C)
• Óxidos têm coeficientes de expansão térmica (CET) mais baixos que aços;
• CET dos aços inoxidáveis ferríticos estabilizados estão próximos do CET dos
óxidos.
=> baixas tensões térmicas, maior aderência do óxido, conduz a uma diminução de
ocorrência de fraturas nos aços ferríticos estabilizados
10-6 K-1SiO2
1 10 20Al2O3
Cr2O3
439
441 321
R20-12
409 304
Comportamento mecânico durante variações 
cíclicas de temperatura
tempo (min)
20
950
Aquecimento Encharque
destacamento
Resfriamento
Fraturas de 
óxido
oxidação
Conclusões
• Corrosão em alta temperatura tem um papel importante na seleção do material
(Numerosas aplicações);
• Termodinâmica nos informa da formação dos óxidos no equilíbrio
– óxidos que podem se formar (diagrama de Ellingham)
– permite dar algumas tendências;
• Crescimento da camada depende da difusão iônica:
– para uma camada de óxido protetora, a taxa de crescimento é controlada pela
difusão (lei parabólica)
– Cinética depende da concentração de defeitos
– a resistência à oxidação é melhor quanto maior a afinidade do metal com o
oxigênio;
• Ensaios de oxidação têm que ser adaptados às aplicações;
• Oxidação cíclica pode conduzir à fratura do óxido e esfoliação.
O uso do aço inox, principalmente dos ferríticos, tem levado a uma maior garantia
de vida útil dos componentes de sistemas de exaustão, tanto para parte quente,
quanto para a parte fria.
Características Principais:
- Corrosão a uma velocidade uniforme, em toda a sua superfície. O resultado
final seria a perda de espessura.
- Reação química ou eletroquímica que se processa sobre toda a superfície
exposta do material. Este se torna mais fino e, eventualmente, fratura.
Aços Inox - Corrosão Geral ou Uniforme
Características Principais:
Projeto: ensaios comparativos, ou tabelas de corrosão
(valores de perda de espessura / tempo de exposição)
Aços inox: formação de filme passivo em meios oxidantes.
Corrosão Geral ou Uniforme
Características Principais:
Filme passivo: resistente a processos de oxidação posteriores à sua formação e a
outras formas de ataque.
Espessura: Nível molecular; invisível. Protetor em ambientes
oxidantes, por exemplo, ao ar e em ácido nítrico.
Perda de passividade em ambientes redutores, como por exemplo,
ácido clorídrico.
Corrosão Geral ou Uniforme
Características Principais:
As adições de Ni e Mo também expandem a faixa passiva.
A corrosão geral é uma ruptura uniforme do filme passivo.
Referências:
- taxa de corrosão < 0,05mm/ano necessária para alimentos;
- taxa de corrosão de 0,5 mm/ano pode ser para aplicação industrial;
- taxa de corrosão > 1,3 mm/ano podem ser toleradas, e acima não são viáveis.
Corrosão Geral ou Uniforme
Medida da Taxa de Corrosão (Extrapolação de Tafel)
E (mV)
log i (A/cm2)
Ecorr
Curva Anódica
Curva Catódica
icorr
R(mm/ano) = 0,0033 . icorr . e   = K . icorr
K = 0,01346 AISI 304
K = 0,01397 AISI 316
Corrosão Geral ou Uniforme 
Corrosão por Pites
Corrosão por Pites
região
anódica
região 
catódicametal
Intensidades de Corrente: ia = ic = icorr
Densidades de Corrente Catódica dc = ic/Ac
Densidades de Corrente Anódica da = ia/Aa
Área anódica = Aa
Área catódica = Ac , Ac >>> Aa
Se ia = ic => da.Aa = dc.Ac ou da/dc = Ac / Aa ===> >>>1
Corrosão por Pites
Aços inox com MnS (sem Ti)a
Aços inox sem MnS (com Ti)b
% Cr nas 
ligas Fe-Cr
Ep
410
360
310
260
210
160
110
12 13 14 15 16 17
b
a
(mV, ECS)
Corrosão por Pites
Metal
Filme
passivo
Eletrólito
- Cl
M + Cl
- MCl
(adsorção)
(formação de um complexo)
(dissolução do filme passivo)
-
+
2
+3 -
Início da 
