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10 - Estudo Experimental 1 10 - Estudo Experimental Métodos epidemiológicos Estudo transversal → Observação direta e planejada, em uma única oportunidade, com estimativas de prevalência Estudo de coorte → Longitudinal/analítico; classificação, segundo o status de exposição; estimativas de incidência Estudo de caso-controle → Longitudinal/analítico; classificação segundo o status de desfecho (retrospectivos); Odds ratio (razão de chance). Estudos Experimentais Buscam responder questões sobre uma intervenção. Aplicação de uma intervenção pelo pesquisador para modificar o curso natural de um problema: Profiláticos ou terapêuticos Os indivíduos são acompanhados no tempo: modificações desejáveis e indesejáveis Podem ser controlados (randomizados ou não) e não controlados Unidade de análise: Indivíduo ou a comunidade Classificação dos métodos epidemiológicos Ensaio Clínico Randomizado 10 - Estudo Experimental 2 Estudo prospectivo, controlado e randomizado Permite medir a eficácia/efetividade de novas formas de intervenção bem como seus efeitos adversos à saúde Intervenções: Fármacos, alimentos, dietas, técnicas, procedimentos, tecnologias etc. → São requisitos para licenciamento de intervenções. População de interesse: Critérios de elegibilidade → Indivíduos elegíveis (pessoas que tem potencial para se beneficiar da intervenção) Critérios de exclusão: Pacientes que podem ter complicações ou que são logisticamente difíceis. Grupos → Intervenção e controle (randomização) Desfecho Avalia-se a presença e a ausência do desfecho no grupo intervenção e no grupo controle. Randomização: Alocação aleatória dos participantes nos grupos de comparação Objetivos: 1. Controlar o viés de seleção: Imprevisibilidade da próxima alocação 2. Controlar o confundimento: Grupos comparáveis → Permite atribuir as diferenças observadas à intervenção Não deve-se usar: Ordem de chegada, dias de semana e numeração corrida Tipos de Randomização: Randomização simples: Indivíduo é alocado de forma direta. Randomização em bloco: Indivíduos são alocados no grupo controle e intervenção em blocos → Garantir quantidades balanceadas nos dois grupos. Randomização Estratificada: Tem como objetivo garantir o equilíbrio entre os grupos em relação a uma característica específica Cegamento: Objetivo: Proteção contra subjetividade na informação, na observação e na análise dos dados Tipos: Simples-cego Duplo-cego Triplo-cego Sem cegamento: ECR aberto Em estudos abertos: Ocultação da verificação do desfecho Placebo: Pré-requisito para cegamento: intervenções devem parecer identicas → Substâncias com a mesma aparência, forma, sabor e administração da intervenção em teste, mas sem o princípio ativo. 10 - Estudo Experimental 3 → Usado para que as atitudes de todos no estudo sejam semelhantes, independente de terem recebido a intervenção ou não. Questões éticas em ECR A investigação precisa ser justificada: Deve haver incerteza sobre a eficácia comparativa de intervenções Placebo: É inaceitável deixar de administrar ao paciente um medicamento de eficácia comprovada que lhe trará benefícios → Deve ser interrompido assim que se obtenha a evidência definitiva, por efeitos danosos ou benéficos → Consentimento informado do paciente → Menor amostra possível. Como avaliar se há associação? Medida de associação Medida de Associação nos ECR A medida de ocorrência própria dos ECR é a incidência e a medida de associação é a razão de incidência. Qual a incidência do desfecho no grupo intervenção? A A+B Qual a incidência do desfecho grupo controle? C C + D Razão de incidência = Intervenção/controle Interpretação: > 1 → A incidência do desfecho no grupo intervenção é maior que a incidência no grupo controle = 1 → A incidência do desfecho no grupo intervenção é igual à incidência no grupo controle < 1 → A incidência do desfecho no grupo intervenção é menor que a incidência no grupo intervenção. Comparação de médias Ensaios clínicos nos quais o desfecho é uma variável contínua: compara-se a média nos dois grupos. Medidas de Impacto Medidas do tipo diferença: Diferença de risco nos grupos de comparação 10 - Estudo Experimental 4 → Utilizadas em estudos onde o cálculo de incidência é possível ECR: Expressam a quantidade ou proporção do risco de desfecho que foi prevenida pela intervenção. Redução absoluta e relativa (RAR e RRR) do risco e número necessário a tratar (NNT). RAR = incidência c - incidência i RRR = (Incidência c - Incidência i) / incidência c NNT → Número de indivíduos que devem receber a intervenção para que um indivíduo se beneficie NNT = 1 / (incidência c - incidência i) 1 / RAR Vantagens e desvantagens do ECR Vantagens: Prospectivo: DAdos são de excelente nível e a cronologia dos acontecimentos pode ser determinada Permite o cálculo da incidência Múltiplos desfechos clínicos podem ser investigados simultaneamente Sofre menos influência de fatores de confusão e viés → Topo da evidência científica Desvantagens: Por questões éticas, muitos experimentos não podem ser realizados Exigência de população cooperativa, para evitar grandes perdas de seguimento: potencial fonte de viés Múltiplas exigência quanto às características de inclusão e exclusão: resultados podem não ser generalizáveis Custo elevado e complexidade logística
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