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Teoria da firma – Wikipédia a enciclopédia livre

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Teoria da firma
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Teoria da Firma, ou Teoria de Empresa, foi um conceito criado pelo economista britânico Ronald Coase,
em seu artigo The Nature of Firm, de 1937. Em administração e microeconomia, Firmas são organizações
que produzem e vendem bens e serviços, que contratam e utilizam fatores de produção, que podem ser
classificados em primárias ou secundárias.
Segundo essa teoria, as firmas trabalham com o lado da oferta de mercado, ou seja, com os produtos que vão
oferecer aos consumidores, como bens e serviços produzidos. As firmas são de extrema importância para os
mercados, pois reúnem o capital e o trabalho para realizar a produção e são as responsáveis por agregar valor
às matérias-primas utilizadas nesse processo, com uso de tecnologia.
As empresas produzem conforme a demanda do mercado e a oferta é ajustada por aqueles que estão dispostos
a consumir. A Teoria da Firma não tem como objetivo o interesse de definir a empresa do ponto de vista
jurídico ou contábil. A empresa é vista com uma unidade técnica de produção, propriedade de indivíduos ou
famílias que compram fatores de produção para produção de bens e serviços.
Em 2009, o economista Oliver Williamson ganhou o Prémio de Ciências Económicas por estudos sobre os
limites da firma.
Segundo a teoria microeconômica, a Teoria da Firma se subdivide em:
Teoria da Produção
Teoria dos Custos
Teoria dos Rendimentos
Índice
1 Teoria da Produção
1.1 Função de Produção
1.2 Fatores fixos e variáveis
1.3 Produtividade média e marginal
1.4 Rendimentos de Escala
2 Teoria dos Custos
2.1 Custo econômico
2.2 Custo total
2.3 Custo médio
2.4 Custo marginal
2.5 Minimização dos custos
3 Teoria dos Rendimentos
3.1 Receita total
3.2 Receita média
3.3 Receita marginal
3.4 Lucro
4 Taxa Marginal de Substituição Técnica e Elasticidade da Substituição
[1]
5 Referências Bibliográficas
Teoria da Produção
A Teoria da Produção abrange os conceitos de produção e produtividade. Em conjunto com as teorias dos
custos e dos rendimentos, ela permite a uma firma determinar qual a quantidade ideal a ser produzida.
Na teoria da produção no Estagio I o produto total cresce a taxas crescentes e descrescentes até o ponto onde
a produtividade marginal do fator variável iguala a produtividade média deste fator em seu máximo, no estágio
II o produto total cresce a taxas decrescentes até o seu máximo, sendo a produtividade marginal do fator
variável sempre decrescente até o ponto onde ela iguala-se a zero, no estágio III o produto total é decrescente
sendo a produtividade marginal do fator variável decrescente e negativa.
Função de Produção
A função de produção representa as possibilidades técnicas de produção eficiente - ou seja, sem desperdício -
de uma empresa. Essa função é dada por
,
onde é a quantidade produzida e é a quantidade utilizada do fator de produção i.
Fatores fixos e variáveis
Os fatores podem ser classificados em fixos e variáveis:
Fatores fixos: independem da quantidade produzida (ex.: aluguel do espaço utilizado)
Fatores variáveis: variam conforme o volume produzido (ex.: mão de obra utilizada, energia, matéria-
prima etc.)
É fácil notar que qualquer fator fixo, no longo prazo, também varia. O aluguel do espaço utilizado pode ser
constante por alguns meses, e sua variação anual pode até ser desconsiderada. Entretanto, não é correto
considerar que esse fator seja fixo em um prazo de dez anos. Portanto, a definição de fatores fixos e variáveis
está ligado ao conceito de curto e longo prazos.
Na Teoria da Firma, o curto prazo é definido como o espaço de tempo em que há pelo menos um fator
fixo envolvido na produção de uma firma.
Produtividade média e marginal
A produtividade média de um fator (PMe) é calculada como o quociente entre a quantidade produzida (q) e
a quantidade utilizada do fator em questão (x). Algebricamente:
A produtividade média de mede a quantidade de unidades produzidas que são devidas ao fator i.
A produtividade marginal de um fator (PMg) é calculada como o quociente entre a variação na quantidade
produzida (q) e a variação na quantidade utilizada do fator em questão (x). Alternativamente, podemos pensar
Formato típico das curvas da função
de produção, de produtividade média
e de produtividade marginal
Tipos de retornos de escala
na produtividade marginal de um fator i como sendo a derivada da função em relação a 
, ou seja:
A produtividade marginal de mede a quantidade de unidades produzidas (q) que se aumenta com o
acréscimo de uma unidade de .
A imagem ao lado mostra o formato normalmente apresentado pelas
funções de produção, de produtividade média e de produtividade
marginal no curto prazo. A sua característica parabólica é resultado
da aplicação da Lei dos rendimentos decrescentes. No longo prazo,
o formato dessas curvas dependerá do tipo de economia de escala da
firma, conforme veremos no item seguinte.