corrosão
por pites
Dissolução da liga base
Início da corrosão por pites junto à inclusão de MnS
Inclusão de MnS
Corrosão por 
pites
Corrosão por Pites
0
100
200
300
400
500
600
700
E1mV/ECS
409 430 439 434 436 441 304 316 444
409
430
439
434
436 441
304
316
444Potencial de Pite 0,02M NaCl pH = 6,6
Corrosão por Pites
Cl- (%)
PITES
SEM PITES
Corrosão em Frestas
Depósito
2O H O 2 Na
+ Cl
-
H O 2 Na
+
Cl
- O2
Na+ Cl
- O2 H O 2
H O 2 Cl
- Na
+
Cl-
O OO
H O 2
2 22
M +n
M
M
M+n
+n
+nH
H ClCl
--+
+
Ânodo Cátodo
M
Baixa concentração de O
Alta concentração de Cl, H e cátion metálico
Hidrólise:
Alta concentração de O
½ O + H O + 2M M
+n
+ n
M
+n
+ n H O2 M(OH) + n H
+
2 OH22
-
2 2- +
e -
e -
e -
e -
e - e -
n 
Aumento de [H ]
+
log i
E
Ep
Epp
i
c
Aumento de [Cl ]
-
Na fresta, o aumento de acidez e o aumento do teor de Cl-, levam a 2
possíveis mecanismos de quebra do filme passivo:
1) Corrosão ácida:
O pH diminui com o tempo e o filme passivo é quebrado quando o pH começa a
ser menor que o pH de depassivação.
2) Corrosão por pites em meio ácido:
O aumento na concentração de Cl- provoca uma permanente diminuição do
potencial de pite. Quando o potencial de pite começa a ser menor que o potencial
de corrosão, teremos a quebra do filme passivo.
pH de depassivação de vários aços inoxidáveis em soluções
ácidas que contém NaCl 2M.
3
2,5
2,0
1,5
pH
17Cr
17Cr-1Mo
18Cr-10Ni
18Cr-2Mo
18Cr-12Ni-2Mo
pHd
Aços inoxidáveis
430 pHd em NaCl 2M3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
439
434
304
444 316L
Uranus B6
Para prevenir a corrosão por frestas:
- Projeto adequado do equipamento.
- Limpeza periódica evitando depósitos e incrustações.
- Utilizar aços inoxidáveis com pH de depassivação e potencial de pite (em meios
ácidos que contém Cl-) adequados.
- Evitar frestas!
Critérios para escolha de aços inoxidáveis:
- Meios ácidos, sem Cl-, densidade de corrente crítica;
- Meios neutros, com Cl: potencial de pite;
- Meios ácidos, com Cl: pH de depassivação o potencial de pite;
- Meios ácidos, com elevada concentração de Cl-: densidade de corrente crítica e
potencial de pite.
Corrosão Intergranular • Iniciação:
 Precipitação de carbonetos de cromo
Sensitização em um aço: precipitação de carbonetos de cromo em contornos de grão. 
Mag = 1000X Mag = 3000X 
Corrosão Intergranular 
(precipitação de carbonetos e diminuição local do cromo)
Corrosão Intergranular 
Queda de cromo na área vizinha de contorno do grão para um aço austenítico:
a) imagem de microscopia eletrônica de transmissão (MET);
b) perfil de concentração do cromo e ferro.
Corrosão Intergranular 
Mecanismo:
Queda de cromo 
localizada
Corrosão no contorno do 
grão
Fratura intergranular
Precipitação de carbonetos ou nitretos
fratura 
intergranular
Corrosão e fratura intergranular
Corrosão Intergranular 
Corrosão intergranular 
em torno de solda
Zona termicamente
afetada
Corrosão Intergranular 
Aços Austeníticos Aços Ferríticos
Soluções
 Tratamentos térmicos
- recozimento pós têmpera
- recozimento após soldagem
(raramente utilizado)
• aços de baixo carbono: C < 0,03%
- (tipo 304L, 316L, etc.)
• aços estabilizados
- elementos estabilizantes: Ti, Nb, Zr
- ex. de aço estabilizado com Ti (tipo 321)
 Soluções impossíveis:
- recozimento pós têmpera
- aços de baixo carbono
• Soluções possíveis:
- recozimento após soldagem
- estabilização (Ti, Nb, Zr)
• Exemplo de aço estabilizado com Ti:
- mínima quantidade necessária:
Ti > 0,15% +4 (C + N)
Corrosão intergranular em torno de solda
Diversos tubossão 
soldados sobre um 
tubo principal. 
