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TOSSE Natasha Mayer Ferreira Nathalia Calil Mylius Módulo 126 - ATM 25 Conceito S U M Á R I O Fisiologia Classificação & Causas Anamnese e Investigação Clínica Mecanismo A tosse constitui um sintoma de inúmeras variedades de patologias, tanto pulmonares quanto extrapulmonares. Caracteriza-se por uma resposta reflexa a estímulos que irritam receptores localizados na laringe, na traqueia ou nos brônquios calibrosos, portanto, é um mecanismo de defesa com função de eliminar materiais inalados e retirar excesso de muco, pus e sangue. Classifica-se em 3 categorias: aguda, subaguda e crônica. Conceito eliminação das secreções das vias aéreas proteção contra aspiração de alimentos, secreções e corpos estranhos proteção contra arritmias potencialmente fatais quais são os benefícios da tosse? o que o ato de tossir e suas fases provocam? O ato de tossir está sob controle voluntário e involuntário, e consiste das fases inspiratória, compressiva e expiratória, seguindo-se a fase de relaxamento. na compressiva, há o fechamento da glote e a ativação do diafragma e dos músculos da parede torácica e abdominal na etapa expiratória, ocorre uma abertura súbita da glote no relaxamento, a musculatura retorna as pressões dos níveis basais maior a fase inspiratória, maior será a eficácia da tosse Mecanismo 1º: se o corpo percebe que o fluxo de ar esta bloqueado, envia uma mensagem para o cérebro (hipotálamo) 2º: o hipotálamo envia impulsos nervosos, principalmente, através do nervo vago, para todo sistema respiratório Mecanismo 4º: os músculos respiratórios, especialmente, os do diafragma, se contraem 3º: a glote (como uma válvula) é fechada, isto aumenta a pressão nas vias respiratórias superiores mecânico químico inflamatório mediadores taxininas (substância P) receptores de potencial transitório (TRPV1, TRPA1) Fisiologia estímulos receptores rápida adaptação fibras C fibras Aδ adaptação lenta nervo vago córtex centro da tosse tronco cerebral tosse fase inspiratória fase compressiva fase expiratória Classificação & Causas Aguda: inferior a três semanas Subaguda: varia entre três a oito semanas Crônica: superior a oito semanas Duração Seca Originada em áreas fora da árvore brônquica. Sinal precoce de doença pulmonar intersticial. Equivalente da asma. Tipos de Tosse Enfisematoso (pink puffer) fascie angustiada dispneia intensa uso de pontos de ancoragem (bico) hipoxemia aumento da capacidade pulmonar total aumento da complacência e volume residual Produtiva Quando existe produção de expectoração (muco), que pode aparecer após a evolução da tosse seca, ou em consequência de doenças infecciosas das vias respiratórias inferiores Bronquite Crônica (blue bloater) fascie pletórica dispneia discreta hipoxemia e Hipercapnia roncos e sibilos capacidade pulmonar total normal complacência normal edema e ICC Quintosa surge em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia. Sugestiva de coqueluche. Síncope A tosse, que após crise intensa, resulta na perda de consciência. Rouca É própria da laringite crônica, comum nos tabagistas. Reprimida É aquela que o paciente evita, em razão da dor torácica ou abdominal que ela provoca. Psicogênica Se apresentam em situações que implicam certa tensão emocional. Diagnóstico de exclusão. Bitonal Deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais (nervo laríngeo recorrente). Metálica áspera (tosse de cachorro), estreitamento da região da laringe. indica edema da laringe e dos tecidos circundantes Anamnese início tipo duração período evolução frequência agravantes atenuantes manifestações concomitantes término Investigação Clínica frequência intensidade tonalidade relação com decúbito período seca ou produtiva presença ou não de expectoração volume: “quanto o senhor acha que expectorou nas últimas 24h?” cor: expectoração branca, acinzentada, amarelada ou esverdeada. odor: odor fétido (ocorre no abscesso pulmonar, por exemplo) transparência: translúcida ou não consistência: expectoração viscosa e espessa ocorre na fibrose cística Expectoração É a expulsão (tosse) de secreções provenientes da traqueia, brônquios e pulmões. A presença de expectoração é importante para diferenciar as lesões alveolares (pneumonias bacterianas) das intersticiais (pneumonias virais). características semiológicas coloração Escarro seroso: contém agua, eletrólitos, proteínas e é pobre em células mucoide: embora contenha muita água, proteínas, eletrólitos, apresenta baixa celularidade hemoptóico: observam-se “raias de sangue” purulento: rico em piócitos e tem celularidade alta doenças edema pulmonar agudo aspecto seroso, rico em espuma asma rica em eosinófilos e, às vezes, encontra-se pequenas formações sólidas, brancas e arredondadas bronquíte crônica escarro muda de aspecto, passando de mucoide para mucopurulento (sinal de infecção) Consiste em sangue expelido pela tosse, das vias respiratórias inferiores brônquica: ruptura de vasos previamente sadios (carcinoma brônquico), ou de vasos anormais, dilatados, neoformados (bronquiectasias e tuberculose) alveolar: ruptura de capilares ou transudação de sangue, sem que haja solução de continuidade no endotélio. hemoptise volume de sangue eliminado circunstâncias do episódio atividade sinais/sintomas associados características semiológicas pode conter ou não restos alimentares, de odor ácido, e não é arejado hematêmese hemoptise epistaxe causadas por traumatismos, manipulações e espirros única ou fracionada proveniente do tórax ou do abdome origina-se de abscessos ou cistos que drenam para os brônquios. causas mais frequentes: abscesso pulmonar, enfisema, mediastinites supuradas e abscesso subfrênico. Eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza. vômica características semiológicas Semiologia médica I Celmo Celeno Porto; co-editor Arnaldo Lemos Porto. 8. ed.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Exame Clínico | Celmo Celeno Porto. 8. ed. - Guanabara Koogan. Bates, propedêutica médica / Lynn S. Bickley; Peter G. Szilagyi; tradução Tratado de Fisiologia Médica /John E. Hall. - 13.ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/X6G48YN9xtddvFdDmBc94hh/? lang=pt&format=pdf http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i3p172-176 Referências https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/X6G48YN9xtddvFdDmBc94hh/?lang=pt&format=pdf http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i3p172-176 obrigada pela atenção! continuem se cuidando e sigam usando máscara.
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