Rendimentos de Escala
O conceito de rendimentos de escala define a forma com que a
quantidade produzida aumenta conforme vão se agregando mais
fatores de produção. Os rendimentos (ou retornos) de escala podem
assumir três formas diferentes:
Retornos constantes de escala: ao se aumentar vezes os
fatores de produção, a quantidade produzida também aumenta 
 vezes. Em outras palavras, se , então 
;
Retornos crescentes de escala: quando multiplicamos os
fatores de produção por , a quantidade produzida aumenta
mais do que vezes, ou seja: se , então 
;
Retornos decrescentes de escala: ao multiplicarmos os
fatores de produção por , a quantidade produzida aumentará menos do que vezes. Em outras
palavras: dado , então .
As três funções apresentadas acima também podem ser interpretadas como funções homogêneas de grau 1,
maior do que 1 e menor do que 1, respectivamente.
Teoria dos Custos
A teoria dos custos aborda conceitos como Custo econômico, Custo total, Custo Marginal e Custo médio.
Naturalmente, o objetivo de uma firma é produzir a quantidade desejada com o mínimo de custos.
Custo econômico
Ao contrário do que se possa imaginar a princípio, o custo econômico não envolve apenas o valor despendido
para a aquisição de um bem ou serviço. Esse custo denomina-se custo contábil. O custo econômico é um
conceito mais abrangente, que pode ser definido da seguinte forma:
Ou seja, o custo econômico é igual à soma do custo contábil (também denominado explícito) e o custo de
oportunidade (também denominado implícito).
Custo total
O custo total (CT) de uma produção é dado pela soma dos produtos entre os preços de cada um dos fatores
de produção e a quantidade utilizada. Ele mede, naturalmente, o custo total em unidades monetárias para se
produzir q. Algebricamente:
Podemos, ainda, observar o custo total como sendo uma soma dos custos fixos e variáveis, isto é: 
.
Custo médio
O custo médio (CM) corresponde ao quociente entre o custo total e a quantidade produzida:
Custo marginal
De forma semelhante à explanação sobre produtividade média e marginal, dizemos que o custo marginal mostra
o quanto se aumenta no custo total da produção ao se produzir mais uma unidade. Podemos, ainda, dizer que o
custo marginal é igual à derivada parcial da função de custo total em relação à quantidade produzida.
Minimização dos custos
Como foi dito anteriormente, o objetivo de uma firma é, dado um nível de produção , minimizar os custos.
Mais especificamente, o objetivo da empresa é minimizar o custo médio (CMe) no longo prazo.
Seja um vetor de fatores de produção, ou seja: . Seja, ainda, um vetor de 
custos associados aos fatores de produção supramencionados, ou seja: . Uma empresa
estará minimizando seus custos se
Teoria dos Rendimentos
Em vez de focar uma minimização dos custos a um dado nível de produção, uma firma pode também procurar a
maximização de seus lucros. A verdade é que, ao se minimizar os custos, automaticamente estar-se-á
maximizando os lucros de uma empresa. A Teoria dos Rendimentos abrange conceitos como a Receita total, a
Receitamédia e a Receita marginal.
Receita total
A receita total de uma empresa (RT) é igual ao produto entre a quantidade produzida (q) e o seu preço de
venda (p) - lembre-se de não confundir os conceitos de preço de venda (p) e custo (w).
Receita média
A receita média (RMe) é o quociente entre a receita total e a quantidade produzida.
Como era de se imaginar, a receita média é dada pelo preço unitário de venda do produto.
Receita marginal
A receita marginal (RMg) é um conceito tão importante quanto o do Custo Marginal, como veremos adiante.
Ela mede o ganho na receita da empresa obtido pela produção de uma unidade a mais do bem/serviço a ser
comercializado. Algebricamente:
Lucro
O lucro de uma empresa é dado pela diferença entre receitas e despesas. Logo, o lucro total (LT ou ) de uma
firma é dado por:
Essa função será máxima quando sua derivada atingir um ponto de inflexão em q, ou seja:
Isso mostra que, para maximizar os lucros, a empresa precisa encontrar o ponto de cruzamento das retas de
custo e receita marginais. Em outras palavras, ela deve procurar o nível de produção tal que, ao se produzir 
 ou unidades, o custo marginal será maior do que a receita marginal, de forma que produzir 
 ou unidades se torna menos lucrativo do que produzir apenas .
Três formatos típicos da curva de
elasticidade da substituição
Taxa Marginal de Substituição Técnica e Elasticidade da
Substituição
A taxa marginal de substituição técnica (TMST) entre os fatores de produção i e j mede a quantidade de
unidades de i que se teria de aumentar ao se diminuir em uma unidade a produção de j, tudo isso sem alterar a
produção. Ela pode ser expressada, também, como sendo a reta tangente à isoquanta (ou seja, sua derivada).
É uma função monotônica e convexa.Algebricamente:
A elasticidade da substituição entre os mesmos fatores i e j mencionados anteriormente é dado por e mede
a facilidade com que se pode substituir esses bens. Esse valor varia entre zero e o infinito, sendo que, quanto
mais próximo de zero, mais difícil será a substituição entre os fatores.
Referências Bibliográficas
SOUZA, Nali de Jesus de. "Introdução à Economia", 2ª ed..
São Paulo: Atlas, 1997.
JEHLE, Geoffrey A. "Advanced Microeconomic Theory".
VARIAN, Hal R. "Microeconomic Analysis", 3ª ed.. Nova Iorque, EUA: Norton & Company, 1992.
1. ↑ The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2009
(http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2009/) (em inglês)
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Categorias: Microeconomia Teorias e modelos econômicos Teoria organizacional
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