A corrosão parece uniforme ao 
lado da solda dos tubos. 
Não foi feito tratamento termico após soldagem. A 
solda é sensível à corrosão intergranular, devido a 
precipitação de carbonetos de cromo na zona afetada 
termicamente.
Corrosão Intergranular 
Serpentina
Trincas:
intergranulares 
e 
intragranulares.
Trincas
(ruptura)
Corrosão Galvânica
e-
e-
e-
e-
-
H+
H+
H
H
H2
H+
H2
Cl-
+
Zn2+
Zn2+
Zn
Pt
Reação anódica:
Zn Zn2+ + 2e-
Reação catódica:
2H+ + 2e- - H2
Potenciais de eletrodo (volts), 25°C, eletrodo normal de hidrogênio
Nobre
(Catódico)
Ativo 
(Anódico)
Série galvânica de alguns metais e ligas em água de mar
Nobre
(Catódico)
Ativo 
(Anódico)
- Na corrosão galvânica, a relação entre as áreas anódicas e catódicas é muito
importante;
- A pior situação consiste em uma área catódica grande e uma área anódica pequena;
- Para um determinado fluxo de elétrons entre as duas áreas, a densidade de corrente
será muito maior na área menor. E a densidade de corrente é diretamente
proporcional à taxa de corrosão.
- Uma área anódica pequena dará lugar a uma densidade de corrente anódica
elevada (e a uma alta taxa de corrosão no metal menos nobre);
- Por exemplo, entre uma chapa de aço carbono com rebites de Cu e outra de Cu
com rebites de aço carbono esta última é a pior situação, porque o material mais
ativo é o que apresenta menor área no par galvânico;
- Para que exista corrosão galvânica, além de um par galvânico entre metais
diferentes, é necessário que o meio ambiente seja um eletrólito;
- Um par galvânico em óleo, por exemplo, não apresentará corrosão galvânica, já
que o óleo não é um eletrólito.
- Mesmo existindo um eletrólito, um par galvânico pode não provocar corrosão
galvânica;
- Por exemplo, pares galvânicos entre aço inox e Al não apresentam problemas,
devido à facilidade de passivação tanto do aço inox quanto do Al no meio
ambiente (atmosfera).
Zn
Aço C
Revestimento com metal menos nobre. Revestimento com metal mais nobre.
Sn
Aço C
Prevenção
Quando em um projeto são utilizados metais ou ligas diferentes:
1- Escolher metais ou ligas o mais próximos possíveis na série galvânica;
2 - Evitar relações de áreas desfavoráveis (caso de área anódica pequena e área
catódica grande);
3 - Utilizar isolantes elétricos entre os metais ou ligas diferentes;
4 - Utilizar revestimentos ou pinturas. De preferência revestir o metal ou liga mais
nobre;
5 - Instalar em terceiro metal que seja anódico, em relação aos outros dois metais.
Aspecto macroscópico.
Aspecto micrográfico.
CORROSÃO SOB TENSÃO
(fraturante)
Exemplos de corrosão localizada em aços inox.
Corrosão Sob Tensão (Cloretos)
Corrosão por pites e sob tensão 
(cloretos e concentração de tensões)
Características:
Trincamento transgranular e ramificado em estrutura austenítica, transversal ao
cordão de solda e à direção da tensão de tração aplicada.
Corrosão Sob Tensão
Corrosão Sob Tensão
- Ocorre quando o material está submetido, simultaneamente, a um estado de tensões
e a um meio corrosivo específico;
- O trincamento que ocorre é, freqüentemente, transgranular, isto é, se desenvolve
rompendo todo o grão, sem uma preferência de propagação nos contornos de grão;
- Variáveis importantes: Temperatura, composições da solução e do material , tensão e
estrutura do metal. O trincamento se propaga geralmente na direção perpendicular à
tensão aplicada;
- A influência da tensão é relacionada ao tempo necessário para o trincamento ocorrer,
isto é, aumentando-se a tensão reduz-se este tempo.
As tensões presentes no processo corrosivo podem ser devidas a quaisquer fontes:
• Tensão aplicada durante operação do equipamento, tensões residuais de processos de
encruamento durante fabricação e tensões térmicas devidas a tratamentos térmicos 
necessários ou a processos de soldagem.
• Os produtos de corrosão são outra fonte de tensão residual, já que podem exercer ação
de cunha na região da trinca.
- A corrosão sob tensão fraturante nos aços inox ocorre comumente em ambientes com 
cloretos, e a presença de oxidantes tem grande influência na tendência ao trincamento.
Principais ambientes:
- Soluções de HCl, MgCl2 , BaCl2
- Soluções NaCl - H2O2 , água de mar
- H2S, soluções NaOH - H2S
- Vapores condensados de águas com cloretos
Corrosão Sob Tensão
- A corrosão sob tensão dos aços inox é dependente do teor de Níquel da liga e da
tensão de escoamento;
- Aços inoxidáveis com limite de escoamento baixo são relativamente imunes ao
trincamento causado por cloretos, quando o teor de Níquel não ultrapassa cerca de
1,0%, por exemplo nos aços 405 e 430;
- À medida que o teor de Níquel da liga cresce, aços inox de limite de escoamento baixo
tornam-se susceptíveis ao trincamento em soluções de cloretos à temperaturas
superiores a 60ºC, atingindo um máximo de susceptibilidade a cerca de 8,0% de Ni.
Exemplo disso é o comportamento do aço AISI 304;
- Incrementos maiores no teor de Níquel, até cerca de 30%, provocam um aumento
significativo na resistência ao trincamento.
Corrosão Sob Tensão
- Em resumo, os aços de baixo limite de escoamento são resistentes à CST por Cl-
quando não contêm Níquel ou quando o teor deste elemento é superior a 30%;
- Os aços inox de mais alta resistência mecânica, isto é, aços martensíticos e
endurecíveis por precipitação, diferem dos aços de baixa resistência pelo fato de
que podem sofrer trincamentos à temperatura ambiente e são, ainda, susceptíveis
mesmo quando não contêm nenhum Níquel;
- Em geral, os aços de mais alto limite de escoamento, dentre os aços inox de alta
resistência mecânica, serão mais susceptíveis à corrosão sob tensão fraturante;
- Esta é apenas uma regra e dados mais precisos devem ser obtidos de experiências e
tabelas específicas.
Corrosão Sob Tensão
A influência do principal agente - CLORETO - no processo de corrosão sob
tensão dos aços inox austeníticos pode ser resumida no gráfico apresentado abaixo:
Sem CST
Com CST
Corrosão Sob Tensão 
Os métodos de prevenção da corrosão sob tensão são de natureza geral ou
empíricos.
- Redução dos níveis de tensão através de recozimento, aumento da seção da peça ou
redução da carga aplicada;
- Eliminação de agentes críticos do ambiente, utilizando processos de desgaseificação,
desmineralização ou destilação;
- Aplicação de proteção catódica, tanto por corrente impressa, como através de ânodos
de sacrifício;
- Adição de inibidores, devendo ainda inibir a corrosão localizada e o ataque por pites.
Corrosão Sob Tensão
EXEMPLO DE FALHA EM SERVIÇO 
CORROSÃO EM SILENCIOSO TRAZEIRO – EMPRESA X, Modelo Y
N º peça data da venda data da reclamação km rodados
1................29/08/2001.......................30/01/2002................13.192
2................26/09/2001.......................08/01/2002................11.097
3................20/08/2001.......................16/01/2002................11.344
4................20/09/2001.......................18/01/2002................09.917
EXEMPLO DE FALHA EM SERVIÇO 
CORROSÃO EM SILENCIOSO TRAZEIRO - EMPRESA X 
Modelo Y Modelo Z
EXEMPLO DE FALHA EM SERVIÇO
- A causa básica da falha foi a fresta existente entre a tela e a parede interna de aço
AISI 409. Sua presença causa alteração no meio corrosivo, e acelera o processo de
corrosão, chamado corrosão em frestas e pode ocorrer, também, corrosão por pites.
- A rapidez do processo de perfuração é diretamente proporcional à quantidade de
condensado neste equipamento, e depende das condições de utilização do veículo.
- A presença da fresta e mesmo de baixos teores de cloreto no condensado
compromete a utilização de qualquer aço inoxidável, que também apresentará este
tipo de corrosão.
- Necessário a redução da quantidade de líquido internamente através do
reposicionamento do tubo de saída ou do giro do silencioso, colocando-sea parte
plana no fundo, próxima ao tubo de saída.
O aço inox AISI 409 é um produto adequado a esta aplicação, pelo menos durante a
vida útil necessária para a garantia do produto, ou seja, 1 ano.
CORROSÃO EM SILENCIOSO TRAZEIRO - EMPRESA X

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